Anais do Encontro Catarinense de Gerontologia - ISSN 2763-6984

O ENCONTRO CATARINENSE DE GERONTOLOGIA possui como objetivo apresentar/discutir Políticas Públicas para idosos; debater experiências na área da gerontologia, com vistas à valorização desse mercado de trabalho; aprofundar o conhecimento sobre o contexto do envelhecimento no ambiente das Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI’s); capacitar os profissionais a prestarem uma assistência qualificada, bem como fomentar discussões que promovam o surgimento de ações voltadas as pessoas idosas que vivem na comunidade e também especificamente ao idoso institucionalizado.

Essa página busca ser o veículo de divulgação dos ANAIS resultantes da sessão científica do nosso tradicional evento sendo apresentados em forma de resumos estruturados e reunindo diversos temas importantes dentro da área da gerontologia. Nesse sentido, acreditamos ser relevante que o conhecimento produzido dentro das instituições de ensino e na prática dos profissionais seja compartilhado e debatido com a comunidade científica para que possa ser aprimorado e traga avanços na vida cotidiana da população idosa.

Desejamos uma boa leitura!

CORPO EDITORIAL

Comissão Científica:

Paulo Adão de Medeiros – UFSC

Inês Amanda Streit – UFAM

Larissa Pruner Marques – UFSC

Paula Fabrício Sandreschi – UFSC

Bianca Bittencourt de Souza – UFSC

Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt – UFSC

Jordelina Schier – UFSC

Vera Nícia Fortkamp de Araújo – UNISUL/ANG SC

Elaine Ferreira de Oliveira – UDESC/ANG SC

Thamara Hubler Figueiró – UFSC

Karina Mary Paiva – UFSC

Rafaela Zulianello dos Santos – UNISUL/UDESC

Priscila Mari dos Santos – UFSC

Michelli Vitória Silvestre – UFSC/UDESC

Anna Quialheiro Abreu da Silva – UNISUL/UFSC

Diego Borges da Silva – UFSC

Periodicidade: Anual

Idioma: Português

Autor Corporativo: Associação Nacional de Gerontologia de Santa Catarina (ANG SC)

Rua Felipe Schmidt, 390, Edifício Florêncio Costa, Galeria Comasa – 4º andar, Sala 410. Bairro Centro. Florianópolis / SC. CEP:88010-001.

SUBMISSÃO DE TRABALHOS

Poderão ser inscritos trabalhos da área de Gerontologia por acadêmicos de graduação, pós-graduação e profissionais interessados nas áreas de Gerontologia e nos diversos aspectos do envelhecimento.

Os trabalhos submetidos somente serão aceitos com a inscrição de pelo menos um dos autores do trabalho no evento.

Cada autor inscrito poderá submeter até dois trabalhos como primeiro autor. Para co-autoria não existirá limite de submissão. E cada trabalho poderá ter no máximo 6 (seis) autores.

O envio dos resumos deverá ser feito exclusivamente pelo endereço eletrônico [email protected]. O autor responsável pelo envio do trabalho receberá um e-mail de confirmação da submissão. Caso não receba este e-mail, entre em contato: [email protected].

O trabalho poderá ser enviado apenas uma vez. Não serão aceitas retificações após o envio, portanto, antes de submetê-lo, revise-o com atenção. Resumos que estiverem fora das normas estabelecidas não serão avaliados pela Comissão Científica, sendo imediatamente reprovados.

Todos os trabalhos deverão ser submetidos na modalidade de pôster. O resultado dos trabalhos aceitos serão comunicados aos autores, via e-mail.

Os trabalhos enviados não poderão estar submetidos em outro evento científico.

Salientamos que as informações fornecidas são de inteira responsabilidade dos autores.

A avaliação dos resumo será baseada em critérios técnicos-científicos e levará em conta aspectos como: relevância, originalidade, adequação da metodologia, clareza e coerência no desenvolvimento do tema.

PREPARAÇÃO DO RESUMO

Os autores deverão enviar o resumo no processador de texto Word (versão 2003 ou superior), escrito em língua Portuguesa, com fonte tipo Arial, tamanho 12, com espaçamento entre linhas de 1,5 e margens laterais, superior e esquerda de 3,0 cm e inferior e direita de 2,0 cm.

Sugere-se que os autores se abstenham do uso de abreviações. Abreviações especiais, incomuns, devem ser escritas entre parênteses, após a palavra completa, desde a primeira vez que for mencionada e serem mantidas no menor número possível.

Não será permitida a utilização de gráfico ou tabela.

Não serão aceitos trabalhos sem apresentação de resultados.

Título: Letras MAIÚSCULAS, em negrito e alinhamento centralizado.

Autores e instituição: Deixar uma linha em branco após o título. Alinhados à direita e separados por vírgula. Colocar um número sobrescrito ao nome completo dos autores para posterior identificação da instituição. Inserir o e-mail do primeiro autor.

No caso de trabalhos submetidos por autores sem vínculo institucional, colocar o grau de titulação. Deixar uma linha em branco e alinhados à direita colocar a instituição ou titulação.

Corpo do resumo: Deixar duas linhas em branco e escrever o resumo em alinhamento justificado. O texto do resumo não deve exceder 500 palavras. Resultados baseados em afirmações como “resultados serão apresentados” ou “dados serão analisados” não serão considerados. Não deverão ser incluídos referências ou agradecimentos. O resumo deve ser estruturado e conter os seguintes itens: Introdução; Objetivo; Metodologia; Resultados; Conclusão.

Deverá estar na forma de texto corrido, em único parágrafo, sem recuo de parágrafo no início das linhas, sem tabulações, sem marcadores ou numeradores, sem timbre, cabeçalho ou rodapé.

Palavras-chave: Deixar uma linha em branco e escrever as palavras-chave alinhadas à esquerda. O trabalho deverá conter de três à cinco palavras-chave, separadas por ponto e vírgula. As palavras-chave deverão estar contidas nos Descritos em Ciências da Saúde (DeCS).

Anais do Encontro Catarinense de Gerontologia – Volume 5 (2021)

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Referente aos trabalhos apresentados no XI Encontro Catarinense de Gerontologia

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Anais do Encontro Catarinense de Gerontologia - Volume 1 (2014)

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SUMÁRIO

A COMUNICAÇAO NÃO VERBAL ENTRE OS IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS: UMA TEIA INVISÍVEL

Cleusa de Moraes Militz
Universidade Federal de Santa Maria

Viviane Segabinazzi Saldanha
Universidade Federal de Santa Maria

Introdução: Grande parte de pequenos e grandes problemas, sejam eles pessoais ou não, ocorrem devido à incapacidade de uma comunicação adequada, ou seja, de saber ouvir, falar e observar. Os níveis de comunicação, o verbal e o não verbal, podem se apresentar e atuar concomitantemente nas interações entre os idosos, complementando-se ou contrapondo-se no discurso. Objetivo: Reconhecer a importância da comunicação não verbal do idoso institucionalizado com a equipe multiprofissional e entre os demais idosos institucionalizados. Metodologia: Utilizou-se como método de pesquisa a observação não participativa, documentando tudo em campo de notas, no período de 2013, em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos, situada em Santa Maria – RS em que residem 55 idosos do sexo masculino. Muito dos quais perderam a capacidade de verbalizar e, dentro de sua individualidade, usam o recurso da comunicação não verbal como meio de interagir com os demais idosos. Resultados: Percebe-se a importância de haver uma razoável capacidade de observação para entender gestos e sinais e assim compreender o que esta sendo transmitido, sendo pré-requisito simples e fundamental entender a comunicação não verbal. Acredita-se que a comunicação não verbal vai muito além da linguagem de sinais, e incorpora o modo com que usamos nosso corpo, além dos nossos gestos e nossa voz para transmitir certas mensagens.  Aprimorar  a  compreensão  da  comunicação  não  verbal  é   um processo lento e continuo devido às condições físicas, psicológicas e da individualidade de cada idoso Conclusão: O reconhecimento da existência e da importância de um modo não verbal de se fazer entender, expresso por meio do corpo e do movimento do ser humano é de vital importância para a equipe multiprofissional e entre os idosos institucionalizados, pois proporciona interpretar e compreender os sinais não verbalizados dos sujeitos envolvidos no processo da comunicação.

Palavras-chave: Métodos de Comunicação Total; Transtornos da Comunicação; Serviços de Saúde para Idosos; Instituição de Longa Permanência para Idosos.

 


DANÇA COMO OPÇÕES DE ESPETÁCULO E LAZER NA VIDA DO IDOSO

Luciana Gomes Alves
Universidade do Vale do Itajaí

Fabrício Leonardo de Souza
Universidade do Vale do Itajaí

Keith Wolff Kolombeski
Universidade do Vale do Itajaí

Introdução: Atualmente existe um grande número de programas de atividades físicas direcionados para pessoas idosas, e esses proporcionam um ótimo aproveitamento dos benefícios dessa época da vida. A maioria das atividades tem influenciado diretamente na qualidade de vida e saúde da pessoa idosa. Uma atividade de preferência dos idosos é a dança, que acontece de diversas formas, como em aulas sistematizadas, grupos de dança e bailes informais. Desta forma, esta pesquisa foi realizada no contexto da dança espetáculo e dança lazer para pessoas idosas. Objetivo: Analisar quais as diferenças e semelhanças entre os/as praticantes idosos de dança espetáculo e dança lazer em relação aos motivos para a sua prática. Metodologia: Pesquisa descritiva de caráter qualitativo, realizada no município de Itajaí/SC com idosos acima de  60 anos em dois ambientes distintos; o Baile da Sociedade Amigos do Juca e Grupo de Dança Fios de Prata. O instrumento de pesquisa foi a entrevista semiestruturada realizada com cinco sujeitos de cada grupo. Para análise dos dados utilizamos análise de conteúdo. Resultado: Evidenciamos que embora o grupo Fios de Prata participe de aulas sistematizadas de dança, ambos relacionam a dança com o lazer. Os dois grupos apresentam o fator prazer, melhora da saúde e da autoestima, como motivações principais para continuar praticando a dança. Conclusão: O fato dos idosos vivenciarem a dança de forma distinta entre si não influenciou na diferença do resultado e demonstra que a prática da dança para os idosos trás benefícios, seja em ambiente formal ou informal. Desta forma acreditamos que iniciativas devam ser tomadas para que a pessoa idosa tenha diversas opções de lazer, o que possibilitará na melhora da sua saúde.

Palavras-chaves: Dança, Idoso; Atividades de Lazer


A EDUCAÇÃO FÍSICA COMO FUNDAMENTO PARA EMANCIPAÇÃO NO ASILO – POR UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA PARA ALÉM DOS BENEFÍCIOS FÍSICOS

Daniele Jacobi Berleze
Universidade Federal de Santa Maria

Marco Aurélio Acosta
Universidade Federal de Santa Maria

Introdução: A pesquisa se baseia nas atividades do projeto de extensão “Atividades Físicas, Culturais e de Lazer em Instituições de Longa Permanência – Ações da Educação Física”, que tem como base teórica a Teoria Crítico Emancipatória e Didática Comunicativa. Objetivo: Identificar possibilidades de ações da educação física a partir de propostas didáticas emancipatórias em Instituições de Longa Permanência para Idosos. Ou seja, legitimar a educação física enquanto prática pedagógica com idosos, tendo focos educacionais e socioculturais, com o intuito de provocar a emancipação através do diálogo e da comunicação. Metodologia: o método de pesquisa utilizado foi a Pesquisa- Ação, que visa colocar a ciência á serviço da emancipação social, na qual o pesquisador deve educar e investigar ao mesmo tempo, para ressignificar sua prática pedagógica, unindo teoria e prática, reflexão e ação. Para obtenção dos dados   havia   avaliação   constante   do   grupo   de   estudos,   produção   de conhecimento, diálogo, observação e gravação das aulas nos asilos, com idosos e profissionais do local. Resultados: é possível constatar, por meio das percepções desveladas pelos próprios idosos, tanto em palavras como em ações, incontáveis contribuições da proposta. Percebemos que as experiências de movimentos foram enriquecidas e houve ganho de autonomia, como também um aprendizado das atividades e dos conteúdos da educação física. Houve ainda uma efetiva integração no âmbito sócio-cultural, legitimando a educação física como uma prática pedagógica caracterizada também no campo não formal. Conclusão: Podemos concluir que encontramos assim uma possibilidade, através da educação física, de desenvolver lazer educativo com idosos, contribuindo para formação de indivíduos críticos capazes de construir e transformar o conhecimento, ainda que espaços da sociedade os destituam dessa capacidade. As constantes avaliações também contribuem para demonstrar que é bem possível de se trabalhar baseado em teorias pedagógicas, fazendo um trabalho voltado para o aprendizado, lazer, recreação e não somente para a saúde.

Palavras-chaves: Idosos. Asilos. Educação Física.


A FAMÍLIA NO CICLO VITAL TARDIO E OS DESAFIOS DA APOSENTADORIA: UM ESTUDO COM CASAIS APOSENTADOS

Marcos Henrique Antunes
Universidade Federal de Santa Catarina

Dulce Helena Penna Soares
Universidade de Strasbourg

Carmen Leontina Ojeda Ocampo Moré
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Introdução: A aposentadoria se caracteriza como um fenômeno multifacetado, cujas repercussões ocasionam diversas modificações na vida do indivíduo e, especialmente, no contexto familiar, tendo em vista que este se constitui um dos principais espaços que serão habitados pelo indivíduo aposentado e, frequentemente, motivo de apreensão acerca dos desdobramentos nos padrões relacionais nesse período da vida. Cabe reiterar que a discussão dessa temática é relevante, principalmente, em virtude das transformações demográficas e do envelhecimento populacional, de modo que urge pensar práticas e políticas destinadas à promover a qualidade de vida e bem estar de idosos e aposentados. Objetivo: Compreender as repercussões da aposentadoria na dinâmica relacional familiar na perspectiva do casal. Metodologia: Este estudo de natureza qualitativa, teve como participantes 06 casais que encontravam-se aposentados há, pelo menos, um ano. A coleta de dados ocorreu por meio de Entrevistas Semiestruturadas. Os dados foram analisados seguindo os princípios da Grounded Theory. Resultados: Evidenciou-se que a organização do sistema familiar se modifica após a efetivação da aposentadoria, alterando- se os papéis e a qualidade do vínculo estabelecido entre os integrantes da família. Quanto às funções desempenhadas pelo contexto familiar no processo de aposentadoria, constatou-se que a acolhida e o apoio são elementos centrais para o indivíduo que efetiva seu desligamento laboral. Verificou-se, ainda, uma série de aspectos que interferem na vivência deste período da vida, os quais dizem respeito ao autocuidado, à espiritualidade, à influência das obrigações financeiras para com os componentes da família e a necessidade de uma comunicação aberta entre estes, além de diferenças de gênero construídas culturalmente. Conclusão: Julga-se importante considerar o contexto relacional do indivíduo na compreensão dos processos de envelhecimento e de aposentadoria, tendo em vista que este elemento possibilita uma apreensão ampla das motivações e condições que poderão facilitar e/ou dificultar a adaptação do indivíduo ao desligamento laboral.

Palavras-chave: Família; Relações familiares; Aposentadoria; Envelhecimento.


A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA NA VISÃO DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS E ATIVOS

André Araújo Pinto
Centro Universitário do Norte

Cristine Cacau Pinheiro
Universidade do Estado do Amazonas

Elielza Guerreiro Menezes
Universidade do Estado do Amazonas

Introdução: O envelhecimento biológico é um fenômeno multifatorial associado a profundas mudanças na atividade das células, tecidos e órgãos, responsável pela redução da eficácia de um conjunto de processos fisiológicos. A prática regular de exercícios físicos é uma estratégia preventiva capaz de melhorar o estado de saúde física e psíquica em qualquer idade, tendo efeitos benéficos no combate às perdas funcionais do envelhecimento. Objetivo: verificar o conhecimento de idosos institucionalizados e ativos sobre a importância da atividade física. Metodologia: o n amostral foi de 20 idosos ativos, predominando o gênero masculino em 65% (n=13) do número de sujeitos e 35% (n=7) do gênero feminino, com idades entre 60 e 92 anos sem limitações cognitivas, residentes na Fundação Dr. Thomas da cidade de Manaus. O conhecimento empírico sobre a atividade foi avaliado através de um questionário semiestruturado composto por 30 questões abertas e fechadas relacionadas com o lazer, práticas corporais sistematizadas e atividades da vida diária. Resultados: através da análise estatística foi constatado que metade dos idosos 50% desconhecia a importância da atividade física, não conseguindo apontar no mínimo três benefícios adquiridos com a prática regular de exercícios físicos. Em contrapartida, a outra metade 50% indicou de 7 a 10 benefícios adquiridos com a prática de atividades físicas e associaram ainda melhoras na saúde após a adesão de exercícios, admitindo bem estar com adesão de atividades físicas. Conclusão: é necessário criar estratégias que possibilitem a estes idosos mais conhecimento sobre atividades físicas, deste modo, é possível que a procura por atividades seja aumentada possibilitando mais saúde e qualidade de vida para o idoso.

Palavras-chave: Conhecimento; Atividade Física; Idosos.

A INFLUÊNCIA DO EXERCÍCIO FÍSICO QUANTO AOS ASPECTOS FÍSICO- FUNCIONAL E EMOCIONAL DE PARTICIPANTES DO PROJETO DE EXTENSÃO BOLA PRA FRENTE: PRÁTICAS CORPORAIS PARA TERCEIRA IDADE

Amanda Biava Lima
Universidade do Extremo Sul Catarinense

Sabrina Furtunato de Ávila
Universidade do Extremo Sul Catarinense

Luana Cademartori Minghelli
Universidade do Extremo Sul Catarinense

Eduardo Batista Von Borowski
Universidade do Extremo Sul Catarinense

Victor Julierme Santos da Conceição
Universidade do Extremo Sul Catarinense

Introdução: O exercício físico pode abrandar o processo de declínio das funções orgânicas que são observadas com o envelhecimento. Além disso, leva o indivíduo a uma maior participação social, resultando no melhor bem-estar, contribuindo para a melhoria de sua qualidade de vida. Essas atividades executadas coletivamente trazem também benefícios nos aspectos afetivos e psicossociais, contribuindo para atenuar as carências físicas e emocionais que surgem com o tempo. Objetivo: Identificar a influência do exercício físico quanto aos aspectos físico-funcional e psicossocial de participantes do projeto de extensão Bola pra Frente: práticas corporais para terceira idade. Metodologia: participaram da pesquisa 100 idosos de ambos os sexos com idades entre 60 e 85 anos. Estes são divididos em cinco turmas e participam das atividades duas vezes por semana com duração de 60 minutos. As turmas foram entrevistadas com perguntas abertas relacionadas à percepção da influência da prática de exercício físico nos aspectos físicos e emocionais dos participantes. Resultados: Ao analisar as falas dos idosos foi possível perceber o quanto o exercício influenciou positivamente em suas capacidades funcionais, tornando- os capazes de executar tarefas da vida diária com maior facilidade. Houveram relatos que após os participantes iniciarem no projeto, sentiram redução das dores articulares e no corpo. Outros relatos estiveram relacionados à satisfação e alegria que sentem ao participar das aulas devido às relações de amizade que cultivam com os colegas e professores. Conclusão: Conclui-se com esta pesquisa que os idosos utilizam a prática de exercício físico não apenas como alternativa para atenuação de suas patologias, mas principalmente para o controle de desequilíbrios emocionais. Assim é de extrema importância lembrar que ao elaborar um programa de exercício físico é lidado com pessoas dotadas de corpo, mente e espirito sendo impossível trabalha-las separadamente.

Palavras chaves: envelhecimento; saúde do idoso; práticas corporais.


A NEGLIGÊNCIA INTRAFAMILIAR CONTRA A PESSOA IDOSA NO CONTEXTO DO SERVIÇO DE PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL DE ATENDIMENTO ÀS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA, IDOSAS E SUAS FAMÍLIAS (SEPREDI) NO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS/SC

Eliane Fransieli Muller
Universidade do Sul de Santa Catarina

Vera Nícia Fortkamp de Araújo
Universidade do Sul de Santa Catarina

Introdução: A violência intrafamiliar contra a pessoa idosa é considerada o avesso dos seus direitos expressos no Estatuto do Idoso, Lei n°10.741/2003. É um fenômeno social que acontece como uma quebra de expectativa positiva da pessoa idosa em relação às demais pessoas e instituições que os cercam. Objetivo: Analisar como ocorre a negligência intrafamiliar contra a pessoa idosa no contexto das denúncias de violência acompanhadas pelo Serviço de Proteção Social Especial de Atendimento às Pessoas com Deficiência, Idosas e suas Famílias (SEPREDI). Metodologia: Pesquisa exploratória com dados quantitativos e qualitativos. Pesquisa documental, envolvendo o SEPREDI como fonte de coleta de dados com dados estatísticos do ano 2012 e os prontuários das pessoas idosas acompanhadas por este, as quais houve denúncia de negligência. Resultados: A negligência ocorreu isoladamente em vinte (20) casos do total de sessenta (60); incidiu em quarenta e dois (42) casos contra as pessoas idosas do sexo feminino. A maioria é viúvo (a); em trinta e cinco (35) casos, as pessoas idosas residem com familiares. A renda é de um salário mínimo; a maior incidência é na faixa etária acima de 80 anos. Conclusão: A negligência no âmbito familiar acontece devido à sobrecarga de trabalho do cuidador familiar, a falta de condições físicas, materiais e financeiras, vínculos familiares fragilizados e o despreparo do cuidador familiar ao prestar os cuidados à pessoa idosa aliada a políticas públicas incipientes e centralizadas no papel da família como cuidadora.

Palavras-chave: Pessoa idosa; Negligência; Políticas Públicas; Família.


A PERCEPÇÃO FAMILIAR DIANTE DA INSTITUCIONALIZAÇÃO DO IDOSO COM DOENÇA DE ALZHEIMER EM INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS (ILPI)

Keli Terezinha Menin
Universidade do Sul de Santa Catarina

Rosane Trindade
Universidade do Sul de Santa Catarina

Ilse Lisiane Vieira Viertel
Universidade do Sul de Santa Catarina

Introdução: O presente estudo foi desenvolvido com familiares de idosos com Doença de  Alzheimer  (DA)  que  residem  em  uma  Instituição  de        Longa Permanência para Idosos (ILPI) no município de Florianópolis Santa Catarina. Objetivo: Analisar a percepção do familiar diante da institucionalização do idoso com Doença de Alzheimer em instituição de longa permanência para idosos. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa do tipo qualitativa o instrumento de coleta foi entrevista individual, onde foram entrevistados seis familiares de idosos com Doença de Alzheimer. Para a análise dos dados foi utilizada a análise de conteúdo. Resultados: O estudo mostrou que alguns dos familiares do idoso com Doença de Alzheimer realizaram cuidados no domicilio em torno de seis anos, a escolha pela Instituição de Longa Permanência para Idosos foi motivada pela falta de cuidadores capacitados em prestar o cuidado domiciliar, bem como relataram que, além da sobrecarga dos cuidados o fator emocional também foi importante na decisão. Identificou também, que os familiares enfrentaram as maiores dificuldades para prestar os cuidados ao idoso quando o declínio cognitivo comprometeu a independência e autonomia do idoso para as atividades de vida diária (AVDs) e para as atividades instrumentais de vida diária (AIVDs). Além dos serviços oferecidos, estes optaram pela instituição pelo acolhimento do serviço enfermagem, boas condições de higiene do ambiente e qualidade da alimentação. Evidenciou também que a indicação do profissional médico ajudou na escolha da instituição. Conclusão: Apesar da esperança que a família expressa em cuidar do idoso no ambiente domiciliar a residência na Instituição de Longa Permanência para Idosos é positiva, analisou-se que as famílias já percebem a importância dessas instituições, de cuidados especializados como rede de apoio ao enfrentamento da Doença de Alzheimer.

Palavras-chave: ILPI (Instituição de Longa Permanência para Idosos). Idoso. Doença de Alzheimer.


A TEMÁTICA DA GERONTOLOGIA NAS GRADES CURRICULARES DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Thaíssa Araujo de Bessa
Universidade de São Paulo

Meire Cachioni
Universidade de São Paulo

Introdução: A formação de recursos humanos na área gerontológica é de fundamental importância para a garantia de uma qualificada atenção à pessoa idosa. Objetivo: A respeito do ensino das temáticas gerontológicas, este estudo buscou as disciplinas presentes nas grades curriculares vigentes em 2011 nos cursos de graduação da Universidade de São Paulo | USP nas respectivas áreas: Saúde, Humanas e Sociais. Metodologia: As informações foram obtidas por meio dos sites das Unidades, bem como pelo sistema único e de acesso livre on-line, em que estão cadastradas todas as disciplinas, utilizou-se para pesquisa as palavras-chave: Geriatria, Gerontologia, Geriatria e Gerontologia, Idoso, velhice, Envelhecimento e Terceira Idade. As informações foram subdivididas por: Unidade, Curso, Disciplina, Semestre, Ementa e Aspectos Predominantes. Resultados: Foram localizados 73 cursos dos diversos campi da USP. Cerca de 20% dos cursos apresentaram disciplinas com as palavras-chave pesquisadas. Foi possível observar predomínio dos aspectos Biológicos e Interdisciplinares nas ementas. Conclusão: Os resultados sugerem a escassez de disciplinas voltadas ao estudo da Gerontologia e suas vertentes, na Universidade de São Paulo. Demonstrou ainda ser de fundamental importância, investir de maneira mais ampla na formação dos egressos que trabalharam com a população idosa.

Palavras chave: Gerontologia; envelhecimento; graduação; universidade.


ACAMPAVIDA: ESTRATÉGIA INTERDISCIPLINAR DE CONHECIMENTO E INTERAÇÃO COM O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO HUMANO

Fernando Gomes Ceccon
Universidade Federal de Santa Maria

Marco Aurélio de Figueiredo Acosta
Universidade Federal de Santa Maria

Introdução: tendo em vista o crescente número de idosos no Brasil e em todo mundo, os cursos superiores têm trabalhado na busca por mudanças nos currículos, nas metodologias e nos próprios materiais didáticos, com o intuito de formar recursos humanos capazes de produzir um cuidado qualificado ao encontro do que preconiza a Política Nacional do Idoso. Entre as ações propostas por esses cursos, tem-se aquelas de natureza extensionista, que visam ultrapassar o âmbito específico de atuação da universidade e dirigem-se à sociedade, permitindo a produção e a socialização do conhecimento. Nessa perspectiva, destaca-se o Acampavida, que tem como objetivo proporcionar à população idosa uma oportunidade de convivência e relação interpessoal dentro da universidade, além da experimentação de várias expressões do movimento humano, do lúdico e da cultura. Objetivo: refletir sobre a contribuição do Acampavida no conhecimento e interação com o processo de envelhecimento humano. Metodologia: o Acampavida está vinculado ao Grupo de Estudos e Pesquisa em Gerontologia (GEPEG), da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Consiste em uma atividade de extensão, realizada anualmente, com a participação de diversos cursos da UFSM e de outras instituições de ensino do município de Santa Maria. Teve sua primeira edição no ano de 1998 e, atualmente, prepara-se para a sua 16ª edição, a ser desenvolvida no mês de outubro. Resultados: a cada edição, o Acampavida conta uma média de 1044 participantes, os quais desenvolvem oficinas, cultos ecumênicos e apresentações artísticas. Ao longo dos anos, o Acampavida tornou-se um espaço coletivo de aprendizagem para idosos, professores e profissionais em formação. Neste, os verdadeiros protagonistas são os idosos, que podem atuar diretamente na sua organização. Conclusão: o Acampavida vem representando uma referência no trabalho com a terceira idade. Ele tem permitido aos envolvidos perceber e vivenciar o envelhecimento de forma participativa, diversificada e singular.

Palavras chave: idoso; envelhecimento; saúde.


APTIDÃO FÍSICA DE IDOSOS PRATICANTES DE UM PROGRAMA PÚBLICO DE ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE

Elaine Cristina Rodrigues Farina
Universidade Vale do Itajaí

Bruno Rombaldi
Universidade Vale do Itajaí

Rodrigo Arlécio
Universidade Vale do Itajaí

Introdução: Existem vários programas públicos voltados à saúde que preconizam a atividade física como recurso de promoção de saúde e prevenção de doenças, e muitos deles estão vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Objetivo: avaliar a aptidão física (flexibilidade e força dos membros inferiores) em um grupo de idosos que participavam do Programa “Mais Ativa” de uma cidade litorânea de Santa Catarina. Metodologia: foram utilizados os testes de Sentar e Alcançar para verificação da flexibilidade e o teste de Sentar e Levantar da Cadeira para verificar a força dos membros inferiores de Rikli & Jones (1999). Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética (parecer 212.525). A pesquisa foi realizada com idosos voluntários de ambos os sexos, que frequentavam o programa a mais de dois meses nos grupos da academia da saúde, da caminhada na praia ou em ambas as atividades. Resultados: Foram avaliados 60 idosos, dos quais 15% (1 homem e 8 mulheres) alcançaram índices médios iguais ou superiores aos valores normativos (escalas) de referência para a sua idade no teste Sentar e Alcançar, já no teste de Sentar e Levantar este percentual ficou em 45% (7homens e 20 mulheres), ou seja, 85% e 55%, respectivamente, ficaram com valores abaixo do esperado. Conclusão:   Estas valências físicas são muito importantes para a capacidade funcional do idoso, com estes resultados, justifica-se e reforça a introdução das avaliações funcionais nos programas voltados principalmente para idosos. Estes resultados informam as necessidades do grupo, que de forma geral, atinge tanto os homens como as mulheres, indicando os fatores de risco relacionados com a diminuição destas capacidades, como a perda de autonomia precocemente e o favorecimento às quedas. Estes resultados sugerem a realização de um trabalho mais específico, além do desenvolvido rotineiramente no programa.

Palavras-chaves: Idoso; aptidão física; atividade física.


ASPECTOS PEDAGÓGICOS RELEVANTES PARA A AULA DE EXERCICIOS FISICOS NA PERCEPÇÃO DE OCTAGENÁRIAS

Moane Marchesan
Universidade Federal de Santa Catarina

Marize Amorim Lopes
Universidade Federal de Santa Catarina

Rodrigo de Rosso Krug
Universidade Federal de Santa Catarina

Giovana Zarpellon Mazo
Universidade do Estado de Santa Catarina

Introdução: Aulas de exercícios físicos para idosos devem ser planejadas e executadas, tendo em vista que esta população mais velha (octogenárias) tem características muito diferenciadas de outras faixas etárias. Objetivo: Verificar os aspectos pedagógicos mais relevantes de uma aula de exercícios físicos para adoção e permanência em programas de atividades físicas na percepção de octogenárias. Métodos: Esta pesquisa descritiva qualitativa foi realizada nos anos de 2010 e 2011, com 69 mulheres com 80 e mais anos de idade participantes de grupos de convivência cadastrados na Prefeitura Municipal de Florianópolis/SC. Foi utilizada a técnica de grupo focal interpretada pela análise de conteúdo. Resultados: As idosas octogenárias perceberam duas categorias como aspectos pedagógicos mais importantes de uma aula de exercícios físicos para adoção e permanência em programas de atividades físicas, sendo elas: a) atuação profissional – capacitação profissional para trabalhar com idosos, boa relação pessoal (ter carinho e respeito) e saber motivar as idosas; e b) metodologia das aulas – intensidade, duração, frequência e complexidade dos exercícios físicos serem adequadas para idosas octogenárias e avaliar e controlar os resultados obtidos pelas alunas. Conclusão: Para trabalhar com idosas octogenárias o professor de Educação Física deve conhecer as características diferenciadas desta faixa etária, além de ser capacitado e apto a desenvolver uma metodologia de aula condizente com a realidade e aptidão física destas pessoas octogenárias favorecendo assim uma maior adoção e permanência desta população em programas de atividades físicas.

Palavras-chave: Octogenárias; Aspectos Pedagógicos; Programas; Exercício físico.


ASSISTÊNCIA ESPECIALIZADA INTERDISCIPLINAR AOS IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS COM ALGUM GRAU DE DEPENDÊNCIA FÍSICA

Mariana Garcia Ghisi
Universidade do Extremo Sul Catarinense

Érica Motta de Souza
Universidade do Extremo Sul Catarinense

Larissa Araujo Flor
Universidade do Extremo Sul Catarinense

Mariane Rezin Favarin
Universidade do Extremo Sul Catarinense

Neiva Junkes Hoepers
Universidade do Extremo Sul Catarinense

Maria Salete Salvaro
Universidade do Extremo Sul Catarinense

Introdução: A humanidade está envelhecendo, com isso é inerente as modificações morfofisiológicas, funcionais, psicológicas e das relações sociais, que acontecem de forma diferente para cada pessoa. Sendo que na maioria das vezes agrega patologias que podem levar este indivíduo a independência física e psicológica, levando a institucionalização ou mesmo a morte. E o maior beneficiado neste caso é o idoso institucionalizado em Instituição de Longa Permanência para Idoso (ILPI). Objetivo: prestar assistência interdisciplinar aos idosos institucionalizados em Instituições de ILPI. Metodologia: Foi um projeto de extensão com plano de ação interdisciplinar a ILPI com 70 idosos institucionalizados e seus cuidadores. Envolvendo ações para melhoria do cuidado com os idosos, capacitação de seus cuidadores e o progresso na comunicação e interação com a família e a participação social. Resultados: Realizado recadastramento dos idosos, com elaboração do histórico de vida. Feito identificação visual (fotografia do idoso) em folha rosto no prontuário. Identificado o grau de dependência; Prestado capacitação (n=20) quanto o cuidado, incentivando o autocuidado, promovendo a autonomia e manejos aos idosos. Proposto interação com a família e a participação social, através de reuniões e em eventos espirituais. Iniciado educação permanente aos cuidadores desta ILPI, com proposta de parceria com os cursos da saúde da UNESC. Conclusão: O cuidado ao ser humano nas diversas etapas da vida constitui objeto de trabalho da área da saúde, sobretudo da Enfermagem. A qual tem importante papel no que diz respeito à saúde dos idosos e à instrumentalização dos cuidadores que atuam em ILPI, visando à qualificação da assistência prestada ao indivíduo idoso e poder contribuir com ações para melhorar as condições de vida dos mesmos.

Palavras chave: Enfermagem. Cuidado. Institucionalização.


ATENÇÃO À SAÚDE BUCAL DE IDOSOS: ENTRE SABER E FAZER DOS CUIDADORES

Keila Cristina Rausch Pereira
Universidade do Sul de Santa Catarina

Fernando Guimarães
Universidade do Sul de Santa Catarina

Introdução: Os avanços técnico-científicos proporcionaram o prolongamento da vida das pessoas. A alteração demográfica mais importante que influencia é o rápido crescimento da proporção de pessoas com mais de 85 anos. O grau de dependência influência diretamente na vida do idoso e de sua família, pois a dificuldade de realizar as atividades de vida diária determina a necessidade de um cuidador. Uma das alternativas encontradas pelo governo para minimizar esta situação, foi o atendimento em domicílio dos pacientes, surgindo assim à figura dos cuidadores de idosos em internação domiciliar. Cuidador é aquele que tem o dever de cuidar e atender às necessidades do ser cuidado, objetivando a melhoria de sua saúde e da qualidade de sua vida, sendo este definido como formal, quando possui formação específica para os cuidados que presta e informal, quando não possui formação específica. Objetivo: Conhecer a relação do conhecimento que indivíduos cuidadores têm sobre saúde bucal com os cuidados que desenvolvem em idosos acamados em domicílio. Buscou com isso conhecer o perfil dos cuidadores e os cuidados bucais que realizam aos idosos dependentes. Metodologia: Estudo exploratório de abordagem qualitativa, com nove cuidadores de idosos, cadastrados no Projeto de Extensão Interdisciplinar de Atenção Integral ao Idoso, da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), campus Tubarão. A técnica utilizada foi à entrevista com base em um roteiro semi-estruturado, os dados foram trabalhados pela técnica de análise de conteúdo. O Projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da UNISUL, sob o Protocolo n.º 08.438.4.02.III. Resultados: Os cuidadores consideraram ter conhecimentos sobre os cuidados de higiene bucal que devem executar, porem a pratica realizada não considera o ser humano e sua boca, a visão do cuidador é direcionada apenas para a prótese (dentadura).

Palavras-chaves: Cuidadores, Saúde bucal, idosos.


ATENÇÃO À SAÚDE DO IDOSO: INDICADORES DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DA GESTÃO LOCAL

Keila Cristina Rausch Pereira
Universidade Federal de Santa Catarina

Maria Cristina Calvo
Universidade Federal de Santa Catarina

Josimari de Telino Lacerda
Universidade Federal de Santa Catarina

Introdução: O aumento da população idosa coloca para governos e sociedade os desafios de enfrentar problemas peculiares ao envelhecimento e de garantir os serviços que contemplem o complexo processo de envelhecer. Para tanto, a gestão necessita de indicadores apropriados para a tomada de decisão nesta área. Objetivo: Desenvolver e testar indicadores de monitoramento e avaliação para a gestão local na atenção à saúde do idoso. Metodologia: Estudo avaliativo em duas etapas: identificação do modelo teórico-logico e definição do conjunto de indicadores. O modelo teórico-lógico apresenta as ações de responsabilidade do gestor local na Atenção a Saúde do idoso no contexto do sistema público de saúde e a correspondência entre teoria e prática. A pesquisa na literatura científica e legal fundamentou a escolha de indicadores, que foram agrupados em duas dimensões e oito subdimensões. Os indicadores foram validado por experts da área em oficinas de consenso pela técnica comitê tradicional e testado em um município. Resultado: Indicadores de fácil aplicação, reprodução e compreensão, possibilitam a classificação da gestão e orientam decisões em busca da qualidade na atenção à saúde do idoso. Conclusão: Os indicadores são importantes instrumentos para a gestão. O uso periódico no monitoramento e avaliação das ações orientam o planejamento, facilitam as pactuações. A aplicação da matriz avaliativa no município demonstrou que os indicadores são apropriados. Ajustes foram realizados em dois indicadores e no questionário elaborado para a coleta. Todas as informações necessárias estavam disponíveis e eram de domínio do gestor. O modelo avaliativo possibilita a classificação  da gestão e orientação na tomada de decisões em busca da qualidade na atenção à saúde do idoso.

