Artigos de Associados

O controle social e o papel das Organizações da Sociedade Civil (OSCs) na defesa e garantias dos Direitos da Pessoa Idosa – FOCAPI

Autora: Maria Joana Barni Zucco2

O Cuidado Social no Brasil – ontem e hoje

 

Historicamente, o cuidado foi tarefa das famílias, principalmente das mulheres.

O cuidado não familiar – o cuidado social – no Brasil, durante séculos, foi assumido pelas igrejas, em especial pela Igreja católica, por meio da criação e manutenção de orfanatos, asilos, hospitais de caridade dentre outras instituições.

Com o passar dos anos do “período militar”, iniciado em 1964, certa resistência de “fermentação da consciência cidadã” começa a se esboçar e a reivindicar do poder público, melhores condições de vida para as classes sociais de baixa renda e para segmentos específicos da população, tais como criança, adolescentes e idosos (Zucco, Vieira e Filizola, 2022, p.81) 3

Com a instauração da Assembleia Nacional Constituinte, e pelo fato de seu Regimento Interno ter acatado a possibilidade de reivindicação popular, que contemplava as emendas populares, a sociedade pôde participar ativamente do processo de elaboração da atual Carta Magna, apresentando propostas ao texto constitucional. (ROCHA, 2008, p.135).

Conforme afirmou Ulisses Guimarães, com a nova Constituição, a democracia brasileira não seria mais apenas representativa, mas também participativa.

Assim, foram se institucionalizando formas de participação da sociedade civil na gestão decisória governamental, de cujas raízes brotaram também os Conselhos de Direitos e os Conselhos Setoriais de Políticas Públicas, para uma atuação institucional, mais democrática e descentralizada. (Zucco, Vieira e Filizola, 2022, p.83).

Nesse sentido, pode-se dizer que, a partir da CF/1988, a participação social tornou-se um direto do povo brasileiro: a Constituição estabeleceu a participação social na gestão pública como pressuposto do sistema democrático-participativo. (Zucco, Vieira e Filizola, 2022, p.84)

Mas a participação democrática e popular na governança social, instaurada pela CF/88, sofreu avanços e retrocessos ao longo das últimas décadas, decorrentes do viés governamental de cada momento histórico. (Zucco, Vieira e Filizola, 2022, p.85)

Por exemplo, com o surgimento da teoria do “estado mínimo”, houve a institucionalização do “terceiro setor” e, nesse contexto, a participação popular desvinculou-se em parte do governo e passou a se caracterizar como um movimento de solidariedade humana, assentada nas próprias bases da sociedade civil, com um viés protecionista e, por que não dizer, ainda caritativo. Não deixou de ser uma tendência importante mas, não esqueçamos que a solidariedade, por si só, não cria e nem fortalece direitos de cidadania. (Mendonça e Pereira, 2013) Na verdade, temos visto que nossas ações solidárias são mais eficazes se as tratarmos como ações políticas e cidadãs. A “Ação da Cidadania contra a fome, a miséria e pela vida”, do Betinho, por exemplo, foi uma ação solidária de grande alcance, dada a sua capilaridade e mídia, mas não institucionalizou direitos.

A partir de 2014 com a Lei 13.019 (e suas alterações posteriores), foi oferecido à sociedade brasileira o Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC), dispositivo legal para o estabelecimento de parcerias entre poder público e Organizações de Sociedade Civil (OSCs). Contudo, na prática, ainda restam, por vezes, entraves burocráticos para a efetivação dessas parcerias, em especial no que concerne ao repasse de recursos financeiros às OSCs.

Hoje, as expressões “democracia participativa” ou “participação social” são muito difundidas e, apontam para a participação da sociedade em espaços públicos de interlocução com o Estado.

Assim, a grande importância, seja dos Conselhos, seja das Organizações da Sociedade Civil, como este Fórum que estamos criando, hoje, está no seu papel de fortalecimento da democracia, pela participação da população na formulação e na implementação de políticas públicas, na defesa dos direitos de determinados setores da sociedade. (Zucco, Vieira e Filizola, p. 88)

“Políticas públicas são ações concretas, como serviços, programas, projetos e benefícios que têm o compromisso de fazer valer as leis. Elas podem ser entendidas como aquilo que os governos federal, estaduais e municipais decidem fazer ou não, frente a uma situação. Para tomar esta decisão são analisados aspectos técnicos e financeiros, as demandas sociais e os problemas que os governos consideram mais importantes.” (Zucco, Vieira e Filizola, p. 86)

A organização deste Fórum pressupõe a união de forças individuais num bloco coeso, capaz de pensar mais e melhor sobre a realidade da população idosa catarinense e fazer frente diante de gestores e legisladores, na forma de demandas sociais organizadas e amadurecidas. E, também, na forma de “Controle Social” das ações governamentais voltadas para este segmento populacional.

