Saiba o histórico da Semana Catarinense de Prevenção de Quedas em Pessoas Idosas:
A Associação Nacional de Gerontologia de Santa Catarina (ANG SC) integra a composição do Conselho Estadual do Idoso de Santa Catarina (CEI SC) desde a sua criação como representante não governamental. A ANG SC possui objetivos de natureza técnico-científica, congregando profissionais das mais variadas áreas, todos estudiosos e militantes das questões que envolvem o envelhecimento humano e os direitos da pessoa idosa para contribuir com a melhoria das condições de vida da população idosa catarinense.
O Conselho Estadual do Idoso de Santa Catarina (CEI-SC) é um órgão de deliberação coletiva e permanente, conforme a Lei estadual n° 18.398 de 2022 e Decreto estadual n° 20 de 2023. Esse órgão tem por objetivo fiscalizar e lutar pela construção e fortalecimento das políticas dos direitos da pessoa idosa. O CEI é composto por entidades governamentais e não governamentais envolvidas com as questões do envelhecimento e que se preocupam também em propor ações que possam beneficiar os idosos do estado de Santa Catarina.
Sendo assim, tais organizações preocupando-se com o grave problema de saúde pública caracterizado pelas quedas durante o processo de envelhecimento e em consonância com diversas entidades internacionais e nacionais vêm promovendo, desde 2017, a Semana Catarinense de Prevenção de Quedas em Idosos.
Portanto, durante o mês de junho é lançada essa campanha em todo o estado de Santa Catarina com o objetivo de sensibilização da sociedade sobre a temática seguindo uma tendência mundial que já vem acontecendo em alguns estados brasileiros, nos quais se comemora no dia 24 de junho, o Dia Mundial de Prevenção de Quedas em Idosos. Este dia originalmente instituído pela ONG britânica The Help Aged International, teve a sua primeira edição no Brasil em 2008, por iniciativa da fisioterapeuta Mônica Perracini, da Universidade Cidade de São Paulo – UNICID. A cada ano, mais países aderem à campanha, cujo objetivo é que a população se conscientize com o problema das quedas durante a velhice (CENTRO DE REFERÊNCIA DO IDOSO-ZN, 2010).
A queda é um evento que tem grande importância devido às consequências biopsicossociais que acarretam na vida das pessoas idosas. Pois, além de possíveis fraturas e risco de morte, o medo de cair, a restrição de atividades, o declínio na saúde e o aumento do risco de institucionalização geram não apenas prejuízo físico e psicológico, mas também aumento dos custos com os cuidados de saúde, expressos pela utilização de vários serviços especializados, e, principalmente, pelo aumento das hospitalizações (CLOSE, 1999; RIZZO, 1998; PERRACINI; RAMOS, 2002; OMS, 2021).
Assim, ações voltadas para diminuir o risco de quedas necessitam de uma abordagem multidimensional, o que só é possível por meio da ação intersetorial e integrada de equipes multiprofissionais. Portanto, acredita-se que grande parte dessas quedas podem ser evitadas por meio de várias ações de monitoramento e avaliação das condições de saúde dos idosos, estratégias de educação em saúde e de adaptações ambientais que devem ser constantes e rotineiras.
Neste contexto, durante a semana do dia 24 de junho, esse movimento convida as universidades, serviços de saúde e assistência social, conselhos municipais, Instituições de Longa Permanência para Idosos, grupos, associações de idosos e qualquer serviço ou entidade envolvida com a população idosa a desenvolverem em seus locais alguma atividade alusiva à prevenção de quedas.
Algumas sugestões de atividades são: palestras para as pessoas idosas, palestras ou minicursos para profissionais, distribuição de materiais educativos, orientações e avaliações durante atendimentos de saúde, aplicação de testes de avaliação do equilíbrio e desempenho físico, realização de aulas e exercícios de prevenção, movimentos locais para solicitações de melhorias no ambiente urbano e acessibilidade dos espaços públicos, bem como a divulgação do tema nos veículos de comunicação, sites e redes sociais entre outras ações que cada local achar pertinente segundo as suas possibilidades e de acordo com os protocolos sanitários.
A cada ano mais entidades unem-se a esse movimento atingindo mais pessoas. Assim, torna-se possível estimular a criação de redes de colaboração e a implementação de ações constantes de prevenção a quedas na população idosa no Estado de Santa Catarina.