Palavras-chaves: Avaliação, avaliação em saúde, atenção ao idoso


ATIVIDADE FÍSICA E ESTADO EVOLUTIVO DA DEMÊNCIA DE IDOSOS COM DOENÇA DE ALZHEIMER: PERCEPÇÃO E SOBRECARGA DO CUIDADOR

Paula Fabricio Sandreschi
Universidade do Estado de Santa Catarina

Bárbara Castro Oltramari Borghesan
Universidade do Estado de Santa Catarina

Gabriel de Aguiar Antunes
Universidade do Estado de Santa Catarina

Daniel Rogério Petreça
Universidade do Estado de Santa Catarina

Giovana Zarpellon Mazo
Universidade do Estado de Santa Catarina

Introdução: Os pacientes com Doença de Alzheimer apresentam declínios motores, cognitivos e funcionais, que se acentuam em diferentes fases da doença. Esses declínios dificultam inicialmente a realização das atividades da vida diária mais complexas, mas com a evolução da demência as tarefas básicas também são afetadas, o que torna necessária a presença de um cuidador para programar e organizar as rotinas da casa. Objetivo: comparar a prática de atividade física (AF) e o estado evolutivo da demência de idosos com Alzheimer com a sobrecarga do cuidador. Metodologia: trata-se de uma pesquisa descritiva, tendo como sujeitos 13 idosos com a doença de Alzheimer e seus respectivos cuidadores. Utilizou-se para a coleta de dados: ficha diagnóstica, para caracterização dos participantes e verificar se praticavam ou não AF; Escala de Avaliação Clínica da Demência (CDR), para identificar o grau evolutivo da demência e questionário Zarit, para estimar o nível de sobrecarga dos cuidadores. Para realizar as comparações, foi utilizado teste Mann-Whitney (para variáveis dicotômicas) e Kruskall-Wallis (para aquelas que apresentavam mais  de  duas  categorias).   O   nível   de   significância  adotado  foi    p≤0,05. Resultados: As cuidadoras possuíam em média 56±7,3 anos de idade, eram do sexo feminino e a maioria estudou de 9 a 12 anos. Foi verificado que a maioria dos idosos residia com o seu cuidador, e que a tarefa de cuidar era desempenhada principalmente pelas filhas. Já os idosos, possuíam média de idade de 78,92±9,77 anos; a maioria era do sexo feminino, tinha baixa escolaridade e não praticava AF. Apenas 4 idosos realizavam caminhada. Quanto à comparação da prática de AF e do estado evolutivo da demência com o nível de sobrecarga do cuidador, contatou-se que o nível de sobrecarga apresentou diferença significativa entre os cuidadores de idosos praticantes e não praticantes. Conclusão: Idosos com Alzheimer que praticam AF sobrecarregam menos os seus cuidadores, demonstrando com isto a importância desta prática.

Palavras-chave: Idoso; atividade física; Doença de Alzheimer.


AVALIAÇÃO DE UMA ATIVIDADE COLETIVA DE PILATES E EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE AOS IDOSOS DE TAIÓ/SC

Davi da Silva Duarte
Fundação Universidade Regional de Blumenau

Carlos Roberto de Oliveira Nunes
Fundação Universidade Regional de Blumenau

Introdução: O sedentarismo e a falta de orientação sobre hábitos salutares entre idosos são fatores de risco para doenças crônicas e incapacidade funcional. A independência e a autonomia são metas a serem alcançadas na atenção à saúde desta população. Sabe-se que a prevenção das morbidades através da promoção de saúde tornam as abordagens mais eficientes na Saúde Pública. Objetivo: Avaliar modificações na funcionalidade e na qualidade de vida dos participantes das atividades coletivas propostas, a fim de proporcionar um envelhecimento saudável e ativo aos idosos de Taió/SC. Metodologia: Pesquisa “com sujeito único” – delineamento com reversão. Foram selecionados 24 voluntários, que participaram de discussões sobre assuntos relativos à saúde em geral e fizeram exercícios de Pilates. As avaliações foram realizadas ao início e ao final do programa através de anamnese, de questionário para qualidade de vida (WHOQOL-OLD) e de testes para funcionalidade (Protocolo GDLAM). A análise dos dados ocorreu por meio da utilização de ferramentas da estatística descritiva, incluindo mediana, média, desvio padrão e desvio quartílico. O estudo admitiu p<0,05. Resultados: Foram obtidos resultados melhores em todos os testes e no índice geral do GDLAM, tendo este passado da classificação “fraca” (𝑥 GDLAM=32,84)   para   “regular”   (𝑥 GDLAM=26,2).   Comparando   os   escores, encontraram-se diferenças também a favor da qualidade de vida, inclusive segundo relatos dos participantes em relação às modificações de  seus hábitos cotidianos. Conclusão: O treinamento baseado no Método  Pilates assegurou aumento de funcionalidade dos voluntários, bem como as conversas informais possibilitaram o empoderamento da  situação saúde/doença. Portanto,  o desenvolvimento  de  práticas  corporais  e educativas   expressaram   a concretização do princípio da integralidade no SUS.

Palavras-chave: Saúde Pública; Integralidade em Saúde; Fisioterapia.


AVALIAÇÃO DO GRAU DE DEPENDÊNCIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS

Érica Motta de Souza
Universidade do Extremo Sul Catarinense

Diogo Dominguini
Universidade do Extremo Sul Catarinense

Larissa Flôr Araújo
Universidade do Extremo Sul Catarinense

Mariana Garcia Ghisi
Universidade do Extremo Sul Catarinense

Mariane Rezin Favarin
Universidade do Extremo Sul Catarinense

Neiva Junkes Hoepers
Universidade do Extremo Sul Catarinense

 

Introdução: O processo do envelhecimento pode ser entendido como um conjunto de modificações morfológicas, fisiológicas, bioquímicas e psicológicas que determinam a perda gradativa da capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente, sendo considerado um processo dinâmico e progressivo. Objetivo: Avaliar o grau de dependência dos idosos institucionalizados em um município do sul de Santa Catarina. Metodologia: Estudo quantitativo e descritivo, com 137 idosos Institucionalizados do município de Criciúma- SC. Aplicou-se a escala de atividade de vida diária – AVD, índice de Katz (1969). Resultados: Os idosos (n=137) na sua maioria são do gênero feminino (62%), e o gênero masculino em (38%), com média de idade em 71,6 anos. Quanto aos resultados, em relação ao banho do idoso 69,23% dos homens tomam banho sem qualquer necessidade, levando em consideração que se observou apenas o idoso no chuveiro pronto para banhar-se, já em relação às mulheres 69,2% necessita de ajuda para lavar mais do que uma parte do corpo. Quanto ao vestir- se 67,3% dos homens se vestem por completo e já as mulheres 76,5% necessitam de alguma ajuda para vestir-se. Na mobilização do idoso, 90,4% dos homens entram e saem da cama, sentam e levantam sem ajuda, enquanto que 43,52% das mulheres conseguem entrar e sair da cama sem ajuda. Quanto à alimentação, homens 92,31% comem sem qualquer ajuda, e as mulheres 81,18% conseguem se alimentar sem ajuda. Conclusão: Segundo os resultados obtidos as mulheres apresentam maior grau de dependência em relação à atividade de vida diária, o qual se faz necessário um atendimento  diferenciado garantindo uma qualidade nas atividades de vida diária das mesmas, facilitando assim a capacidade de mobilidade motora através da inserção de equipes multiprofissionais dentro das instituições de longa permanência para idosos.

Palavras chave: Idosos; Institucionalização; Grau de dependência; Enfermagem.


CICLO DE CINEMA “ENVELHECIMENTO”

Fernando Gomes Ceccon
Universidade Federal de Santa Maria

Marco Aurélio de Figueiredo Acosta
Universidade Federal de Santa Maria

Introdução: o envelhecimento crescente da população tem instigado a reflexão acerca de inúmeras questões relacionadas às ações de saúde e políticas públicas voltadas para população idosa. Algumas atividades têm sido propostas nos espaços acadêmicos, no intuito de aproximar esses sujeitos de outros contextos sociais e de qualificar as ações voltadas para os mesmos. Objetivo: refletir sobre a contribuição do Ciclo de Cinema “Envelhecimento” ao público idoso do município de Santa Maria. Metodologia: o Ciclo de Cinema “Envelhecimento” está vinculado ao Núcleo Integrado de Estudos e Apoio à Terceira Idade (NIEATI) e ao Grupo de Estudos e Pesquisa em Gerontologia (GEPEG), da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). O Ciclo iniciou suas atividades no ano 2009 e encontra-se, atualmente, na sua sexta edição. Ele é organizado em cinco sessões, que ocorrem nos sábados, mensalmente. As sessões são organizadas por um docente e estudantes da UFSM vinculados ao GEPEG e contam com a participação de idosos de diferentes bairros do município. O Ciclo tem como objetivo estimular o público a pensar sobre o processo de envelhecimento, observar o processo no outro e se preparar para o próprio envelhecimento. Resultados: através do recurso cinematográfico e de um ambiente de convivência intergeracional, o Ciclo tem possibilitado a interação grupal e a troca de saberes. Pondera-se que o Ciclo de Cinema ancora-se nos pressupostos preconizados nas políticas públicas voltadas para a terceira idade ao oportunizar momentos de discussão e reflexão acerca do processo de envelhecimento e ampliar os espaços de socialização da população idosa. Conclusão: considera-se que o Ciclo tem contribuído na produção de conhecimentos e reflexão acerca do processo de envelhecimento, inserção do idoso na sociedade, promoção de ações voltadas para o envelhecimento saudável e valorização do sujeito. A ação tem-se mostrado uma estratégia diferencial e inovadora para estimular o debate sobre o envelhecimento.

Palavras-chave: idoso; envelhecimento; saúde.

 


COMO HOMENS E MULHERES IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS PERCEBEM-SE NO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO

Neiva Junkes Hoepers
Universidade do Extremo Sul Catarinense

Daniela Salvan Alano
Universidade do Extremo Sul Catarinense

Maria Salete Salvaro
Universidade do Extremo Sul Catarinense

Mágada Tessman Schwalmn
Universidade do Extremo Sul Catarinense

Introdução: Embora seja evidente o grande número de idosos no Brasil, ainda se conhece pouco sobre essa pessoa. Ao longo das próximas décadas, testemunharemos crescimento no número e proporção deles devido à redução da taxa de mortalidade infantil, à maior expectativa de vida e à melhora das condições de saúde. Projeções apontam que o Brasil caminha para uma estrutura etária envelhecida e que em 2050 o número de idosos poderá alcançar 30 milhões. Metodologia: A pesquisa qualitativa descritiva exploratória foi aplicada em quatorze idosos entre 60 e 90 anos – sete do gênero masculino e sete do feminino – de uma instituição que acolhe idosos no município de Criciúma. O objetivo era compreender o processo de envelhecimento a partir de seus depoimentos em entrevistas semiestruturadas e gravação em vídeo dos depoimentos. Resultados: Os resultados obtidos permitiram entender o processo de envelhecimento pela ótica dos idosos. Alguns encaram o processo de institucionalização como perda de liberdade, abandono pelos filhos e aproximação da morte, embora muitos tenham relatado que tinham boa relação com a família de origem. A busca por morar com outros idosos deu-se pelas necessidades de tratamento e cuidados em relação à saúde. Suas opiniões sobre envelhecimento permitiram a construção de uma visão sobre velhice de acordo com suas percepções frente à situação em que se encontram. Conclusão: As instituições que acolhem idosos necessitam valorizar a trajetória do idoso na integralidade. Devem ser adaptadas as rotinas dessa instituição às do idoso – não o contrário. Vários motivos levam a mudar-se para unidades de longa permanência, mas certamente a necessidade de cuidados com a saúde é preocupação relevante grande. O processo de envelhecer traz uma necessidade maior desses cuidados e nem sempre as famílias estão preparadas para lidar com essa situação. O tema abordado proporcionou compreensão maior acerca do idoso.

Palavras-chave: Idoso; saúde do Idoso Institucionalizado; envelhecimento.

 


DEPRESSÃO EM IDOSAS PRATICANTES DE EXERCÍCIOS FÍSICOS

Maira Naman
Universidade do Estado de Santa Catarina

Heitor Luiz Furtado
Fundação Universidade Regional de Blumenau

Deise Baixo Duarte Furtado
Universidade do Vale do Itajaí

Ceili Borba Furtado
Universidade do Vale do Itajaí

Introdução: O envelhecimento da população e o aumento da expectativa de vida é tendência mundial. No Brasil em 2012, havia 21 milhões de pessoas com 60 anos ou mais. Em 2025, a previsão é de que este número seja de 32   milhões, colocando o país em sexto lugar no mundo em número de idosos. A depressão é um dos problemas psiquiátricos que mais acometem os idosos atualmente. No Brasil, aproximadamente 10 milhões de idosos sofrem de depressão. A participação em atividades físicas leves e moderadas pode retardar os declínios funcionais. Objetivo: Verificar a depressão em idosas praticantes de exercícios físicos. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo transversal, realizado com 25 idosas (64,48 ± 4,3) praticantes de exercícios físicos e participantes de um grupo de extensão uniersitária. Utilizou-se uma ficha de identificação, com questões referentes a dados sociodemográficos e aplicado a escala de depressão geriátrica. Os dados foram tratados por meio da estatística descritiva. Resultados: A maioria das idosas é casada, católica, e em relação à depressão, 28% foram classificadas com suspeita de depressão por meio da escala. Conclusão: Verificou-se que a maioria (72%) das idosas praticantes de exercícios físicos não possui depressão. Tais resultados demonstram que é necessário à criação de programas o exercício físico para que possam auxiliar no combate da depressão em idosos, visto que o exercício físico influencia no enfrentamento da depressão, embora não se possa afirmar que o exercício físico impede o surgimento da depressão.

Palavras-chave: Idosos; Exercício Físico; Depressão.

 


DESMISTIFICAÇÃO DO ABANDONO RELACIONADO DIRETAMENTE COM AS INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS

Maria Iolanda de Oliveira
Universidade Estadual de Ponta Grossa

Andressa Pacenko Malucelli
Universidade Estadual de Ponta Grossa

Elisa Stroberg Schultz
Universidade Estadual de Ponta Grossa

Denise Stroberg Schultz
Universidade Estadual de Ponta Grossa

Maria Luiza Deschamps
Universidade Estadual de Ponta Grossa

Nathalia Luiza Schedler Calza
Universidade Estadual de Ponta Grossa

Introdução: O Núcleo de Assistência Social, Jurídica e de Estudos sobre a Pessoa Idosa, NASJEPI, projeto de Extensão da Universidade Estadual de Ponta Grossa tem como um de seus objetivos divulgar o Estatuto do Idoso nos CRAS, repassando informações importantes para os idosos com relação aos deveres das Instituições de Longa Permanência para Idosos – ILPI’s, como a obrigatoriedade de haver contrato escrito com especificação do tipo de atendimento e preço, a oferta de acomodações e atendimento especiais para os idosos e o incentivo da convivência familiar. Objetivo: Repassar informações sobre as Instituições de Longa Permanência como uma modalidade de atendimento, explicitando os direitos da pessoa idosa e os deveres da instituição. Metodologia: Contato com os CRAS para agendamento de dia e horário do encontro com o grupo; palestra, utilizando-se de recursos áudios-visuais e dinâmicas para assimilação de conteúdo. Resultados: Nas primeiras palestras realizadas percebeu-se que ao falar sobre o crime de abandono, muitos participantes sentiam-se culpados por terem deixado seus pais ou parentes numa ILPI. Desta forma, atualmente a abordagem nas palestras enfatiza que apesar de o convívio familiar ter preferência, em muitos casos devido à condição financeira da família ou às perdas funcionais e cognitivas da pessoa idosa, a melhor opção para ambos pode ser a institucionalização do idoso para que ele receba cuidados específicos. Porém, é frisado que o vínculo familiar deve ser mantido, pois se configura abandono quando a família provoca o isolamento do idoso nestas instituições e consequentemente seu sofrimento. Conclusão: É de suma importância trabalhar esta temática nos CRAS orientando de forma minuciosa a população e desmistificando a ideia da ILPI relacionada ao abandono para que não haja dupla interpretação, sem, contudo, deixar de enfatizar que o abandono é crime, devendo-se dar preferência ao convívio familiar, quando a família tem condições.

Palavras-chave: Instituição de Longa Permanência para Idosos; Direitos dos Idosos; Disseminação de Informação; Acesso à Informação.

 


DOR E FUNCIONALIDADE EM IDOSOS DO MUNICÍPIO DE PALHOÇA/SC

Priscila Karoline Garcia
Universidade do Sul de Santa Catarina

Fabíula Mara Rodrigues
Universidade do Sul de Santa Catarina

Inês Alessandra Xavier
Universidade do Sul de Santa Catarina

Introdução: O processo de envelhecimento é acompanhado pela alta incidência de doenças crônicas e degenerativas, muitas vezes com presença de dor crônica e elevada dependência. O declínio nas capacidades funcionais pode levar o idoso à dependência funcional, de forma gradual até atingir todos os domínios da funcionalidade do idoso. Objetivo: Analisar a relação entre a presença de dor e a funcionalidade em idosos do município de Palhoça/SC. Metodologia: Estudo descritivo, exploratório e correlacional de corte transversal, realizado em julho/2013 à junho/2014. A amostra foi de 88 idosos relacionados na base de dados do Laboratório de Exercício Físico e Saúde (LAPES/UNISUL). Foi utilizado um roteiro elaborado especificamente para levantamento de dados na base secundária do LAPES. A funcionalidade foi identificada na amostra, através dos valores da força de preensão manual e a queixa álgica, através do mapa de desconforto corporal. Resultados: A amostra foi composta de 84,1% mulheres e 15,9% homens, sendo que 69,32% referiram queixa álgica. A presença de dor foi maior nos membros inferiores e coluna lombar. Observou-se intensidade variada de dor nos segmentos mais prevalentes, intensa na coluna lombar e de suportável à intensa nos membros inferiores. Quanto à funcionalidade constatou- se que os homens apresentaram maior funcionalidade quando comparados às mulheres; os idosos sem queixa em membros inferiores apresentaram melhor funcionalidade. Observou-se que quanto maior a intensidade da queixa, menor foi a funcionalidade. Constatou-se que as mulheres da amostra são mais ativas do que os homens e a funcionalidade dos praticantes de atividade física é maior do que a dos inativos. Conclusão: Os resultados do estudo evidenciaram a relação entre a funcionalidade e a presença de dor, assim como a importância da prática de atividade física nos níveis de funcionalidade. Sugere-se que outros estudos sejam realizados para verificar a associação significativa da dor com a capacidade funcional.

Palavras-chave: Idoso; Funcionalidade; Saúde do idoso.

 


GESTORES E AÇÕES VOLTADAS AO ENVELHECIMENTO NO RS

Laise Kunz
Universidade Federal de Santa Maria

Marco Aurélio de Figueiredo Acosta
Universidade Federal de Santa Maria

Introdução: O desenho demográfico da população mundial tem apresentado avanços significativos do número de idosos. No Brasil, conforme (IBGE, 2010), os idosos, somam cerca de 11% da população (mais de 21 milhões), marcando de forma acelerada o processo de envelhecimento, em meio a sérias dificuldades de expansão do sistema de proteção social para um público que se encontra vulnerabilizado em relação ao respeito de seus direitos, prescritos na Constituição. Objetivo: Investigar as ações desenvolvidas com os idosos através dos Gestores da Assistência Social em cada um dos 13 Municípios que compõe o Centro Serra no RS (AMCSERRA) Metodologia: Apresentação de características qualitativas e quantitativas de perfil demográfico, quando  foram realizadas entrevistas e aplicado questionário com os Gestores, durante o período de seis meses. Resultados: Constatou-se que todos os Municípios tem um percentual significativo de idosos em relação a sua população total, variando de 11,96% (Salto do Jacuí) a 19,85% em (Sobradinho), sendo (5.600 homens e 6.449 mulheres), somando 12.049 idosos, representando 14,66% do total populacional de 82.142 pessoas. Desses, 80% residem na zona rural, revelando também, que em nenhum Município o percentual de atendimento de idosos no CRAS ultrapassou 50%. Apenas 1.760 idosos (14,60%), são atendidos ou vinculados ao CRAS, de cada Município. Conclusão: Conclui-se que os dados coletados poderão fornecer subsídios para reflexões acerca da construção de uma nova realidade sobre o envelhecimento no Centro Serra. Indicando preocupação e interesse por parte dos gestores em melhorar estes índices. Através de uma melhor conscientização, debates, conferências, seminários que promovam divulgação das leis que regulamentam a aplicabilidade das políticas públicas direcionadas à promoção do bem estar, de respeito e dignidade aos idosos. Integrando universidade, Prefeitura e Gestores.

Palavras-chave: Gestores; Políticas Públicas; Envelhecimento.

 


HIDROGINÁSTICA PARA TERCEIRA IDADE: UM CAMINHO PARA A SOCIALIZAÇÃO SAUDÁVEL

Adriana Flávia Neu
Universidade Federal de Santa Maria

Daniele Jacobi Berleze
Universidade Federal de Santa Maria

Marco Aurélio Acosta
Universidade Federal de Santa Maria

Introdução: Por experiências e por vivências que nos identificam com o contexto que envolve o indivíduo idoso com a atividade física, entendemos que, além da própria prática, que já prevê por si só, alterações significativas de postura diante da vida (social, de si mesmo), o meio líquido poderá ser determinante a estas alterações. São as relações do homem com a água que ditam as regras nas aulas de hidroginástica. Objetivo: Proporcionar aos idosos de Santa Maria e região uma participação comunitária também no meio líquido, buscando melhorar sua condição biológica, psicológica e social, através da prática da hidroginástica, auxiliando assim na melhoria da autonomia dos movimentos, bem como viabilizar aos alunos do CEFD/UFSM a possibilidade de atuar junto a esta faixa etária, possibilitando uma integração de gerações no âmbito da universidade. Metodologia: Este projeto acontece na Piscina Térmica do CEFD/UFSM com idosos de Santa Maria e região abrangendo cerca de 1000 idosos em 14 turmas, que são acompanhadas por professores e monitores. As aulas se estruturam em aquecimento, parte principal e alongamento. Resultados: Conseguimos constatar, através de relatos dos alunos, observação das aulas, que a procura por este projeto não está na saúde com um fim em si mesma, consistindo também em um momento de lazer e socialização. Também observa-se uma melhora nos problemas de saúde, autoestima, flexibilidade, equilíbrio, resistência cardiovascular, tendo assim maior disposição para realizar as atividades diárias. Além dos benefícios à população idosa, adquiri-se um crescimento profissional dos acadêmicos que se propõe a trabalhar nesta área. Conclusão: Concluímos que o projeto é capaz de valorizar aspectos físicos, psicológicos e sociais dos seus envolvidos, contribuindo para seu bem estar biopsicosocial. Bem como contempla os acadêmicos envolvidos como uma forma de inserção profissional na área de terceira idade havendo assim uma ampla integração geracional.

Palavras-chave: idosos; atividade física; socialização.

 


IDOSOS ASILADOS: O LAZER DE DIREITO COMO UMA POSSIBILIDADE DE INCLUSÃO

Jéssica Comoretto Tolfo
Universidade Federal de Santa Maria

Carmen Lúcia da Silva Marques (in memória)
Universidade Federal de Santa Maria

Daniele Jacobi Berleze
Universidade Federal de Santa Maria

Vera Regina Pontrémoli Costa
Universidade Federal de Santa Maria

Introdução: O lazer e a relação com os idosos asilados surgiram como uma possibilidade de pesquisa, a partir da inserção no projeto de extensão “Atividades Físicas, Culturais e de Lazer em Instituições de Longa Permanência – Ações da Educação Física” e pela curiosidade gerada em torno do fato de que o lazer possui um caráter democrático, pois é um direito garantido por leis e, como tal, deve ser oportunizado em todas as instituições asilares. Objetivos: Investigar as relações entre lazer e idosos asilados na cidade de Santa Maria, RS. Identificar a concepção de lazer a partir das percepções dos gestores/administradores e compreender suas possíveis contribuições na vida dos idosos residentes nas ILP’S em estudo. Metodologia: Esta pesquisa foi do tipo exploratória. Fizemos um levantamento acerca do tema lazer. Identificamos as principais contribuições do desenvolvimento das atividades de lazer para os idosos asilados, a partir da visão dos gestores/administradores das instituições e de alguns dos próprios idosos asilados participantes de tais práticas selecionados aleatoriamente, para responder uma entrevista semi-estruturada. Resultados: Os idosos asilados e para os gestores têm uma visão de lazer mais ligado á questão do dia á dia como roda de chimarrão, auxiliar os outros idosos, fazer serviços domésticos, olhar televisão e principalmente através de projetos externos á instituição. Conclusão: O lazer para os idosos é tudo diferente de sua rotina habitual que lhes causa certo contentamento e prazer, e principalmente na questão do que lhes traz de bom, responderam que traz alegria, felicidade, carinho, tudo mais ligado aos sentimentos que dentro da instituição ficam prejudicados. Com este trabalho podemos observar que os gestores fazem o que podem para oferecer o lazer de direito, previsto por lei aos idosos, para que o ócio dos idosos não se torne a ociosidade.

Palavras-Chave: Lazer. Idosos. Asilo.

 


INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS E A REALIDADE DA CIDADE DE PONTA GROSSA – PR

Maria Iolanda de Oliveira
Universidade Estadual de Ponta Grossa

Andressa Pacenko Malucelli
Universidade Estadual de Ponta Grossa

Elisa Stroberg Schultz
Universidade Estadual de Ponta Grossa

Maria Claudete de Souza Lelis
Universidade Estadual de Ponta Grossa

Denise Stroberg Schultz
Universidade Estadual de Ponta Grossa

Chirlei Pereira
Universidade Estadual de Ponta Grossa

Introdução: No Brasil, o envelhecimento da população tem demandado às políticas públicas uma gama de necessidades que precisam ser reconhecidas e atendidas na oferta de serviços especializados. As Instituições de Longa Permanência para Idosos – ILPI obedecendo às normativas legais devem ofertar tais serviços respeitando a dignidade e a cidadania da pessoa idosa. Objetivo: Realizar o levantamento do número de ILPI’s na cidade de Ponta Grossa/PR e identificar o funcionamento destas, considerando o atendimento preconizado pela legislação. Metodologia: Consulta no cadastro do Conselho Municipal de Assistência Social, visita institucional para coleta de dados, entrevista com o responsável de cada instituição, registro e sistematização dos dados. Resultados: Verificou-se que na cidade de Ponta Grossa, há 05 ILPI’s todas de caráter não governamental e de cunho assistencialista, cujos recursos financeiros de natureza pública, somam-se aos benefícios repassados pelos idosos e campanhas beneficentes. Destas, 01 atende idosos de ambos os sexos, 01 idosos do sexo masculino e 03 idosos do sexo feminino. O público-alvo em 04 instituições se constitui de pessoas com idade superior a 60 anos e em 01 de pessoas com idade de 55 anos. Em todas, o critério para atendimento é a baixa renda. Conclusão: Constatou-se, portanto, que há um número expressivo de ILPI’s indicando que pode estar ocorrendo violação de direitos do idoso uma vez que o Estatuto do Idoso no Art. 37 § 1º assim dispõe “A assistência integral na modalidade de entidade de longa permanência será prestada quando verificada inexistência de grupo familiar, casa-lar, abandono ou carência de recursos financeiros próprios ou da família”. Assim, há de fato um distanciamento entre o estabelecido pela legislação e o que efetivamente ocorre no sentido de ser assegurado pelo poder público a garantia de prioridade na formulação e execução de ações específicas para a inserção social destes indivíduos.

Palavras-chave: Instituição de Longa Permanência para Idosos; Direitos dos Idosos; Legislação; Políticas Públicas.

 


MORBIDADE HOSPITALAR DE IDOSOS POR DOENÇAS CARDIOVASCULARES E NEOPLASIAS: UM ESTUDO NOS ESTADOS BRASILEIROS

Gláucia Coelho Pereira
Universidade Federal de Santa Maria

Loiva Beatriz Dallepeiane
Universidade Federal de Santa Maria

Rosane Kischner
Universidade Federal de Santa Maria

Introdução: Na realidade brasileira, os idosos emergem como a sua maior presença e participação pelo atendimento às múltiplas demandas em saúde e no campo da previdência e assistência social. Destaca-se a iniciativa brasileira ao elaborar o Plano de Ações Estratégicas de Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (PDCNT), 2011-2022, o qual prioriza as ações   e investimentos necessários para preparar o país a enfrentar e deter as DCNT. Objetivo: Objetivou-se verificar a prevalência da morbidade hospitalar de idosos, acometidos por doenças cardiovasculares e neoplasias, em hospitais do SUS, nos estados brasileiros. Metodologia: pesquisa quantitativa, descritiva e documental, que utilizou a fonte de dados do Sistema Único de Saúde (DATASUS), referentes às regiões geográficas brasileiras, considerando o número de casos de internações hospitalares, por neoplasias malignas e doenças cardiovasculares, nos estados brasileiros, entre 2010 a 2012. Considerou-se idosa toda pessoa com 60 anos ou mais, sendo os estratos de idades divididos em 60 a 69 anos e 70 anos e mais. Resultados: Verificou-se no decorrer dos anos, de 2010 a 2012, que os idosos (60 a 69 anos), acometidos por neoplasias tiveram um discreto aumento de 49,8%, 50,6% e 50,8%, respectivamente. Porém, em idosos (70 ou mais anos) ocorreu decréscimo de 50,2%, 49,4% e 49,2% e os maiores percentuais (49,8%) de neoplasia foram registrados no Nordeste e Sudeste. Quanto às doenças cardiovasculares, verificou-se predomínio na distribuição percentual total em idosos, entre 70 anos ou mais, independente do ano analisado, média percentual de 52,26%, de 2010 a 2012. Em idosos, 60 a 69 anos, a média foi 47,73%. Conclusão: os achados dessa pesquisa revelam que a morbidade hospitalar por neoplasia e doenças cardiovasculares se fazem presentes nos idosos, e ainda sinaliza o aumento de neoplasias em idosos mais jovens. Logo, esses dados poderão servir para a implementação de políticas de saúde ao idoso.

Palavras- Chave: Envelhecimento; Doenças Crônicas; Morbidade.

 


O IDOSO E A RESPONSABILIDADE DA FAMÍLIA, FRENTE AO PLANEJAMENTO DO CUIDADO

Viviane Segabinazzi Saldanha
Universidade Federal de Santa Maria

Cleusa de Moraes Militz
Universidade Federal de Santa Maria

Introdução: Devido ao rápido processo de envelhecimento, o crescimento da população idosa está sendo acompanhada pela incerteza das condições de cuidados que experimentarão os longevos. Culturalmente, é esperado que na velhice, os filhos assumam a responsabilidade pelo cuidado. Como forma de atender às necessidades do idoso. Diante disto, surgiu o questionamento sobre a forma com que as famílias planejam o cuidado considerando as transformações que este fenômeno exige. Objetivo: Identificar a forma com que as famílias planejam o cuidado do idoso. Metodologia: O estudo permeia a vivência das enfermeiras da Sala de Recuperação Pós-anestésica de um Hospital Público da região central do Rio Grande do Sul, com idosos submetidos a procedimento cirúrgico e seus familiares. Foi utilizada a observação participativa, documentada em campo de notas, de janeira a dezembro de 2013. Resultados: Observou-se que as famílias aprendem a cuidar do idoso na medida em que surgem as dificuldades organizando-se para oferecer suporte necessário ao mesmo. Definindo o membro da família que irá responsabilizar-se pelos cuidados, considerando as habilidades e dificuldades de cada um para executar as funções e administrar o seu cotidiano a partir dessa nova situação. Há também situações em que a capacidade da família para o cuidado pode estar comprometida ou fragilizada seja pelas demandas do cotidiano, ou pela impossibilidade dentre os familiares que  se  disponibilizem  e  se  responsabilizem  pelo  cuidado.  Neste  caso     a institucionalização, então, é uma das soluções encontradas. Conclusão: As mudanças relacionadas ao envelhecimento provocam um impacto para o indivíduo, assim como para a família, visto que a maioria das pessoas não se prepara para envelhecer. Nesse sentido, o cuidado familiar acontece de forma “inter e intrageracional”, considerando os valores e as crenças construídos no processo familiar, das experiências vividas e compartilhadas de geração em geração e, também, por influência do meio em que vivem.

Palavras-chave: Cuidados de enfermagem; Serviços de Saúde para Idosos; Saúde da família; Relações Familiares; Assistência Domiciliar.

 


O PROGRAMA DE ATIVIDADES FÍSICAS PARA PESSOAS IDOSAS DO CDS E A RESIDÊNCIA DOS PARTICIPANTES: ANÁLISE DO DESLOCAMENTO

Carolina Pauli dos Santos
Universidade Federal de Santa Catarina
Brenda Ferreira Rodrigues
Universidade Federal de Santa Catarina
Maisa da Silva Pauli
Universidade Federal de Santa Catarina

Ester da Silva Romagnani
Universidade Federal de Santa Catarina

Jeniffer Helena de Jesus
Universidade Federal de Santa Catarina

Marize Amorim Lopes
Universidade Federal de Santa Catarina

Introdução: Proporcionar um envelhecimento ativo e diferenciado foi sempre uma meta do Programa de Atividades Físicas para Terceira Idade, no Centro de Desportos (CDS) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) desde 1985. Intervenções que possibilitem mudanças no estilo de vida e favorecer aos idosos possibilidades de práticas próximas de suas moradias são fatores facilitadores para adoção a práticas continuadas de Atividades físicas (LOPES, 2012). Objetivo: o estudo buscou identificar onde residem os participantes do Programa de Atividades Físicas (AF) para Terceira Idade, com o propósito de analisar o deslocamento realizado pelos idosos para realizar as AF oferecidas. Métodos: A amostra foi constituída por 196 idosos (175 do sexo feminino e 21 masculino) com idade entre 55 a 97 anos. Os dados foram coletados em  junho de 2013, por meio de uma ficha de cadastro contendo perguntas sobre aspectos sócios demográficos. Aplicou-se análise estatística do tipo descritiva utilizando frequência e percentual. Resultados: Evidenciam que 65,81% dos participantes do projeto moram próximos ao local da prática de AF, 21,42% moram em bairros de média distância e 12,75% são obrigados a pegar dois ônibus para se deslocarem até o local da prática de AF, pois moram em bairros distantes e muito distantes. Conclusão: Pode-se concluir que a proximidade ao local da prática de AF pode estar contribuindo para a adoção e a permanência dos idosos no Programa de Atividades Físicas para Terceira Idade, no Centro de Desportos (CDS).

 

Palavras-chave: deslocamento; local de prática; idosos, atividade física.

 


PARTICIPAÇÃO DE HOMENS E MULHERES EM GRUPOS DE CONVIVÊNCIA PARA IDOSOS EM FLORIANÓPOLIS (SC)

Priscila Mari dos Santos
Universidade Federal de Santa Catarina

Alcyane Marinho
Universidade do Estado de Santa Catarina

Introdução: No Brasil, há predominância feminina na população total e no segmento de idosos. Em Florianópolis (SC), contexto regional deste estudo, existem mais de 51.000 pessoas com 60 anos ou mais, representando 11,4% da população. Dentre eles, 57,7% são mulheres. Essas diferenças implicam na inserção diferenciada dos idosos na vida social, inclusive nos espaços destinados ao lazer, tais quais os grupos de convivência para idosos (GCI). Observa-se não haver dados atualizados sobre a participação de homens e mulheres nos GCI cadastrados na Prefeitura Municipal de    Florianópolis (SC). Além disso, os homens idosos não costumam ter vez e voz nas pesquisas sobre os temas envelhecimento e lazer. Objetivo: verificar a quantidade de idosos, conforme o sexo, participantes de GCI cadastrados na Prefeitura de Florianópolis (SC). Metodologia: descritiva, com corte transversal, e quantitativa. Realizou-se mediante acesso ao banco de dados da Secretaria Municipal de Assistência Social, contendo a identificação de 108 GCI e de seus coordenadores. Contatou-se por telefone os representantes dos grupos durante o mês de abril de 2014. Resultados: encontraram-se cinco grupos desativados e 103 ativos, envolvendo 4275 idosos (3976 do sexo feminino e 299 do sexo masculino). Em todos os grupos há maior quantidade absoluta e relativa de mulheres do que de homens. A Região Central da cidade apresenta maior quantidade de grupos ativos (31), seguida pela Região Continental (27), Sul (20), Norte (16) e Leste (9). Também no Centro, verificou-se maior quantidade de homens distribuídos entre os grupos (80), seguido pela Região Sul (76), Continental (55), Leste (47) e Norte (41). Dentre os GCI de cada região, o grupo Novo Horizonte, localizado no Centro, apresentou a maior proporção de homens, 11 (45,8%), com relação ao seu total de integrantes (24). Conclusão: as mulheres participam mais do que os homens dos GCI cadastrados na Prefeitura de Florianópolis (SC).