Quando falamos em Controle Social, no contexto atual, referimo-nos aos instrumentos da democracia participativa, “no que concerne à formulação, deliberação, monitoramento, avaliação e financiamento de políticas públicas”. Assim como os Conselhos, também os Fóruns podem “assumir a mediação – ou união de forças – entre o governo e as manifestações e desejos dos diferentes segmentos da população”. (Zucco, Vieira e Filizola, p. 88)

Sugiro encarar o controle social não mais e apenas como “cobrança” da sociedade civil perante o poder público. Melhor que seja um mecanismo de “aproximação/correlação entre ações governamentais e demandas da população em geral, composta por forças sociais não governamentais, incluídas nessas últimas todos os setores sociais”.”Por este “novo” controle social, novos sujeitos coletivos têm a possibilidade de participar, numa construção coletiva, dos processos decisórios da gestão governamental.” (Zucco, Vieira e Filizola, p. 89)

No caso específico do FOCAPI, estamos unindo forças para, de forma participativa, influenciarmos a decisão governamental por políticas públicas adequadas para a população idosa catarinense.

Quantos são esses idosos?

Quem são esses idosos?

Onde vivem?

Como vivem?

Do que precisam?

Quais são seus direitos?

Seus direitos estão sendo respeitados?

Quais direitos são frequentemente desrespeitados?

Como podemos garantir a efetivação dos direitos de cada segmento da população idosa catarinense?

 

Conforme BERNARDES (2007, p. 110), juntos podemos delinear um mapa/diagnóstico dessas demandas plurirrepresentativas e influenciarmos a gestão da coisa pública pela nossa participação e controle das ações governamentais: formulação de políticas públicas sociais e acesso aos espaços de decisões políticas.

Embora o controle social possa também ser exercido pelos cidadãos, individualmente, assim como os Conselhos, os Fóruns, as Associações, os Observatórios são canais institucionalizados e, portanto, em tese, mais efetivos junto aos gestores. (Zucco, Vieira e Filizola, p. 89)

Com mais organização, a sociedade civil passa a ter poder decisório para definir o que é prioridade para sua localidade e acompanhar como estão sendo aplicadas as verbas destinadas às políticas públicas.

Cabe, ainda, apontar o importante papel da “transparência”, como princípio da gestão pública. Hoje os gestores são obrigados a publicar informações administrativas sobre sua forma de conduzir as políticas públicas. Na qualidade de membros de OSCs, compete-nos aprender a utilizar as muitas plataformas disponíveis para a leitura corretas dessas informações. Com elas exerceremos nosso papel de controle social.

Por fim, acredito firmemente que fazer o “bem social” de forma isolada, é bom; fazê-lo de forma organizada e conjunta, como ato político e cidadão é muito melhor e mais efetivo.

ACESSE O ARQUIVO EM PDF

REFERÊNCIAS

BERNARDES, M.A.F. Conselhos de representação: espaços para os idosos se organizarem na defesa de seus direitos. Revista Kairós, São Paulo, v.10, n.2, p. 107-121, dez. 2007.

BRASIL. Lei 13.019, de 31 de julho de 2014. Estabelece o regime jurídico das parcerias entre a administração pública e as organizações da sociedade civil, […] Brasília, 2014. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011- 2014/2014/lei/l13019.htm. Acesso em: 12 maio 2020.

MENDONÇA, J. M. B e PEREIRA, P. A. P. Envelhecimento, redes de serviços e controle democrático no capitalismo recente. Textos & Contextos, Porto Alegre, v. 12, n. 1, p. 142 – 151, jan./jun. 2013.

ROCHA.E. A Constituição cidadã e a institucionalização dos espaços de participação social: avanços e desafios. 20 Anos de Constituição Cidadã: Avaliação e desafio da Seguridade Social, Anfip, Brasília, 2008. p. 131-148. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/participacao/images/pdfs/participacao/ outras_pesquisas/a%20constituio%20cidad%20e%20a%20institucionalizao%20 dos%20espaos%20de%20participao%20social.pdf. Acesso em: 8 maio 2020.

ZUCCO, M.J.B; VIEIRA, T.R.L; FILIZOLA, M.L.S. Conselhos de Direitos: Mecanismo de Fortalecimento da Democracia. In: Desafios de Ser Velho e Velha no Brasil. Org. Tereza Rosa Lins Vieira; Maria Betania Buarque Lins Costa. Maceió: Edufal, 2022. p. 81-116. Disponível em: https://www.edufal.com.br/wpcontent/uploads/woocommerce_uploads/2022/08/DESAFIOS-DE-SER-VELHO__FINALIZADOjkrofv.pdf. Acesso em 28 maio 2023.