Palavras-chave: idoso; sexo; envelhecimento; centros de convivência para idosos.

 


PERFIL DOS IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS DO MUNICÍPIO DE CRICIÚMA – SC

Mariane Rezin Favarin
Universidade do Extremo Sul Catarinense

Érica Motta de Souza
Universidade do Extremo Sul Catarinense

Diogo Dominguini
Universidade do Extremo Sul Catarinense

Mariana Garcia Ghisi
Universidade do Extremo Sul Catarinense

Larissa Flôr Araújo
Universidade do Extremo Sul Catarinense

Neiva Junkes Hoepers
Universidade do Extremo Sul Catarinense

Introdução: As pesquisas sobre envelhecimento vêm ganhando cada vez mais espaço no mundo científico, por causa do progressivo aumento do número de idosos no mundo. Avaliar o perfil dos idosos institucionalizados auxiliará no planejamento e aperfeiçoará o cuidado terapêutico adequado deste indivíduo, repercutindo na melhoria da qualidade de vida. Objetivo: Avaliar o perfil dos idosos institucionalizados de um município do sul de Santa Catarina. Metodologia: Pesquisa quantitativa, documental, descritiva e exploratória. Usou-se entrevista semi estruturada com questões fechadas e pré-estabelecidas aos participantes. Amostra foi de 137 idosos das Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) no município de Criciúma-SC. Resultados: A maioria dos idosos é do gênero feminino, com idades em média de 71,6 anos. Destes, viúvo homens (23,1%), viúva mulheres (35,3%); casado homens (34,6%), casada mulheres (12,9); solteiro homem (25%), solteira mulheres (25,9%) e separado homens (13,5%), separada mulheres (4,7%). Quanto o grau de estudo, 25% homens e 18,8% mulheres, iniciou o ensino primário, sendo que, 15,4% homens, 23,5% mulheres, nunca foram à escola. Os idosos homens na sua maioria (63,5%) não tiveram nenhum tipo de queda nos últimos 6 meses, (32,7%) tiveram alguma queda nos últimos 6 meses. As mulheres (40%) não tiveram queda nos últimos 6 meses e (40%) tiveram algum tipo de queda. Dos homens (50%) não possui medo em relação a quedas e (46,2%) possui algum medo. Conclusão: Avaliando o perfil dos idosos a maioria são mulheres. O grau de estudo dos idosos são baixos devido dificuldades para estudar    na época e ambos os sexos apresentam um considerável índice elevado dos números de quedas os quais devem ser levados em consideração, pois fraturas nessa idade geram muitos problemas para idosos e que dependência física é uma delas. Por isso, a importância de ressaltar cuidados específicos, melhorando motilidade motora e força muscular.

Palavras-chave: Idosos; Institucionalização; Perfil; Enfermagem.

 


PERFIL NUTRICIONAL DE IDOSOS RESIDENTES EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS NA CIDADE DE BLUMENAU-SC

Camila Leandra Bueno de Almeida
Universidade Regional de Blumenau

Laíse Campos May
Universidade Regional de Blumenau

Introdução: A atenção ao estado nutricional do idoso justifica-se pelo processo de institucionalização, aspectos fisiológicos, socioculturais e psicológicos inerentes ao envelhecimento. Objetivo: Caracterizar o perfil antropométrico de idosos residentes em ILPI’s. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva, transversal e quantitativa. Participaram do estudo 112 idosos residentes de 10 ILPI’s da cidade de Blumenau, SC. Foram avaliados idosos com idade ≥ 60 anos, de ambos os sexos, grau de dependência I, II e III, que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Coletaram-se dados objetivos, subjetivos e clínicos de ordem nutricional. Dados antropométricos de peso estimado foram calculados através da aferição de dobras cutâneas tricipital e subescapular e altura estimada através da altura do joelho. Para identificação do estado nutricional utilizou-se o Índice de Massa Corporal segundo OPAS (2003). Através de um protocolo de avaliação clínico, obtiveram-se  dados  sobre  mastigação,  medicamentos,  apetite,  patologias e hábitos intestinais. Para avaliação subjetiva global foi utilizada a Mini Avaliação Nutricional (MAN). Resultados: O grau de dependência dos idosos variou entre I, II e III com 65,2%, 31,2% e 3,6% respectivamente, devido dificuldades encontradas na avaliação de idosos dependentes. A média de idade foi de 77,4 ± 8,74 anos, sendo 66,1% (n=74) do sexo feminino. A patologia mais encontrada foi à hipertensão em 69,6% (n=78) dos casos, seguida de depressão e gastrite (65,2%, n=73). Na amostra, 64,3% (n=72) utiliza mais de três medicamentos diariamente. De acordo com o estado nutricional a população estudada encontra-se eutrófica (26,28 ± 5,12 kg/m²). Através da MNA observou-se eutrofia em 46,4%, risco de desnutrição em 45,5% e desnutrição em 8,1% dos idosos. Conclusão: Os idosos institucionalizados estudados apresentam estado nutricional adequados, porém com risco de desnutrição quando avaliados dados subjetivos, demonstrando que os cuidados com fatores relacionados à nutrição do idoso devem ser intensificados.

 

Palavras-chave: Idosos; Institucionalização; Estado nutricional.

 


PILARES DO ENVELHECIMENTO ATIVO PARA IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS

Paulo Adão de Medeiros
Universidade do Estado de Santa Catarina

Adriana Aparecida da Fonseca Viscardi
Universidade do Estado de Santa Catarina

Artur Rodrigues Fortunato
Universidade do Estado de Santa Catarina

Juliana Carla Freddi
Universidade do Sul de Santa Catarina

Giovana Zarpellon Mazo
Universidade do Estado de Santa Catarina

Introdução: A intenção do envelhecimento ativo (EA) é potencializar as oportunidades de saúde, participação e segurança para melhorar a qualidade de vida das pessoas à medida que ficam mais velhas. No entanto, percebe-se uma carência de estudos que buscam aproximar a política do envelhecimento ativo do  contexto  das  instituições  de  longa  permanência.  Objetivo:  Descrever os pilares do envelhecimento ativo para idosos institucionalizados. Metodologia: Foi desenvolvida uma pesquisa exploratória, por meio de uma ampla revisão de literatura em diversas fontes bibliográficas que juntamente com a experiência profissional do pesquisador serviram de base para elaboração de um questionário. Esse instrumento foi enviado para 17 especialistas da área da Gerontologia com várias formações e residentes em diversas regiões do Brasil emitirem sua opinião. Para analisar, compreender e interpretar o material qualitativo resultante foi utilizada a análise de conteúdo temática. Resultados: Ao final foi evidenciado que não existe consenso entre os especialistas sobre esse novo constructo. Porém alguns pontos tornaram-se mais evidentes, principalmente no que diz respeito à inclusão, socialização, autonomia, estímulo e proteção e envolvem os três pilares do Envelhecimento Ativo. Na saúde: receber tratamento integral, estímulos, adaptações, higiene, alimentação de qualidade. Na participação: autonomia, escuta, tomar decisões, empoderamento, socialização, convívio comunitário. Na segurança: ambiente seguro e acolhedor, respeito, combate a violência e fiscalização apropriada. Conclusão: Acredita-se que mudanças são necessárias na estrutura das ILPIs para efetivação dos pilares do Envelhecimento Ativo. Sugerem-se novas pesquisas de aprofundamento por meio de grupos focais com os especialistas para enriquecer e aprofundar o debate sobre essa temática tão carente de subsídios teóricos.

Palavras-chave: Envelhecimento; Idosos; Institucionalização; Qualidade de Vida.

 


PROJETO ATIVIDADES AQUÁTICAS E RECREATIVAS – UMA POSSIBILIDADE DE INTEGRAÇÃO ENTRE IDOSOS ASILADOS E IDOSOS DA COMUNIDADE

Eduardo Dorneles da Costa
Universidade Federal de Santa Maria

Adriana Flávia Neu
Universidade Federal de Santa Maria

Daniele Jacobi Berleze
Universidade Federal de Santa Maria

Jéssica Comoretto Tolfo
Universidade Federal de Santa Maria

Vitor Rodrigues Pujol
Universidade Federal de Santa Maria

Carmen Lúcia da Silva Marques (in memória)
Universidade Federal de Santa Maria

Introdução: O projeto visa promover atividades didáticas em uma perspectiva das ciências sociais e humanas, pretendendo legitimar a Educação Física enquanto trabalho desenvolvido com idosos. Há foco nas questões educacionais, sociais e culturais. As atividades são com idosos da comunidade e de uma instituição asilar, tendo como intuito de provocar a reflexão sobre um agir pedagógico para emancipação, pela solução de problemas, autonomia de ações, através da comunicação. Objetivos: proporcionar aos idosos, diferentes experiências de movimento, recreação e lazer no meio aquático, possibilitando uma integração afetiva e social, a partir de ações didáticas e pedagógicas da educação física, buscando uma ampliação destas ações, procurando resgatar o idoso asilado, promovendo novas experiências e novos espaços de intervenção. Metodologia: As aulas são ministradas na Piscina Térmica, CEFD/UFSM, com idosos asilados e idosos da comunidade. As atividades provêm de integração, proposição de experiências de movimento do meio aquático, por meio do diálogo e resolução de problemas a partir de novas possibilidades. Para atingir esses objetivos as ações se apoiam “na teoria Crítico Emancipatória e didática comunicativa” de Kunz (1994) e a proposta de Aulas Abertas de Hildebrandt (2003). Resultados: Os resultados alcançados é que houve um enriquecimento das experiências de movimento, melhora na qualidade de vida, na autoestima, na comunicação, na criticidade. Numa perspectiva social é possível perceber uma efetiva integração no âmbito sociocultural entre os idosos. Conclusão: concluímos que através da prática pedagógica, do diálogo, encontramos uma possibilidade, através da educação física, de desenvolver um processo educativo com idosos, contribuindo para formação de indivíduos críticos capazes de construir e transformar o conhecimento, ainda que espaços da sociedade os destituam dessa capacidade. Mostrando que a educação física no ambiente não formal também promove conhecimento, aprendizagem, não apenas boa saúde.

Palavras-chave: Atividades Aquáticas. Idosos. Integração.


PROJETO BOLA PARA FRENTE: PRÁTICAS CORPORAIS PARA TERCEIRA IDADE

Amanda Biava Lima
Universidade do Extremo Sul Catarinense

Sabrina Furtunato de Ávila
Universidade do Extremo Sul Catarinense

Luana Cademartori Minghelli
Universidade do Extremo Sul Catarinense

Eduardo Batista Von Borowski
Universidade do Extremo Sul Catarinense

Victor Julierme Santos da Conceição
Universidade do Extremo Sul Catarinense

Introdução: A relação entre atividade física, saúde, qualidade de vida e envelhecimento vem sendo cada vez mais discutida e analisada cientificamente. Dentre os fatores de melhoria, manutenção ou atenuação da redução da capacidade funcional e aptidão física, a prática regular de exercícios físicos é vista como um dos principais fatores para o sucesso deste processo. Objetivo: Fomentar práticas corporais que desenvolvam a autonomia e ampliem a cultura de movimento a partir de exercícios funcionais, praticas esportivas adaptadas e atividades culturais que possibilitem a socialização dos participantes. Metodologia: Participam deste projeto de extensão 100 idosos de ambos os sexos com idade acima de 60 anos. As atividades do programa são realizadas nas dependências do complexo esportivo da UNESC, segundas e quartas-feiras das 13h30minh às 16h30min. É realizada uma bateria de testes, que objetivam avaliar as capacidades funcionais e aspectos morfológicos. Para analisar a influencia deste programa de práticas corporais sobre a saúde dos idosos, realizamos uma entrevista com perguntas abertas, cuja narrativa versou sobre percepção de saúde a partir da sua participação no projeto. Resultados: Ao longo do projeto foi possível analisar melhoras nos aspectos funcionais, assim como, notamos evidencias na melhora da condição emocional nos participantes. Tendo em vista as relações estabelecidas durante o processo de ensino-aprendizagem das aulas, observamos o quanto estes idosos melhoram o seu relacionamento, tanto com o outro, quanto consigo mesmos. Conclusão: Com este projeto percebemos a cada dia o quão importante é para os idosos estar em contato com um estilo de vida ativo, visto a influencia positiva que a atividade física provoca tanto no âmbito físico como no emocional e psicológico. Destacamos o como é relevante montar um planejamento de atividades em que priorize o ser humano como um todo, utilizando o exercício como ferramenta para um desenvolvimento integral dos praticantes.

Palavras-chave: envelhecimento; saúde do idoso; práticas corporais.

 


RECONSTRUINDO VINCULOS FAMILIARES COM IDOSOS INSTITUCIONALIDOS: UMA VIVENCIA

Cleusa de Moraes Militz
Universidade Federal de Santa Maria

Viviane Segabinazzi Saldanha
Universidade Federal de Santa Maria

Introdução: A humanidade passa por uma transformação notável, fazendo-se necessário um entendimento social e histórico que vem se processando nas últimas décadas, para o enfrentamento do nosso próprio processo de envelhecimento e nas expectativas condizentes com as novas organizações familiares. Cada núcleo familiar tem uma forma de se relacionar com as questões básicas da existência humana, e quando envolve o idoso as mudanças podem provocar alterações significativas na dinâmica da família, até mesmo a ruptura do equilíbrio familiar, levando a procura por instituições de longa permanência para o idoso. Objetivo: Incentivar o fortalecimento das relações entre o idoso e a família, ora enfraquecidos pela distância ou por conflitos, buscando promover conscientização dos familiares e interação com a instituição, no intuito de suprir a carência afetiva e emocional. Metodologia: Este trabalho se trata de uma vivência em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos, situada em Santa Maria – RS no período de 2013, onde vivem 55 idosos do sexo masculino. Usando como fundamento teórico um livro que a instituição deixa registrado todos os idosos que recebem visita. A instituição tem como meta reconstruir ou manter os vínculos familiares. Resultados: São realizadas atividades permanentes para que o idoso fortaleça os vínculos familiares como: encontro semestral das famílias em que os idosos, dentro de suas condições físicas e psicológicas, realizam trabalhos manuais para oferecer aos familiares; passeio ao ar livre no qual é oferecido churrasco incentivando os familiares a realizar alguns cuidados com o idoso, como dar alimentação, diálogo, transporte entre outros. Realizado, principalmente, em datas festivas como: Páscoa, Dia das Mães, Dia dos Pais, Festa Junina, Dia dos avós, Dia Nacional do Idoso e Natal. Conclusão: As atividades socioculturais são uma alternativa da Instituição para propiciar ao idoso institucionalizado a permanente interação familiar buscando o convívio e vínculo frequente entre eles.

Palavras-chave: Relações Familiares; Serviço de Saúde para Idoso; Instituição de Longa Permanência para Idosos; Idoso Fragilizado.

 


TAXAS DE INTERNAÇÕES HOSPITALARES EM IDOSOS POR DIABETES MELLITUS NO PERÍODO DE 2003 A 2012, NO BRASIL, REGIÕES E SANTA CATARINA

Alessandra Rossoni Rafaloski
Universidade Federal de Santa Catarina

Anni Gomes Silva
Universidade Federal de Santa Catarina

Lenemar Nascimento Pedroso
Universidade Federal de Santa Catarina

Luiza Gutz
Universidade Federal de Santa Catarina

Rosimeire Reis Bento
Universidade Federal de Santa Catarina

Introdução: O Diabetes Mellitus (DM) ocupa o sexto lugar na causa de internação hospitalar no Brasil. Objetivos: Investigar as taxas de internações em idosos por DM no período de 2003 a 2012, no Brasil, regiões e Santa Catarina. Metodologia: Os indicadores utilizados têm em seu denominador a população total de idosos dos referidos locais por sexo; e no numerador o total de idosos internados nos mesmos períodos e locais, multiplicados por 1000. Os dados foram obtidos do Sistema de Informação Hospitalar (SIH/SUS) e IBGE (2000/2010), do Ministério da Saúde, em abril de 2014. Resultados: No Brasil, o número maior de casos de internação por DM é nas mulheres no período. Em 2007, houve uma queda expressiva dos casos em ambas os sexos. Na Região Norte as internações aumentaram em ambos os sexos. Na Região Nordeste ocorreu um aumento significativo, entre 2007/2011, de internações de idosos com DM em ambos os sexos. Na Região Sudeste as taxas declinaram durante grande parte do período analisado. Na Região Sul, entre 2005/2007 houve aumento, porém, em 2008/2012, as taxas de internações diminuíram. Santa Catarina a taxa de internação dos idosos do sexo feminino é maior, embora houvesse uma maior diminuição de casos no sexo feminino. Conclusões: As taxas de internações por DM no sexo feminino são sempre mais altas em todas as regiões pesquisadas. A Região Norte, em 2012, apresentou maior taxa de internações de idosos quando comparado às demais regiões, 4,90/1000habitantes. A menor taxa foi encontrada na Região Sudeste, 2,36/1000habitantes. As diferenças regionais observadas nas taxas de internações por DM em idosos, de ambos os sexos, podem ser atribuídas a limitações no acesso a medicamentos para o tratamento do diabetes, que pode levar ao agravamento do quadro e aumentar o número de internações.

Palavras-chave: Idosos. Internações hospitalares. Diabetes Mellitus.

 


TREINAMENTO COM PESOS: ESTRATÉGIA PARA MANUTENÇÃO DA CONTINÊNCIA URINÁRIA APÓS TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO

Lilian Suelen de Oliveira Cunha
Universidade do Estado de Santa Catarina

Lislayne Luiza da Silva
Universidade do Estado de Santa Catarina

Janeisa Franck Virtuoso
Universidade do Estado de Santa Catarina

Enaiane Cristina Menezes
Universidade do Estado de Santa Catarina

Giovana Zarpellon Mazo
Universidade do Estado de Santa Catarina

Introdução: A perda de urina involuntária acarreta uma série de efeitos negativos na qualidade de vida das mulheres, assim no contexto da manutenção da continência urinária, pode-se citar a prática regular de exercícios físicos como fator de proteção para IU. Objetivo: Analisar o treinamento com pesos (TP) na manutenção dos resultados obtidos com o tratamento fisioterapêutico em mulheres idosas com incontinência urinária (IU). Método: Foram avaliadas seis mulheres com média de idade 60 anos (± 2,6 anos) que finalizaram, nos últimos 6 meses, tratamento fisioterapêutico para sintomas de IU. Os instrumentos de coleta de dados foram o Pad Test, para verificar a perda urinária, o Esquema PERFECT e perineometria para avaliar os músculos do assoalho pélvico (MAP), testes de força e flexibilidade de membros superiores e inferiores, agilidade e medidas antropométricas para identificar as dimensões corporais. O TP foi executado durante 12 semanas, sendo três sessões semanais em dias alternados, com duração de 50 minutos. A intensidade do treinamento foi definida pela carga necessária para realizar 3 séries de 15 repetições máximas com intervalo de um minuto entre as séries. Os grupamentos musculares recrutados foram: peitoral, grande dorsal, quadríceps e bíceps femoral, glúteos, bíceps braquial, tríceps braquial, adutores e reto abdominal. Foram realizadas três sessões para familiarização. Todos os instrumentos foram aplicados antes e após o TP. Os dados foram tratados por meio da estatística descritiva. Resultados: O valor do Pad Test demonstrou manutenção da continência. Na avaliação objetiva e subjetiva do MAP, observou-se ganho ou manutenção da função dos MAP, principalmente de fibras rápidas. A maioria das aptidões físicas melhorou e houve mudanças positivas nas dimensões corporais. Conclusão: O TP parece oferecer benefícios para mulheres da terceira idade como manutenção do quadro de continência urinária, melhora da aptidão física e melhora das dimensões corporais.

Palavras-chave: Incontinência Urinária; Idoso; Musculação.

 


Anais do Encontro Catarinense de Gerontologia - Volume 2 (2015)

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SUMÁRIO

CENTRO DIA: UMA OPÇÃO NO ATENDIMENTO DA PESSOA ENVELHECENTE COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Jordelina Schier
Universidade Federal de Santa Catarina

Lisiane Capanema Silva Bonatelli
APAE Florianópolis

Introdução: A conquista da longevidade brasileira inclui a pessoas com deficiência, esta acontece de modo atípico e precoce requerendo serviços especializados de atenção à saúde e educação. Um dos serviços oferecidos é a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) que atende adultos, com idade superior a 35 anos, nos Centros de Convivência, o qual se assemelha em funcionalidade ao Centro Dia definido na Política Nacional do Idoso e no Sistema Único de Assistência Social.   Centro Dia é definido como um serviço de proteção social, que oferece atendimento multiprofissional ao idoso, desenvolvendo promoção e proteção à saúde, assim como, incentivando a socialização de seus frequentadores. No caso da APAE, o serviço é destinado a atenção de pessoas com deficiências em situação de dependência. Objetivo: identificar subsídios para conformação, fluxo de atendimento e organização de serviço de Centro Dia para pessoas envelhecentes com deficiência intelectual. Metodologia: Mapearam-se as APAE da Grande Florianópolis e foram consultadas através do site oficial/ roteiro de consulta sobre os projetos políticos institucionais e informações adicionais do atendimento Centro Dia. Agruparam-se os dados por semelhança de ideias e analisou-se segundo conceito de aprendizagem mediada de Feuerstein. Quanto aos aspectos éticos seguiram a Resolução 466/12. Resultados: Observou-se que os 22 municípios da Grande Florianópolis apresentam 1.111.082 habitantes, destes 11.597 são pessoas com deficiência intelectual, e apenas 465 pessoas maiores de 35 anos de idade são atendidas nas APAE. Das 17 APAE encontradas, duas tem centro dia, demonstrando a carência de serviço diurno especializado e qualificado para atender pessoas envelhecentes com deficiência intelectual e de apoio às famílias cuidadoras. Foram identificados os seguintes subsídios para conformação, fluxo de atendimento e organização do Centro dia na APAE: proposta pedagógica através de atividades mediadas, intervenção da equipe multiprofissional, apoio e orientação à família cuidadora, além do desenvolvimento de estudos e pesquisas na área do envelhecimento da pessoa com deficiência. Conclusão: Conclui-se a evidência de que dispositivos legais referentes à pessoa com deficiência e ao idoso ainda carecem de implementação efetiva. Recomenda-se às políticas públicas, esforço conjunto para consolidação e aprimoramento de parcerias com organizações não governamentais nas áreas de deficiência e envelhecimento. Em especial, as APAE, cuja qualidade e abrangência do atendimento prestado por equipe multiprofissional qualificada vêm estimulando a inclusão social e autodeterminação de sua clientela na perspectiva de vida digna e cidadã.

Palavras-chave: Pessoas com Deficiência; Envelhecimento; Centros de Convivência; Aprendizagem.


“NUCEPE”: 10 ANOS NA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS NA ÁREA DA SAÚDE E POLÍTICAS PÚBLICAS

Isidoro Cruz Neto
Universidade Federal do Maranhão

Introdução: O Núcleo de Capacitação e Estudos do Processo do envelhecimento – NUCEPE, reconhecido pelo Conselho Superior de Ensino e Pesquisa – CONSEPE – da Universidade Federal do Maranhão, no ano de 2005, componente do programa de extensão do Curso de Licenciatura em Educação Física desta instituição, desenvolveu durante estes 10 anos, programas interinstitucionais, de estudos e capacitação, através da organização de programação, envolvendo nestas ações, instituições de ensino superior locais, nacionais e internacionais. Tendo como Objetivo, a capacitação de futuros profissionais, com formação especifica na área da saúde e políticas públicas do processo de envelhecimento. A Metodologia compreendeu; organização de seminários, locais estaduais e internacionais, programas extensionistas, de atividades de avaliação física, envolvendo idosos de comunidades da cidade de São Luís/MA, programas de interiorização no estado, através de convênios interinstitucionais, envolvendo os campus de interiorização universitários e prefeituras, desenvolvendo seminários, oficinas temáticas e organização de gestões administrativas, conselhos e instituições. Os Resultados destes 10 anos de atividades do núcleo, resultou no envolvimento de aproximadamente 50 acadêmicos das áreas de Educação Física, Artes, Teatro, Direito, Odontologia, Serviço Social, Psicologia, Arquitetura, Enfermagem e Medicina, 03 instituições de ensino superior da cidade de São Luís/MA, tendo como produção acadêmica a conclusão 25 trabalhos de conclusão de curso nas de saúde e políticas públicas, apresentações de trabalhos científicos em eventos nacionais e internacionais. Conclusão: destes períodos de ações do NUCEPE, ressaltaria a implantação de programas, participações em eventos, locais, nacionais e internacionais, bancas de defesa de trabalhos de conclusão de cursos; a implantação do NUCEPE na UNIVERSIDADE INTEGRADA DO ALTO URUGUAI e das MISSÕES, localizada na cidade de Santiago/RS e a organização do IX SEMINARIO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO, LAZER E SAÚDE, realizado em São Luís no ano de 2012, reunindo estudiosos brasileiros e de outros 07 países.

Palavras-chave: envelhecimento; saúde; instituições de ensino superior.


ACOMPANHAMENTO E ATENDIMENTO A IDOSOS NO CONTEXTO DO CENTRO DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL: SABERES QUE SE ENTRELAÇAM

Nanci Cecília de Oliveira Veras
Psicóloga – Prefeitura Municipal de Palhoça

Maria Emília de Azevedo Duarte
Assistente Social – Prefeitura Municipal de Palhoça

Introdução: A política de Assistência Social/Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome oferta serviços no intuito de garantir o usufruto de direitos. O Centro de Referência Especializado de Assistência Social, um dos serviços da Assistência Social, traz como um dos eixos ofertar o Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosas e suas Famílias, sendo que o município de Palhoça tem projeto piloto para implantar este serviço.  Objetivo: Este trabalho tem como objetivo apresentar alguns dos impactos do projeto piloto de criação do Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosas e suas Famílias, com ênfase nas práticas realizadas em equipe multidisciplinar no contexto da Política Social Especial de Média Complexidade, no campo de violações de direitos a idosos. Metodologia: A metodologia de trabalho utilizada é o método etnográfico, sendo realizadas visitas às famílias, a rede de serviço governamental, não governamental, atendimentos e estudos de casos, buscando compreender modos de vida e valores sociofamiliares. Resultados: A relevância do Serviço e sua contribuição socioassistencial, em conformidade com a política de Assistência Social, têm agregado melhorias à qualidade de vida dos usuários e possibilitado a efetivação do serviço, motivando por parte dos gestores públicos do município a construção de espaço físico destinado à implantação do Serviço, que se encontra em fase de conclusão.  O referido Serviço também tem fortalecido o entrelace com outros parceiros, além de possibilitar uma escuta qualificada para os usuários. Conclusão: Esse trabalho contribui para a exposição dos impactos que o projeto vem apresentando no município, em prol da melhoria na qualidade de vida dos idosos no que se refere à Política Social Especial de Média Complexidade no Brasil.

Palavras-chave: Famílias; Idosos; Qualidade de vida.


PREVALÊNCIA E CARACTERÍSTICAS DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM IDOSOS DO MEIO RURAL DE SANTA MARIA, RS: RESULTADOS PRELIMINARES

Guilherme Tavares de Arruda
Universidade Federal de Santa Maria

Áureo Jr Weschenfelder
Universidade Federal de Santa Maria

Cyntia Scher Strelow
Universidade Federal de Santa Maria

Michele Adriane Froelich
Universidade Federal de Santa Maria

Hedioneia Maria Foletto Pivetta
Universidade Federal de Santa Maria

Melissa Medeiros Braz
Universidade Federal de Santa Maria

Introdução: A incontinência urinária (IU) é a perda involuntária de urina, o que acaba por repercutir em problemas psicossociais. Sua ocorrência aumenta com o avanço da idade, devido às modificações funcionais e estruturais no sistema urinário relacionadas ao processo de envelhecimento. Objetivo: Avaliar a prevalência e características de IU em idosos do meio rural. Metodologia: Foi realizada pesquisa observacional, utilizando-se o International Consultation on Incontinence Questionnaire – Short Form (ICIQ-SF), questionário breve que caracteriza a perda de urina e avalia a repercussão da IU na vida diária. Foi realizado um inquérito domiciliar no meio rural da cidade de Santa Maria, RS. Os idosos receberam as devidas orientações sobre a pesquisa e assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido. Resultados: Foram pesquisados 36 idosos, 23 do sexo feminino e 13 do sexo masculino, com idades variando de 60 a 81 anos (71,08 ± 5,99). Destes, 14 (38,88%) referiam possuir perdas urinárias, 11 mulheres e 3 homens. Dentre os incontinentes: 35,71% relataram perder urina uma vez por semana ou menos, 14,29% duas ou três vezes por semana, 14,29% uma vez ao dia, 14,29% diversas vezes ao dia e 21,42% afirmaram perder urina o tempo todo. Sobre a quantidade de urina que o indivíduo pensava perder: 57,16% afirmaram perder uma pequena quantidade, 21,42% uma quantidade moderada e 21,42% uma grande quantidade. Em relação à quando se perde urina: 64,28% afirmaram perder antes de chegar ao banheiro, 64,28% perdem ao tossir ou espirrar e 14,28% perdem sem razão óbvia. Apenas 35,71% das pessoas assinalaram mais de uma opção. Conclusão: Esta amostra apresentou uma prevalência de 38,88% de IU, sendo muito alta entre os idosos do sexo feminino. Considerando-se que a IU pode impactar sobre a qualidade de vida e estar relacionada a co-morbidades, torna-se fundamental a atenção dos profissionais de saúde sobre esta temática.

Palavras Chave: Idoso; incontinência urinária; zona rural.


RISCO DE QUEDAS EM IDOSOS DA ZONA RURAL DE SANTA MARIA, RS: RESULTADOS PRELIMINARES

Guilherme Tavares de Arruda
Universidade Federal de Santa Maria

Áureo Jr Weschenfelde
Universidade Federal de Santa Maria

Cyntia Scher Strelow
Universidade Federal de Santa Maria

Michele Adriane Froelich
Universidade Federal de Santa Maria

Hedioneia Maria Foletto Pivetta
Universidade Federal de Santa Maria

Melissa Medeiros Braz
Universidade Federal de Santa Maria

Introdução: As quedas têm sido o principal motivo de internação hospitalar entre idosos por causas externas, constituindo a terceira causa de mortalidade. Assim, torna-se fundamental conhecer o risco de quedas entre esse grupo, bem como os fatores predisponentes, para que se possam planejar ações de promoção à saúde e prevenção às quedas neste grupo. Objetivo: Avaliar o risco e características de quedas em idosos da zona rural de Santa Maria, RS. Metodologia: Inquérito populacional, observacional, realizado na zona rural de Santa Maria, RS de março a junho de 2015. Utilizou-se o Fall Risk Score, que avalia o risco de queda, qualificando-o através de escore referente ao uso de medicações, estado de orientação, déficit sensório, utilização de dispositivos auxiliares à marcha e quedas anteriores. Os idosos da amostra receberam as devidas orientações sobre a pesquisa e assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido. Os dados foram analisados pela estatística descritiva. Resultados: Foram pesquisados 36 idosos, 23 do sexo feminino e 13 do sexo masculino, com idades variando de 60 a 81 anos (71,08 ± 5,99). Dentre os idosos, 88,88% utilizavam alguma medicação, 86,11% possuíam visão prejudicada, 13,88% relatavam se sentir inseguros ao andar, 83,33% apresentaram risco de queda e 61,11% sofreram alguma queda nos últimos 12 meses. Destes, 77,27% usavam calçados inadequados durante a queda. Cair da própria altura foi relatado por 81,81% dos idosos. Dentre as causas mais citadas estão alteração de equilíbrio (54,54%) e pisos escorregadios ou molhados (27,27%). Entorse e luxação foram os tipos de lesão mais citados. Conclusão: Esta amostra apresentou alto risco de quedas, sendo o uso de calçados inadequados, medicamentos e possuir a visão prejudicada fatores que influenciaram este risco. Atenta-se para a necessidade da promoção da saúde do idoso, a fim de prevenir ocorrência de futuras quedas e preservar sua saúde.

Palavras Chave: Idoso; acidentes por quedas; zona rural.


AUTOPERCEPÇÃO POSITIVA DE SAÚDE EM IDOSOS DE FLORIANÓPOLIS – ESTUDO EPIFLORIPA IDOSO 2013/2014

Susana Cararo Confortin
Universidade Federal de Santa Catarina

Lariane Mortean Ono
Universidade Federal de Santa Catarina

Larissa Pruner Marques
Universidade Federal de Santa Catarina

Ione Jayce Ceola Schneider
Universidade Federal de Santa Catarina

Eleonora d’Orsi
Universidade Federal de Santa Catarina

Introdução: A autoavaliação de saúde tem se apresentado como bom indicador do estado de saúde em idosos. Objetivo: Verificar a autopercepção positiva de saúde e fatores associados em idosos. Métodos: Trata-se de estudo transversal, de base populacional, conduzido com 1.197 idosos (≥60 anos) de Florianópolis, no ano de 2013/2014. A amostra analítica foi de 1.140 idosos (taxa de resposta de 95,2%). A autopercepção de saúde foi classificada como positiva (muito boa e boa) e negativa (regular, ruim e muito ruim). Utilizou-se regressão logística (bruta e ajustada) para verificar a associação entre o desfecho e covariáveis sexo (feminino, masculino), faixa etária (60-69, 70-79, 80 anos ou mais), estado civil (com companheiro, sem companheiro), renda familiar em salários mínimos (≤1SM, >1 a 3 SM, >3 a 5 SM, >5 a 10 SM, >10 SM), trabalha atualmente (não, sim), consumo de álcool (não consome, moderado, alto), tabagismo (nunca fumou, fumou e parou, fuma atualmente), atividade física (inativo, suficientemente ativo, ativo fisicamente) e uso de e-mail (não, sim). Resultados: A prevalência do desfecho foi 56,40%, associada positivamente ao sexo masculino, trabalhar atualmente, maior consumo de álcool, ser ativo no lazer e utilizar e-mail; e inversamente a não ter companheiro.  Na análise ajustada, tiveram maiores chances de relatar autopercepção positiva de saúde os idosos que trabalhavam atualmente (OR:2,80; IC95%:1,13-6,91), relataram consumo de álcool moderado (OR: 2,57; IC95%:1,29-5,14) e alto (OR: 4,65; IC95%:1,61-13,40) e eram ativos fisicamente no lazer (OR: 2,54; IC95%:1,37-4,74). Conclusão: Os achados evidenciam que a autopercepção de saúde positiva pode estar relacionada com a manutenção da atividade laboral e atividade física. No que se refere à associação do consumo de álcool, essa pode estar atrelada a vida social ativa e independência, o que pode melhorar a percepção de saúde por parte desses idosos. No entanto, são necessárias mais investigações a respeito desta relação.

Palavras-chave: Autoavaliação; Saúde; Idoso; Estudos Transversais.


PERFIL DE IDOSOS DE UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA DA GRANDE FLORIANÓPOLIS

Marzieli Lopes Souza
Universidade do Sul de Santa Catarina

Ana Paula Kovalski de Souza
Universidade do Sul de Santa Catarina

Katia Geniaki
Universidade do Sul de Santa Catarina

Mateus Pinheiro
Universidade do Sul de Santa Catarina

Bruno Agostini
Universidade do Sul de Santa Catarina

Priscila Nocetti Ribeiro
Universidade do Sul de Santa Catarina

Introdução: Com o envelhecimento da população mundial, é cada vez mais comum a institucionalização de idosos, ou seja, a residência passa a ser um asilo ou casa lar. Com o envelhecimento surgem várias patologias, a demência é uma delas. Cognição é o termo empregado para descrever toda a esfera do funcionamento mental. Esse aspecto implica a habilidade de sentir, pensar, perceber, lembrar, raciocinar e interagir com meio externo. Objetivo: Identificar o perfil de idosos institucionalizados de uma instituição de longa permanência da Grande Florianópolis. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo. Foram coletados dados pessoais como sexo, idade e estado civil nas fichas de cadastros dos idosos na instituição. A amostra contou com 27 idosos sendo 62,96% mulheres, com idade média 77,19 (± 11,98) anos. Foi utilizado como instrumento para avaliação cognitiva o Mini-exame de estado mental (MEEM), trata-se de um teste que aborda questões relacionadas à localização temporal, espacial, lógica e linguagem, que tem como objetivo avaliar o declínio cognitivo, sendo este fator de risco para a demência. Resultados: A partir dos dados coletados nas fichas cadastrais, observa-se que 59,26% dos idosos são solteiros, com idade média para mulheres de 79,47 (±11,53) anos e para homens 73,3 (± 12,99) anos. Identificou-se que 53% dos idosos apresentaram declínio cognitivo moderado e 47% possuem declínio cognitivo grave. Conclusão: A partir deste estudo, sugere-se que a capacidade cognitiva está comprometida entre os idosos da amostra, sendo que todos apresentam algum declínio.  A partir disto sugere-se a prática de atividades com estímulos cognitivos e de socialização.

Palavras-chave: idosos; Instituição de Longa Permanência; cognição.


O PERFIL DO IDOSO INSERIDO EM PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE QUEDAS: UM ESTUDO DE CASO

Paula Bertolini de Paiva
Universidade do Estado de Santa Catarina

Silvia Fiorillo Cabrera Soares
Universidade do Estado de Santa Catarina

Deyse Borges Koch
Universidade do Estado de Santa Catarina

Introdução: 85% da população acima dos 65 anos apresentam déficit no equilíbrio diminuindo suas habilidades nas AVD’s podendo resultar em quedas. A preocupação dos idosos quanto às quedas pode motivá-los a procurar medidas preventivas. Objetivo: Identificar o perfil do idoso inserido em um programa de prevenção de quedas. Metodologia: Estudo transversal realizado por meio de entrevista avaliativa de 15 idosos da comunidade voluntários e participantes do programa Saúde sem Quedas do CEFID/UDESC avaliados com relação a antropometria, histórico de saúde e quedas, percepção da saúde e medo de queda. Resultados: 14 mulheres e 1 homem com idade média de 71± 6,5 anos, altura de 1,59± 0,05 m, massa de 77,5± 3,5 kg e IMC de 30±4,2 kg/m2, sendo 12 aposentados, 2 costureiras e 1 servidor publico. Em relação ao estado civil: (7) casados, (1) solteiro, (6) viúvos e (1) divorciado. Quanto ao histórico de saúde: (10) pressão alta, (3) pressão baixa, (4) diabetes, (11) osteoporose, (15) deficiência visual, (8) labirintite, (3) assistência para caminhar, (7) tontura, (12) problemas ortopédicos. Quanto à percepção da saúde: (5) muito boa, (6) boa, (4) razoável. Quanto ao medo de cair: (3) não tem medo, (5) pouco medo, (2) medo moderável, (4) muito medo, (1) medo extremo, sendo que 11 participantes sofreram uma queda no último ano. Conclusão: O perfil do idoso inserido em programa de prevenção de quedas é em sua maioria mulheres, casadas, aposentadas, com problemas ortopédicos, osteoporose, deficiência visual, histórico de quedas e com percepção de boa ou muito boa saúde. Esse perfil não pode ser generalizado devido ao tamanho da amostra e as condições de mobilidade e acessibilidade da mesma. Conhecer o perfil do idoso interessado em programa de prevenção de quedas é importante para o planejamento e direcionamento das atividades pelos profissionais envolvidos promovendo melhoria do equilíbrio e da saúde dos idosos.

Palavras-chave: prevenção primária, acidente por quedas e idoso.


AUTOPERCEPÇÃO DE SAÚDE DE IDOSOS DO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA/RS

Bárbara Sutil da Silva
Universidade Federal de Santa Maria

Patrícia Fagundes Soares
Universidade Federal de Santa Maria

Temístocles Vicente Pereira Barros
Universidade Federal de Santa Maria

Daniela Lopes dos Santos
Universidade Federal de Santa Maria

Introdução: Sabe-se que o número de idosos tem aumentado no Brasil, configurando um quadro de transição epidemiológica. Nesta dinâmica torna-se relevante a autopercepção de saúde, ou seja, como o idoso percebe e relata sua saúde. Objetivo: Verificar a autopercepção de saúde de idosos residentes no município de Santa Maria/RS. Métodos: Este trabalho é parte de uma pesquisa epidemiológica maior, aprovada pelo CEP/UFSM. Para a coleta de dados foi utilizada uma ficha diagnóstica (FD) por meio da qual se recolheu informações socioeconômicas e culturais, além de uma questão sobre autopercepção de saúde, tendo como opções de respostas: ótima, bom, regular, ruim, muito ruim. Foi feita uma análise descritiva dos dados, por meio de médias e percentuais, utilizando o pacote estatístico do Microsoft Excel-2010. Resultados: O grupo estudado foi composto por 49 idosos com média de idade de 69,9 anos, sendo 17 do sexo masculino, 32 do sexo feminino, foi possível identificar que 62,5% das mulheres consideram sua saúde regular; 28,1% consideram sua saúde boa. Já nos homens 47% relataram sua saúde boa; 35,2% ruim. Do total dos idosos 46,9% relataram sua saúde como regular; 34,69% boa; 16,32% ruim; 2% muito ruim. Considerando todos os indivíduos, 65,3% consideram que seu estado de saúde atual dificulta a prática de exercício físico. Conclusão: concluímos que boa parte dos idosos relataram sua saúde como regular e boa, relatam ainda que seu estado de saúde dificulta para prática regular de exercício físico o que indica a necessidade de intervenções multiprofissionais para auxiliar esta população a manter hábitos saudáveis.

Palavras-chave: Saúde; Idoso; Exercício Físico.


A PESSOA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E SUA FAMÍLIA: A QUESTÃO DO ENVELHECIMENTO

Rosane Seeger da Silva
Universidade Federal de Santa Maria

Laise Kunz
Universidade Federal de Santa Maria

Elenir Fedosse
Universidade Federal de Santa Maria

Introdução: O processo de envelhecimento humano é natural, inevitável e irreversível. Dentro deste contexto, o processo de envelhecimento de pessoas com deficiência intelectual é uma discussão ainda insipiente, até pouco tempo essas pessoas não alcançavam esta fase da vida: tinham uma pequena expectativa de vida. Objetivo: Nessa perspectiva, o objetivo deste estudo é apresentar dados parciais, alguns da caracterização sociodemográfico, de uma pesquisa de mestrado que se ocupa em conhecer o processo de envelhecimento das pessoas com deficiência intelectual de uma cidade de pequeno porte do interior gaúcho e sua implicação na qualidade de vida familiar. Metodologia: Trata-se de um levantamento censitário, baseado nos pressupostos da pesquisa quantitativa, em que foram aplicados dois questionários individuais, o primeiro, especialmente elaborado para este estudo, abordando aspectos sociodemográfico e o segundo, a versão brasileira do instrumento – WHOQOL Bref. Para análise dos dados foi utilizado o software SPSS 20.0 para criação das variáveis, inserção dos dados obtidos pelos questionários e tabulação dos mesmos. A coleta de dados foi iniciada no mês de abril, e até o momento foram aplicados 75 questionários. Resultados: Verificou-se nas entrevistas realizadas, que a maioria dos sujeitos tem a mãe como cuidadora (82,66%). A média de idade dos sujeitos com deficiência intelectual é de 31,82% anos, sendo que a idade dos familiares variou de 23 a 83 anos de idade. Quanto à escolaridade, tem-se que a maioria é analfabeto (60%). O nível de ensino dos familiares/cuidadores predominante é o Fundamental Incompleto (cinco anos de estudo). Conclusão: Constatou-se, até o momento, que há aumento da longevidade de pes­soas com deficiência intelectual, os quais são cuidados por familiares com baixo nível de escolaridade. O envelhecimento dessas pessoas configura-se como uma necessidade já que ocorre de maneira precoce e mais acentuada, comprometendo capacidades cognitivas, autonomia, independência e qualidade de vida.

Palavras chaves: Deficiência intelectual; envelhecimento; relações familiares; qualidade de vida.


A GERONTOLOGIA NOS CURRÍCULOS DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA GRADUAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

Thaíssa Araujo de Bessa
Universidade Federal de Santa Catarina

Maria Celina da Silva Crema
Universidade Federal de Santa Catarina

Introdução: A formação de recursos humanos na área gerontológica é importante para a garantia de uma qualificada atenção à pessoa idosa. Objetivo: Averiguar se são incluídas temáticas gerontológicas, nas disciplinas das grades curriculares vigentes em 2015, em 11 cursos de graduação da UFSC, que formam profissionais, que possam vir a atuar junto à população idosa. Metodologia: As informações foram obtidas por meio da base de dados online da UFSC, utilizando-se as palavras-chave: Geriatria, Gerontologia, Geriatria e Gerontologia, Idoso, Velhice, Envelhecimento e Terceira Idade; posteriormente foi realizada uma análise documental e de conteúdo das grades curriculares encontradas. As informações foram subdivididas por: Curso, Disciplina, Carga Horária e Ementa. Os parâmetros para as análises de conteúdo e documental foram a legislação e as diretrizes curriculares que orientam os cursos em nível de Ministério da Educação; a teoria de currículo, a gerontologia e seus construtos e a interdisciplinaridade nos conteúdos presentes, em nível de UFSC. Resultados: Seis dos onze cursos apresentaram disciplinas relacionadas à Gerontologia e demais palavras-chave pesquisadas. Foi possível observar a presença de aspectos interdisciplinares nas ementas. Conclusão: Este estudo aponta para a importância de se conceber o currículo como o articulador de possibilidades, necessidades e perspectivas, em um conjunto de escolhas, ações, ênfases, nos cursos de formação de profissionais para atuar também com a terceira idade e já com o devido preparo sobre as questões do envelhecimento. Os resultados sugerem a necessidade de se investir de maneira mais ampla na educação gerontológica tanto dos agentes formadores, os docentes, quanto dos profissionais da área propriamente ditos e também dos discentes da UFSC e, recomendando-se uma ação em conjunto com o Núcleo de Estudos da Terceira Idade/NETI, como campo de estágio a ser formalizado, no sentido de uma formação completa desse profissional, para demanda no atendimento ao idoso existente e em devir.

Palavras-chave: Educação; Gerontologia; Avaliação educacional; Envelhecimento.


A TEMÁTICA DO ENVELHECIMENTO INTERAGINDO SABERES ENTRE UNIVERSIDADE E GESTORES DA ASSISTÊNCIA SOCIAL NO RS

Laise Kunz
Universidade Federal de Santa Maria

Rosane Seeger da Silva
Universidade Federal de Santa Maria

Marco Aurélio de Figueiredo Acosata
Universidade Federal de Santa Maria

Introdução: Evidencia-se um processo de envelhecimento crescente e acelerado mundial e nacionalmente, somando atualmente 11% da população brasileira (21 milhões), conforme IBGE (2013). Neste estudo, destacaremos a Região Central do RS composta por 13 municípios, que formam a Associação dos Municípios do Centro Serra (AMCSERRA), com 12.049 idosos representando (14,66%), acima da média nacional, produzindo necessidades e demandas sociais que requerem respostas políticas adequadas do Estado e da sociedade. Objetivo: Propor a realização de um Seminário, voltado à temática do envelhecimento no âmbito das políticas públicas, a fim de informar e conscientizar aos gestores que atuam diretamente com os idosos, através das Secretarias Municipais da Assistência Social, nos treze municípios que compõem a Região Central do Estado do RS, interagindo saberes entre universidade e prefeituras. Metodologia: Para que pudéssemos conscientizar os gestores, sobre a importância da realização do seminário, foram realizadas entrevistas e aplicado questionário (BOAS, 2008) com os 13 gestores de cada município, sobre as atividades desenvolvidas como os idosos, legalidade e fundo do idoso, conforme a Lei Federal 12.213/2010, durante o período de seis meses apresentando características qualitativas e quantitativas de perfil demográfico, sob-registro no CAAE (44253915.4.0000.5346), aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Constatou-se entre os municípios um percentual variado de atendimento aos idosos de (10,92%) a (47,39%) e somente em 15,38% o Conselho dos idosos estava ativo. Evidenciou-se também, que em todos os municípios, não existia conhecimento da legalidade e funcionamento para implantação do fundo do idoso, conforme a Lei Federal 12.213/2010. Conclusão: Conclui-se que a partir dos dados coletados e analisados, os 13 gestores das Secretarias da Assistência Social manifestaram interesse em melhorar os índices de atendimento aos idosos, bem como aprimoramento e conscientização, das leis que regulamentam a aplicabilidade das políticas públicas direcionadas aos idosos, resultando na realização do “I Seminário sobre Politicas Públicas e Envelhecimento”, realizado em agosto de 2014, no Centro Serra, como forma de valorização da troca de saberes, através da integração entre universidade e gestores. Fornecendo assim, subsídios para reflexões acerca da construção de uma nova realidade sobre o envelhecimento no Centro Serra.

Palavras chaves: Políticas Públicas; Envelhecimento; Assistência social.


CENTRO DE DIA: CUIDADOS INTEGRAIS AO IDOSO

Maria Fernanda Baeta Neves Alonso da Costa
Universidade Federal de Santa Catarina

Esperanza Ballesteros Pérez
Universidade de Barcelona

Introdução: Na Catalunha em 2010 foi elaborado pelo Plano de Saúde, o serviço Centro de Dia, recurso sócio-sanitário e de apoio familiar que durante o dia oferece atenção às necessidades básicas pessoais, terapêuticas e socioculturais dos idosos com diferentes graus de dependência. Objetivo: Analisar o entendimento dos profissionais de saúde acerca de necessidades de saúde e atenção integral ao idoso em um Centro de Dia. Metodologia: pesquisa com abordagem qualitativa, realizada em L’Hospitalet de Lobregat (Espanha) entre maio de 2008 e julho de 2009, com quatro profissionais do Centro de Dia. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevista e roteiro semiestruturado, e para análise utilizou-se o Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), a partir do referencial teórico da Representação Social. No Brasil, o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) e na Espanha, pela Direção de Pós-Graduação da Universidade de Barcelona (UB). Resultados: Os profissionais de saúde compreendem que para atender as necessidades de saúde do idoso são necessárias boas condições de vida (cuidados de saúde e suporte familiar); garantia de acesso a todas as tecnologias que melhore e prolongue a vida (assistência à saúde, acesso às tecnologias, prevenção, reabilitação e promoção da saúde); autonomia e autocuidado na escolha do modo de “andar a vida” (promoção da autonomia e independência dos idosos, educação em saúde) e, necessidade de ter vínculo com um profissional ou equipe (acolhimento e responsabilização). Por atenção integral consideram o cuidado individualizado, que avalia a pessoa em seu conjunto, sua situação familiar, a doença física, o aspecto social e psicológico. Conclusão: Para atender o idoso de uma maneira integral é necessário que os profissionais percebam os usuários em todas as dimensões, como um indivíduo biopsicossocial e ofertem serviços que compreendam a prevenção, reabilitação e promoção de saúde.

Palavras-chave: Idosos; Serviços de saúde para idosos; Assistência integral à saúde do idoso.

 


RESIDÊNCIA PARA IDOSOS: ATENÇÃO INTEGRAL DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL

Maria Fernanda Baeta Neves Alonso da Costa
Universidade Federal de Santa Catarina

Esperanza Ballesteros Pérez
Universidade de Barcelona

Introdução: As residências podem ser definidas como centros gerontológicos abertos, de desenvolvimento pessoal e atenção sócio-sanitária multiprofissional. Nelas vivem, temporariamente ou permanentemente, idosos com algum grau de dependência. Objetivos: Analisar o entendimento dos profissionais de saúde acerca de necessidades de saúde e atenção integral do idoso em uma residência sócio-sanitária. Metodologia: pesquisa com abordagem qualitativa, realizada em L’Hospitalet de Lobregat (Espanha) entre maio de 2008 e julho de 2009, com sete profissionais da residência. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevista com os profissionais do serviço e roteiro contendo três perguntas abertas sobre as necessidades de saúde dos idosos e ações desenvolvidas pela equipe para a atenção integral. Para análise utilizou-se o Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), a partir do referencial teórico da Representação Social. No Brasil, o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) e na Espanha, pela Direção de Pós-Graduação da Universidade de Barcelona (UB). Resultados: Para atender as necessidades de saúde dos idosos os profissionais trabalham de forma interdisciplinar. Consideram a residência um ambiente seguro e acolhedor, que contribui para restaurar e manter a independência do idoso, preservar a autonomia e promover a qualidade de vida. Consideram importante avaliar o estado funcional para qualificar e quantificar a capacidade do idoso para realizar tarefas essenciais para a manutenção do seu bem-estar físico e psicológico. Na avaliação funcional, os profissionais verificam as atividades básicas e instrumentais da vida diária com o objetivo de promover o cuidado integral. Conclusão: Os profissionais reconhecem que a atenção integral à saúde do idoso é revestida de grande complexidade, principalmente quando a assistência é direcionada por um conceito ampliado do processo saúde/doença, com vistas à melhoria da qualidade de vida.

Palavras-chave: Idosos; Serviços de saúde para Idosos; Assistência Integral à Saúde.


 

 

PREVALÊNCIA DE DEMÊNCIAS EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS NO MUNICÍPIO DE PASSO FUNDO, RIO GRANDE DO SUL

Marilene Rodrigues Portella
Universidade de Passo Fundo

Ezequiel Vitório Lini
Universidade de Passo Fundo

Marlene Doring
Universidade de Passo Fundo

Introdução: Uma parcela significativa de idosos vivenciam importantes alterações cognitivas que podem culminar em quadros demenciais que exigem cuidados contínuos. A Organização Mundial de Saúde estima que as demências afetem de 2 a 8% da população idosa. Objetivo: Identificar a prevalência de demências em idosos residentes nas instituições de longa permanência de Passo Fundo, RS. Metodologia: Estudo transversal com 191 idosos com idade maior ou igual a 60 anos residentes em 13 instituições de longa permanência para idosos de Passo Fundo em 2014. Coletaram-se os dados a partir de um questionário estruturado, contemplando variáveis sociodemográficas e variáveis clínicas. O diagnóstico de demência foi obtido nos prontuários com base em parecer médico. A variável demência foi tratada como dicotômica (sim e não). Analisaram-se os dados por estatística descritiva utilizando o software STATA V.10.0 A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Passo Fundo pelo parecer n° 648.771/2014. Resultados: A maioria dos institucionalizados era do sexo feminino (69,1%). A média de idade foi de 79,1 (± 9,8). Residiam em instituições com fins lucrativos 51,3% dos idosos. Quanto a situação conjugal, 90,5% não tinham companheiro(a). Referente às condições clínicas, 44,3% apresentavam hipertensão arterial, 16,3% eram diagnosticados com Diabetes Mellitus, 13,7% com problemas cardíacos, 13,7% com sequelas de acidente vascular encefálico, 10,5% com artroses sintomáticas, 9,5% com doença de Parkinson. A prevalência de demências diagnosticadas foi de 40,0%, das quais 26,3% sendo Alzheimer e 13,7% como demência não especificada. Conclusão: Os idosos institucionalizados apresentam alta prevalência de demência e grande parte sem diagnóstico preciso quanto à classificação do quadro demencial. Frente aos sintomas que surgem com a evolução da doença, cuidados especializados são necessários e uma das principais alternativas é a assistência provida pelas instituições, o que pode explicar em parte a alta taxa de demências nestes ambientes.

Palavras-chave: Instituição de Longa Permanência para Idosos; cognição; demência.


CAPACIDADE FUNCIONAL EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS NO MUNICÍPIO DE PASSO FUNDO, RIO GRANDE DO SUL

Marilene Rodrigues Portella
Universidade de Passo Fundo

Ezequiel Vitório Lini
Universidade de Passo Fundo

Marlene Doring
Universidade de Passo Fundo

Introdução: Pelo aumento no contingente de idosos, cresce, consequentemente, o tempo de convívio com as doenças crônico-degenerativas e as situações de dependência. Objetivo: Avaliar a capacidade funcional em idosos residentes nas instituições de longa permanência do município de Passo Fundo, RS. Metodologia: Estudo transversal com 191 idosos com idade maior ou igual a 60 anos residentes em 13 instituições de longa permanência no ano de 2014. Coletaram-se os dados a partir de um questionário estruturado, contemplando variáveis sociodemográficas (sexo, tipo de instituição, situação conjugal), variáveis clínicas (se faz uso de medicação, estado de saúde autorreferido) e o Índice de Katz que avalia a capacidade funcional para o desempenho de atividades cotidianas. Foram considerados dependentes os idosos que necessitavam de auxílio ao menos em uma das atividades cotidianas. Esta variável foi tratada como dicotômica, ou seja, dependente e não dependente para atividade básica de vida diária. Analisaram-se os dados por estatística descritiva utilizando o software STATA V.10.0 A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Passo Fundo pelo parecer n° 648.771/2014. Resultados: Os achados mostraram que 69,1% eram do sexo feminino e a média de idade de 79,1 (± 9,8). Residiam em instituições com fins lucrativos 51,3% dos idosos. Quanto a situação conjugal, 90,5% não tinham companheiro(a), 97,4% faziam uso de algum tipo de medicação. Consideraram o estado de saúde como regular, ruim ou muito ruim 50,8% e a prevalência de dependência para no mínimo uma atividade básica de vida diária foi de 75,9%. Conclusão: A prevalência de idosos dependentes para as atividades básicas de vida diária foi elevada. Esse achado evidencia que por conta das dificuldades cotidianas, os idosos exigem cuidados contínuos dos profissionais. Medidas de preventivas e reabilitativas devem ser incentivadas para a máxima manutenção das habilidades nas tarefas diárias.

Palavras-chave: Instituição de Longa Permanência para Idosos; atividades cotidianas; saúde do idoso institucionalizado.


AUTOPERCEPÇÃO DE SAÚDE, MULTIMORBIDADE E USO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE PELOS IDOSOS

Andreia Mascarelo
Prefeitura Municipal de Coxilha-RS

Emanuelly Casal Bortoluzzi
Universidade de Passo Fundo

Marlene Doring
Universidade de Passo Fundo

Marilene Rodrigues Portella
Universidade de Passo Fundo

Introdução: O envelhecimento populacional traz consigo o aumento das doenças crônicas. A maioria dos problemas de saúde dos idosos são associados à multimorbidades e o declínio da capacidade funcional, tal conjuntura ilustra o desafio do sistema de saúde no atendimento às demandas. Objetivo: Identificar a associação entre autopercepção de saúde e multimorbidade, dependência funcional e uso de serviços de saúde. Metodologia: Estudo transversal de base populacional, recorte do estudo “Condições de vida e saúde dos idosos no município de Coxilha-RS”. Os dados foram coletados por inquérito domiciliar utilizando um questionário estruturado. A população foi composta por 331 idosos. A multimorbidade foi considerada como presença de duas ou mais doenças crônicas e a dependência para atividades básicas da vida diária (ABVD) e atividades instrumentais da vida diária (AIVD) como a dificuldade ou impossibilidade de realizá-las. Para a análise estatística utilizou-se frequência simples e teste qui-quadrado, com nível de significância de 5%. Resultados: A média de idade foi 69,4 (±7,7) na sua maioria do sexo feminino, 52,3%. A percepção de saúde foi avaliada como regular por 47,4%, boa por 39,9%, muito boa por 6% e ruim/muito ruim 6,6%. Referiram ter multimorbidades 73,1%; apresentaram dependência para ABVD 32,3% e para AIVD 75,5%. Houve associação entre multimorbidade, dependência para ABVD e AIVD com a percepção negativa de saúde (regular, ruim e muito ruim) (p≤0,001). Dos idosos que não ficaram doentes ou não precisaram de atendimento médico no último ano, 67,8% tem autopercepção de saúde positiva. Para os 59,9% que necessitaram de atendimento, o local procurado foi o posto de saúde. Conclusão: A associação entre multimorbidade, autopercepção de saúde negativa e dependência funcional, se configura em um desafio ao atendimento das demandas. O sistema de saúde precisa se preparar para poder garantir acesso ao serviço integral centrado nas necessidades dos idosos.

Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde; Saúde do Idoso; Serviço de Saúde para Idosos.

 


IDOSOS DEPENDENTES E APOIO FAMILIAR

Andreia Mascarelo
Prefeitura Municipal de Coxilha-RS

Emanuelly Casal Bortoluzzi
Universidade de Passo Fundo

Marlene Doring
Universidade de Passo Fundo

Marilene Rodrigues Portella
Universidade de Passo Fundo

 

Introdução: A idade avançada geralmente está associada ao declínio funcional. A medida que as pessoas envelhecem, suas necessidades de saúde tendem a se tornar mais crônicas e complexas, por vezes, culminando com a dependência. Nesta conjuntura, o apoio familiar é essencial na vida dos idosos. Objetivo: Analisar a prevalência de idosos com dependência para Atividades Básicas da Vida Diária (ABVD) e a presença de apoio familiar. Metodologia: Recorte do estudo transversal de base populacional, “Condições de vida e saúde dos idosos no município de Coxilha-RS”, realizado por inquérito domiciliar, utilizando-se questionário estruturado. A população foi composta  331 idosos residentes no município. A dependência foi caracterizada por dificuldade ou impossibilidade de realização de uma ou mais ABVD. Aplicou-se os testes qui-quadrado de Pearson, exato de Fisher, com nível de significância de 5%. Resultados: A dependência para ABVD teve prevalência de 32,3%, dos quais 60,7% são mulheres (p= 0,03) e 53,3% estão na faixa etária dos 60 a 69 anos. Verifica-se uma maior prevalência de dependência para ABVD na faixa etária dos 80 anos e mais (p=0,05).  Quanto ao local de moradia os idosos de zona urbana são mais dependentes (35,1%), em comparação aos da zona rural (31,5%). A presença de apoio é referida por 96,3% dos idosos dependentes, proveniente principalmente do cônjuge (36,9%), da filha (31,3%) e filho (15,5%). A maioria dos cuidadores é do sexo feminino. Conclusão: A alta prevalência de dependência observada no estudo requer a construção de estratégias abrangentes em torno da necessidade de melhorias na qualidade dos cuidados de longa duração.

Palavras-Chave: Capacidade Funcional; Idosos; Cuidado; Saúde do Idoso.

 


INFLUÊNCIA DA ESCOLHA DOS PONTOS DE CORTE PARA CLASSIFICAR O NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA SEMANAL EM IDOSOS

Fernanda Christina de Souza Guidarini
Universidade do Estado de Santa Catarina

Tânia Bertoldo Benedetti
Universidade Federal de Santa Catarina

Samantha Nahas Guimarães
Fundação Catarinense de Educação Especial

Silvia Rosane Parcias
Universidade do Estado de Santa Catarina

Lucia Maria Andreis
Universidade do Estado de Santa Catarina

 

Introdução: A realização regular de atividade física tem sido considerada uma intervenção que auxilia na prevenção e redução de fatores de risco de doenças quando realizada em quantidade semanal de 150 minutos/semana em intensidade moderada/vigorosa. Entretanto, observa-se que 55 a 65% dos idosos no mundo são insuficientemente ativos. Esses dados de prevalência têm sido mensurados por meio de questionários e sensores de movimento. O uso do acelerômetro ainda está em fase inicial, assim para alguns grupos etários, como o dos idosos, não existe um protocolo pronto, validado e amplamente testado. Objetivo: Comparar os valores da atividade física semanal de idosos utilizando o ponto de corte de Freedson et al (1998) e de Copeland & Esliger (2009), bem como quantificar o nível de atividade física total semanal. Metodologia: A amostra foi composta por 108 idosas, idade de 67,4 (6,32) anos, participantes de bailes ou bingo em centros comunitários de Florianópolis. O critério de inclusão foi a utilização do acelerômetro por cinco dias, com uso de dez horas/dia. Utilizou-se estatística descritiva, teste qui-quadrado e análise de regressão linear múltipla, no SPSS 16.0. Resultados: Observaram-se em termos de volume que a quantidade de atividade física semanal do grupo baile apresentou maiores valores quando comparado ao grupo bingo (total de min./semana: 2.912,4 vs 2.308,6 com p=0,005; e número de passos/semana, 65.386 vs 46.527 p=0,055). Já em relação à intensidade, existiram diferenças na prevalência de idosas ativas quando comparados os grupos baile e bingo conforme análise de cada ponto de corte (Freedson et al: 56,5% vs 35,9% com p=0,06; Copeland & Esliger: 94,2% vs 74,4% p=0,008). Conclusão: É necessária uma padronização para mensurar atividade física em idosos por meio de acelerômetros, principalmente quando se deseja medir a intensidade das atividades.

Palavras-chave: Idoso. Atividade Motora. Intensidade.

 


UM RELATO DE EXPERIÊNCIA ACADÊMICA SOBRE O ENSINO-APRENDIZAGEM DE ATIVIDADES AQUÁTICAS NO PROGRAMA DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA GRUPO DE ESTUDOS DA TERCEIRA IDADE

Hian Maestri Alexandre
Universidade do Estado de Santa Catarina

Geovanna Alves de Campos
Universidade do Estado de Santa Catarina

Thierry Souza da Luz
Universidade do Estado de Santa Catarina

Jeferson Andrei Silveira
Universidade do Estado de Santa Catarina

Inês Amanda Streit
Universidade do Estado de Santa Catarina

Giovana Zarpellon Mazo
Universidade do Estado de Santa Catarina

 

Introdução: As atividades aquáticas possibilitam aos idosos a manutenção e melhora do sistema cardiorrespiratório e muscular, diminui os impactos nas articulações e proporcionam a socialização. Objetivo: Descrever a experiência de estudantes do Curso de Educação Física do Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (CEFID) da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) quanto ao ensino-aprendizagem de hidroginástica e natação para idosos.  Metodologia: O presente relato de experiência foi realizado por meio de observação e da prática dos estudantes que ministram aulas nas modalidades de Hidroginástica e Natação para Terceira Idade do programa de extensão Grupo de Estudos da Terceira Idade – GETI na piscina do CEFID/UDESC. Resultados: As aulas de natação e hidroginástica para idosos do GETI acontecem com frequência semanal de dois dias e a duração é de 50 minutos cada sessão. Na hidroginástica observa-se que os idosos são muito participativos. Mesmo com algumas limitações físicas e funcionais respeitadas durante as aulas pelo estudante/professor, todas as atividades propostas são realizadas sem maiores dificuldades. Na natação os nados mais trabalhados são crawl e peito. A evolução dos nados se dá de forma gradativa e lenta, sendo que a repetição dos exercícios periodicamente durante as aulas torna-se necessário para uma boa fixação dos movimentos.  Para ministrar as aulas, os estudantes realizam reuniões pedagógicas onde ocorre a troca de experiências e discussões sobre determinadas situações e casos de alunos para que o ensino-aprendizagem seja mais eficiente. Conclusão: É evidente a evolução dos idosos integralmente, que sempre buscam sanar dúvidas, desenvolver as aulas propostas e superar-se a cada encontro. Considera-se de grande importância, a participação do GETI na capacitação e formação acadêmica do profissional de educação física no trabalho voltado para atividades aquáticas para idosos.

Palavras-chave: Atividade Motora; Natação; Idosos; Capacitação.

 


ANALFABETISMO DA SAÚDE X PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUISTICA EM BUSCA DE QUALIDADE DE VIDA PARA OS IDOSOS

Juliana Pereira Simões
Universidade Federal do Espírito Santo

Luciana Coelho
Universidade Federal de Santa Catarina

Introdução: na contemporaneidade lida-se com diversos tipos de analfabetismo, do funcional ao digital, do cultural ao da saúde. E é neste último que se debruça o olhar. O analfabetismo da Saúde é a incapacidade de entender fatos e conceitos básicos de saúde, o que causa uma inabilidade de tomar decisões positivas em relação à saúde. Objetivo: expor que o analfabetismo da saúde compromete a saúde do idoso e o próprio serviço da enfermagem.  Metodologia: trata-se de um relato de experiência do processo de trabalho de uma empresa gestora de plano de saúde. Nesta, as autoras realizam visitas domiciliares cujo objetivo é melhorar a qualidade de vida dos beneficiários, que são em sua grande maioria, idosos com doenças crônicas. Resultado: em diversos momentos da prática profissional diária, a mensagem transmitida pelas enfermeiras não é absorvida. O analfabetismo da saúde dificulta e impede que as orientações exerçam um significado para os idosos, obstando sua rotina terapêutica e influenciando negativamente em sua qualidade de vida. Além de desmotivar a equipe de saúde que, se deparando com a situação descrita anteriormente, relata que seu trabalho está sendo feito em vão.  Conclusão: é necessária a mudança de postura em transmitir a mensagem.  Ao fim do dia, após as visitas domiciliares, a equipe se reúne e discute a melhor forma de abordagem terapêutica. Recorre-se também a Programação Neurolinguística (PNL) que oferece ferramentas para influenciar processos subjetivos, entre as quais se elenca o Rapport, que é a qualidade de um relacionamento de influência e respeito mútuos entre pessoas; é também assumir uma segunda posição e estar disposto a tentar compreender a outra pessoa a partir do ponto de vista dela. Utilizando-se do Rapport, alcança-se um relacionamento que visa garantir a melhora na qualidade de vida dos idosos.

 Palavras – chave: Analfabetismo; Saúde do Idoso; Qualidade de Vida.

 


EMPODERAMENTO DA PESSOA IDOSA NO DOMICÍLIO E NAS INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS

Luciana Coelho
Universidade Federal de Santa Catarina

Juliana Pereira Simões
Universidade Federal do Espírito Santo

 

Introdução: o envelhecimento da população e o aumento da expectativa de vida trazem consigo a diminuição da capacidade física, cognitiva e mental necessitando algumas vezes do auxílio de profissionais que podem auxiliar o idoso no seu domicílio ou em Instituições de Longa Permanência.  O empoderamento da pessoa idosa em qualquer local e circunstância deve ser realizado pelas pessoas que o circulam, evitando consequentemente a diminuição precoce de suas capacidades. Objetivo: conscientizar o idoso, profissional da saúde e/ou familiares à importância de orientar, estimular e auxiliar o idoso na execução de suas Atividades de Vida Diárias e lazer. Metodologia: trata-se de um relato de experiência vivenciado na prática   profissional de uma equipe de enfermagem dentro de uma empresa gestora de planos de saúde. Esta tem como premissa a prevenção de doenças e agravos à saúde, entre suas atividades estão às visitas domiciliares a beneficiários de planos de saúde, onde a grande maioria possui mais de 60 anos de idade, bem como seus familiares e cuidadores. Resultado: o trabalho demonstrou a necessidade da educação continuada a esse público para que em conjunto consiga fornecer maior autonomia, melhora da autoestima e qualidade de vida ao idoso. Conclusão: inseridos no contexto familiar é possível observar as diferentes culturas, valores, crenças, crenças limitantes e gradativamente podemos trabalhar demonstrando na prática os benefícios do empoderamento, tanto para o idoso quanto para as pessoas que o rodeiam.

Palavras – chave: Empoderamento; Saúde do Idoso; Qualidade de Vida.

 


JOGOS NA TERCEIRA IDADE VIVENDO MAIS E MELHOR: INCLUSÃO, SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA

Juliana Klug
Coordenadora Grupo Idosos – Secretaria Municipal de Saúde e Assistência Social

Alexandre dos Santos Santos
Educador Físico Grupo de Idosos – Instrutor de esportes

Ronie Gilberto Loewen
Secretário Municipal de Saúde e Assistência Social

Márcio Menestrina
Secretário Municipal de Esporte Turismo e Lazer

Leonir Vicente Junior
Instrutor de esportes

Introdução: Desde 2008, Benedito Novo realiza, no mês de julho, os jogos da terceira idade, com atividades esportivas e recreativas. Os jogos foram criados para atender ao anseio dos idosos por uma oportunidade de participação mais ativa, proporcionando uma atividade saudável e promovendo o convívio social. Cinco modalidades fazem parte das competições: bocha, canastra, dominó, truco e dança de salão.  Objetivos: As práticas esportivas e recreativas possam promover e incentivar a prática de atividades físicas na terceira idade; criar uma maior interação social do idoso e melhoria da qualidade de vida contribuindo com o aumento do bem estar físico e mental. Metodologia: Antes dos jogos são realizadas avaliações médicas nas Unidades de Saúde, para que todos estejam fisicamente aptos para suas respectivas modalidades. As inscrições são feitas nas modalidades disponíveis, separando-se categorias feminina e masculina. A abertura oficial conta com a apresentação dos competidores, e em seguida é realizada a competição de dança. Os participantes que se classificarem em 1º lugar representarão o município nas etapas regional e estadual no ano seguinte. Durante o ano, os idosos são acompanhados por um educador físico em grupos de ginástica e alongamento, preparando-os para os jogos, levando em conta suas preferências e limitações. Resultados: A realização do evento proporcionou aos idosos a inclusão e estímulo ao autocuidado. Entre os benefícios observados estão a melhoria no convívio social, autonomia e conforto na realização de atividades diárias, aumento da massa muscular e óssea, melhoria da atenção, memória e percepção, redução de doenças, e a diminuição do índice de depressão e ansiedade. Conclusão: Atualmente, os idosos que participam dos jogos se sentem mais dispostos e motivados para a prática da atividade física durante todo o ano, com mais saúde e vigor no dia a dia.

Palavras chave: Idosos; Esportes; Saúde; Inclusão; Qualidade de Vida.

 


MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS E PRESENÇA DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM IDOSAS FISICAMENTE ATIVAS

Janeisa Franck Virtuoso
Universidade Federal de Santa Catarina

Enaiane Cristina Menezes
Universidade do Estado de Santa Catarina

Eduardo Capeletto
Universidade do Estado de Santa Catarina

Lislayne Luiza da Silva
Universidade do Estado de Santa Catarina

Jodélle Machado Chagas
Universidade do Estado de Santa Catarina

Giovana Zarpellon Mazo
Universidade do Estado de Santa Catarina

Introdução: A obesidade abdominal é considerada na literatura como fator de risco para incontinência urinária devido ao aumento crônico da pressão intra-abdominal. Objetivo: Analisar o Índice de Conicidade (IC), Razão Cintura Estatura (RCE) e Percentual de Gordura (PG) entre mulheres idosas praticantes de exercícios físicos com e sem incontinência urinária (IU). Metodologia: Foram avaliadas 152 idosas. Os instrumentos utilizados foram: Questionário Internacional de Atividade Física – IPAQ (Domínio 4) e Ficha Diagnóstica contendo dados sociodemográficos e perguntas referentes à presença de IU. Para os cálculos de IC, RCE e PG, mensurou-se a massa, estatura e circunferência da cintura. Utilizou-se estatística descritiva e inferencial. Os pontos de corte, sensibilidade e especificidade, foram determinados por meio das curvas ROC. Adotou-se um nível de significância de 5%. Resultados: A prevalência de IU foi de 32,2%. O ponto de corte com melhor sensibilidade e especificidade para o IC foi de 1,23 (S= 87,8; E= 35,9), para RCE 0,57 (S= 79,6; E= 45,6) e para PG 39,71 (S= 89,8; E= 42,7). Conclusão: Os pontos de corte das medidas antropométricas IC, RCE e PG indicam que essas medidas podem ser utilizadas para predizer IU em mulheres idosas fisicamente ativas.