NOTAS:

1
Texto-base da Palestra apresentada por ocasião da instalação do Fórum Catarinense da Sociedade Civil pelos Direitos da Pessoa Idosa – FOCAPI, em 01/06/2023, na OAB-SC.

2

Advogada, Conselheira no Conselho Estadual do Idoso de Santa Catarina, membro da Comissão do Direito do Idoso da OAB-SC e da Associação Nacional de Gerontologia de SC – ANG-SC.

3
Por ser uma das coautoras, a palestrante tomou a liberdade de utilizar principalmente informações contidas no capítulo intitulado CONSELHOS DE DIREITOS: MECANISMO DE FORTALECIMENTO DA DEMOCRACIA, inserido no livro DESAFIOS DE SER VELHO E VELHA NO BRASIL, 2022. Ver referências.

 

 

 

 


 

Notícias

NOTA DE PESAR E HOMENAGEM À ASSOCIADA TATI TEIXEIRA

A terça-feira, 21 de março de 2023 foi um dia muito triste para a Associação Nacional de Gerontologia, seccional de Santa Catarina (ANG SC), pois amanhecemos com a notícia do falecimento de uma querida associada, a ex-vereadora e ex-deputada Thatianne Ferro Teixeira.

Tati Teixeira, como preferia ser chamada, era natural de Criciúma, município que amava e que atuou como vereadora por dois mandatos (2009 e 2012 / 2013 e 2016). No ano de 2014 alcançou a presidência da Câmara de Vereadores e implantou a Escola do Legislativo Municipal. No mesmo ano, assumiu interinamente a prefeitura local.

 

Reprodução Instagram

 

Em criciúma empreendeu a melhor experiência de diálogo com a comunidade através do Gabinete Itinerante, pois gostava de estar perto das pessoas e de poder ouvi-las com atenção.

Ela era uma mulher da política que iniciou sua trajetória desde cedo, ao fundar o Grêmio Estudantil do seu Colégio, e voou longe concorrendo a vagas para a Câmara dos Deputados e a Assembleia Legislativa, onde atuou como deputada estadual suplente por 30 dias, no início do ano de 2021. Apesar do pouco tempo na ALESC encaminhou anteprojeto de lei voltado para as cidades amigáveis às pessoas idosas, demonstrando a sua preocupação com as pautas do envelhecimento.

A Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina e a Bancada Feminina da ALESC emitiram nota de pesar e no Plenário, os deputados e deputadas a homenagearam com um minuto de silêncio antes da Ordem do Dia.

“hoje perdemos uma liderança importante de Santa Catarina, uma política, mãe e mulher exemplar. Tati Teixeira foi nossa colega na Assembleia Legislativa em 2021. Ela fez história em Criciúma como a primeira mulher reeleita vereadora e a primeira mulher presidente da Câmara. Tati, que lutava contra um câncer de mama, doença que tornou-se o câncer mais comum entre as mulheres no Brasil, partiu de forma prematura. Deixou mais um alerta sobre a necessidade de prevenção, com políticas públicas eficazes no campo da saúde da mulher. A Bancada Feminina da Assembleia Legislativa se solidariza com os familiares e amigos neste momento de dor. Que o legado da Tati permaneça vivo entre nós!” (Homenagem da Bancada Feminina da Assembleia Legislativa de Santa Catarina em rede social).

Tati era psicopedagoga de formação, demonstrando paixão pela educação. Ela realizou atendimentos com as pessoas idosas, incluindo estimulação cognitiva em Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) do município. Essa paixão e todo o seu conhecimento ficou evidente ao ministrar o Workshop: “Estimulação cognitiva e a inclusão digital de idosos: Possibilidades de conexões no cenário da pandemia” no XI Encontro Catarinense de Gerontologia (2021).

Reprodução Instagram

Ela havia chegado há pouco tempo na ANG SC, mas não demorou para encantar com seu jeito doce e ao mesmo tempo firme de falar, sua simpatia, intensidade, eloquência e determinação pelas causas sociais. E queremos prestar aqui a nossa homenagem para deixar registrado a nossa admiração e gratidão por sua linda trajetória de vida:

“Tati não nos deixou,  apenas  partiu pois ficam seus exemplos em todos os caminhos que ela percorreu, foram vários. Conheci Thatianne Ferro Teixeira, a Tati que todos conhecem, pela convivência em ações políticas. De família com tradição  politica , na cidade de Criciúma, desde muito jovem percorreu este caminho fazendo uma linda história. Foi vereadora,  Presidente da Câmara Municipal. Foi vanguarda, primeira mulher a ser reeleita vereadora e assumir   como presidente a Câmara Municipal. Nesta função assume interinamente a Prefeitura  de Criciúma. Foi Prefeita. Sempre presente no debate político,  candidatou-se a Deputada Estadual, ficando na suplência, tendo assumido um período como Deputada Estadual em 2021. Foi nesta época que nos reencontramos , quando tive a surpreendente revelação que a dedicada Psicopedagoga, estava desenvolvendo um trabalho de pesquisa,  na área de Gerontologia.  Em minutos estava falando com o Presidente da ANG SC e passou a fazer parte da associação. Seu olhar apurado de justiça social. Sua consciência política de servir os menos favorecidos, trouxe Thatianne Ferro  Teixeira para a ANG de Santa Catarina. Para mim uma das características de Tati era a intensidade com que se dedicava às suas tarefas.  Tinha pressa muita pressa. Com certeza sua nova jornada terá o mesmo brilho que espalhou por onde passou. Siga em PAZ!”

(Elaine Regina Pompermayer Otto).

 

“Quando eu fui assessora da Comissão dos Direitos dos Idosos na ALESC ela participou de algumas reuniões onde buscávamos estreitar laços com as associações de idosos. Contribuiu com ideias para seminários e políticas públicas. Uma perda irreparável de uma mulher jovem com um muitos planos. Muito triste e nos pegou de surpresa”

(Ingrid Hofstatter).

 

“Thati cresceu no meio dos professores junto com o seu pai, o eterno Professor Nei. Desde sempre contribuiu com o social. Iniciou sua trajetória política em um grêmio estudantil até se tornar uma das melhores vereadoras da história de Criciúma. Mulher inteligente, ativista,  acolhedora e de sorriso fácil, faz dessa partida precoce uma triste notícia para todos nós”

(Elaine Ferreira de Oliveira).

 

“Meu Deus! Inacreditável! Membro da Comissão de Educação e Envelhecimento da ANG SC! Que Deus a receba com muito carinho!”

(Marília Celina Felício Fragoso).

 

“Tati, uma grandiosa mulher que precocemente deixou este mundo um legado exemplar! Que seus familiares e amigos sintam-se confortados e amparados por tamanha dor!”

(Vera Nicia Fortkamp de Araújo).

 

“Muito triste. A morte é inevitável, todos sabemos, mas a morte tão precocemente foi muito triste!!! Tão ativa, tão linda, tão envolvida com o social…Que Deus a receba na sua glória, querida Tati”

(Maria Joana Barbi Zucco).

 

“Tathi mulher sonhadora,  ousada, ativista e de um sorriso lindo, me chamou a atenção o quanto eras segura e convicta na sua fala. Você deixará um legado inestimável e inesquecível. Gratidão por ter deixado a sua história marcada em nossos corações.  Vá em paz e que seus amigos e familiares encontrem conforto nos corações”

(Karina Gorges Catafesta).

 

“Tive a honra, enquanto presidente da ANG SC em 2021, de fazer o primeiro contato com a deputada Thatianne Teixeira em sua passagem pela ALESC. Logo de início me chamou atenção seu entusiasmo pela política e pela vontade de implementar projetos voltados à pessoa idosa. Com o decorrer do tempo, conhecemos a Tati que também psicopedagoga se mostrava apaixonada pela estimulação cognitiva voltada ao envelhecimento. Ao pesquisarmos sua trajetória é nítida a sua vocação pela vida pública, sua proximidade com os cidadãos, sua capacidade de escutar, de percorrer a cidade, de falar e se expressar em tom respeitoso, mas com posicionamentos fortes. Ela viveu intensamente e em tão pouco tempo semeou muito. Em suas mensagens ela sempre se despedia com a figura de um coração roxo (que era sua cor favorita) e escrevia gratidão. Neste momento, a gratidão é nossa por termos lhe conhecido e pelo legado que deixa. Siga em paz! Nossos sentimentos aos amigos e familiares”

(Paulo Medeiros).

 

“Thati Teixeira foi uma pessoa sensível ao ser humano. E esta sensibilidade direcionou sua atuação para as pessoas idosas, para o cuidado no processo de envelhecimento. Foi por meio da defesa dos direitos da pessoa idosa que ela chegou a ANG SC e veio  somar esforços pela causa. Acolhedora e intensa, sabia que o tempo, de fato, era algo precioso”

(Simone Cristina Machado).

 

A Associação Nacional de Gerontologia de Santa Catarina manifesta profundo sentimentos desejando conforto ao coração de todos os  amigos e familiares. Apesar de sua partida precoce queremos manter a lembrança do seu sorriso dentro de uma trajetória intensa, de alguém sempre pronta para ouvir e de sua luta e legado pela Educação, Saúde e Direito dos idosos.