Palavras-chave: Idoso; Incontinência Urinária; Obesidade; Exercício.

 


PROPOSTA DE TREINAMENTO DE EQUILÍBRIO EM CIRCUITO EM IDOSOS RESIDENTES EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA

Jéssica Coelho
Instituto de Ensino Superior da Grande Florianópolis

Luana Roberta Schumann
Instituto de Ensino Superior da Grande Florianópolis

Paulo Adão de Medeiros
Universidade Federal de Santa Catarina

Carlos Cesar Baroni Hennemann
Instituto de Ensino Superior da Grande Florianópolis

Lisiane Piazza
Instituto de Ensino Superior da Grande Florianópolis; Universidade do Estado de Santa Catarina

 

Introdução: O déficit de equilíbrio, mobilidade e flexibilidade são frequentes na população idosa, os quais são decorrentes das alterações fisiológicas ocasionadas pelo envelhecimento e que podem conduzir também as quedas. Objetivo: Relatar a proposta de treinamento de equilíbrio em circuito para idosos residentes em uma instituição de longa permanência da cidade de São José – SC. Metodologia: Participaram do estudo 15 idosos institucionalizados, com 80,2±5,9 anos, de ambos os sexos. Foi organizado um treinamento de equilíbrio em circuito o qual foi aplicado duas vezes por semana, com duração de trinta minutos por dia, durante dois meses. Resultados: As atividades que compunham o circuito eram: andar sobre superfície instável, repetindo a atividade por cinco vezes; andar desviando cones, repetindo três vezes; passar por obstáculos, três vezes; levantar de uma cadeira, girar 360 graus e sentar novamente, três vezes; alcançar uma bola em diferentes alturas, 10 vezes; caminhar sobre uma linha reta demarcada no chão com um pé na frente do outro e após de lado; ficar em apoio unipodal, 10 vezes; sentar e levantar de uma cadeira, 10 vezes; apoiar os pés alternados eu um degrau, cinco vezes; Foi observada uma boa adesão dos idosos as atividades de treinamento de equilíbrio em circuito, uma vez que estas além de auxiliar na melhora do equilíbrio e prevenção de quedas, também possibilitam ao idoso uma maior interação com os demais moradores, profissionais e acadêmicos que atuam no local. Conclusão: Ações de prevenção e promoção de saúde são fundamentais para diminuir a ocorrência de quedas e assim diminuir complicações secundárias. A proposta de treinamento de equilíbrio em circuito mostrou-se eficaz para população idosa, podendo auxiliar tanto na melhora do equilíbrio e mobilidade quanto promover uma maior interação social entre os idosos institucionalizados.

 Palavras-chave: idoso; institucionalização; equilíbrio postural.

 


PERFIL DE IDOSOS RESIDENTES EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA DA GRANDE FLORIANÓPOLIS

Luana Roberta Schumann
Instituto de Ensino Superior da Grande Florianópolis

Jéssica Coelho
Instituto de Ensino Superior da Grande Florianópolis

Paulo Adão de Medeiros
Universidade Federal de Santa Catarina

Carlos Cesar Baroni Hennemann
Instituto de Ensino Superior da Grande Florianópolis

Lisiane Piazza
Instituto de Ensino Superior da Grande Florianópolis; Universidade do Estado de Santa Catarina

 

Introdução: Com o aumento da população idosa tem crescido também a busca por Instituições de Longa Permanência para Idosos. Objetivo: Relatar o perfil dos idosos residentes em uma Instituição de Longa Permanência da Grande Florianópolis. Metodologia: Participaram do estudo 32 idosos institucionalizados, de ambos os sexos. Foram coletados dados referentes a idade, tempo de institucionalização, escolaridade, além de serem aplicados os seguintes testes: Mini Exame do Estado Mental (MEEM), Índice de Katz, Escala de Depressão Geriátrica (EDG) e Escala de Equilíbrio de Berg (EEB). Os dados foram coletados no mês de setembro de 2015. Resultados: A idade média dos sujeitos foi de 82,4 ± 6,2 anos e encontravam-se institucionalizados há 5,7 ± 4,1 anos. Quanto ao grau de escolaridade todos possuíam o primeiro grau incompleto ou não eram alfabetizados. A pontuação no MEEM foi de 14,4 ± 5,8 pontos, na EDG de 13,15 ± 6,8 pontos e na EEB de 29,1 ± 16,1. Quanto ao Índice de Katz a classificação mais frequente foi a F (34,5% dos participantes), seguida da E (24,1%), C (13,8%), A (13,8%), B (6,9%) e D(6,9%). Conclusão: Os idosos institucionalizados apresentaram prejuízo na função cognitiva e no equilíbrio postural, risco para depressão e dependência para realização de atividades funcionais como banho, vestir-se, higiene e na realização de transferências. Estes dados reforçam a importância da atuação de profissionais da saúde na melhora das funções físicas e cognitivas da população institucionalizada.

 

Palavras-chave: idoso; institucionalização; perfil de saúde.

 


CURSO DE QUALIFICAÇÃO DO PROFISSIONAL DE NÍVEL MÉDIO PARA O ATENDIMENTO INTEGRAL DA POPULAÇÃO IDOSA

Daniela Alves Da Cás
Terapeuta ocupacional

Gisela Cataldi Flores
Instituto de Ciências da Saúde – Universidade Católica Portuguesa

Lilian Lopes Pereira
Psicóloga

Andréia de Pelegrini Santini
Nutricionista

Introdução: A Política Nacional do Idoso criou normas para os direitos sociais dos idosos, garantindo a proteção integral, sustentada pelos pilares de autonomia, integração e participação efetiva na sociedade. A proposição de ações educativas, que qualifiquem o profissional/ cuidador para o atendimento integral da população idosa, na perspectiva de envelhecimento saudável, é proposta da Escola Estadual de Educação Profissional em Saúde do RS – ETSUS/RS.Objetivo:Desenvolver processo educativo para aperfeiçoar trabalhadores de nível médio da área da saúde envolvidos no cuidado de pessoas idosas, com vistas ao seu cuidado integral, convívio familiar e comunitário, além da melhoria da qualidade de vida.Metodologia: Trata-se de um relato e experiência do Curso de Saúde do Idoso,dirigido aos Agentes Comunitários de Saúde e técnicos de enfermagem dos 32 municípios de abrangência da 4 ª Coordenadoria Regional de Saúde, ocorrido com 4 turmas, cada uma formada por 35 alunos, totalizando 140 participantes.O mesmo teve carga horária de 160 horas, sendo 120 horas presenciais e 40 h de dispersão.O conteúdo programático foi dividido a partir das competências: O Contexto sociocultural do envelhecimento; O Processo de Envelhecimento e o cuidado do idoso; A Rede de cuidado ao idoso.Resultados: Aproximação dos Agentes Comunitários de Saúde com os Conselhos Municipais de Idosos já existentes, Criação de Conselhos Municipais do Idoso, ações de Educação Permanente em Saúde com as equipes de Estratégia de Saúde da Família, fortalecimento do trabalho em equipe, qualificação do cuidado com o idoso.Conclusão: Houve sensibilização dos profissionais quanto à relevância de proporcionar aos idosos  um envelhecimento ativo, participativo, autônomo, independente, respeitando suas singularidades, evitando o isolamento social, proporcionando atenção prioritária, garantindo sua cidadania e melhorando sua qualidade de vida. Assim como a aproximação entre o setor saúde, educação e assistência social, para discussão da rede de cuidado com a pessoa idosa, através de reflexões e ações interventivas.

Palavras chave: Idoso; Autonomia pessoal; Qualidade de Vida.

 


ASSOCIAÇÃO ENTRE HÁBITOS DE VIDA E DECLÍNIO COGNITIVO EM IDOSOS: ESTUDO MONIDI

Roseane Aparecida Sant’Ana do Nascimento
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Saulo Vasconcelos Rocha
Universidade Federal de Santa Catarina

Rafaella Taianne Silva Batista
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Lélia Renata Carneiro Vasconcelos
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Andrée Philippe Pimentel Coutinho
Universidade Federal de Santa Catarina

Lúcia Midori Damaceno Tonosaki
Universidade Federal de Santa Catarina

 

Introdução: O processo de envelhecimento é seguido por uma série de alterações psicossociais e biológicas, sendo influenciado por condições genéticas, estilo de vida e interações sociais. Objetivo: Avaliar a associação entre hábitos de vida e declínio cognitivo em idosos. Métodos: Estudo de caráter transversal com amostra de 310 idosos cadastrados na estratégia de saúde da família município de Ibicuí-Bahia, selecionados aleatoriamente. Os dados foram coletados utilizando questionário com informações sociodemográficas e hábitos de vida (consumo regular de bebidas alcoólicas, tabagismo e prática de atividade física no lazer). Para a avaliação do estado cognitivo global foi utilizado o Mini Exame do Estado Mental-MEEM. Na análise dos dados foram utilizados procedimentos da estatística descritiva e medidas de associação para variáveis categóricas (Teste Qui-quadrado) com p≤0,05. Resultados: A média de idade dos entrevistados foi de 71,62 (± 8,15) anos, com um maior percentual de mulheres (56,5%), de indivíduos com idade entre 60-79 anos (83,9%) e alfabetizados (56,1%). A maioria declarou não consumir bebidas alcoólicas regularmente (95,8%), não fumar atualmente (88,4%) e são inativos no lazer (68,7%). Observou-se maior declínio cognitivo entre os idosos que consumiam bebidas alcóolicas regularmente (38,5%), tabagistas (19,4%) e naqueles que não praticavam atividade física no lazer (19,7%), com associação estatisticamente significante, apenas para a variável consumo de bebidas alcoólicas (p≤0,05). Conclusão: O consumo excessivo de bebidas alcoólicas parece ser um preditor importante das perdas cognitivas.

Palavras-chave: Estilo de vida; Declínio cognitivo; Idoso.

 


PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS AO DECLÍNIO COGNITIVO EM IDOSOS

Roseane Aparecida Sant’Ana do Nascimento
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Saulo Vasconcelos Rocha
Universidade Federal de Santa Catarina

Rafaella Taianne Silva Batista
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Lélia Renata Carneiro Vasconcelos
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Andrée Philippe Pimentel Coutinho
Universidade Federal de Santa Catarina

Lúcia Midori Damaceno Tonosaki
Universidade Federal de Santa Catarina

Introdução: O declínio cognitivo é presenta um problema de saúde pública, devido à complexidade de manifestações funcionais e emocionais, tanto para os idosos, quanto para seus familiares. Objetivo: Avaliar a prevalência e os fatores associados ao declínio cognitivo em idosos com baixa condição econômica. Métodos: Estudo de corte transversal realizado no município de Ibicuí, situado no sudoeste baiano, com amostra total composta por 310 indivíduos com 60 anos ou mais de idade. Para a coleta dos dados foi utilizado o Mini Exame do Estado Mental-MEEM, instrumento de avaliação do estado cognitivo global e formulário denominado Instrumento de Avaliação da Saúde do Idoso-IASI para inquérito das informações sociodemográficas (idade, sexo, renda mensal em reais, escolaridade, estado civil, estado de moradia, doenças referidas, inatividade física e hábitos de vida). A análise estatística foi realizada com nível de significância p≤0,05, cálculo da razão de prevalência e intervalos de confiança de 95%. Resultados: A prevalência global de declínio cognitivo na amostra foi de 18,7%. As variáveis escolaridade e faixa etária estavam estatisticamente associadas ao maior declínio cognitivo na população idosa (p≤0.05). Conclusão: A maior prevalência de declínio cognitivo associou-se a idade avançada (80 anos ou mais) e com menos anos de estudo formal. Dessa forma, as ações preventivas e de rastreamento da diminuição da capacidade cognitiva carecem de ser desenvolvidas como estratégias na atenção básica à saúde.

Palavras-chave: Cognição; Comprometimento cognitivo leve; Idoso.

 


TENDÊNCIA DE MULTIMORBIDADES EM IDOSOS E SUA RELAÇÃO COM ÍNDICE DE MASSA CORPORAL

Roseane Aparecida Sant’Ana do Nascimento
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Saulo Vasconcelos Rocha
Universidade Federal de Santa Catarina

Rafaella Taianne Silva Batista
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Lélia Renata Carneiro Vasconcelos
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Andrée Philippe Pimentel Coutinho
Universidade Federal de Santa Catarina

Lúcia Midori Damaceno Tonosaki
Universidade Federal de Santa Catarina

Introdução: O envelhecimento populacional é o maior fenômeno demográfico do século XXI, e um dos principais problemas desse processo é a elevada prevalência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Objetivos: verificar a tendência de multimorbidade em diferentes faixas de IMC entre idosos residentes no município de Ibicuí-Bahia. Métodos: Trata-se de estudo de corte transversal, realizado no município de Ibicuí-BA, no mês de fevereiro de 2014, com baixo IDH. A amostra foi constituída por 310 indivíduos com idade igual ou maior que sessenta anos cadastrados pela Estratégia de Saúde da Família (ESF) da zona urbana e rural do município selecionados aleatoriamente, 56,5% do sexo feminino e 43,5% do sexo masculino e com media de idade de 71,62 DP= 8,15 anos. A variável dependente IMC foi calculada a partir dos valores da massa corporal e estatura: IMC = peso (kg) / altura (m2). As condições crônicas foram identificadas pelo autorrelato do indivíduo. As variáveis explanatórias: características sociodemográficas e informações pessoais (sexo, idade, nível de escolaridade, arranjo familiar), características comportamentais (consumo de bebidas alcoólicas, tabagismo e nível de atividade física), estado de saúde (avaliação cognitiva), histórico de quedas no último ano, doenças crônicas (acidente vascular encefálico, diabetes mellitus, hipertensão, câncer, colesterol elevado, doença crônica pulmonar, doença coronariana), uso de medicamentos. Resultados na análise de regressão linear múltipla, entre os homens, observou-se um aumento da média do IMC entre os indivíduos com 2 ou mais doenças crônicas, enquanto que, nas mulheres identificou-se elevação da média do IMC com o aumento do número de doenças crônicas. No entanto, não foi observada tendência linear entre IMC e doenças crônicas em ambos os sexos (p= 0,519, p=0,145 respectivamente). Conclusão: A tendência linear entre condições crônicas e IMC não se mostrou presente em ambos os sexos.

Palavras-chaves: Estado nutricional, envelhecimento populacional e doenças crônicas.

 


MORBIDADES REFERIDAS E DECLÍNIO COGNITIVO EM IDOSOS: ESTUDO MONIDI

Roseane Aparecida Sant’Ana do Nascimento
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Saulo Vasconcelos Rocha
Universidade Federal de Santa Catarina

Rafaella Taianne Silva Batista
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Lélia Renata Carneiro Vasconcelos
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Andrée Philippe Pimentel Coutinho
Universidade Federal de Santa Catarina

Lúcia Midori Damaceno Tonosaki
Universidade Federal de Santa Catarina

Introdução: As consequências da multimorbidade podem incluir maior risco de morte, uso de serviços de saúde, incapacidades funcionais, pior qualidade de vida e, além disso, declínio cognitivo Objetivo: Avaliar a associação entre doenças referidas e declínio cognitivo em idosos. Métodos: Estudo realizado no município de Ibicuí-Bahia, com população alvo constituída por 310 idosos, cadastrados pela estratégia de saúde da família, no mês de fevereiro de 2014. Os dados foram coletados por meio de formulário contendo informações sociodemográficas e doenças referidas (hipercolesterolemia, hipertensão arterial sistêmica, doenças cardíacas e doenças circulatórias). Na avaliação do estado cognitivo global foi utilizado o mini exame do estado mental-MEEM. Na análise dos dados foram utilizados procedimentos da estatística descritiva e medidas de associação para variáveis categóricas (teste qui-quadrado) com p≤0,05. Resultados: A média de idade da amostra foi de 71,62 (± 8,15) anos, com um maior percentual de mulheres (56,5%), de indivíduos com idade entre 60-79 anos (83,9%) e alfabetizados (56,1%). Do total da amostra, a maior parte (64,2%) declarou-se como hipertensos 31% afirmaram possuir hipercolesterolemia, 24,8% dizia possuir alguma doença circulatória e 13,5% dos idosos declararam-se com doença cardíaca. No que concerne à saúde de idosos com declínio cognitivo, observou-se que 19,0% destes mencionaram à presença de doenças cardiovasculares, 12,5% declararam-se hipercolesterolêmicos, 19,5% apresentavam doenças circulatórias e 17,1% afirmaram possuir hipertensão arterial sistêmica. Não houve associação estatisticamente significante para nenhuma das morbidades citadas com o declínio cognitivo (p≤0,05). Conclusão: Doenças crônicas, como hipertensão, hipercolesterolemia, doenças circulatórias e cardíacas não se apresentaram como preditores para o declínio cognitivo em indivíduos idosos.

Palavras-chave: Multimorbidades; Auto percepção; Idoso.

 


OFICINA DO CUIDADO: CUIDANDO MELHOR DE QUEM PRECISA DE VOCÊ

Davi da Silva Duarte

Cinthia Keske

Susana Lago

Liliani Nunes

Rose Hermes

Méri Luci Bodemuller

Introdução: A presença do cuidador nos lares é cada vez mais frequente. A maioria dos cuidadores aprendeu a exercer suas técnicas diretamente com a prática diária. Isso evidencia a importância da atuação dos profissionais da saúde no sentido de orientar e treinar habilidades específicas. Objetivo: Buscar o aprimoramento das técnicas e abordagens de cuidado de cuidadores formais e informais de Taió/SC. Metodologia: Pesquisa qualitativa sobre uma atividade coletiva de educação em saúde. Foram abordados 25 cuidadores na Secretaria Municipal de Saúde, em 11 encontros de 2 horas cada. A equipe multiprofissional foi composta por fisioterapeutas, nutricionista, fonoaudióloga, dentista, médica, farmacêutica e enfermeiras. Cada encontro foi mediado pelo coordenador, tendo um profissional responsável pelas orientações, sendo complementado por uma enfermeira. As dinâmicas englobaram diversos temas relativos ao cuidador e à pessoa cuidada, bem como à promoção de melhor qualidade de vida a todos. Os cuidadores receberam um “Guia Prático do Cuidador”, fornecido pelo Ministério da Saúde, para fins de consulta durante e após as atividades. Ao final dos encontros, os participantes escreveram um relato sobre as influências da Oficina em seu cotidiano. Resultados: Os cuidadores relataram atuar com mais carinho e amor em suas profissões, saber quando procurar auxílio com profissionais de saúde, aprender termos técnicos importantes da área médica, conservar a autonomia da pessoa cuidada, entre outros. Também disseram que o trabalho foi facilitado pelas técnicas aprendidas, sentindo-se motivados a pô-las em prática. Comentaram que estavam atuando como multiplicadores, levando as orientações para os familiares da pessoa cuidada. Contaram, pois, que o aprendizado serviu para sua própria promoção de saúde e prevenção de doenças. Conclusão: A equipe de saúde possibilitou o aprimoramento das habilidades e técnicas dos cuidadores. Além disso, auxiliou na promoção de qualidade de vida desses profissionais e das pessoas que necessitam dos seus cuidados.

Palavras-chave: Cuidadores; Saúde do Idoso; Saúde do Trabalhador; Educação em Saúde; Saúde Pública.

 


EFEITO DO MÉTODO PILATES E DAS RODAS DE CONVERSA NA SAÚDE DE IDOSOS

Davi da Silva Duarte
Universidade Regional de Blumenau

Clóvis Arlindo de Sousa
Universidade Regional de Blumenau

Carlos Roberto de Oliveira Nunes
Universidade Regional de Blumenau

Introdução: Práticas de educação apresentam potencial efeito benéfico para a promoção de saúde e prevenção de agravos de doenças crônicas não transmissíveis. Objetivo: Verificar o efeito de um protocolo de intervenção com método Pilates e com rodas de conversa na autonomia funcional e na qualidade de vida de idosos. Metodologia: Estudo de intervenção com reversão entre os períodos de Linha de Base (A) e de Intervenção (B), A-B-A-B, com 24 participantes que alternaram fases com e sem intervenções. Total de 20 sessões de Pilates e rodas de conversa sobre saúde, entre julho e outubro de 2014, no contexto da atenção primária em saúde da cidade de Taió, em Santa Catarina. Em relação aos exercícios, foram pré-estabelecidos e não personalizados, aplicados coletivamente. Sobre as conversas, a cada dia um dos participantes era o responsável por mediá-las acerca de um dos seguintes temas: autoestima, alimentação saudável, importância dos exercícios físicos, morte, felicidade, dificuldades do envelhecimento e amor próprio.  Ao final de cada fase, foram realizadas entrevistas, aplicação do inventário de World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-OLD) e do protocolo do Grupo de Desenvolvimento Latino-Americano para Maturidade (GDLAM). Resultados: Os participantes foram compostos por 19 mulheres e 5 homens, com média de idade 66 anos. Houve aumento dos parâmetros funcionais de fraco para regular, com 16% de redução do tempo médio dos testes, de 32,52 para 27,31 segundos. A qualidade de vida manteve-se categorizada como regular, contudo as médias aumentaram de 3,6 para 4,3. A média do índice de massa corporal diminuiu de 27,29 para 26,74, porém permanecendo na classificação de sobrepeso. Os participantes também relataram melhora nas condições emocionais, de harmonia corporal e de mobilidade global. Conclusão: O método Pilates e as rodas de conversa sobre saúde asseguraram melhora da autonomia funcional e da qualidade de vida dos participantes.

 Palavras-chave: Saúde do Idoso; Qualidade de Vida; Técnicas de Exercício e de Movimento; Educação em Saúde; Saúde Pública.

 


ANÁLISE DESCRITIVA DAS ATIVIDADES DE LAZER DE CENTENÁRIOS DO MUNICIPIO DE FLORIANÓPOLIS-SC

Jodélle Chagas Machado
Universidade do Estado de Santa Catarina

Inês Amanda Streit
Universidade do Estado de Santa Catarina

Artur Rodrigues Fortunato
Universidade do Estado de Santa Catarina

Eduardo Hauser
Universidade do Estado de Santa Catarina

Giovana Zarpellon Mazo
Universidade do Estado de Santa Catarina

 

Introdução: Nos últimos anos, um aumento expressivo do número de centenários vem ocorrendo em nível mundial. Com o aumento da idade, algumas barreiras são impostas aos idosos tais como, dificuldade de locomoção e falta de oportunidade de entretenimento. Estudos apontam que as atividades de lazer no decorrer da vida, podem trazer benefícios como a redução da mortalidade, melhora na capacidade funcional e aumento das relações sociais. Objetivo: Analisar as atividades de lazer dos centenários do município de Florianópolis-SC. Metodologia: Participaram do estudo 23 centenários residentes no município de Florianópolis-SC, no período de agosto a dezembro de 2011, com a média de idade de 101,7 anos. Para a identificação das atividades de lazer, utilizou-se o Protocolo de Avaliação Multidimensional do Idoso Centenário e do Cuidador, elaborado pelo Laboratório de Gerontologia (LAGER) do Centro de Ciências de Saúde e do Esporte (CEFID) da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Resultados: Observa-se no presente estudo, que a maioria dos centenários, apresentava como atividades de lazer assistir televisão (95%), seguido de dormir durante o dia, receber visitas e conversar (52%), atividades estas, realizadas no ambiente domiciliar. Atividades fora do ambiente domiciliar como visitar parentes e amigos (43%), ir à igreja, grupos de convívio e fazer compras (30%), foram mencionadas com menor frequência. Conclusão: Apesar de haver uma diversidade de atividades de lazer, possíveis de serem realizadas fora do ambiente domiciliar, há uma predominância desses hábitos realizados no ambiente doméstico. Observa-se a necessidade de estimular atividades de lazer que possibilitem a interação social destes centenários.

Palavras-Chave: Envelhecimento; Idosos de 80 anos ou mais; Atividades de Lazer.

 


ANOS VIVIDOS COM A INCAPACIDADE ATRIBUÍVEL ÀS AMPUTAÇÕES DE MEMBROS INFERIORES EM IDOSOS COM DIABETES MELLITUS NO ESTADO DE SANTA CATARINA

Kadine Priscila Bender dos Santos
Universidade do Estado de Santa Catarina

Soraia Cristina Tonon da Luz
Universidade do Estado de Santa Catarina

Luis Mochizuki
Universidade do Estado de Santa Catarina

Paloma Vanessa Coelho Campos
Universidade do Estado de Santa Catarina

Tayla Siqueira Ruy
Universidade do Estado de Santa Catarina

Tamires Ferreira
Universidade do Estado de Santa Catarina

Introdução: O indicador DALY (Disability Adjusted Life Year) representa os anos de vida ajustados pela incapacidade (AVAI). É o indicador mais completo para o estado de saúde de uma população, pois mostra os anos de vida saudável perdidos em consequência de problema de saúde ou incapacidade. Objetivo: Estimar os anos vividos com a incapacidade atribuível às amputações de membros inferiores em pessoas com DM no estado de Santa Catarina. Método: Este é um estudo epidemiológico descritivo de base hospitalar, que faz parte da dissertação de mestrado da autora principal. A partir dos registros de AIH (autorização de internação hospitalar) das cirurgias de amputação realizadas pelo Sistema Único de Saúde nos hospitais do Estado de Santa Catarina no período de 2008 a 2013, calculou-se os anos vividos com a incapacidade (AVI) (Years Lived with Disability, YLD). A partir de recomendações de estudos de carga global de doenças (Global Burden of Diseases, GBD), utilizou-se o YLD, ponderando a prevalência das amputações, a expectativa de vida para o sexo e o peso da incapacidade. Resultados: A microrregião Joinville concentrou mais números de casos de amputação de membros inferiores no Estado de Santa Catarina e o sexo masculino representa mais que a metade desses. A idade média das mulheres que vivem com a incapacidade é 63 anos e os homens 69 anos. As mulheres desta microrregião perderam menos anos de vida sadia (YLD= -603,9), enquanto os homens perderam mais que o dobro de anos (YLD= -1551,2). Conclusão: Os idosos diabéticos perderão anos de vida sadia em decorrência das amputações de membros. É preciso rever o auxílio no desenvolvimento de ações primárias e secundárias que possam minimizar os problemas frente ao impacto na expectativa de vida daqueles que irão envelhecer com a doença e a incapacidade.

Palavras-chave: idosos; amputação; incapacidade; expectativa de vida; Anos de Vida Perdidos.

 


PERFIL DOS IDOSOS COM AMPUTAÇÕES DE MEMBROS INFERIORES ATENDIDOS NO PROJETO DE EXTENSÃO REABILITAÇÃO MULTIDISCIPLINAR EM AMPUTADOS

Soraia Cristina Tonon da Luz
Universidade do Estado de Santa Catarina

Kadine Priscila Bender do Santos
Universidade do Estado de Santa Catarina

Amanda Reinert Silva
Universidade do Estado de Santa Catarina

Giulio Henrique Silveira Cambruzzi
Universidade do Estado de Santa Catarina

Tuane Sarmento
Universidade do Estado de Santa Catarina

Introdução: O rápido crescimento da população idosa é observado mundialmente, diante disso, pesquisas pautadas na terceira idade tornam-se cada vez mais relevantes. O idoso apresenta comprometimento da capacidade funcional e o quadro se agrava quando este é submetido à amputação de um ou ambos membros inferiores por causa vascular, neuropática, traumática, tumoral, infecciosa ou congênita. Objetivo: Caracterizar o perfil dos idosos com amputação de membros inferiores atendidos no Projeto de Extensão: Reabilitação Multidisciplinar em Amputados. Metodologia: Realizou-se um estudo retrospectivo em prontuários do projeto de extensão, para descrever as variáveis pré-determinadas dos pacientes idosos atendidos no período de agosto de 2011 a setembro de 2015, na Clínica Escola de Fisioterapia da Universidade do Estado de Santa Catarina e no Centro Catarinense de Reabilitação. Foi realizada uma análise nas fichas tabuladas no excel para a caracterização dos 10 idosos atendidos. Resultados: A idade média dos participantes foi de 68,2 anos de idade, houve predomínio do sexo masculino (70%), 50% dos indivíduos residiam em Florianópolis, o estado civil de 40% era casado, a maioria (70%) tinham amputação unilateral, destas 57,1% eram transfemorais e 42,8% transtibial, entre os amputados bilaterais (30%), 66,6% eram transtibiais e 33,3% tinham amputação de Symes. A etiologia vascular foi a principal causa de amputação em pacientes (90%) destes 66,6% determinada pelo diabetes, 90% dos amputados fazem uso de algum medicamento. Apenas 40% dos pacientes foram protetizados e destes (50%) não se adaptaram a mesma. Conclusão: Observou-se que ocorreu uma maior incidência nos idosos do sexo masculino, cuja principal causa encontrada foi decorrente às doenças vasculares e o nível da amputação transfemoral unilateral predominou. Estudos afirmam que amputados idosos com problema vascular requerem auxiliares de marcha para independência funcional e o atraso na protetização e reabilitação dificultam a adaptação do idoso à prótese, impedindo a restauração da marcha.

Palavras-chave: Idosos; Amputação; Fisioterapia; Extremidade inferior.

 


BENEFÍCIOS PERCEBIDOS POR MONITORES DE UM PROGRAMA DE REABILITAÇÃO E ESTIMULAÇÃO COGNITIVA PARA IDOSOS

Lariane Mortean Ono
Universidade Federal de Santa Catarina

Rodrigo de Rosso Krug
Universidade Federal de Santa Catarina

Thamara Hübler Figueiró
Universidade Federal de Santa Catarina

André Junqueira Xavier
Universidade do Sul de Santa Catarina

Eleonora d’Orsi
Universidade Federal de Santa Catarina

Introdução: Programas de extensão voltados à comunidade promovem a interação entre alunos e sociedade. Avaliar os benefícios desses programas na perspectiva dos alunos pode proporcionar maior entendimento do impacto destas mudanças na vida de jovens em processo de formação acadêmica. Objetivo: Identificar os benefícios percebidos por alunos participantes de um programa intergeracional de estimulação e reabilitação cognitiva para idosos, chamado Oficina da Lembrança, mediado pelo uso de computadores e pela prática de atividade física. Método: Pesquisa qualitativa descritiva, realizada com 6 alunos monitores da Oficina da Lembrança, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O programa era composto por 60 minutos de atividades, divididas em uso de computadores e prática de atividade física. Foram realizados 22 encontros de setembro a dezembro de 2014. Ao final do semestre, foi aplicada entrevista semiestruturada desenvolvida pelos pesquisadores, composta por 6 questões, para identificar os benefícios do programa percebidos pelos alunos após sua experiência. Para análise de conteúdo foi utilizada a técnica segundo Bardin. Resultados: Os benefícios percebidos pelos alunos foram: contato com idosos, melhora da relação com pessoas e pacientes, preparação para situações diversas na vida pessoal e profissional e ter mais conhecimentos sobre idosos. Conclusão: Conclui-se que programas intergeracionais de estimulação e reabilitação cognitiva podem proporcionar vários benefícios aos seus alunos monitores. Além disso, a atuação como monitor pode contribuir na formação pessoal e profissional, estimulando contato e melhorando a relação com pessoas e pacientes, além auxiliar o aluno para enfrentar situações diversas na vida.

Palavras-chaves: Estudantes; Comunicação; Educação; Idoso.

 


Anais do Encontro Catarinense de Gerontologia - Volume 3 (2016)

Clique na imagem para acessar os Anais em PDF

SUMÁRIO

IMPORTÂNCIA DA HIGIENE BUCAL EM IDOSOS INTERNADOS EM AMBIENTE HOSPITALAR

Camila Thomaz dos Santos
Universidade Estadual de Ponta Grossa

Eduardo Bauml Campagnoli
Universidade Estadual de Ponta Grossa

Luís Antônio Esmerino
Universidade Estadual de Ponta Grossa

Shelon Cristina Souza Pinto
Universidade Estadual de Ponta Grossa

Introdução: Em função das alterações fisiológicas do envelhecimento (principalmente a desidratação de pele e mucosa) e de doenças bucais e sistêmicas que possam ocorrer, a mucosa bucal do idoso é menos resistente, favorecendo a proliferação de microrganismos patogênicos. Neste sentido, os cuidados paliativos em odontologia se fazem importantes, principalmente com a higiene bucal, gerando conforto ao paciente e evitando Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde. Dentre as infecções, a de maior ocorrência nos idosos é a pneumonia. Objetivo: Verificar o crescimento de microrganismos (Enterococcus spp., Pseudomonas spp., Klebsiella spp. e Staphylococcus spp.), relacionados a pneumonias nosocomiais, na cavidade bucal de idosos internados em Unidade de Terapia Intensiva e Clínica Médica hospitalar.  Metodologia: A pesquisa teve amostra de 30 pacientes internados (nos dois setores) em um Hospital do Paraná e foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa Humana da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), com protocolo nº1.055.799. Realizaram-se coletas de material biológico em dorso de língua de cada idoso em três tempos: no momento do internamento (0 horas), em 48 horas e em 96 horas, antes da higiene bucal. As amostras coletadas foram encaminhadas sob refrigeração ao Laboratório de Microbiologia da UEPG.  Resultados: Identificaram-se todos os microrganismos elencados na pesquisa, estando presentes também o Staphylococcus spp. e a Klebsiella spp. com padrões de multirresistência, até mesmo no tempo 0 horas do internamento. Conclusão: A higiene bucal é essencial no controle do biofilme bucal, evitando a proliferação de microrganismos patogênicos como os encontrados na pesquisa, que podem gerar pneumonia principalmente em idosos. Além disso, a higiene bucal promove conforto a esse paciente internados.

Palavras-chave: Cuidados Paliativos. Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida. Unidade Hospitalar de Odontologia. Infecção Hospitalar. Pneumonia.


PERCURSO TERAPÊUTICO DO IDOSO EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO

Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt
Universidade Federal de Santa Catarina

Darla Lusia Ropelato Fernandez
Universidade Federal de Santa Catarina

Gabriela Pires Ribeiro
Universidade Federal de Santa Catarina

Juliete Coelho Gelsleuchter
Universidade Federal de Santa Catarina

Danieley Cristini Lucca
Universidade Federal de Santa Catarina

Introdução: A Doença Renal Crônica apresenta incidência progressivamente crescente, principalmente na população idosa, trata-se de doença crônica não transmissível que geralmente tem longo período de tratamento. Objetivo: Descrever o percurso terapêutico do idoso que realiza tratamento hemodialítico. Metodologia: Estudo de caso realizado na Unidade de Tratamento Dialítico de um Hospital Universitário da região sul do Brasil, primeiro semestre de 2015. Participaram oito idosos, foi utilizado questionário semi-estruturado, contendo a identificação do sujeito e seis perguntas norteadoras. As entrevistas aconteceram durante a sessão de hemodiálise, foram realizadas individualmente e gravadas com auxílio de equipamento eletrônico e em seguida transcritas. A análise dos dados seguiu o discurso do sujeito coletivo, buscando em suas falas itens relevantes para a descrição de seus percursos terapêuticos. A pesquisa respeitou os preceitos éticos sendo aprovada pelo Comitê de ética em pesquisa. Resultados: emergiram seis categorias de resultados, a saber: Sintomas físicos induziram a descoberta da Doença Renal Crônica (DRC) e busca por atendimento especializado; Descoberta tardia da DRC: primeiro atendimento é hospitalar; Tratamento da DRC com hemodiálise: uni ou pluri hospitalar; Rápida instalação de acesso vascular e transporte para a hemodiálise; Hemodiálise: ambiguidade entre bem-estar e dependência; O futuro: uma mistura de sentimentos. Conclusão: A fragilidade da rede de atenção à saúde do idoso para promoção da saúde, prevenção de agravos e detecção precoce da doença renal foi evidente no percurso apresentado pelos idosos com DRC, prevalecendo sistema de saúde curativista e pouco resolutivo. Pensar em estratégias que dêem suporte integral para o idoso com DRC no enfrentamento de sua condição se descortina como desafio constante para profissionais da saúde e gestores.

Palavras-chave: Acesso aos Serviços de Saúde. Idoso. Insuficiência Renal Crônica.

VULNERABILIDADE DOS IDOSOS INTERNADOS NAS CLINICAS MÉDICAS AOS ACIDENTES POR QUEDAS

Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt
Universidade Federal de Santa Catarina

Daiani Moraes Oliveira
Universidade Federal de Santa Catarina

Naísa Falcão Martins
Universidade Federal de Santa Catarina

Danieley Cristini Lucca
Universidade Federal de Santa Catarina

Anderson Abreu de Carvalho
Universidade Federal de Santa Catarina

Introdução: as quedas constituem evento adverso prevalente no ambiente hospitalar, representando eventos indesejáveis relativos à segurança do paciente. Objetivo: descrever características da avaliação de vulnerabilidade às quedas dos idosos internados nas clínicas médicas de um Hospital Universitário. Metodologia: pesquisa qualitativa do tipo descritivo-exploratória, realizada com enfermeiros atuantes nas unidades de clínica médica de um Hospital Universitário do Estado de Santa Catarina. Os dados foram coletados de setembro e outubro de 2014, por meio de entrevistas individuais. Para ordenação e organização dos dados utilizou-se Discurso do Sujeito Coletivo. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Santa Catarina. Resultados: participaram 12 enfermeiros, negou-se existência de instrumento formal para avaliar vulnerabilidade às quedas na instituição. Dez participantes consideraram importante existir instrumento para avaliação na área hospitalar, fazendo referência à segurança do paciente e qualificação da assistência. É consenso a necessidade de atentar para prevenção das quedas, porém indicando-se inserção nos instrumentos que já são utilizados no Processo de Enfermagem (PE). Em relação à inclusão do instrumento na rotina dos cuidados de enfermagem, oito participantes elegeram o histórico de enfermagem como melhor espaço para incluir avaliação da vulnerabilidade às quedas. Todos afirmaram a existência de ações no ambiente hospitalar para prevenir quedas, que a população idosa possui maior vulnerabilidade e precisa de ações prioritárias. Conclusão: evento queda apresenta caráter multifatorial, necessita de ações direcionadas aos diversos fatores de risco identificados no paciente, visando minimizar os riscos e reduzir o número de ocorrências, com ações de caráter individual, estrutural ou gerencial. Com destaque para os achados deste estudo sobre o registro em instrumento próprio, com sugestão do instrumento de admissão da enfermagem.

Palavras-chave: acidentes por quedas, idoso, hospitais.


IDOSOS EM TRATAMENTO HEMODIALITICO NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO: PROBABILIDADE DE INTERNAÇÕES REPETIDAS

Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt
Universidade Federal de Santa Catarina

Gabriela Pires Ribeiro
Universidade Federal de Santa Catarina

Naisa Falcão Martins
Universidade Federal de Santa Catarina

Bianca Martins Dacoregio
Universidade Federal de Santa Catarina

Danieley Cristini Lucca
Universidade Federal de Santa Catarina

Introdução: A Doença Renal Crônica é enfermidade que altera o cotidiano do indivíduo que a vivencia, sendo caracterizada também como problema social, pois interfere no papel que esse indivíduo desempenha na sociedade. Objetivo: Avaliar a Probabilidade de Internações Repetidas dos idosos com Doença Renal Crônica que realizam hemodiálise. Metodologia: Trata-se de estudo de caso realizado na Unidade de Tratamento Dialítico de um Hospital Universitário do sul do Brasil, realizado no primeiro semestre de 2015. Participaram do estudo oito pessoas idosas, que realizam hemodiálise. Utilizou-se um questionário de identificação do idoso elaborado pelas pesquisadoras, seguido da aplicação do instrumento “Probabilidade de Reinterna­ções Hospitalares”. Para fins de avaliação do PIR, neste estudo utilizou-se a estratificação de risco proposta por Veras et al. (2002): baixo risco (menor ou igual a 0,3), médio risco (0,4), médio-alto risco (0,5), alto risco (maior ou igual a 0,6). A presente pesquisa respeitou os preceitos éticos da Resolução 466/2012. Resultados: Participaram da pesquisa oito idosos com doença renal crônica. Na avaliação da Probabilidade de Internações Repetidas verificou-se que a maioria dos sujeitos (7) apresentou baixo risco, sendo apenas um participante classificado como de médio-alto risco. Dentre os sujeitos de baixo risco com a pontuação limítrofe (0,3 pontos) para o próximo estrato de classificação (médio risco), percebeu-se que os fatores determinantes em sua pontuação foram: autopercepção ruim da saúde e diabetes mellitus como comorbidade, sendo esses fatores comuns em todos os sujeitos com pontuação 0,3. Não foi possível perceber relação entre o resultado da probabilidade de internação repetida e o tempo de duração das sessões de hemodiálise ou tempo de tratamento ao qual o idoso está submetido. Conclusão: os idosos com Doença Renal Crônica necessitam prevenir agravos e realizar avaliação constante da condição de saúde e doença.

Palavras-chave: Idoso. Insuficiência Renal Crônica. Readmissão do Paciente.


GERONTOTECNOLOGIA EDUCACIONAL PARA PREVENÇÃO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA EM IDOSOS: JOGO EDUCATIVO

Naisa Falcão Martins
Universidade Federal de Santa Catarina

Anderson Abreu de Carvalho
Universidade Federal de Santa Catarina

Danieley Cristini Lucca
Universidade Federal de Santa Catarina

Juliete Coelho Gelsleuchter
Universidade Federal de Santa Catarina

Karina Silveira de Almeida Kammerschmidt
Universidade Federal de Santa Catarina

Introdução: A Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (SEPEX) UFSC é um dos maiores eventos de divulgação científica de Santa Catarina. Anualmente oferece diversas atividades à comunidade externa e acadêmica. Neste evento, acadêmicas de enfermagem ministraram mini curso, no qual elaboraram Jogo Educativo sobre prevenção da doença renal crônica (DRC) em idosos com Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM). Objetivo: Relatar a experiência da criação e utilização do jogo como processo de ensino e aprendizagem para prevenção da DRC em idosos. Metodologia: Foi desenvolvido e aplicado um jogo de tabuleiro relacionado à prevenção da DRC, baseado em conteúdo proveniente de revisão da literatura e identificação dos pontos chaves para discussão. O jogo possuía 56 casas com mensagens indicando avançar ou retornar, além de casas representadas por símbolos de bomba onde o participante que caísse sobre estas retiraria uma carta com perguntas relacionadas à Prevenção da DRC. Resultados: Houve boa aceitação quanto ao conteúdo, estrutura e dinâmica do jogo. Percebeu-se boa integração e associação com a temática. O que sobressaiu foi à busca pelo acerto, ansiedade para responder, descontração pelos erros, além da competitividade que é algo esperado durante o jogo. Houve sugestões como aumento do número de casas/perguntas e elaboração de um “castigo” em conseqüência ao erro. Conclusões: O jogo mostrou-se ótima ferramenta para educação em saúde, de maneira lúdica, contribuindo para o aprendizado e abordagem voltada à prevenção da DRC. Como futuras enfermeiras acreditamos que tais metodologias transformam o processo de educação, podendo ser adaptado em áreas e públicos diferentes.

Palavras-chaves: doença renal crônica, educação em saúde, idoso, prevenção.


GERONTOTECNOLOGIAS NO CUIDADO DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DO IDOSO: DESAFIOS E POSSIBILIDADES

Naisa Falcão Martins
Universidade Federal de Santa Catarina

Anderson Abreu de Carvalho
Universidade Federal de Santa Catarina

Danieley Cristini Lucca
Universidade Federal de Santa Catarina

Juliana Ferreira
Universidade Federal de Santa Catarina

Karina Silveira de Almeida Kammerschmidt
Universidade Federal de Santa Catarina

Introdução: A enfermagem como profissão designada a atuar no cuidado do indivíduo, família e comunidade, precisa constantemente estar inovando frente às ações de seu principal produto de trabalho, o cuidado. Objetivo: Refletir sobre os desafios e possibilidades de inserção das gerontotecnologias educacionais no cuidado de enfermagem. Métodologia: Trata-se de reflexão permeada com embasamento teórico cientifico acerca das gerontotecnologias educacionais e o cuidado de enfermagem. A metodologia se dá a partir do desenvolvimento de atividades, folderes, cartilhas, softwares e ou jogos adaptados para um melhor aprendizado e aproveitamento. Resultados: A gerontotecnologia educacional está inserida como possibilidade instrumental para o cuidado de enfermagem, inovando e aprimorando o modo de fazer o cuidado na gerontologia. É necessário que a criação da gerontotecnologia planejada e desenvolvida para os idosos, desta forma esta temática é recente e apresenta desafios para inserção da mesma em seu cotidiano, principalmente por se tratar de algo novo, desconhecido, que pode impedir ou impor barreiras em sua utilização no cuidado de enfermagem. A gerontotecnologia educacional pode ser inserida para facilitar e possibilitar novas ações de promoção da saúde, campo este que a enfermagem vem se destacando. Para desenvolver a gerontotecnologia educacional é necessário conhecimento técnico sobre o tema a ser abordado, além de habilidade, criatividade, boa desenvoltura, e preparado piloto, para verificação de dúvidas e discussões que possam surgir com a aplicação da mesma. Deve-se ainda estar atento para as peculiaridades do público para a qual está sendo desenvolvida, necessitando atentar para utilização de imagens, letras e textos com fácil visualização e compreensão, além de tamanhos, formatos, que podem surgir como barreiras dificultando a introdução desta ferramenta como auxílio na prestação do cuidado de enfermagem. Conclusão: As gerontotecnologias educacionais podem ser consideradas instrumentais, que possibilitam novo modo de fazer o cuidado, independente do campo de atuação da enfermagem, pois se trata de ferramentas que enriquecem as possibilidades de cuidado em gerontologia.

Palavras- Chaves: Enfermagem, Idoso, Tecnologia Educacional.


PERFIL DOS INGRANTES DO GRUPO DE AJUDA MÚTUA AS PESSOAS COM DOENÇA DE PARKINSON

Naisa Falcão Martins
Universidade Federal de Santa Catarina

Juliete Coelho Gelsleuchter
Universidade Federal de Santa Catarina

Anderson Abreu de Carvalho
Universidade Federal de Santa Catarina

Bianca Martins Dacoregio
Universidade Federal de Santa Catarina

Karina Silveira De Almeida Kammerschmidt
Universidade Federal de Santa Catarina

Introdução: Em idosos com Parkinson há declínio acentuado das funções cognitivas, isto ocorre pois trata-se de uma doença neurodegenerativa, devendo está área ser estimulada. O estímulo cognitivo pode ser realizado utilizando-se Gerontotecnologias educacionais. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina, bolsistas do Grupo de Ajuda Mútua de Parkinson ao realizar atividades de estímulo cognitivo. Metodologia: O encontro foi realizado no dia 25 de agosto de 2016, no auditório da Universidade, com a participação de 16 pessoas e com duração de 2 horas. As estratégias utilizadas foram: exposição dialogada com uso de audiovisual sobre o tema e posteriormente a aplicação de jogos feitos pelos acadêmicos para estímulo cognitivo dos idosos com doença de Parkinson. Para confecção dos jogos foram utilizados EVA, canetão e papelão para o jogo intitulado “Quebra-cabeça das operações matemáticas” e isopor, papel cartão, palitos de madeira e EVA para o jogo “Torre de Hanoi”. Resultados: As Gerontotecnologias são ferramentas que possibilitam fortalecimento do processo de ensino-aprendizagem dos idosos. Os jogos ajudaram os idosos a compreender o que estava sendo exposto na exposição dialogada, mediante interação, envolvimento e compartilhamento de vivências. Os dois jogos desenvolvidos (quebra cabeça das operações matemáticas e torre de Hanoi) foram de nível fácil e tiveram boa adesão por parte dos idosos, que jogaram em grupo. Verificou-se interesse, envolvimento e aprendizado durante a aplicação do jogo. Conclusão: a utilização de Gerontotecnologia educacional, através do desenvolvimento de jogos adaptados à realidade dos idosos com doença de Parkinson, é ótima ferramenta para o desenvolvimento de habilidades, fixação e memorização dos conteúdos. Entre as diversas funções do enfermeiro destaca-se o “ensinar”, para tanto esta experiência prática durante a formação fortalece o conhecimento científico e possibilita ampliar a compreensão sobre a resolutividade do cuidado de Enfermagem, quanto adaptado as necessidades dos idosos.

Palavras-chaves: Cognição, Enfermagem, Idosos.


GRUPO DE AJUDA MÚTUA AS PESSOAS COM DOENÇA DE PARKINSON: EXPERIÊNCIA DE ESTÍMULO COGNITIVO

Anderson Abreu de carvalho
Universidade Federal de Santa Catarina

Naísa Falcão Martins
Universidade Federal de Santa Catarina

Juliana Ferreira
Universidade Federal de Santa Catarina

Bianca Martins Dacoregio
Universidade Federal de Santa Catarina

Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt
Universidade Federal de Santa Catarina

Introdução: Em idosos com Parkinson há declínio acentuado das funções cognitivas, isto ocorre pois trata-se de uma doença neurodegenerativa, devendo está área ser estimulada. O estímulo cognitivo pode ser realizado utilizando-se Gerontotecnologias educacionais. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina, bolsistas do Grupo de Ajuda Mútua de Parkinson ao realizar atividades de estímulo cognitivo. Metodologia: O encontro foi realizado no dia 25 de agosto de 2016, no auditório da Universidade, com a participação de 16 pessoas e com duração de 2 horas. As estratégias utilizadas foram: exposição dialogada com uso de audiovisual sobre o tema e posteriormente a aplicação de jogos feitos pelos acadêmicos para estímulo cognitivo dos idosos com doença de Parkinson. Para confecção dos jogos foram utilizados EVA, canetão e papelão para o jogo intitulado “Quebra-cabeça das operações matemáticas” e isopor, papel cartão, palitos de madeira e EVA para o jogo “Torre de Hanoi”. Resultados: As Gerontotecnologias são ferramentas que possibilitam fortalecimento do processo de ensino-aprendizagem dos idosos. Os jogos ajudaram os idosos a compreender o que estava sendo exposto na exposição dialogada, mediante interação, envolvimento e compartilhamento de vivências. Os dois jogos desenvolvidos (quebra cabeça das operações matemáticas e torre de Hanoi) foram de nível fácil e tiveram boa adesão por parte dos idosos, que jogaram em grupo. Verificou-se interesse, envolvimento e aprendizado durante a aplicação do jogo. Conclusão: a utilização de Gerontotecnologia educacional, através do desenvolvimento de jogos adaptados à realidade dos idosos com doença de Parkinson, é ótima ferramenta para o desenvolvimento de habilidades, fixação e memorização dos conteúdos. Entre as diversas funções do enfermeiro destaca-se o “ensinar”, para tanto esta experiência prática durante a formação fortalece o conhecimento científico e possibilita ampliar a compreensão sobre a resolutividade do cuidado de Enfermagem, quanto adaptado as necessidades dos idosos.

Palavras-chaves: Cognição, Enfermagem, Idosos.

 


EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL: UTILIZAÇÃO DE GERONTOTECNOLOGIA EDUCACIONAL

Anderson Abreu de carvalho
Universidade Federal de Santa Catarina

Naísa Falcão Martins
Universidade Federal de Santa Catarina

Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt
Universidade Federal de Santa Catarina

Juliete Coelho Gelsleuchter
Universidade Federal de Santa Catarina

Juliana Ferreira
Universidade Federal de Santa Catarina

Introdução: O padrão alimentar regulado é a base para vida saudável, deste modo a orientação dessa alimentação é de extrema importância para evitar futuras comorbidades. Apesar da temática alimentação saudável ser debatida em diversos meios sociais, ainda há resistência dos idosos em utilizá-la, desta forma as Gerontotecnologias educacionais podem auxiliar na sensibilização e conscientização sobre este assunto. Objetivo: Relatar a experiência dos acadêmicos de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina, na criação e aplicação de Gerontotecnologia educacional sobre a temática da alimentação saudável. Metodologia: As atividades foram realizadas no Grupo de Ajuda Mútua de Parkinson, em 26 de julho de 2016, com a participação de 18 idosos e com duração de 2 horas. Primeiramente houve dinâmica de reconhecimento alimentar, com o objetivo de utilizar os três sentidos humanos para identificar os alimentos: o paladar, olfato e tato, para tanto vendou-se os olhos dos participantes e solicitou que identificassem o alimento apresentado. Após esta atividade realizou-se apresentação expositiva dialogada sobre o tema e na sequência foi aplicado o jogo intitulado “Quebra-cabeça dos alimentos”, para sua confecção foram utilizados isopor e imagens de alimentos.  Resultados: A dinâmica inicial explorou os sentidos e a percepção dos alimentos pelos idosos, enfatizando limitações impostas pelo processo de envelhecimento em relação aos sentidos. Durante as atividades percebeu-se que apesar do tema ser comum no meio social, ainda está permeado por dúvidas, mitos ou preconceitos. A Gerontotecnologia para abordagem da temática possibilitou, segundo relatos, melhor compreensão do tema, além de interação, envolvimento e imersão nas atividades, com constante compartilhar das experiências. Conclusão: Observou-se nesta atividade que a Gerontotecnologia para abordar a temática da alimentação saudável, mediante aplicação de jogos auxilia no estimulo, na conscientização, compreensão, fixação e memorização dos conteúdos. Já para os acadêmicos esta atividade possibilita vislumbrar a amplitude do cuidado, bem como sua efetividade.

Palavras-chaves: Alimentação Saudável, Enfermagem, Idosos.

 


PREVENÇÃO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA EM IDOSOS COM HIPERTENSÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Anderson Abreu de carvalho
Universidade Federal de Santa Catarina

Naísa Falcão Martins
Universidade Federal de Santa Catarina

Juliete Coelho Gelsleuchter
Universidade Federal de Santa Catarina

Juliana Ferreira
Universidade Federal de Santa Catarina

Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt
Universidade Federal de Santa Catarina

Introdução: A promoção da saúde através da capacitação da comunidade incita em especial na população idosa, melhorias nas condições de vida e saúde, possibilitando processo de envelhecimento saudável e ativo. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem ao ministrarem Minicurso sobre Prevenção da Doença Renal Crônica em idosos com Hipertensão, durante evento de extensão da universidade aberto a comunidade. Metodologia: Apresenta-se a sistemática para realização de Minicurso sobre Prevenção da Doença Renal Crônica, desenvolvido durante a 14ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade Federal de Santa Catarina, com duração de 4 horas. Inicialmente foi realizado revisão narrativa da literatura sobre a temática, elencando principalmente: conceitos e definições, anatomia, fisiologia, fisiopatologia, sinais e sintomas da Hipertensão Arterial Sistêmica e Doença Renal Crônica, além das causas, tratamento, prevenção e considerações Gerontogeriatricas. Para desenvolvimento da ação educativa foi desenvolvido jogo de tabuleiro, resgatando os preceitos da Ludoterapia em saúde. Este jogo abordava principais tópicos sobre a temática e possibilitava avaliar o aprendizado. Também foram desenvolvidos materiais audiovisuais: power point, filmes e dinâmicas de integração grupal. Resultados: Participaram do minicurso 20 pessoas, incluindo profissionais e pessoas da comunidade. As atividades de criação e coordenação desenvolvidas pelas acadêmicas trouxeram fortalecimento para a formação de enfermagem, pois além de aprofundar conhecimentos científicos sobre a patologia, vivenciou-se a experiência de planejar, aplicar e gerenciar minicurso. A realização de atividades direcionadas a comunidade são essenciais para a formação em enfermagem, pois possibilitam compreender a complexidade do cuidado. Convergente com as atividades desenvolvidas, com a aplicação do jogo emergiu feedback positivo, principalmente com destaque para: estratégia divertida, interativa, educadora e integradora. Conclusão: As atividades realizadas despertaram nos discentes o aprendizado, reflexão e preparo para novas realidades, incitando e ampliando as possíveis áreas de atuação futuras, fortalecendo a compreensão do cuidado de enfermagem resolutivo, criativo e inovador.

 Palavras-chaves: Doença Renal Crônica, Enfermagem, Ensino.

 


A MORTE NO PROCESSO DE CUIDADO PALIATIVO

Renata Del Antônio
Universidade Federal de Santa Catarina

Eliabe Dilda Machado
Universidade Federal de Santa Catarina

Introdução: A morte é um processo biológico e de construção social. Ela é uma experiência que pode variar de acordo com o contexto sociocultural. Cuidados paliativos são aqueles prestados para o controle da dor, de sintomas físicos, englobando a atenção ao sofrimento psicossocial e emocional e o apoio à família até o luto. A morte é um fato esperado nem sempre aceito. Ela desperta sentimentos de medo, raiva, impotência, insegurança e está ligada a separação e a perda. Essa não aceitação se dá pelo medo do desconhecido após a morte. Objetivo: refletir sobre a morte como acontecimento nos cuidados paliativos. Metodologia: revisão da literatura simplificada, em base de dados: Google Acadêmico e LILACS. Utilizadas as palavras-chave morte, cuidado paliativo, idoso. Selecionados artigos de periódicos a partir da leitura dos resumos e datados entre 2011 a 2016. Resultados: existem maneiras de sofrer a dor da perda, algumas são saudáveis e outras não. Alguns sofrimentos ocorrem de imediato e progridem suavemente, outros apresentam um sofrimento retardado em forma de depressão ou em outra doença. A dor e o sofrimento pela finitude da vida – morte, vivida nos cuidados paliativos deve ser encarada como um momento elevado, com espiritualidade e expressão de sentimentos, seja para a pessoa idosa e seus familiares.  A presença de profissionais de saúde para apoiar a pessoa idosa e a família neste estágio da vida é importante. Conclusão: O estudo sobre o processo de morrer, na perspectiva biológica e social, como fato consequente durante os cuidados paliativos deve ser tratado nos conteúdos dos cursos da área da saúde. A compreensão da morte e do morrer é um desafio profissional no processo de viver humano. Assim, o apoio àquele que morre e aos que permanecem – familiares e amigos – deve fazer parte dos cuidados paliativos.

Palavras-chave: Morte. Cuidador. Cuidados Paliativos. Pessoa Idosa.

 


CUIDADOS COM A PELE DA PESSOA IDOSA

Eliabe Dilda Machado
Universidade Federal de Santa Catarina

Renata Del Antonio
Universidade Federal de Santa Catarina

Introdução: o maior órgão do corpo humano é a pele. Ela apresenta funções como: proteção contra trauma físico e térmico, controle da radiação ultravioleta, de agentes oxidantes, invasões microbianas, protetor imune e de perda d’água. Age como regulador da temperatura corporal e sensorial. As estruturas do tecido epitelial sofrem modificações com o envelhecimento, com alterações fisiológicas, por doenças crônicas, nutricional e medicamentosa levando a fragilização e sendo susceptível a lesões e feridas. Sem a pele a pessoa estaria indefesa contra as intempéries do mundo. A pele reflete o estado físico, mental, emocional e espiritual e a vivência e experiência dessas dimensões. Objetivo: refletir sobre os cuidados com a pele da pessoa idosa. Metodologia: revisão da literatura simplificada, em base de dados: Google Acadêmico e SciELO. Utilizadas as seguintes palavras-chave: cuidado, pele, idoso. Selecionados artigos de periódicos a partir da leitura dos resumos e datados entre 2010 a 2016. Critério de saturação: compreensão da problemática estudada. Resultados: Cuidados com a integridade da pele são de fundamental importância: limpeza, hidratação, indicação de fraldas absorventes, controle da pressão em proeminências ósseas com efetiva descompressão local e o reposicionamento em intervalos regulares de forma sistemática, assim como suporte adequado nutricional. As principais causas de feridas são: o atrito da pele em outras superfícies, imobilidade, alteração na oxigenação local, doenças como diabetes e neuropatias, traumas por transferência do paciente, desnutrição, desidratação, umidade. Estas lesões são de difícil tratamento. Muitos dos problemas da pele são observados a olho nu. O cuidador deve ter orientação profissional para avaliar e identificar possíveis alterações na pele. A identificação precoce e intervenção de cuidados promovem maior eficácia. Conclusão: Estas lesões comprometem a qualidade de vida da pessoa idosa, gerando gastos públicos para os cofres do sistema de saúde. Por isso a prevenção torna-se tão importante na vida dessas pessoas.

Palavras-chave: Pele. Pessoa idosa. Lesões.

 


GRUPO DE ESTUDOS DA TERCEIRA IDADE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

Adriana Aparecida da Fonseca Viscardi
Universidade do Estado de Santa Catarina

Alcyane Marinho
Universidade do Estado de Santa Catarina e Universidade Federal de Santa Catarina

Introdução: A extensão universitária, como parte do processo de formação profissional, complementa o processo de aprendizagem por meio do confronto entre teoria e prática. Tal confronto pode possibilitar reelaborações mais críticas e criativas acerca do conhecimento científico. Objetivo: Nesse contexto, este estudo tem como objetivo relatar a importância da participação em um programa de extensão para idosos de uma universidade pública de Santa Catarina. Metodologia: As aulas desenvolvidas no programa ocorreram de março a dezembro de 2013, nas modalidades de Pilates, Ginástica e Dança, tendo duração de 60 minutos cada e frequência de duas vezes por semana. O objetivo principal das aulas foi desenvolver, aprimorar e manter os vários componentes da capacidade física do idoso como força, resistência, flexibilidade, coordenação, equilíbrio e ritmo. No decorrer do programa também foram trabalhados aspectos cognitivos por meio de atividades de coordenação, memorização, criatividade, organização e planejamento, além de atividades de recreação e socialização em grupo e em duplas. O planejamento das aulas foi baseado em publicações científicas da área da Educação Física e Envelhecimento, com relação à escolha e organização das capacidades físicas trabalhadas em cada aula e à escolha e aplicabilidade dos exercícios que melhor atenderiam aos objetivos propostos, contando com a orientação de mestrandos e doutorandos do laboratório promotor do programa, além das reuniões e palestras do grupo de estudos. Resultados: As trocas de experiências, não apenas com os idosos, mas com docentes e estudantes de graduação e pós-graduação sobre as situações que faziam parte do cotidiano das atividades, possibilitaram, além do maior aprendizado, reflexões sobre as diversas e melhores formas de atuação com os idosos. Conclusão: A experiência na extensão universitária possibilitou transcender as atividades desenvolvidas na universidade, na busca de outras possibilidades de atuação profissional, a fim de atender as necessidades desse segmento da população.

Palavras-chave: idoso; universidade, extensão.

 


A ESPIRITUALIDADE COMO ALICERCE PARA O CUIDADO DE ENFERMAGEM AO IDOSO

Bianca Martins Dacoregio
Universidade Federal de Santa Catarina

Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt
Universidade Federal de Santa Catarina

Juliana Balbinot Reis Girondi
Universidade Federal de Santa Catarina

Danieley Cristini Lucca
Universidade Federal de Santa Catarina

Naísa Falcão Martins
Universidade Federal de Santa Catarina

Introdução: A espiritualidade geralmente remete a questão universal relacionada ao significado e ao propósito de vida. É fenômeno natural do processo do desenvolvimento e envelhecimento que requer sentimento, pensamento e conceitos. É recurso interno do indivíduo, que pode ser acionado com o contato com a natureza, artes, experiência da doação de si ou com engajamento nas causas que visam ao bem coletivo. Pode ser representada com profundo senso de conexão por meio do relacionamento com divindade. Dessa forma, entende-se que a espiritualidade contribui para o bem estar na velhice, favorecendo a resiliência e o envelhecimento bem sucedido. Objetivo: realizar reflexão sobre a relevância da espiritualidade como alicerce para o cuidado de enfermagem. Metodologia: trata-se de reflexão com base na literatura nacional a respeito da espiritualidade. A busca com as palavras chaves foi realizada no Google Acadêmico: Enfermagem, Espiritualidade e Idoso. Resultados: Em estudo realizado com 20 idosos com câncer, os resultados demonstraram a importância da fé no enfrentamento da doença, pois ela aumenta a força para lutar e vencer o desafio do adoecimento, fortalecendo a segurança, tranquilidade e otimismo para a recuperação da saúde. O bem estar espiritual pode ser considerado uma dimensão do estado de saúde, junto às dimensões corporais, psíquicas e sociais. Portanto, sendo a espiritualidade um dos fatores fundamentais para o enfrentamento, é necessário que o enfermeiro reconheça a espiritualidade no processo do cuidado para que o paciente se sinta contemplado em todas as suas dimensões. Incluir a espiritualidade como alicerce para o cuidado de enfermagem pode ser relevante para a vida dos indivíduos, tornando-se necessário considerar a complexidade inerente a esta temática. Conclusão: O cuidado espiritual é essencial para a prestação de cuidados de enfermagem, desde modo é importante que o enfermeiro valorize a espiritualidade, buscando desenvolvimento de intervenções eficazes para promover o bem estar.

Palavras chave: enfermagem; espiritualidade; idoso.

 


ESPIRITUALIDADE COMO PILAR DO ENVELHECIMENTO BEM SUCEDIDO PARA O IDOSO COM DOENÇA DE PARKINSON

Bianca Martins Dacoregio
Universidade Federal de Santa Catarina

Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt
Universidade Federal de Santa Catarina

Maria Fernanda Baeta Neves Alonso da Costa
Universidade Federal de Santa Catarina

Juliana Balbinot Reis Girondi
Universidade Federal de Santa Catarina

Naísa Falcão Martins
Universidade Federal de Santa Catarina

Introdução: O envelhecimento bem-sucedido inclui três elementos: probabilidade baixa de doenças e de incapacidades relacionadas ás mesmas; alta capacidade funcional, cognitiva e física e engajamento ativo com a vida. Alguns estudos têm demonstrado que o impacto nas crenças pessoais tem contribuído para o envelhecimento bem-sucedido, principalmente quando o idoso tem doença de Parkinson (DP), que se caracteriza pelo progressivo comprometimento físico, mental, que pode levar o indivíduo ao isolamento social, além de diversas perdas cognitivas. Estudos realizados com pacientes com DP e seus familiares demonstraram que a espiritualidade influencia na maneira de enfrentar a doença e consequentemente associado a maior satisfação com a vida. Seguindo essa tendência, Crowther et al. introduziu um quarto fator no envelhecimento bem-sucedido: a espiritualidade. Objetivo: Identificar na literatura nacional estudos sobre a Espiritualidade, Idosos e Doença de Parkinson. Metodologia: trata-se de reflexão com base na literatura nacional a respeito da espiritualidade como alicerce no envelhecimento bem-sucedido dos idosos com DP. A Busca foi realizada na base de dados Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Google acadêmico, com as palavras chaves: idoso e espiritualidade. Publicadas no período de 2011 a 2015. Resultados: Identificou-se 19 artigos que abordam a temática do idoso e espirtualidade, dentre estes se destaca um realizado em 2003, Katsuno demonstrou que a espiritualidade estava correlacionada à melhor qualidade de vida subjetiva em pacientes com demência leve. Os estudos têm evidenciado associação direta entre espiritualidade e maior satisfação com a vida. Com os pacientes que possuem Doença de Parkinson foi realizada pesquisa que concluiu sobre como a fé ajuda a enfrentar a doença. Estudos demonstram maior índice de depressão em idosos não espiritualizado, associando também a menores taxas de declínio cognitivo. Conclusão: é possível identificar a relevância da espiritualidade que produz impacto na qualidade de vida dos idosos, apresentando relação positiva do envelhecimento e da espiritualidade nos diferentes aspectos do envelhecimento, o que se torna relevante para os idosos.

Palavras-chave: Doença de Parkinson; espiritualidade; idoso.

 


IDOSO E SUA ESPIRITUALIDE: IMPACTOS NA QUALIDADE DE VIDA REVISÃO INTEGRATIVA

Bianca Martins Dacoregio
Universidade Federal de Santa Catarina

Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt
Universidade Federal de Santa Catarina

Juliana Balbinot Reis Girondi
Universidade Federal de Santa Catarina

Juliete Coelho
Universidade Federal de Santa Catarina

Danieley Cristini Lucca
Universidade Federal de Santa Catarina

Introdução: Durante o processo de envelhecimento a espiritualidade pode ser relevante para busca pessoal de significado para a vida, pois na velhice pode ocorrer aumento da frequência sobre o pensar na morte e suas repercussões. A espiritualidade pode ser a busca pessoal para entender questões relacionadas à vida, ao seu sentido, com o sagrado ou transcendente que podem ou não levar ao desenvolvimento de práticas religiosas ou informações de comunidades religiosas. Objetivo: descrever a produção científica acerca do idoso e sua espiritualidade, na literatura científica nacional e internacional, publicada no período de 2011-2015. Metodologia: trata-se de revisão integrativa, com coleta de dados atendendo aos seguintes critérios: 1) artigos indexados na base de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS); 2) Busca com as palavras-chave: idoso; espiritualidade; 3) Ser publicados no período de 2011 a 2015; 4) Apresentar resumo para primeira análise; 5) Ter disponível texto completo; 6) Ter a palavra idoso no título. Para avaliação dos dados foram inseridas informações provenientes do corpus de análise em formulário de registro específico. A análise de dados foi desenvolvida através da análise textual. Respeitaram-se os preceitos éticos, sendo que mesmo com a utilização de fontes de dados secundárias, foram consideradas as normas nacionais e internacionais sobre direitos autorais. Resultados: Emergiram 14 artigos como corpus de analise. Houve predomínio de publicações em revistas estrangeiras. O periódico com o maior número de trabalhos publicados foi o Holistic Nursing Practice, seguido do Oncoly Nursing Forum e Journal  of Holistic Nursing. Emergiram duas categorias temáticas para analise neste estudo: 1) Espiritualidade dos idosos institucionalizados; 2) Associação entre espiritualidade e bem estar psicológico. Conclusão: há necessidade emergente de aprofundamento da temática, principalmente devido as evidencias de relação positiva entre espiritualidade, saúde e qualidade de vida de forma qualitativa e quantitativa.

 Palavras-chave: espiritualidade; idoso; saúde.

 


DESAFIOS PARA O CUIDADO DO IDOSO COM ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA

Melanie Scheneider Schmidt
Universidade Federal de Santa Catarina

Keli Terezinha Menin
Universidade Federal de Santa Catarina

Melissa Orlandi Honorio Locks
Universidade Federal de Santa Catarina

Silvia Maria Azevedo dos Santos
Universidade Federal de Santa Catarina

Luciara Fabiane Sebold
Universidade Federal de Santa Catarina

Introdução: A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é caracterizada por uma degeneração dos neurônios motores, associado à deterioração neurológica progressiva. Pela complexidade do cuidado a estas pessoas, a atuação de enfermagem deve estar voltada ao atendimento das necessidades do idoso e família de modo a promover subsídios para propiciar uma melhor qualidade de vida do paciente acometido pela ELA, tanto quanto possível. Objetivo: buscar e descrever as evidências disponíveis na literatura sobre o cuidado no atendimento domiciliar ao idoso portador de Esclerose Lateral Amiotrófica. Método: revisão integrativa utilizando as bases de dados LILACS, MEDLINE e SCIELO, entre 2010 e 2015. A seleção dos artigos foi realizada após um processo de seleção por critérios de inclusão e exclusão. Para análise foram percorridas as etapas do método de Ganong. Resultados: foram selecionados 12 artigos, onde se identificou três categorias temáticas: rede de cuidado e apoio ao paciente e familiares; atenção multidisciplinar e qualidade de vida do paciente. Conclusão: Os resultados apontaram que há uma deficiência da multidisciplinaridade no que se refere ao cuidado, além de uma rede de apoio precária ao paciente e familiares. Além disto, evidenciou-se a falta de informações e padronização acerca dos cuidados durante o curso da doença, que vão impactar diretamente na qualidade de vida do paciente idoso portador de esclerose lateral amiotrófica até sua finitude. Assim, a análise da produção científica permitiu-nos conhecer de que forma vem se atuando para suprir as necessidades dessa população a fim de proporcionar uma melhor qualidade de vida dentro do quadro clínico esperado por essa Doença Rara. Verificaram-se publicações em diferentes países, o que demonstra a importância do tema em esfera mundial. Porém, a escassez de publicações leva-nos a percepção de que os conhecimentos e envolvimento com a problemática dos idosos acometidos pela ELA são limitados.

Palavras chave: esclerose amiotrófica lateral; idoso; cuidado; enfermagem.

 


GRUPO DE AJUDA AOS FAMILIARES DE IDOSOS COM ALZHEIMER: DO DIAGNÓSTICO À DESPEDIDA

Melanie Scheneider Schmidt
Universidade Federal de Santa Catarina

Melissa Orlandi Honorio Locks
Universidade Federal de Santa Catarina

Silvia Maria Azevedo dos Santos
Universidade Federal de Santa Catarina

Juliana Balbinot Reis Girondi
Universidade Federal de Santa Catarina

Introdução: A Doença de Alzheimer (DA) é uma enfermidade neurodegenerativa e progressiva, que se inicia com sintomas leves, podendo chegar a fases mais avançadas de completa dependência. Assim, é de suma importância que a família e seus cuidadores recebam atenção e orientação para o cuidado de si e com o próprio doente, sobretudo na fase mais avançada da doença. Objetivo: Apresentar o funcionamento do grupo de ajuda e relatar de que forma a extensão universitária auxilia no processo de apoio a estas famílias. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência acerca do projeto de extensão universitária: Grupo de Ajuda Mútua aos Familiares de Idosos com Doença de Alzheimer ou Doenças Similares. A metodologia dos encontros é por livre demanda e ocorrem semanalmente, intercalando entre atendimentos individuais, rodas de conversa, atividades práticas voltadas ao cuidado específico e reuniões temáticas com especialistas convidados. Resultados: Percebe-se que o grupo auxilia não apenas eximindo duvidas frente à doença e aos cuidados específicos, como também contribui através da escuta ativa e do apoio emocional, tendo em vista que muitos daqueles que já perderam seus idosos ainda seguem frequentando o grupo a fim de contribuir com as demais famílias, sendo o grupo um apoio não só quando da descoberta da doença como também segue sendo um suporte após a perda de seu ente querido. Conclusão: A experiência de participar de uma atividade de extensão universitária é de extrema relevância, pois permite a compreensão da complexidade envolvida entre o familiar e o idoso com DA em suas diferentes fases. São perceptíveis os efeitos que grupo de ajuda exerce sobre cada participante, percebidos através das expressões de alívio e conforto manifestadas, que refletem a importância do grupo.

Palavras-chave: Idoso; Família; Doença de Alzheimer; Enfermagem.