 

Reprodução: Instagram

 

 

 

 

 


 

Notícias

Asaprev Florianópolis, CPDI e ANG-SC promovem inclusão digital de idosos

Começa no dia 29 de março um curso de inclusão digital a ser oferecido a pessoas com mais de 60 anos de idade pelo CPDI (Comitê para Democratização da Informática). O curso gratuito dá direito a certificado e será realizado nas dependências da Asaprev Florianópolis (Associação dos Aposentados e Pensionistas da Previdência Social da Grande Florianópolis).

Ao longo de 3 meses, 20 alunos terão encontros semanais de 2 horas com a Professora Marisa Evangelista, que há 15 anos dá aulas particulares de informática a idosos. Na Asaprev, ela vai abordar tópicos como WhatsApp, Edição de Fotos, Pesquisa via Google e o Portal gov.br, além de outros conteúdos de interesse das turmas.

“O importante é o idoso saber usar o celular com segurança”, ressalta Heitor Blum S. Thiago, Diretor Executivo do CPDI, Organização da Sociedade Civil criada há 22 anos. “Já formamos mais de 25 mil pessoas e incluímos dentro da nossa metodologia a questão da cidadania, da ética e dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.”

Também no sentido de beneficiar a sociedade a Asaprev Florianópolis abriu algumas vagas a não associados acima de 60 anos, e as últimas estão disponíveis no horário das 16h às 18h, mediante envio, até dia 26 de março, da ficha de inscrição, preenchida, ao WhatsApp 48 984181180. Nesse número, dúvidas podem ser dirimidas por uma das organizadoras do curso, Heloisa Dallanhol, da Comissão de Comunicação da ANG SC (Associação Nacional de Gerontologia do Estado de Santa Catarina).

Vale lembrar que a ANG foi fundada em Florianópolis, em 1989, como uma das entidades civis precursoras dos movimentos sociais em prol das pessoas idosas. No ano passado, a entidade propôs a realização do curso ao CPDI, que então obteve recursos via edital e firmou parceria com a Asaprev para que esta sediasse as aulas, a serem ministradas sempre às quartas-feiras, sendo o primeiro horário às 13h30, e o segundo, às 16h.

Representantes das 3 entidades se reuniram para definir os últimos detalhes do curso no dia 15/03/2023, na Asaprev Florianópolis. Sua presidente, Marli Rita Roveda (à esquerda na foto), recém-eleita para o quarto mandato, recebeu Marisa Evangelista, Heitor Blum S. Thiago e Heloisa Dallanhol, com várias ideias para o curso, que terá alunos com idades que variam de 63 a 85 anos.

 

Notícias

Abertas inscrições para eleição de futuros integrantes do CEI-SC

 

Organizações da sociedade civil que desejarem fazer parte do Conselho Estadual do Idoso de Santa Catarina (CEI-SC) podem se inscrever, até o dia 15/11/2022, para se candidatar a assentos na entidade, conforme edital:

ACESSE EDITAL COMPLETO CLICANDO AQUI

 

“Quanto mais ampla a participação, tanto do ponto de vista geográfico como das características específicas das entidades/organizações que vierem a ocupar as 13 cadeiras do CEI-SC, mais representativa será a participação da sociedade civil no seu papel de controle social e de promoção e defesa dos direitos da pessoa idosa”,

diz a advogada Maria Joana Barni Zucco, que representa a Associação Nacional de Gerontologia – Seccional Santa Catarina (ANG-SC) no CEI-SC. A advogada envolveu-se arduamente na elaboração do edital de chamamento da sociedade civil para a realização do Primeiro Fórum Eletivo das entidades/organizações que integrarão o CEI-SC, biênio 2023-2024. O fórum ocorrerá na Plenária Ordinária do CEI-SC no dia 29/11/2022, por meio de webconferência.

As 13 entidades/organizações mais votadas no fórum serão as titulares no CEI-SC, conforme distribuição a seguir:
a) 10 representantes de entidades de promoção e/ou defesa dos direitos da pessoa idosa;
b) 2 representantes de entidades/organizações de trabalhadores dos setores vinculados à política e/ou ao cuidado da pessoa idosa; e
c) 1 representante de instituições de ensino superior ou de associações de instituições de ensino superior que desenvolvam ações socioeducativas e/ou de ensino, pesquisa e extensão na área de gerontologia.

Cada entidade/organização da sociedade civil e cada Conselho Municipal da Pessoa Idosa habilitados para o Primeiro Fórum Eletivo, poderá votar nos segmentos, conforme Edital.

Contexto
Até agora, a sociedade civil estava representada no CEI-SC por uma lista fixa de entidades/organizações, prevista em lei, de acordo com a realidade da década de 1990, quando o Conselho Estadual do Idoso foi criado. Algumas delas nem existem mais.