 


ANÁLISE DOS MÚSCULOS DO ASSOALHO PÉLVICO E DA PERDA URINÁRIA EM MULHERES IDOSAS

Lethycya Adriane Martins
Universidade do Estado de Santa Catarina

Bruna Schevchenco
Universidade do Estado de Santa Catarina

Keyla Mara dos Santos
Universidade do Estado de Santa Catarina

Thuane Da Roza
Universidade do Estado de Santa Catarina. Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Soraia Cristina Tonon da Luz
Universidade do Estado de Santa Catarina

Introdução: A incontinência urinária (IU) é definida como qualquer perda involuntária de urina, sendo predominante na população idosa e considerada um grave problema de saúde pública, com dimensões sociais e econômicas. A dependência pela disponibilidade de banheiros e, comumente, o relato de preocupações e embaraço com o odor da urina, se tornam hábitos frequentes. A qualidade de vida, também se encontra afetada, refletindo na relação que têm na sociedade. Objetivo: Analisar a função dos músculos do assoalho pélvico e a presença de IU das participantes do projeto de extensão intitulado: Grupo de Reabilitação do Assoalho Pélvico e Disfunção Sexual – GRAPEDIS do Centro de Ciências da Saúde e do Esporte da UDESC. Metodologia: Participaram 14 mulheres idosas, avaliadas por acadêmicas de Fisioterapia no período de fevereiro de 2015 a junho 2016. Aplicou-se o questionário: “International Consultation on Incontinence Questionnaire – Short Form” (ICIQ-SF) para verificar a presença de IU e a escala de Avaliação Funcional do Assoalho pélvico (AFA) para avaliar a força dos músculos do assoalho pélvico (MAP). Adicionalmente, o exame do pad-test de 1-hora quantificou a perda de urina. Todas as mulheres aceitaram participar voluntariamente da pesquisa e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A análise dos dados foi realizada por meio de estatística descritiva, com valores de frequência, média e desvio padrão. Resultados: As mulheres apresentaram idade média de 67,0±6,3 anos, sendo que 12 (85,7%) relataram algum tipo de IU. Identificou-se que o a IU mista (83,4%) foi a mais prevalente, seguido pela IU de urgência (16,6%). O escore total do ICIQ-SF foi de 10,8±6,3 (variando 0-21). Adicionalmente, metades das pacientes classificaram que a IU interfere de modo “severo” ou em grande “extensão” na sua qualidade de vida. O grau de força dos MAP foi de 1,8±1,3. A IU aferida pelo pad test foi de 3,0±0,5 gramas (variando 0,02-7,31 gramas). Conclusão: Em média as mulheres idosas não tinham uma boa função dos MAP, o que pode estar associado à IU. Houve uma grande perda de urina aferida pelo pad test e o impacto na qualidade de vida foi pelo menos “severo”. A IUM (incontinência urinária mista) foi o tipo mais prevalente. Finalmente, os achados demonstraram que as mulheres atendidas necessitam melhorar a função dos MAP para tratar e prevenir a IU.

Palavras-chave: Fisioterapia, Gerontologia, Incontinência Urinária, Saúde da mulher.

 


PERCEPÇÕES DE IDOSOS HOSPITALIZADOS SOBRE O ATENDIMENTO DE UM GRUPO DE VOLUNTÁRIOS

Catherine Elias Batista
Universidade do Estado de Santa Catarina

Priscila Mari dos Santos
Universidade Federal de Santa Catarina

Verônica Werle
Universidade do Estado de Santa Catarina

Alcyane Marinho
Universidade do Estado de Santa Catarina

Introdução: A humanização hospitalar caracteriza-se pelo atendimento qualificado ao paciente e permeia o tratamento, as condições de trabalho e as relações interpessoais. A proposta nasce em contraposição aos ambientes e tratamentos “desumanizados” existentes em instituições de saúde, apropriando-se de ferramentas alternativas, tal como o desenvolvimento de atividades lúdicas. Objetivo: Analisar os significados atribuídos pelos idosos hospitalizados em um hospital privado/filantrópico de Florianópolis (SC) sobre um grupo de voluntários que realiza atividades lúdicas e artísticas, bem como verificar a ocorrência destas atividades em outros momentos da internação. Metodologia: Desenvolveu-se uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa. Realizou-se uma entrevista semiestruturada com sete idosos (seis do sexo feminino e um do masculino), com média de idade de 77,9±4,9 anos. Neste trabalho foram focalizadas as perguntas referentes ao significado do grupo de voluntários e a possível ocorrência de atividades lúdicas e artísticas. Os dados foram analisados por meio de elementos da Técnica de Análise de Conteúdo. Resultados: Sobre os significados atribuídos ao grupo de voluntários, os idosos demonstraram satisfação quanto à visita dos primeiros; relataram sentimentos de alegria e fizeram referência a momentos de entrosamento e diversão, além de comentarem sobre a atenção que recebem dos mesmos. Com relação à existência de atividades lúdicas e artísticas em outros períodos da internação, todos os idosos disseram não haver tais atividades, embora um dos entrevistados relatou haver caminhada durante a fisioterapia, enquanto outro citou a televisão como atividade lúdica. Conclusão: Evidencia-se a necessidade do trabalho voluntário para a população idosa, tendo em vista a carência de vivências lúdicas nos demais tempos e espaços de internação e esta ser uma dimensão indispensável à integralidade da saúde. A importância do grupo de voluntários para os idosos hospitalizados concerne à possibilidade de intensificação da alegria, da diversão e do brincar, mesmo em um ambiente comumente contrário a estas situações.

Palavras-chave: Atividades de Lazer; Humanização; Idosos.

 


PRÁTICA DE MUSCULAÇÃO POR IDOSOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

Daliana Stephanie Lecuona
Universidade do Estado de Santa Catarina

Priscila Mari dos Santos
Universidade Federal de Santa Catarina

Alcyane Marinho
Universidade do Estado de Santa Catarina

 

Introdução: o Estágio Curricular Supervisionado (ECS) representa um período singular na trajetória acadêmica dos estudantes, visto a oportunidade de aproximação ao contexto de intervenção profissional. No curso de Bacharelado em Educação Física da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), o ECS em atividade física adaptada possibilita o exercício da prática profissional com populações específicas, tal qual a idosa. Objetivo: Relatar as experiências vivenciadas a partir da atuação com idosos praticantes de musculação no programa de extensão universitária GETI. Metodologia: O estágio foi desenvolvido no Grupo de Estudos da Terceira Idade – GETI, da UDESC, no período de fevereiro a Junho de 2016, atingindo 60 horas. Este programa busca proporcionar o bem-estar e a manutenção da saúde de idosos por meio da oferta de diferentes modalidades de atividades físicas. A metodologia utilizada para sua realização foi de observação e de intervenção supervisionada, sendo acompanhada de revisão de literatura para a fundamentação das intervenções, elaboração dos documentos exigidos pela universidade (plano de trabalho e relatório final), bem como para a escrita deste resumo. Resultados: destacam-se, dentre as principais atividades desenvolvidas, a realização da padronização da nomenclatura dos exercícios, buscando facilitar a compreensão e estimular a independência dos praticantes, bem como a prescrição individualizada ao idoso, pensando nas necessidades fisiológicas de cada um, adaptando os exercícios, quando necessário. Além disso, atividades como o auxílio na matrícula e na aplicação dos testes físicos, na semana inicial do programa, foram importantes para a aproximação aos alunos e para a compreensão das necessidades que deveriam ser atendidas no programa de musculação. Considerações Finais: Diante do aumento da população idosa, acredita-se na contribuição do estágio para a futura atuação neste segmento. É possível sentir-se mais seguro e preparado para trabalhar com tal público, sabendo-se das necessidades individuais e complementando os conhecimentos adquiridos na universidade.

Palavras chave: Estágio. Idoso. Musculação.

 


INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NA FUNÇÃO DO ASSOALHO PÉLVICO E NA PERDA URINARIA EM MULHERES IDOSAS

Bruna Hoffmann
Universidade do Estado de Santa Catarina

Bruna Schevchenco
Universidade do Estado de Santa Catarina

Keyla Mara dos Santos
Universidade do Estado de Santa Catarina

Thuane Da Roza
Universidade do Estado de Santa Catarina. Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Soraia Cristina Tonon da Luz
Universidade do Estado de Santa Catarina

Introdução: A Incontinência Urinária (IU) é definida pela Sociedade Internacional de Continência, como qualquer perda involuntária de urina. O seu impacto negativo na qualidade de vida é significativo, acarretando em modificações comportamentais.

Objetivo: Verificar o efeito de um protocolo de cinesioterapia na função muscular do assoalho pélvico e na perda urinaria em mulheres idosas encaminhadas peso Sistema Único de Saúde, atendidas pelo Grupo de Reabilitação do Assoalho pélvico e Disfunção Sexual-GRAPEDIS. Metodologia: Participaram 5 mulheres com idade entre 62 e 78 anos. Foi aplicado o questionário “International Consultation on Incontinence Questionnaire – Short Form” (ICIQ-SF) para verificar a presença de IU e a avaliação funcional do assoalho pélvico (AFA) para avaliar a contração dos músculos do assoalho pélvico. O Pad Test de 1-hora quantificou a perda de urina. Todos os instrumentos foram aplicados na avaliação e na reavaliação. Foram realizadas 10 sessões de cinesioterapia baseadas no protocolo dos exercícios de Educação Perineal Progressiva (E.P.P.). O estudo foi realizado no ambulatório de fisioterapia na Maternidade Carmela Dutra pela acadêmica de fisioterapia, sob supervisão de uma fisioterapeuta. Para análise estatística foi utilizado o teste de Wilcoxon por meio do software Statistical Package for Social Sciences, versão 20 (SPSS Inc., Chicago, Illinois, USA). O Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da UDESC, número CAAE 05113712.4.0000.0118, aprovou o estudo. Resultados: As participantes desse estudo apresentaram idade média de 72,2±6,7 anos. O tipo de IU mais prevalente foi IU Mista (80%) seguido da IU de urgência (20%). Após os atendimentos, as pacientes apresentaram melhora do AFA (1,2±1,8 vs 2,4±1,1, p=0,157) mas não foi significativo. Houve também uma diminuição não significativa na quantidade da perda urinaria avaliada pelo Pad Test (0,3±0,3 vs 0,1±0,1, p=0,655). Em relação ao questionário ICIQ-SF houve melhora no escore total de 12,2±4,6 para 11,8±3,8 (p=0,593), sendo que quanto maior o escore pior é a gravidade da IU. Conclusão: Os resultados demonstraram que a presente intervenção fisioterapêutica, melhorou a função muscular do assoalho pélvico em mulheres com IU, porém não foi significativo. Seria importante realizar o presente protocolo com uma maior amostra e com um maior tempo de intervenção para comprovar tais achados.

 

Palavras-chave: Assoalho pélvico; Fisioterapia; Idoso; Incontinência Urinária.

 


INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DA ESPIRITUALIDADE EM IDOSOS: ESTUDO DE REVISÃO

Amanda Espíndola de Andrade
Universidade Federal de Santa Catarina

Bianca Martins Dacoregio
Universidade Federal de Santa Catarina

Juliana Balbinot Reis Girondi
Universidade Federal de Santa Catarina

Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt
Universidade Federal de Santa Catarina

Luciana Martins da Rosa
Universidade Federal de Santa Catarina

Introdução: Dentre as diversas abordagens acerca da espiritualidade, a que melhor define esta temática é a procura existencial de significado e sentido para questões complexas da vida, principalmente aquelas que se relacionam às circunstâncias ainda não explicadas pela ciência e à necessidade de significação da vida. Esta temática é relevante para o idoso, pois o envelhecimento aproxima o indivíduo da finitude e a espiritualidade ganha novo sentido no viver. Atualmente, estudos apontam a espiritualidade como uma estratégia para a saúde. Objetivo: Identificar instrumentos para avaliação da espiritualidade no idoso. Metodologia: Estudo de revisão realizado nas publicações indexadas, entre os anos 2011 e 2015 na Biblioteca Virtual de Saúde. Para busca utilizou-se os descritores: idoso, espiritualidade e escalas. Os dados foram compilados em quadro estruturado e submetidos à análise crítica. Resultados: A busca inicial resultou em 16 estudos, quatro estudos foram incluídos no corpus de análise. Houve exclusividade das publicações de periódicos internacionais. Os instrumentos utilizados pelos estudos para avaliação da espiritualidade são as escalas: Brief Multidimensional Measure of Religiousness/Spirituality (Medida Multidimensional Breve de Religião/Espiritualidade); Spiritual History Scale (Escala História Espiritual); Duke Religious Index (Índice Religioso Duke); Geriatric Depression Scale (Escala de Depressão Geriátrica). Embora não seja uma escala específica para avaliação da espiritualidade, houve predomínio da Escala de Depressão Geriátrica para correlacionar espiritualidade e diminuição dos sintomas depressivos. Dos resultados encontrados observou-se a relação da espiritualidade como terapia para controle da ansiedade e depressão e a relação entre espiritualidade e religiosidade. Conclusões: O emprego de escalas de avaliação da espiritualidade contribui para melhoria da saúde mental em idosos. Novos estudos são necessários para ampliar a aplicabilidade dos instrumentos já existentes. Ressalta-se a importância do desenvolvimento de estudos no território nacional, tendo em vista que idosos de países em desenvolvimento vivenciam realidade totalmente diversificada de países desenvolvidos.

Palavras-chave: escalas, espiritualidade, idoso, saúde mental.

 

 


IDOSOS QUE SOFRERAM AMPUTAÇÃO NO ESTADO DE SANTA CATARINA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO

Thayse Patrícia Kraus
Universidade do Estado de Santa Catarina

Elaine Ferreira de Oliveira
Universidade do Estado de Santa Catarina

Soraia Cristina Tonon da Luz
Universidade do Estado de Santa Catarina

Kadine Priscila Bender dos Santos
Universidade Federal de Santa Catarina

Rafael Isac Vieira
Universidade do Estado de Santa Catarina

Introdução: As mais frequentes indicações para amputação do membro inferior decorrem das complicações das doenças crônico-degenerativas e ocorrem em sua maioria na população idosa. Objetivo: descrever o perfil epidemiológico de idosos usuários do SUS que sofreram amputação no Estado de Santa Catarina. Metodologia: Estudo retrospectivo em prontuários de um Centro Estadual de Reabilitação entre os anos de 2011 a 2015. Resultados: A amostragem foi constituída por 64 idosos que sofreram amputação, sendo que 78% desses eram do sexo masculino, com maior número de amputação ao nível transtibial (54%) e de causa vascular (37%) com faixa etária entre 65 e 69 anos (42,2%). Conclusão: A principal causa foi a vascular e para população masculina o que nos remete refletir na necessidade de estratégias conjuntas na Rede de Atenção à Pessoa com Deficiência de nosso Estado com foco na prevenção das amputações em idosos. A amputação em idosos gera grande comprometimento funcional e na qualidade de vida, dificuldades na reabilitação protética e independência nas atividades de vida diária. Uma equipe multiprofissional bem capacitada se constitui na ferramenta chave para que possamos avançar na Reabilitação da Pessoa Idosa Amputada em nosso Estado.

 Palavras-chave: epidemiologia; amputação; idoso; saúde pública.

 

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NÍVEL DE ESPERANÇA E QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES IDOSOS HIPERTENSOS E DIABÉTICOS

Juliana Martins Ferreira
Universidade Federal de Santa Catarina

Karina Garcia da Silveira
Universidade Federal de Santa Catarina

Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt
Universidade Federal de Santa Catarina

Danieley Cristina de Lucca
Universidade Federal de Santa Catarina

Bianca Martins Dacoregio
Universidade Federal de Santa Catarina

 

Introdução: para melhor enfrentamento dos idosos frente às doenças crônicas é necessário estimular esperança e qualidade de vida. Objetivo: avaliar a esperança e qualidade de vida dos idosos com diabetes e hipertensão cadastrados no HIPERDIA (destina-se ao cadastramento e acompanhamento de portadores de hipertensão arterial e/ou diabetes mellitus atendidos na rede ambulatorial do SUS). Metodologia: pesquisa quantitativa exploratória descritiva, aprovada pelo submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com n°: 1.097.377, desenvolvida no período de novembro 2014 a junho de 2015. Foram entrevistados 24 indivíduos, com idade superior a 60 anos, cadastrados no HIPERDIA e uma unidade de saúde do Sul do Brasil. Aplicou-se a escala de esperança de Hertch (EEH) (instrumento com intuito de mensurar a esperança de vida, o escore total varia de 12 a 48 (SARTORE, GROSSI, 2008); e WHOQOL-BREF (instrumento que avalia a de qualidade de vida, contendo 26 questões, divididas em quatro domínios: físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente, considerada pelos respondentes nos últimos quinze dias vividos (FLECK et al., 2008). Resultados: os idosos tinham idade entre 60 a 85 anos, sendo que 68% eram do sexo feminino. Com relação ao nível de esperança dos idosos estudados, o escore médio total obtido foi de 37,1. Com relação ao nível de qualidade de vida (QV), o escore médio total obtido foi de 74,0. O sexo masculino apresentou escore mais alto (média de 78,1). A escolaridade apresentou escore médio de 70,1, para idosos com estudos menores de 4 anos completos e 78 para aqueles que possuem mais escolaridade. Com relação à situação conjugal obtive-se média de 73,8 e 74,3 para os que não tem cônjuge. Conclusão: Os idosos cadastrados no HIPERDIA possuem qualidade de vida positiva na maioria dos aspectos mensurados.

Palavras-chaves: Esperança de vida, Qualidade de vida, Idoso.

 


FORMAÇÃO SUPERIOR EM ENFERMAGEM; HABILIDADES E COMPETENCIAS GERONTOGERIATRICAS NO SUL DO BRASIL

Juliana Martins Ferreira
Universidade Federal de Santa Catarina

Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt
Universidade Federal de Santa Catarina

Darla Lusia Ropelato Fernandez
Universidade Federal de Santa Catarina

Bianca Martins Dacoregio
Universidade Federal de Santa Catarina

Juliete Coelho Gelsleuchter
Universidade Federal de Santa Catarina

 

Introdução: Conteúdos relativos ao ensino voltados para à saúde do idoso nos currículos de graduação em enfermagem vem sendo inseridos timidamente no decorrer dos últimos anos, embora a própria Política Nacional do Idoso proponha modificações curriculares. Objetivo: Refletir sobre o ensino relacionado à saúde do idoso nos cursos de graduação em enfermagem na região sul do Brasil. Metodologia: Pesquisa documental, desenvolvida mediante levantamento de informações dos cursos de graduação em enfermagem da região sul do Brasil, cadastrados no site do Ministério da Educação, por meio de consulta ao portal e-MEC. A coleta de dados na Internet foi realizada no período de 01 a 11 de junho de 2015. Foram identificados 111 cursos de enfermagem cadastrados no Ministério da Educação. Destes, 26 foram excluídos, pois não apresentaram matriz curricular na página da instituição na internet, totalizando como corpus de análise a matriz curricular de 85 cursos. Destas foram consideradas: nomenclatura, semestre de inserção na estrutura curricular, carga horária (teórica e prática), foco das disciplinas. Resultados: Dos 85 cursos analisados, 63 ofertam disciplinas que evidenciam no título a palavra idoso, destes 42 oferecem tais disciplinas a partir do 5º semestre da graduação. Em relação ao foco das disciplinas, a maioria dos cursos (50,8%) apresentam disciplinas com o tema saúde do idoso mesclado ou vinculado a outra temática do ciclo vital. O foco múltiplo das disciplinas impossibilita a análise sobre o aprofundamento da temática: saúde do idoso nas disciplinas, pois não existem informações disponíveis sobre o quantitativo de carga horária interna relacionada diretamente a este assunto; tampouco, não há informação a respeito de quais conteúdos relacionados ao idoso são abordados nas disciplinas ofertadas. 49,2% dos cursos que ofertam disciplinas específicas do idoso e/ou com assuntos complementares à gerontologia. O Paraná mais apresenta cursos de graduação em enfermagem com oferta de disciplinas voltadas à temática idoso (80,6%), seguido por Santa Catarina (83,3%) e Rio Grande do Sul (62,1%). Em compensação, o Rio Grande do Sul é o Estado onde foi encontrado maior número de disciplinas específicas (83,3%), seguido de Santa Catarina (75%), e Paraná (58,6%). Conclusão: Para atender à demanda do envelhecimento populacional em curso no Brasil, é fundamental que o enfermeiro seja instrumentalizado com conhecimentos específicos sobre o idoso.

Palavras Chaves: Enfermagem Geriátrica; Idoso; Programas de graduação em enfermagem.

 


COMPETÊNCIAS E HABILIDADES VOLTADAS À PESSOA IDOSA: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

Juliana Martins Ferreira
Universidade Federal de Santa Catarina
Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt
Universidade Federal de Santa Catarina

Angela Maria Alvarez
Universidade Federal de Santa Catarina

Maria Fernanda Baeta Neves Alonso da Costa
Universidade Federal de Santa Catarina

Rafaela Vivian Valcarenghi
Grupo de Estudos sobre Cuidados em Saúde Pessoas Idosos

Introdução: A proposta de inserção do ensino da saúde do idoso na graduação é recente e converge com as adequações curriculares propostas pelo Ministério da Educação. Objetivo: Comparar a percepção inicial e final do aluno que vivenciou a Disciplina de Enfermagem Gerontogeriátrica em relação à pessoa idosa. Metodologia: Trata-se de pesquisa com abordagem qualitativa do tipo exploratório-descritiva. Os sujeitos do estudo foram os alunos matriculados na Disciplina de Enfermagem Gerontogeriátrica. O local para a realização das entrevistas foi a sala de aula junto ao Núcleo de Estudos da Terceira Idade NETI, onde ocorre essa disciplina. Realizou-se coleta de dados durante três semestres letivos, nos anos de 2013 e 2014, no início e no final de cada semestre. Foi solicitado aos alunos no segundo dia de aula que respondessem a seguinte questão: O que é ser idoso? Esta mesma questão foi realizada no último dia de aula do semestre. A coleta de dados foi gravada e transcrita na íntegra, para análise e interpretação dos dados, para os quais utilizou-se a técnica de Análise de Conteúdo. O projeto de pesquisa teve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Santa Catarina e autorização ao Departamento de Enfermagem. Resultados: Participaram da pesquisa 29 discentes de diversas fases do curso de graduação em enfermagem, emergindo cinco categorias: 1 Sedentarismo e atividade; 2 Solidão e relacionamento; 3 Dependência e autonomia; 4 Padrão e personalidade; 5 Fragilidade e fortaleza. Conclusão: Identificou-se mudança importante em relação à percepção inicial dos discentes, predominantemente negativa em relação ao idoso, porém com o decorrer da disciplina, principalmente com aproximação junto às pessoas idosas, vislumbraram-se possibilidades para o idoso como ser ativo, relacionando-se com sua família, amigos e companheiros, com autonomia e personalidade forte, rico em conhecimentos e resistente aos fatos vividos.

Palavras-Chave: Enfermagem. Educação Superior. Idoso.

 

 


REPERCUSSÃO FUNCIONAL DA EXTREMIDADE SUPERIOR DE IDOSAS INSTITUCIONALIZADAS COM ARTITE REUMATÓIDE

Elaine Ferreira de Oliveira
Universidade do Estado de Santa Catarina

Eduardo Batista Franco
Universidade Luterana do Brasil

Paulo Adão de Medeiros
Universidade Federal de Santa Catarina

Mônica Rosa Zeni
Universidade Luterana do Brasil

 

Introdução: A Artrite Reumatóide (AR) leva à deformidade, erosão óssea e cartilaginosa, diminuindo a mobilidade e destruindo as articulações. Idosas com incapacidade funcional nas Instituições de Longa Permanência para idosos (ILPI) são comumente o público de maior prevalência. Objetivo: Avaliar a repercussão motora dos sintomas indicativos da AR na funcionalidade de membros superiores (MMSS) de mulheres que vivem em uma ILPI da cidade de Santa Maria, RS. Metodologia: A amostra foi composta por 10 mulheres selecionadas das 200 residentes de uma ILPI filantrópica, com sintomas indicativos de AR em MMSS. Foram exclusas da pesquisa portadoras de disfunções neuropsiquiátricas, respiratórias ou cardiovasculares incapacitantes. Para a coleta de dados realizou-se consulta aos prontuários médicos, aplicação do protocolo de avaliação funcional, lateralidade de predomínio, sintomas indicativos de AR, teste de goniometria ativa (TGA) de ombro, cotovelo e punho, e teste de força muscular envolvendo o MMSS. A força de preensão manual foi avaliada na mão dominante utilizando-se o dinamômetro. As variáveis foram analisadas com a correlação de Pearson e utilizando o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 11.5. A pesquisa obteve aprovação em 20/12/2010 sob o protocolo n° 886/10 pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Luterana do Brasil. Resultados: Houve predominância de 6% de acometimento do lado direito. A dor articular de MMSS e as deformidades dos dedos foram os sintomas mais freqüentes (60%). Quanto à amplitude de movimento (ADM) e força das articulações dos MMSS, destacaram-se o TGA de desvio ulnar e a dinamometria do punho, ambos do lado direito, apresentando um déficit de 76,45% e 52,3% respectivamente. Conclusão: Este estudo demonstrou que há correlações entre o déficit de ADM e déficit de força muscular de MMSS. O lado direito apresentou os maiores déficits, e os comprometimentos foram maiores nas articulações dos punhos em relação aos ombros.

Palavras-Chave: Artrite Reumatóide, CIF, Extremidade Superior, Idoso, Instituição de longa permanência para idosos.

 

 


IMPORTÂNCIA DA HIGIENE BUCAL EM IDOSOS INTERNADOS EM AMBIENTE HOSPITALAR

Camila Thomaz dos Santos
Universidade Estadual de Ponta Grossa

Eduardo Bauml Campagnoli
Universidade Estadual de Ponta Grossa

Luís Antônio Esmerino
Universidade Estadual de Ponta Grossa

Shelon Cristina Souza Pinto
Universidade Estadual de Ponta Grossa

 

Introdução: Em função das alterações fisiológicas do envelhecimento (principalmente a desidratação de pele e mucosa) e de doenças bucais e sistêmicas que possam ocorrer, a mucosa bucal do idoso é menos resistente, favorecendo a proliferação de microrganismos patogênicos. Neste sentido, os cuidados paliativos em odontologia se fazem importantes, principalmente com a higiene bucal, gerando conforto ao paciente e evitando Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde. Dentre as infecções, a de maior ocorrência nos idosos é a pneumonia. Objetivo: Verificar o crescimento de microrganismos (Enterococcus spp., Pseudomonas spp., Klebsiella spp. e Staphylococcus spp.), relacionados a pneumonias nosocomiais, na cavidade bucal de idosos internados em Unidade de Terapia Intensiva e Clínica Médica hospitalar.  Metodologia: A pesquisa teve amostra de 30 pacientes internados (nos dois setores) em um Hospital do Paraná e foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa Humana da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), com protocolo nº1.055.799. Realizaram-se coletas de material biológico em dorso de língua de cada idoso em três tempos: no momento do internamento (0 horas), em 48 horas e em 96 horas, antes da higiene bucal. As amostras coletadas foram encaminhadas sob refrigeração ao Laboratório de Microbiologia da UEPG.  Resultados: Identificaram-se todos os microrganismos elencados na pesquisa, estando presentes também o Staphylococcus spp. e a Klebsiella spp. com padrões de multirresistência, até mesmo no tempo 0 horas do internamento. Conclusão: A higiene bucal é essencial no controle do biofilme bucal, evitando a proliferação de microrganismos patogênicos como os encontrados na pesquisa, que podem gerar pneumonia principalmente em idosos. Além disso, a higiene bucal promove conforto a esse paciente internados.

Palavras-chave: Cuidados Paliativos. Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida. Unidade Hospitalar de Odontologia. Infecção Hospitalar. Pneumonia.

 


PROJETO DE ESTIMULAÇÃO E REABILITAÇÃO COGNITIVA PARA IDOSOS: OFICINA DA LEMBRANÇA

Gustavo Heitich Ferrazza
Universidade Federal de Santa Catarina

Daniela Benthien Santos
Universidade Federal de Santa Catarina

Gabriel Baldessar Dalzzoto Pilati
Universidade Federal de Santa Catarina

Jonathan Felipe Haertel dos Santos
Universidade Federal de Santa Catarina

Thamara Hubler Figueiró
Universidade Federal de Santa Catarina

 

Introdução: O processo de envelhecimento é frequentemente acompanhado de declínio cognitivo, acarretando em fragilidade e aumento da mortalidade entre idosos. O uso de computadores e a prática de atividade física contribuem para melhorar a saúde cognitiva. Assim, oficinas de estímulo cognitivo vêm sendo implementadas em universidades do estado. Objetivo: Avaliar as funções cognitivas em idosos participantes de uma oficina de estímulo à cognição. Metodologia: A Oficina estrutura-se através de encontros semanais, com duração de 1h10min, partilhadas em dois tempos de vinte minutos de informática, intercalados com vinte minutos de exercício físico, e, por fim, dez minutos de debate. Os participantes foram compostos por 12 idosos que participaram previamente do estudo EpiFloripa Idoso (2013/2014). As atividades são divididas ao longo do semestre em quatro módulos que se estruturam com a progressão da utilização do mouse, teclado e interação com ferramentas da web. A análise cognitiva é realizada através de testes padronizados: Montreal Cognitive Assessment (MoCA), Mini Exame de Estado Mental (MEEM) e Clinical Dementia Rating (CDR), aplicados bianualmente. Para avaliação, aplicam-se pontos de corte estipulados para a população brasileira, considerando a escolaridade. Resultados: Os participantes possuíam em média 72,7 (DP=5,52) anos de idade, sendo que 41,6% eram do sexo masculino e 58,3% do sexo feminino. A média de pontos do MOCA foi de 23,2 (DP= 3,5), com pontuação mínima de 18 e máxima de 29 pontos. Para o CDR, observou-se que cinco (41,6%) idosos apresentaram pontuação zero, quatro (33,3%) com 0,5 e um (6,6%) com pontuação igual a um. No MEEM teve-se intervalo de 24 a 30 pontos, com média de 28 pontos (DP=2). Conclusão: A maioria dos idosos apresentava bom estado cognitivo, identificando-se apenas uma pessoa com demência questionável após análise do CDR, sendo necessário o acompanhamento e evolução dos participantes.

Palavras-chave: Atividade motora; Cognição; Computadores; Idoso; Saúde.

 


POLIFARMÁCIA EM IDOSOS: UM ESTUDO DE BASE POPULACIONAL

Karine Gonçalves Pereira
Universidade Federal de Santa Catarina

Marco Aurélio Peres
Universidade Federal de Santa Catarina

Alexandra Crispim Boing
Universidade Federal de Santa Catarina

Antônio Fernando Boing
Universidade Federal de Santa Catarina

Eleonora d’Orsi
Universidade Federal de Santa Catarina

 

Introdução: Segundo a OMS, no Brasil está a sexta população de idosos do mundo, onde vivem mais de 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais. Paralela à transição demográfica, vem ocorrendo a redução da fecundidade e da mortalidade por doenças infecciosas, um expressivo aumento da expectativa de vida e uma importante transformação no perfil das doenças da população, cujas doenças próprias do envelhecimento, que costumam ser crônicas e múltiplas, têm levado a tratamentos farmacológicos de longa duração, ao maior uso de medicamentos e à maior ocorrência de polifarmácia – uso de múltiplos medicamentos simultaneamente. Objetivo: Analisar o uso de medicamentos por idosos residentes na área urbana de Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, estimando a prevalência e os fatores associados à polifarmácia (definida como “uso de 5 ou mais medicamentos”). Métodos: Foi realizado um estudo transversal populacional de base domiciliar em uma amostra de 1705 idosos, entre 2009 e 2010. A variável dependente foi polifarmácia. Utilizaram-se variáveis sociodemográficas, utilização de serviços de saúde e autoavaliação de saúde como exploratórias. Foram estimadas razões de prevalência por meio da regressão multivariável de Poisson. Resultados: A prevalência de polifarmácia foi de 32% e os fatores a ela associados foram sexo feminino, aumento da idade, autoavaliação de saúde negativa e realização de consulta médica nos últimos 3 meses anteriores à entrevista. A prevalência de polifarmácia foi quase duas vezes mais elevada entre os idosos que possuíam autopercepção de saúde negativa quando comparada aos que possuíam autopercepção de saúde positiva; 89% mais elevada nos idosos que tiveram consulta médica nos 3 meses anteriores à entrevista quando comparados àqueles que não tiveram consulta médica neste mesmo período. Conclusão: A prevalência de polifarmácia foi de 32% e os fatores a ela associados foram sexo feminino, aumento da idade, autoavaliação de saúde negativa e realização de consulta médica nos 3 meses anteriores à entrevista.

Palavras-chave: Estudos transversais. Farmacoepidemiologia. Idosos. Polimedicação.

 

 


USO DE MEDICAMENTO POTENCIALMENTE INAPROPRIADO (MPI) POR IDOSOS DE UMA CAPITAL DO SUL DO BRASIL

Karine Gonçalves Pereira
Universidade Federal de Santa Catarina

Marco Aurélio Peres
Universidade Federal de Santa Catarina

Alexandra Crispim Boing
Universidade Federal de Santa Catarina

Antônio Fernando Boing
Universidade Federal de Santa Catarina

Eleonora d’Orsi
Universidade Federal de Santa Catarina

 

Introdução: O processo de envelhecimento populacional é uma realidade também no Brasil e apresenta-se num ritmo acentuado. A estimativa para 2025 é que essa proporção chegue a 13%, somando 32 milhões de idosos. O envelhecimento populacional é acompanhado do aumento da carga de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e do elevado número de fármacos prescritos, aumentando a probabilidade do consumo desnecessário de medicamentos, cujas combinações farmacológicas representam potenciais perigos de reações adversas e interações medicamentosas, contraindicados ao estado clínico da pessoa idosa, podendo elevar o risco de iatrogenias, hospitalizações e até mesmo de óbito. Objetivo: Analisar o uso de medicamentos por idosos de uma capital do Sul do Brasil, estimando a prevalência e os fatores associados ao uso de medicamento potencialmente inapropriado (MPI) e outras características. Métodos: Foi realizado um estudo transversal populacional de base domiciliar em uma amostra de 1705 idosos, entre 2009 e 2010, residentes em Florianópolis/SC. A variável dependente foi o uso de medicamento potencialmente inapropriado (MPI), de acordo com o critério de Beers-Fick. Utilizaram-se variáveis sociodemográficas, utilização de serviços de saúde e autoavaliação de saúde como exploratórias. Foram estimadas razões de prevalência por meio da regressão multivariável de Poisson. Resultados: A prevalência de uso de MPI foi de 18,8%. O uso de MIP foi associado ao sexo, com prevalência 35% maior entre as mulheres quando comparada aos homens e também à escolaridade, sendo 13% mais elevada nos idosos que possuíam até 4 anos de estudo, quando comparada àqueles que possuíam 12 ou mais anos de estudo. A fluoxetina apresentou a maior prevalência (18%) de uso dentre os MPIs referidos pelos idosos, e mais da metade dos MIPs foram prescritos por profissionais de serviços privados. Conclusão: A prevalência de uso de MPI foi de 18,8% e esteve associada ao sexo feminino e à escolaridade.

Palavras-chave: Critério de Beers-Fick. Estudos transversais. Idosos. Medicamento potencialmente inapropriado (MIP).

 

 


ASSISTÊNCIA DOMICILIAR AO IDOSO: A IMPORTÂNCIA DAS AÇÕES DE ENFERMAGEM NA ATENÇÃO PRIMÁRIA

Dayane Clock
Instituto Federal de Santa Catarina

Diana Helfenstein Albeirice da Rocha
Instituto Federal de Santa Catarina

Patricia Fernandes Albeirice da Rocha
Instituto Federal de Santa Catarina

Poliana Giacomin Mergner
Instituto Federal de Santa Catarina

Suellanne Rodrigues Oliveira Matos
Instituto Federal de Santa Catarina

 

Introdução: A população idosa vem crescendo acentuadamente no Brasil, segundo a Organização Mundial de Saúde. Essa mudança gera diversas discussões, exigindo planejamento e conhecimento no cuidado. Nesse sentido, o enfermeiro pode contribuir para proporcionar melhor qualidade de vida ao idoso, levando em conta a capacidade funcional, autonomia, participação social, e melhores condições de saúde. Objetivos: Compreender a importância das ações de enfermagem na Atenção Primária para contribuir com a promoção do envelhecimento ativo. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa exploratória, do tipo Revisão Integrativa, com abordagem qualitativa, realizada a partir de levantamento bibliográfico na base de dados Scielo (Scientific Electronic Library Online Scielo). Foram utilizados os seguintes Descritores em Ciência da Saúde: autonomia, idoso e enfermagem. Como critérios de inclusão definiram-se: artigos com textos completos, publicados entre 2010 e 2015, em língua portuguesa, e que estivessem de acordo com os objetivos propostos. Obteve-se como resultados 46 publicações sendo selecionados 19 artigos, e os demais foram excluídos (10 não estavam de acordo com os objetivos; 9 se encontram na língua inglesa e 8 pelo ano da publicação). Resultados: emergiram quatro categorias de análise, quais sejam: identificação dos níveis de capacidade funcional para desenvolvimento de Atividades de Vida Diárias (AVDs); o respeito à autonomia do idoso; atenção domiciliaria aos idosos influencia na qualidade de vida; e assistência de enfermagem nos domicílios: contribuição ao envelhecimento ativo. Considerações Finais: analisando a assistência de enfermagem aos idosos em seus domicílios a fim de promover o envelhecimento ativo, ressalta-se que autonomia é primordial ao idoso e ao equilíbrio de sua capacidade funcional. Nas AVDs, para melhor qualidade de vida, o idoso precisa ser incentivado a realizá-las, tornando-o mais ativo. O enfermeiro deve proporcionar uma assistência domiciliaria voltada para a promoção do envelhecimento ativo, considerando o contexto familiar, e todas as peculiaridades do processo saúde-doença.