Torna-se imperioso que o sistema seja mais democrático e que seja defendida a ampla participação social, possibilitando que entidades de todo o Estado de Santa Catarina, a cada dois anos, disputem uma das 13 cadeiras do CEI-SC, destinadas a representantes da sociedade civil”,

destaca Maria Joana, Vice-Diretora de Assuntos Técnico-Científicos da ANG, associação que participou da constituição do Conselho desde sua criação.

A nova Lei de Regência do Conselho Estadual do Idoso de Santa Catarina (CEI-SC) – Lei n. 18.398, de 21 de junho de 2022 – concretizou um antigo anseio do CEI-SC e foi amplamente discutida há mais de 10 anos, com o intuito de adequar o Conselho ao atual modelo organizacional do Estado e às exigências contemporâneas do papel de controle social, em especial ampliando e possibilitando a alternância da participação da sociedade civil organizada.

O Edital foi publicado no DOU e no site da Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS) (https://www.sds.sc.gov.br/index.php/conselhos/cei/editais) no dia 17/10/22, com prazo de inscrição das entidades concorrentes até 15/11/22.

Fonte: ANG-SC/Heloisa Dallanhol

 

 

Notícias

Nota de Falecimento – Associada Ceneide Grando

A ANG SC comunica com muito pesar aos seus associados, o falecimento de Ceneide Grando no dia 02 de Outubro de 2022 em Joaçaba-SC.

Gostaríamos de prestar homenagem por ser uma das mais antigas associadas que sempre acreditou no trabalho realizado pela entidade.

Ceneide nasceu em 15 de abril de 1941, era natural de Joaçaba, estudou Serviço Social na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e trabalhou como Assistente Social nas Centrais Elétricas de Santa Catarina (CELESC).

Foi uma Assistente Social muito competente e dedicada à CELESC. E depois que desligou-se, continuou voluntariamente, coordenando um trabalho com os aposentados da Empresa.

Marília Celina Felício Fragoso, fundadora da ANG SC e colega de Ceneide na CELESC expressou algumas palavras em sua homenagem:

“Para nós foi uma triste notícia! Ceneide sempre foi uma amiga muito querida de todos! De confiança, sempre presente e competente nos trabalhos que realizava! Sentiremos muito a falta dela! Muito mesmo! Que Deus a receba com todo carinho que ela merece!”

Recebam todos: familiares, amigos e associados o abraço solidário desta Diretoria.

Notícias

ANG SC lança programa sobre temas ligados ao envelhecimento

A ANG SC (Associação Nacional de Gerontologia, seccional de Santa Catarina) estreou, no dia 28/09, o programa Conexão ANG, em parceria com a Rádio Feapesc (Federação das Associações de Aposentados, Pensionistas e Idosos de Santa Catarina). O primeiro programa foi realizado 4 dias antes das eleições e teve como assunto A Importância do Voto de Quem Passou dos 60, que no estado somam mais de um quinto do total dos eleitores (20,85%).

No programa, a jornalista Heloisa Dallanhol, da Comissão de Comunicação da ANG SC, entrevistou a associada Mônica Joesting Siedler, socióloga, especialista em Gerontologia e mestre em Enfermagem. Ela gosta de assistir a propaganda eleitoral, e combate a descrença com relação à política.

“Algumas pessoas me dizem ´mas a gente não acredita mais em ninguém´ ”, disse Mônica, citando um dos motivos pelos quais as pessoas idosas desistem de votar. “Temos muitas dificuldades, em primeiro lugar acreditar que meu voto faz diferença, acreditar que alguém vai perceber o idoso e lutar pelos seus direitos. Nós não somos velhinhos, somos pessoas com identidade”. (Assista a íntegra em https://www.facebook.com/radiofeapesc/videos/1216000135625313/).

Sobre o mesmo tema, a ANG já havia publicado – e enviado a grupos de idosos dois posts, disponíveis em https://angsc.org.br/blog/ . Ambos foram baseados nos subsídios oferecidos pela advogada Maria Joana Barni Zucco, Vice-diretora para Assuntos Técnico-Científicos da ANG SC e representante da entidade no Conselho Estadual do Idoso.

Além de destacar o peso do voto dos idosos em Santa Catarina e no Brasil (20%), ela ressaltou o quão essencial é escolher os melhores candidatos para o legislativo (senadores, deputados estaduais e federais). Pode parecer óbvio, mas o legislativo acaba ganhando menos atenção, dado ao foco na disputa para presidência do país e governo do estado.

Outros assuntos serão abordados quinzenalmente a partir do dia 26 de outubro, sempre nas quartas-feiras, às 11h. A transmissão ocorre:

1) em formato LIVE (com imagem) pelo Facebook https://www.facebook.com/radiofeapesc  (pode ser assistido depois do evento)

2) pela Rádio Feapesc (só áudio e só ao vivo),  https://www.radiofeapesc.webradios.net/ , clicando no botão PLAY no canto esquerdo superior.

Vale lembrar que o novo programa decorre de negociações iniciadas pela presidente da ANG SC, Simone Cristina Machado. Em agosto, ela se reuniu com o presidente da FEAPESC, Iburici Fernandes, e a jornalista Izabel Cristina – entre outros participantes – para definir formato e temas do Conexão ANG. Entre os assuntos a serem abordados estão as Diretivas Antecipadas de Vontade, o Envelhecimento de Pessoas Deficientes e os Aumentos em Planos de Saúde.

Acompanhe!

Notícias

Eleições de 2022: Por que votar em cinco nomes?

As eleições se aproximam e, desta vez, temos que escolher 5 (cinco) nomes dentre os muitos candidatos que se apresentam. Nesta ordem:

  • Deputada(o) Federal
  • Deputada(o) Estadual
  • Senador
  • Governador
  • Presidente

Governador e Presidente são dois cargos do poder Executivo: um para Santa Catarina e outro para o Brasil. Os demais formam o poder Legislativo: o(a) Deputado(a) Estadual eleito(a) atuará na Assembleia Legislativa de Santa Catarina; o(a) Deputado(a) Federal e o Senador eleito atuará no Congresso Nacional, em Brasília.

Gostaria de chamar sua atenção para um fato muito importante: quando falamos de candidatos, nestas eleições de 2022, não devemos focar apenas nos cargos mais destacados: Governador de Santa Catarina e Presidente do Brasil!

Estamos passando por um processo eleitoral muito polarizado e, naturalmente, os candidatos que despontam, chamam mais nossa atenção e estão na mídia e nas discussões político-eleitorais são aqueles que concorrem para os cargos do Executivo (Governador e Presidente).

Seriam eles, realmente, os mais importantes? Devemos nos preocupar apenas com esta escolha?

Eu diria que não!

Você já parou para pensar que tudo o que ocorre no mundo político, para o nosso bem ou para o nosso mal, chega até nós por meio de uma Lei, ou de uma Emenda Constitucional, ou mesmo por meio de uma Medida Provisória?

Todos esses instrumentos legislativos, para se tornarem dispositivos legais, precisam passar pela Assembleia Legislativa (quando se trata de assunto que diga respeito apenas a Santa Catarina) ou pelo Congresso Nacional (Câmara dos Deputados Federais e Senado), quando dizem respeito a todo o Brasil.

Mesmo que o Governador ou o Presidente queiram muito alguma medida que será muito boa (ou muito ruim) para nós, ela somente será colocada em prática se for aprovada pelo Legislativo: Assembleia Legislativa em Santa Catarina ou Congresso Nacional, para todo o país. E existem também muitas outras iniciativas (boas e ruins) que nascem dos próprios Deputados (Estaduais e Federais) e dos Senadores. O governador e o presidente podem vetar (anular, não concordar) uma lei ou parte dela. Mas, depois, deputados e senadores podem rejeitar o veto. Então, eu diria, que a última palavra está sempre com o Legislativo!

Portanto, caros colegas idosos e idosas. Vamos prestar muita atenção nas pessoas que escolheremos para Deputado(a) Estadual e para Deputado(a) Federal e Senador. Seja na Assembleia Legislativa, em Santa Catarina, seja no Congresso Nacional, em Brasília, o papel dos eleitos será muito importante para nossas vidas.

Não esqueçamos que, em Santa Catarina, mais de 20% dos eleitores são pessoas idosas, pessoas com 60 anos ou mais. Isso significa que de cada 5 (cinco) eleitores, 1 (um) terá 60 anos ou mais!

Vamos exercer nossa cidadania, independência e autonomia, pelo direito ao voto! A nossa experiência de vida saberá orientar a melhor escolha. Nossa participação nestas eleições poderá fazer a diferença que o Brasil espera.

Maria Joana Barni Zucco

Advogada, Associada da ANG-SC e Conselheira do CEI-SC.

Notícias

Planos de Saúde

Você sabia que, em Santa Catarina, é dever das operadoras de Planos de Saúde informarem ao usuário/consumidor, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, eventuais descredenciamentos de hospitais, clínicas, médicos e outros profissionais da saúde que prestavam serviços conveniados?

Seu médico não atende mais pelo seu Plano de Saúde e você não foi informado disso? Bem, a Lei estadual n. 18.359, de 5 de abril de 2022, tentou ajudar, mas, como acontece às vezes, deixou uma grave lacuna… Não disse de que maneira os Planos de Saúdes devem informar seus usuários/consumidores.

Neste mundo tecnológico e virtualizado, se você não recebeu uma mensagem por whatsapp ou e-mails, procure o site do seu Plano de Saúde. Provavelmente, encontrará lá a informação.

Agora, se seu Plano de Saúde não tomou qualquer medida para informá-lo sobre descredenciamentos, reclame. Cite a Lei. Exija seu cumprimento.

Texto por: Maria Joana Zucco

Notícias

ANG SC Divulga: Projeto Linhas da Memória

 

A distinção entre jovens e pessoas idosas pode auxiliar no entendimento de que o envelhecimento não é algo determinado apenas pela idade cronológica, mas é consequência das experiências passadas e da integração entre as vivências pessoais, sociais e culturais em determinada época. A idade em si não determina o envelhecimento, ela é apenas um dos elementos presentes no processo de desenvolvimento, servindo como uma referência da passagem do tempo. O aumento da longevidade é uma das maiores conquistas da humanidade. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o sexto país do mundo em população idosa. A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) define envelhecimento como “um processo sequencial, individual, acumulativo, irreversível, universal, não patológico’’ e certas alterações decorrentes do processo de senescência podem ter seus efeitos minimizados pela assimilação de um estilo de vida mais ativo. Isso nos mostra que a população idosa vem crescendo e a concepção equivocada da sociedade de que a velhice é um período de decadência física e mental, que a pessoa idosa é um ser dependente, propenso a doenças e assexual são mitos que precisam ser derrubados na sociedade. Este projeto foi desenvolvido com as pessoas idosas moradoras de Camboriú, pelo Conselho Municipal de Direito da Pessoa Idosa e Núcleo de Estudo da Pessoa Idosa do Instituto Federal Catarinense (IFC), com o apoio da ANG SC por meio do Termo de Colaboração com o IFC, e tem por objetivo mostrar a todos que as pessoas idosas podem e devem ser valorizadas em toda sua plenitude! Nós somos pessoas idosas, por isso somos mulheres lindas e maravilhosas!

 

Texto e coordenação: Profa. Dra. Flávia Fernandes.

 

 

 

 

Notícias

Seu voto faz a diferença

No próximo dia 2 de outubro, 5.489.658 eleitoras e eleitores catarinenses estarão aptos a votar para elegerem deputado federal, deputado estadual, senador, governador e presidente da República.[1]

Vale destacar a força do voto dos eleitores idosos, em solo catarinense: 20,85%. Neste cenário evidencia-se a importância do voto das pessoas com 60 anos ou mais. Ainda que 8,52% dos eleitores catarinenses tenham 70 anos ou mais, e que, portanto, seu voto seja facultativo, a ANG-SC recomenda que todas as pessoas aptas a votar procurem, na medida possível, exercer este ato de cidadania democrática.

 

Santa Catarina -Eleições de 2022 –
Eleitorado Idoso
Faixa etária Número de eleitores
60-64 381.696
65-69 294.577
70-74 213.287
75-79 123.702
80-84 67.522
85-89 34.313
90-94 16.401
95-99 9.219
100+ 3.607
TOTAL: 1.144.324
Eleitorado apto a votar  em SC 5.489.658
Eleitorado idoso 1.144.324
Percentual do eleitorado idoso 20,85%

Fonte: Quadro elaborado a partir das Estatísticas do TSE. https://sig.tse.jus.br/ords/dwapr/wwv_flow.accept?p_context=sig-eleicao-eleitorado/filtros/17345879944930

A realização de eleições periódicas e o voto universal e livre da população são importantes instrumentos da democracia representativa no país, já que todos os cidadãos com mais de 16 anos, homens ou mulheres, alfabetizados ou analfabetos, têm o direito de participar da escolha de seus representantes através do voto.

E, neste contexto em que o potencial numérico do voto das pessoas idosas (20,85% do total dos eleitores) pode fazer a diferença para a eleição dos melhores governantes, urge  que cada idoso,  de forma  livre, consciente e experiente,  procure eleger aqueles candidatos  que melhor representem seus ideais de país, estado e município, com políticas de estabilidade social e econômica,  de segurança jurídica, de proteção ao meio ambiente e  de respeito à dignidade de todas as pessoas.

As promessas de políticas públicas em prol da bem-estar do contingente idoso da população são importantes, mas o idoso consciente e participativo se preocupará também com as condições gerais do país, do estado, do município, pois é certo que cada pessoa idosa se sentirá mais feliz na medida que seus filhos e demais descendentes também puderem viver melhor.

[1] Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina. Eleitorado de Santa Catarina ultrapassa 5,4milhões de pessoas aptas a votar neste ano. Disponível em: https://www.tre-sc.jus.br/comunicacao/noticias/2022/Julho/eleitorado-de-santa-catarina-ultrapassa-5-4-milhoes-de-pessoas-aptas-a-votar-neste-ano. Acesso em: 16 jul. 2022.

Crédito da Foto: Educa Mais Brasil

Texto por: Maria Joana Zucco

 

Navegação por posts