Palavras-chaves: Autonomia; Idoso; Enfermagem.

 


CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS: REVISÃO DE LITERATURA

Dayane Clock
Instituto Federal de Santa Catarina

Diana Helfenstein Albeirice da Rocha
Instituto Federal de Santa Catarina

Patrícia Fernandes Albeirice da Rocha
Instituto Federal de Santa Catarina

Poliana Giacomin Mergner
Instituto Federal de Santa Catarina

Betina Barbedo Andrade
Instituto Federal de Santa Catarina

 

 

Introdução: Existem diferentes apresentações de cuidados de longa duração, são propostas que visam responder as necessidades de determinada parcela da população. Os Cuidados Continuados Integrados (CCI) surgem como uma possibilidade de organizar uma nova linha de cuidado ao paciente com alto grau de dependência de cuidados. Objetivo: Apresentar uma proposta de cuidado que contempla atenção ampliada para a situação do indivíduo com qualquer tipo de limitação incapacitante e o seu ambiente de convivência social. Metodologia: Estudo de revisão de literatura. Resultados: O sistema estudado possui uma linha transversal à atenção básica, especializada e hospitalar e tem como objetivo principal preparar pacientes e familiares para um cuidado continuado de longa duração, que será mantido após a alta do CCI no domicílio do paciente. O projeto CCI possui dois modelos de equipe multiprofissional: A Equipe de Reabilitação (ER), onde em uma unidade hospitalar de baixa ou média complexidade se normalizam os padrões do cuidado, e a Equipe de Gestão de Altas (EGA), que é o elo na articulação entre os recursos intra e extra-hospitalares, o atendimento pós-alta com as equipes da atenção básica. A filosofia de cuidados continuados enfatiza a manutenção do indivíduo no seu ambiente familiar, e será necessário que este paciente tenha um responsável legal no processo de tratamento, porque a estabilização clinica nem sempre permite a alta hospitalar, o que resulta em ocupação desnecessária de leitos. Do outro lado, as unidades Estratégia Saúde da Família têm dificuldades em responder a todas as necessidades desse paciente. Conclusão: A evolução do sistema de saúde e o aumento da demanda por cuidados de uma população cada vez mais longeva requer um novo perfil de equipes de saúde resolutivas. As unidades de Cuidados Continuados Integrados surgem como uma proposta para preencher com qualidade a lacuna existente entre o hospital e o domicílio, se constituindo em um novo ponto das redes de saúde.

Palavras-chave: cuidado; equipe multiprofissional; integralidade; interdisciplinaridade.

 

 


EDUCAÇÃO EM SAÚDE AOS MORADORES DO LAR VILA VICENTINA/JOINVILLE

Dayane Clock
Instituto Federal de Santa Catarina

Marceli Diana Helfenstein Albeirice da Rocha
Instituto Federal de Santa Catarina

Patrícia Fernandes Albeirice da Rocha
Instituto Federal de Santa Catarina

Poliana Giacomin Mergner
Instituto Federal de Santa Catarina

Betina Barbedo Andrade
Instituto Federal de Santa Catarina

 

Introdução: O meio social em que o idoso está inserido pode contribuir para melhorar sua autoestima, proporcionar mais informações, exercitar seu raciocínio, além de reforçar a sua autonomia. Objetivo: Conhecer o perfil dos idosos do Lar Vila Vicentina, a fim de captar suas principais necessidades em relação à educação em saúde da terceira idade. Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório-descritivo, de abordagem qualitativa, realizado com moradores do Lar Vila Vicentina, situado na cidade de Joinville. Após aprovação do comitê de ética,  uma  entrevista semiestruturada foi aplicada para a coleta de dados com todos os idosos que concordaram em participar da pesquisa. Este roteiro proporcionou a identificação das principais dúvidas dos idosos em relação à saúde, nutrição e atividades físicas. Resultados: Todas as residentes são do sexo feminino, aposentadas, com idade média de 74 anos, renda aproximada de um salário mínimo, 87,5% são usuárias do SUS, 50% são viúvas, 25% casadas e 25% separadas. O tempo médio como moradoras do Lar foi 10 anos, 50% relataram ter hipertensão, 13% diabetes, 13% colesterol alterado, 13% problemas de coluna e 13% problemas cardíacos. A partir das principais dúvidas e das doenças por elas relatadas, realizou-se a confecção do Livreto do Idoso, que foi impresso e distribuído para todos os moradores do Lar. Também foram realizadas atividades lúdicas e palestras sobre educação em saúde para todos os moradores de acordo com as necessidades captadas nas entrevistas. As palestras foram realizadas de maneira interativa, onde houve troca de conhecimentos por parte das idosas e dos palestrantes. Os temas das palestras foram: Diabetes Mellitus, pressão alta, colesterol, “doenças do coração”, automedicação, nutrição e atividades físicas. Conclusão: as dúvidas apresentadas pelas moradoras, foram compatíveis com os problemas de saúde esperados para a idade. A coleta de dados anterior as ações de educação em saúde promoveram uma maior participação das idosas nas atividades.

Palavras-chave: Idoso; Educação em Saúde; Geriatria.

 


DETERMINANTES ASSOCIADOS À INSTITUCIONALIZAÇÃO DE IDOSOS

Marlene Doring
Universidade de Passo Fundo

Ezequiel Vitório Lini
Universidade de Passo Fundo

Emanuelly Casal Bortolucci
Universidade de Passo Fundo

Gustavo Cavalcanti
Universidade de Passo Fundo

Marilene Rodrigues Portella
Universidade de Passo Fundo

 

Introdução: As instituições de longa permanência para idosos têm se configurado como uma opção de cuidado e/ou moradia, cada vez mais frequente. Objetivo: Identificar os determinantes da institucionalização de idosos. Método: Estudo Caso-controle com 387 indivíduos com idade ≥ 60 anos. Participaram do grupo de casos 191 idosos residentes nas instituições de longa permanência do município de Passo Fundo, RS, que autorizaram a realização da pesquisa no ano de 2014. Fizeram parte do grupo controle 196 idosos (com idade ≥ 60 anos) residentes na área urbana do município. Considerou-se como variável dependente a institucionalização e como variáveis independentes as sociodemográficas, clínicas, capacidade funcional e comprometimento cognitivo. Na comparação entre os grupos, foram empregados os testes qui-quadrado de Pearson e o modelo de regressão logística com análise ajustada, e medidas de efeito expressas em Odds Ratio com intervalo de confiança de 95%. Para entrada no modelo múltiplo, foram consideradas as variáveis com p ≤ 0,20. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Passo Fundo, RS, parecer 648.771/2014, e todos os idosos ou seus cuidadores assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Resultados: A maioria tinha entre 70 e 79 anos (34,6%), a média de idade foi de 75,1 anos (±9,9), 64,6% eram do sexo feminino, 81,1% eram brancos e 69,6% viviam sem companheiro(a). Após a análise múltipla, permaneceram como fatores de risco para a institucionalização: não ter companheiro(a) (solteiros, separados, viúvos) (OR = 9,7), não ter filhos(as) (OR = 4,0), apresentar sintomas sugestivos de demência (OR = 11,4) e ter dependência para as atividades básicas de vida diária (OR = 10,9). Conclusão: Os resultados desta pesquisa instigaram discussões sobre os motivos de institucionalização apontados até então pela literatura mundial. Medidas de prevenção aos fatores modificáveis devem ser priorizadas, além de maior incentivo à manutenção do cuidado em domicílio, seja formal ou informal, e desenvolver estratégias que permitam a manutenção dos idosos no convívio social.

Palavras-chave: Idoso. Instituição de Longa Permanência para Idosos. Fatores de Risco. Estudos de casos e controles. Saúde do idoso institucionalizado.

 


DIFERENÇA DE GÊNERO NA REALIZAÇÃO DE EXAMES PREVENTIVOS EM IDOSOS EM UM MUNÍCIPIO DE PEQUENO PORTE

Marilene Rodrigues Portella
Universidade de Passo Fundo

Ana Paula Vivan Duz
Universidade de Passo Fundo

Emanuelly Casal Bortoluzzi
Universidade de Passo Fundo

Ezequiel Vitório Lini
Universidade de Passo Fundo

Andreia Mascarelo
Prefeitura Municipal de Coxilha-RS

 

Introdução: O envelhecimento pode advir de forma saudável, no entanto, com o aumento da longevidade, as necessidades de saúde tendem a se tornar mais complexas. Neste sentido, é mister, para ambos os sexos, a realização de exames capazes de detectar precocemente neoplasias frequentes, como o câncer de mama e de colo de útero em mulheres e o câncer de próstata em homens. Objetivo: Avaliar a frequência de realização de exames preventivos em mulheres e homens idosos de um município de pequeno porte. Metodologia: Estudo transversal recorte de um estudo maior, realizado no município de Coxilha-RS com 332 idosos. Para análise estatística foram utilizadas medidas de frequência absoluta e relativa e intervalo de confiança de 95%. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Passo Fundo, parecer nº 148/2010 e os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados: Participaram 159 (47,9%) homens e 173(52,1%) mulheres, idade variou de 60 anos a 102 anos, média de 69,39, ± 7,73. Entre as mulheres 59,6% e 53,2% informaram não realizar mamografia e exame de colo do útero, respectivamente. Já, 63,3% dos homens realizaram exames preventivos do câncer de próstata. O exame de sangue-PSA (50,5%) foi o mais frequente e o toque retal foi referido por 4,1%. Conclusão: Identificou-se que os homens apresentaram maior proporção de realização de exames de cunho preventivo quando comparados as mulheres. A menor adesão das mulheres aos exames preventivos, no caso da mamografia, a justificativa indicada foi de que não acham necessário; para o citopatológico a explicação foi de que vivem com parceiro único e tem atividade sexual reduzida na idade avançada, o que pode suscitar uma interpretação equivocada para abandono dos exames preventivos entre as idosas. A equipe de saúde necessita investir em estratégias para ampliar a adesão aos exames preventivos.

Palavras-chave: Colo do útero. Idoso. Mamografia. Promoção da Saúde. Próstata.

 

 


INSTITUCIONALIZAÇÃO E O RETRATO DA VELHICE

Marilene Rodrigues Portella
Universidade de Passo Fundo

Kariane Marchiori
Universidade de Passo Fundo

Gustavo Cavalcanti
Universidade de Passo Fundo

Marlene Doring
Universidade de Passo Fundo

 

Introdução: A longevidade é um fato dos tempos atuais, por vezes, traz consigo a necessidade da institucionalização. Objetivo: Conhecer as percepções de idosos sobre o viver no contexto da institucionalização. Metodologia: Abordagem qualitativa ancorada no método fenomenológico. Participaram oito idosos de 80 anos e mais, quatro de cada sexo. As informações foram colhidas por meio de entrevista, duração média de uma hora e meia, com a questão norteadora: Como é chegar nessa idade e estar vivendo aqui? Os depoimentos foram gravados mediante o consentimento dos entrevistados e transcritos na íntegra. Todos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados: Na redução fenomenológica apreendeu-se os múltiplos retratos da velhice que elucidam o contexto de uma instituição para idosos. As adversidades da vida são relembradas e a elas atribuísse o percurso que resultou na institucionalização. Misto de conformismo e revolta permeia o diálogo daqueles que sentem que a estada na instituição é sua sina, pois os que são próximos agem com descaso. As lembranças retratam as vivências em família e a convivência com os amigos, agora ausentes. As histórias reavivam o passado distante e surgem incertezas, o desejo de rever familiares e a esperança de que os filhos distantes os visitem, ao menos, nos dias festivos. Deus é mencionado em agradecimento pela ajuda recebida e a oração expressa religiosidade. Para alguns, a morte é desejável, a estada na instituição é algo posto, pois entendem que só sairão quando chegar o fim, a decisão do dia e horário é da alçada de Deus. Para outros, a instituição é um local de espera para “levantar vôo”, um lugar em que se aguarda o tempo passar. Conclusão: Conhecer as perspectivas de vida dos idosos auxilia no planejamento do cuidado, além de permitir também prospectar estratégias para trabalhar com as famílias dos institucionalizados.

Palavras-Chave: Idoso; Idoso de 80 Anos ou Mais; Institucionalização; Instituição de Longa Permanência Para Idosos.

 

 


A FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO DOS SINTOMAS DEPRESSIVOS EM IDOSOS: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Elaine Ferreira de Oliveira
Universidade do Estado de Santa Catarina

Paulo Adão de Medeiros
Universidade Federal de Santa Catarina

Fabio Alexandre Casarim Pastor
AVM Faculdades Integradas

Rafael Isac Vieira
Universidade do Estado de Santa Catarina

Vanessa Biasoli
Universidade do Estado de Santa Catarina

 

Introdução: Todo ser humano de qualquer faixa etária ou fase da vida está suscetível ao sentimento de solidão, provocando um sentimento de vazio interior. Este tende a ser mais frequente no envelhecimento, estando associado à depressão, ao luto, ao abandono, a incapacidade física, a demência e ao isolamento social. Objetivo: Buscar evidências científicas sobre a utilização de exercícios fisioterapêuticos no tratamento de sintomas depressivos em idosos. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura realizada em junho de 2015, consultando artigos científicos no banco de dados Pubmed e Lilacs, utilizando os descritores Depressão, Exercício Físico, Fisioterapia e Idosos. Dos 81 encontrados, foram selecionados 12 estudos que continham exercícios comumente utilizados em sessão Fisioterapêutica, publicados entre 2005 a 2015. Resultados: Devido à alta prevalência de depressão em idosos, inúmeros estudos buscam associar a prática de exercícios e depressão. Estes ratificam que o exercício age no aumento da autoestima e sensação de bem-estar, memória de curto prazo, reequilíbrio emocional, capacidade de concentração, melhora da aptidão funcional, do aspecto emocional e atividades da vida diária. Técnicas de relaxamento e alongamento mostraram melhora nos níveis de ansiedade, aquietação dos pensamentos e ganhos na qualidade do sono. Uma comparação entre dois protocolos fisioterápicos, um deles personalizado, baseado em atividades psicomotoras, treino de força e resistência aeróbica e outro com atividades gerais, utilizando diferentes formas de exercícios e relaxamentos, mostraram que ambos melhoram significativamente à autoestima, imagem corporal, força muscular, desempenho cardiovascular e os sintomas de depressão e ansiedade. Conclusão: Exercícios Fisioterapêuticos minimizam os comprometimentos corporais causados pela depressão. Contribuem na reabilitação psicossocial, promovendo benefícios físicos e psíquicos relacionados ao alívio de dores e ansiedade, melhora da função motora, da autoestima e disposição, favorecendo a interação e a convivência entre os usuários, estimulando as relações de amizade, tornando-os mais receptivos para se relacionar e se expressar.

Palavras-Chave: Depressão, Exercício Físico, Fisioterapia, Idoso.

 

 


TREINO DE MARCHA COM PISTAS EXTERNAS EM IDOSAS INSTITUCIONALIZADAS COM DOENÇA DE PARKINSON

Paulo Adão de Medeiros
Universidade Federal de Santa Catarina

Betânia Meireles Braga
Universidade Federal de Santa Maria

Lucia Inchauspe Rosat
Universidade Federal de Santa Maria

Simone Macuglia
Universidade Federal de Santa Maria

Analú Lopes Rodrigues
Universidade Federal de Santa Maria

 

Introdução: A Doença de Parkinson (DP) é uma das patologias que mais acomete o sistema nervoso central de idosos e sua progressão se caracteriza por graves alterações na marcha. O tratamento fisioterapêutico pode incluir a terapia convencional e estratégias sensoriais, como a utilização de pistas externas que consistem na associação de marcadores visuais e auditivos. Objetivo: Avaliar os efeitos do treinamento de marcha através da utilização de pistas externas, em idosas institucionalizadas com o diagnóstico de Doença de Parkinson. Metodologia: Participaram 06 pacientes com diagnóstico de DP, residentes em uma ILPI filantrópica da cidade de Santa Maria-RS que foram submetidas a 26 sessões de treinamento da marcha com uso de pistas externas. Aplicou-se a escala de Hoenh e Yahr para avaliar a gravidade da doença. A Prova de um minuto de marcha adaptada de Viel, o Teste de velocidade da marcha e a Escala de Equilíbrio e Marcha de Tinetti (POMA) foram aplicados antes e após o treinamento. Resultados: uma melhora na marcha e no equilíbrio foram apontados pela Escala de Tinetti. No Teste POMA (Equilíbrio), com total de 16 pontos, a média de pontuação foi de 12,83(±2,32) pontos no pré- tratamento e 15,5(±0,84) pontos no pós- tratamento. No Teste POMA (Marcha), com total de 12 pontos, a média de pontuação foi 9,67 (±1,51) no pré- tratamento e 11,33 (±1,03) no pós- tratamento. Ainda, percebeu-se um aumento da cadência e velocidade da marcha, no pós- tratamento, embora não significativo. Conclusão: O uso de pistas externas se mostrou um meio de tratamento para a melhora da marcha e do equilíbrio das idosas institucionalizadas, tendo um baixo custo e tornando o tratamento mais atrativo. No entanto, parâmetros da marcha como velocidade e cadência não tiveram alterações significativas, o que exige maiores investigações com número maior de sujeitos.

Palavras-chaves: Doença de Parkinson; Marcha; Equilíbrio Postural; Técnicas de Exercício e de Movimento; Fisioterapia (Especialidade); Relatos de Casos.

 

 


INDICADORES COMPORTAMENTAIS DO ENVELHECIMENTO ATIVO PARA RESIDENTES EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS

Paulo Adão de Medeiros
Universidade Federal de Santa Catarina

Adriana Aparecida da Fonseca Viscardi
Universidade do Estado de Santa Catarina

Elaine Ferreira de Oliveira
Universidade do Estado de Santa Catarina

Giovana Zarpellon Mazo
Universidade do Estado de Santa Catarina

Introdução: Existe uma carência de estudos que buscam aproximar a Política do Envelhecimento Ativo do contexto das Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs). Objetivo: Descrever indicadores comportamentais para a avaliação do envelhecimento ativo de residentes em ILPIs. Método: Trata-se de uma pesquisa exploratória realizada com 17 especialistas da área da gerontologia selecionados a partir de critérios estipulados por Rajendran utilizando a plataforma Lattes. Foi enviado um questionário estruturado com 51 questões fechadas numa escala Likert de valoração ordinal utilizada para demonstrar a relevância dos itens como indicadores comportamentais do envelhecimento ativo no contexto das ILPIs. As questões foram tabuladas no programa Microsoft® Excel® 2007 e analisadas estatisticamente pelo Índice de Validade de Conteúdo (IVC). Assim, o valor obtido não poderia ser inferior a 0,90 para ser considerado um indicador relevante. Resultados: Foram descritos 26 indicadores: realizar a maioria das AVDs independentemente, alimentação adequada através de apoio nutricional, autonomia para opinar sobre a confecção dos alimentos, possuir atitudes de autocuidado, escolher o que vestir, aderir a comportamentos saudáveis, sentir-se seguro e protegido, participar na comunidade, privacidade apesar do ambiente coletivo, estabelecer relações amorosas e/ou sexuais, caso ainda sinta necessidade, manter convívio familiar, cuidar do seu quarto e pertences, manter-se informado em acontecimentos fora da ILPI, ter e expressar sua opinião, estabelecer amizades e relações de afeto, administrar pelo menos parte de seu dinheiro, auxiliar outros moradores no que for possível, autonomia sobre o controle do tempo, envolver-se em atividades físicas e de lazer promovidas pela ILPI, apresentar apetite e interessar-se pelas refeições preparadas na ILPI, escovar os dentes ou a prótese diariamente, ter conhecimento sobre o seu estado de saúde e as medicações que utiliza, menor quantidade de medicamentos utilizados, hábito da leitura, envolver-se em trabalhos voluntários. Conclusões: Esses indicadores envolvem os três pilares do EA e podem ser utilizados como uma ferramenta de promoção de saúde. Sugerem-se novas pesquisas por meio de grupos focais com os especialistas para aprofundar o debate. Evidencia-se que mudanças são necessárias na estrutura das ILPIs tornar o EA viável e efetivo.

Palavras-chave: Envelhecimento Ativo; Idosos; Instituições de Longa Permanência para Idosos; Institucionalização; Comportamento; qualidade de vida.

 

 


INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM IDOSOS EM UM CENTRO GERIÁTRICO DE JOINVILLE – SC

Luiz Paulo de Lemos Wiese
Universidade da Região de Joinville

Karine Alessandra Bobrowicz
Universidade da Região de Joinville

Viviane Borges Soares
Universidade da Região de Joinville

 

Introdução: O envelhecimento populacional traz consigo doenças crônicas agregadas à comorbidades e consequentemente a polimedicação. Interações medicamentosas ocorrem quando o resultado final do uso de duas ou mais medicações difere do resultado individual de cada uma. Objetivo: Detectar e avaliar as interações medicamentosas de pacientes idosos em um centro geriátrico de Joinville-SC.  Metodologia: A pesquisa foi aprovada no Comitê de Ética em Pesquisa sob parecer 679.138. Os idosos foram selecionados por conveniência dentro de uma instituição de longa permanência para idosos. Resultados: 21 idosos com idade média de 80 anos (DP ± 9,76) foram analisados, onde 8 (38,1%) foram classificados como polimedicação menor (2-4 medicamentos) e 13 (61,9%) classificados como polimedicação maior (5 ou mais medicamentos). O estudo apresentou 146 interações potenciais, sendo que 124 foram classificadas como moderadas, 16 como leves e 6 como graves. Identificamos 78 interações que, de acordo com a sobreposição de picos de concentração plasmática dos medicamentos, teriam maior chance de ocorrência, sendo 5 graves, 67 moderadas, 6 leves. Propondo intervenções apenas no esquema posológico (horário de administração) dos medicamentos de cada paciente, considerando a máxima separação possível entre os picos de concentração plasmática nas principais interações medicamentosas, resultaria em uma redução de 78 para 35 possíveis interações (55,1%), reduzindo a média de possíveis interações para 1,67 (DP ± 2,13) por paciente. Conclusão: O farmacêutico, avaliando os aspectos farmacológicos, pode sugerir a alteração da posologia dos medicamentos, observando problemas na prescrição, como potenciais interações medicamentosas, as quais podem ser minimizadas ou evitadas, contribuindo positivamente na adesão ao tratamento e no resultado terapêutico do paciente.

Palavras Chaves: Interações Medicamentosas, Idoso, Polimedicação.

 

 


CAPACIDADE FUNCIONAL E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA DE CENTENÁRIOS DE FLORIANÓPOLIS/SC

Lucas Gomes Alves
Universidade do Estado de Santa Catarina

Inês Amanda Streit
Universidade do Estado de Santa Catarina

Artur Rodrigues Fortunato
Universidade do Estado de Santa Catarina

Luiz Eduardo Kalbusch Pereira
Universidade do Estado de Santa Catarina

Giovana Zarpellon Mazo
Universidade do Estado de Santa Catarina

 

Introdução: Uma característica comum na dinâmica demográfica da maioria dos países do mundo é o envelhecimento das suas populações, sendo o grupo que mais cresce as pessoas com 80 anos ou mais e, entre esses, os centenários constituem um segmento emergente. Neste panorama e, considerando que a inatividade física aumenta com o avanço da idade, podendo influenciar no modo de vida das pessoas com idade avançada, torna-se proeminente investigar o nível de atividade física por meio de medida objetiva, bem como avaliar a capacidade para realização das atividades básicas da vida diária. Objetivo: Comparar o nível de atividade física de acordo com a capacidade funcional de centenários do muncípio de Florianópolis, SC. Metodologia: Para mensurar o nível de atividade física e a capacidade funcional foi utilizado o pedômetro e a escala de Katz, respectivamente. Participaram do estudo 23 idosos (101,7 ± 2,0 anos) e os dados foram tratados por meio da estatística descritiva (média, desvio padrão, mediana e análise de frequência) e inferencial (U de Mann-Whitney), adotando nível de significância de 5%. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo Seres Humanos da Universidade Estadual de Santa Catarina (Protocolo n ° 149/2010). Resultados: Verificou-se a média de 641,23 (DP=655,83) passos/dia entre os idosos. Apesar de os idosos independentes (n=15) terem apresentado maior média de número de passos/dia (813,53; DP=715,97) em relação aos idosos dependentes (n=8) (318,15; DP=378,98), não houve diferença estatisticamente significativa (U= 33,000; p= 0,087). Conclusões: O nível de atividade física de centenários dependentes e independentes não diferiram estatisticamente. No entanto, a análise descritiva mostra que o número de passos foi superior em centenários independentes, sugerindo que estes podem ter um estilo de vida mais ativo.

Palavras-chave: Centenários. Atividades da Vida Diária. Atividade Motora.

 

 


INTERVENÇÕES FISIOTERAPÊUTICAS UTILIZADAS EM PESSOAS AMPUTADAS DE MEMBROS INFERIORES PRÉ E PÓS-PROTETIZAÇÃO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Rafael Isac Vieira
Universidade do Estado de Santa Catarina

Kadine Bender dos Santos
Universidade Federal de Santa Catarina

Vanessa Biasoli
Universidade do Estado de Santa Catarina

Tayla Siqueira Ruy
Universidade do Estado de Santa Catarina

Soraia Cristina Tonon da luz
Universidade do Estado de Santa Catarina

 

Introdução: Dentre as principais etiologias das amputações advindas das doenças vasculares destaca-se o diabetes mellitus. A maioria dos pacientes submetidos à amputação de causa vascular são idosos. Cinco em cada seis grandes amputações de membros são realizadas em pacientes diabéticos A incidência de amputações de membros inferiores aumenta após os 60 anos de idade. O envelhecimento da população vem agravando o crescente índice das complicações diabéticas. Com isso, há maior probabilidade do desenvolvimento de redução na sensibilidade, redução da circulação periférica e infecção; tais casos são agravados se a doença for precariamente controlada. Intervenções fisioterapêuticas no paciente amputado antes e após a colocação de uma prótese são utilizadas em diversos serviços de fisioterapia, no entanto, faz-se necessária a sistematização de evidências sobre protocolos para condução da reabilitação. Objetivo: agregar evidências científicas para guiar a prática fisioterapêutica nas fases pré e pós protetização da pessoa amputada de membro inferior. Metodologia: Realizou-se uma revisão sistemática seguindo os critérios PRISMA nas bases de dados Lilacs, Pedro, Pubmed/ Medline, Scielo e Cochrane. Selecionaram-se artigos publicados no período de 2000 até o dezembro de 2014, com descritores Fisioterapia, Amputados, Membros Inferiores e Reabilitação em português, inglês e espanhol. Resultados: Seis artigos atenderam aos critérios de inclusão, sendo que apenas um esteve relacionado à fase pré-protetização destacando a intervenção: enfaixamento do coto. As demais intervenções referiram-se à fase pós-protetização como fortalecimentos musculares, treino aeróbio, funcional e de marcha. Conclusão: Os resultados encontrados neste estudo avançam o conhecimento científico sobre a amputação de membros. Todavia foram encontrados poucos artigos com evidências científicas relacionadas às principais intervenções pré e pós protetização rotineiramente usadas pelo fisioterapeuta, o que dificulta o estabelecimento de protocolos e conclusões sobre a eficácia das terapêuticas comumente descritas.

Palavras-chave: amputação; doenças vasculares; fisioterapia; serviços de saúde para idosos.

 

 


PERFIL DE IDOSOS ATENDIDOS NO PROJETO REABILITAÇÃO MULTIDISCIPLINAR EM AMPUTADOS DO CEFID-UDESC

Vanessa Biasoli
Universidade do Estado de Santa Catarina

Tayla Siqueira Ruy
Universidade do Estado de Santa Catarina

Rafael Isac Vieira
Universidade do Estado de Santa Catarina

Kadine Priscila Bender dos Santos
Universidade Federal de Santa Catarina

Soraia Cristina Tonon da Luz
Universidade do Estado de Santa Catarina

 

Introdução: A amputação de membro inferior é um problema de saúde pública afetando especialmente idosos com complicações vasculares. Os idosos amputados apresentam pior prognóstico para a reabilitação por associarem limitações funcionais do envelhecimento. Objetivo: analisar o perfil dos idosos amputados de membros inferiores atendidos projeto Reabilitação Multidisciplinar em amputados. Metodologia: Estudo descritivo retrospectivo transversal. Avaliou-se 9 idosos (6 do sexo masculino e 3 do feminino) atendidos no projeto no período de fevereiro a julho de 2016. As variáveis analisadas foram idade, índice de massa corporal (IMC); nível, lado, etiologia da amputação e patologias associadas, dor e sensação fantasma, prurido na cicatriz, cidade onde residem e escolaridade, provindas da ficha de avaliação dos pacientes. Resultados: Dos nove idosos amputados 6 eram homens e 3 mulheres, com média de idade de 67,44 (±5,01). O IMC variou entre 16,7 e 32,4; a maioria com IMC normal, 33,3% nível transfemoral e 66,6% transtibial; 77,7% amputação do lado direito e 22,2% esquerdo. A etiologia variou entre vascular (44,4%) e Diabetes Mellitus (33,3%), 88,8% não possuíram amputação associada. A patologia associada mais incidente foi Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) representando 44,4%. Relativo a complicações associadas, 55,5% relataram dor fantasma e 66,6% sensação fantasma. Dos avaliados 55,5% residiam em Florianópolis, 44,4% possuíam ensino Fundamental Incompleto. Conclusão: Faz se necessário intervir de forma humanizada buscando a diminuição da dor e sensação fantasma nos pacientes idosos atendidos no projeto para melhora da qualidade de vida desses indivíduos. É importante realizar trabalhos de educação em saúde devido à baixa escolaridade dos pacientes, visando conscientizar e ensinar o indivíduo aos seus cuidados diários, para minimizar riscos das doenças vasculares que causaram a amputação. É importante traçar o perfil dos pacientes atendidos para realizar capacitações para os profissionais de saúde e intervenções para os pacientes que realmente supram a demanda destes públicos.

Palavras-chave: amputação; doenças vasculares; fisioterapia; perfil de saúde; serviços de saúde para idosos.

 

 


IDENTIFICANDO O ESTRESSE DO CUIDADOR

Hercílio Hoepfner Júnior
Serviço de Atenção Domiciliar da Unimed Joinville

Cristiane Maria Schmeling
Serviço de Atenção Domiciliar da Unimed Joinville

Tatiane dos Santos Reinert
Serviço de Atenção Domiciliar da Unimed Joinville

 

Introdução: O ato de cuidar abrange muitos aspectos. O cuidador e a pessoa a ser cuidada, podem apresentar sentimentos diversos e contraditórios, tais como: raiva, culpa, medo, angústia, confusão, cansaço, estresse, tristeza, alegria, satisfação, nervosismo, irritação, entre outros. Esse cuidador necessita manter sua integridade física e emocional para planejar maneiras de convivência, já que, o estresse do cuidador é comumente observado pela Equipe Multidisciplinar do Serviço de Atenção Domiciliar da Unimed de Joinville (EMAD). Objetivo: Medir o estresse dos cuidadores dos pacientes acompanhados pela EMAD. Metodologia: Inicialmente utilizou-se a escala de sobrecarga do cuidador de Zarit, completa, com 22 perguntas. Após algumas aplicações, verificou-se que por ser uma escala extensa, não teria uma aplicabilidade efetiva. Portanto, foi estabelecido a utilização da escala de sobrecarga do cuidador de Zarit, reduzida, com 7 perguntas apenas. Resultados: À vista disso, está sendo viável a aplicação da escala de Zarit reduzida, em todos os cuidadores, de todos os pacientes acompanhados pelo Serviço de Atenção Domiciliar da Unimed de Joinville.                                                                                Durante as avaliações, observou-se, surpresa por parte dos cuidadores aos serem entrevistados, visto que geralmente são questionados apenas sobre seus pacientes. Alguns relataram sentir-se “importantes”, apenas por estarem sendo ouvidos. Conclusão: A escala Zart reduzida, tem se sido um instrumento importante, para mensurar e registrar as informações, que antes eram apenas observadas pela EMAD.

Palavras-chaves: Cuidador; Escala de Zarit, Estresse do Cuidador; Serviço de Atenção Domiciliar.

 

 


Anais do Encontro Catarinense de Gerontologia - Volume 4 (2017)

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SUMÁRIO

ESTÍMULO COGNITIVO À IDOSOS NA COMUNIDADE: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Josiane Steil Siewert

Debora Rinaldi Nogueira

Angela Maria Alvarez

Introdução: O processo de envelhecimento acarreta mudanças físicas, cognitivas e psicológicas na pessoa idosa. Essas mudanças nem sempre são acompanhadas de processos patológicos instalados, mas podem ser confundidos com eles. O declínio nas funções executiva, de memória e atenção muitas vezes são confundidos com Alzheimer ou outras demências.    Considerando que os idosos nas comunidades carecem de atividades diferenciadas e que estimulem suas funções cognitivas, foi elaborado um projeto de extensão em um grupo de convivência de idosos.  Objetivo: Relatar a experiência vivenciada no projeto de Extensão intitulado Identidade, Envelhecimento e memória, o qual foi desenvolvido junto a idosos que participavam de um grupo de convivência.   Metodologia: Foram realizadas 10 oficinas com 30 idosos, que aconteceram ao longo do ano de 2016. No primeiro momento foi trabalhado a memória procedural e coordenação motora utilizando-se jogos cognitivos (oficinas 1 a 4).  No segundo momento foi trabalhada a memória a longo prazo e a memória declarativa. Para isso foram utilizadas técnicas de relatos orais e de teatro playback. Para a coleta das histórias pessoais, foram montados pequenos grupos com 4 a 5 idosos, coordenados por um pesquisador. O pesquisador tinha a função de gravar as histórias e realizar as mediações necessárias no pequeno grupo para que todos pudessem compartilhar uma história pessoal que seria incluída no livro. Todos assinaram termo consentindo o uso de suas histórias e imagem pessoal. Resultados: Os idosos participaram de todas as atividades propostas e avaliaram de forma positiva o uso dos jogos como opção de atividade a ser realizada no grupo bem como despertou o interesse em adquirir os jogos para utilizá-los junto a seus familiares. Ao término da coleta das histórias pessoais, os idosos relataram sentirem-se felizes em poder compartilhar suas histórias com os demais membros do grupo. O sentimento de empatia mútua foi referido por muitos idosos, que passaram conhecer e entender melhor os outros participantes. Em dezembro de 2016 foi realizado o lançamento do livro junto à comunidade. Conclusão: Este projeto proporcionou aos idosos novas oportunidades de estimular seu desempenho cognitivo e ampliar as redes de relacionamento no grupo. Os pesquisadores conheceram novas tecnologias de cuidado em enfermagem, com ênfase na prevenção e promoção da saúde.

Palavras-chave: Enfermagem; Envelhecimento; Memória.


EMPODERANDO A FAMÍLIA CUIDADORA SOBRE O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Lisiane Capanema Silva Bonatelli

Introdução: Em decorrência do envelhecimento populacional, a longevidade da pessoa com deficiência intelectual tem se tornado alvo de novos estudos por ser marcada por limitações funcionais. Nesse contexto tornam-se muitas vezes dependentes de auxílio para realização das suas atividades de vida diária. Nesse processo, geralmente as ações de cuidados são assumidas por familiares por conseguinte emerge a necessidade de empoderá-los para tal. Objetivo: Relatar a experiência de capacitação para familiares cuidadores sobre o processo de envelhecimento de pessoas com deficiência intelectual. Metodologia: Relato de experiência sobre capacitação desenvolvida no segundo semestre de 2016 e primeiro semestre 2017, com familiares cuidadores de pessoas com deficiência intelectual em processo de envelhecer que frequentam o Centro de Convivência da APAE Florianópolis. A atividade foi desenvolvida pela equipe multidisciplinar da instituição: Terapeuta Ocupacional, Fisioterapeuta, Psicóloga, Assistente Social, Fonoaudióloga, Enfermeira e Pedagoga. Realizou-se encontros bimestrais com Ciclo de Palestras e Orientações com temáticas pré-definidas em consonância às necessidades dos participantes, a saber: alimentação, dentição, prevenção de quedas, disfagia e atividade física; todos com enfoque no envelhecimento. A cada encontro foi disponibilizado folder instrucional conforme tópico abordado. Resultados: as famílias relataram após a intervenção educativa adequações no cuidado e processo de viver das pessoas com deficiência envelhecentes, quais sejam: reformulação do preparo dos alimentos, tanto no tipo corte quanto na textura do preparo; retirada de tapetes e passadeiras dos ambientes, colocação de corrimão nas paredes e o mais significativo de todas os resultados, a mudança de hábitos de vida de toda a família em prol da qualidade de vida de todos. Nesse sentido foram empoderadas para gerenciar as ações e cuidados em torno da pessoa com deficiência intelectual, que mediante o envelhecimento exigem novas demandas de cuidado. Conclusões: o envelhecer com deficiência é um fenômeno recente. Torna-se necessário empoderar familiares cuidadores mediante ações educativas a fim de favorecer a qualidade de vida da pessoa com deficiência envelhecente.

Palavras-chave: envelhecimento, deficiência intelectual, família.


O ENVELHECIMENTO DEMOGRÁFICO EM CUBA

Vanusa Floriani Lopes

Introdução: A partir dos avanços na política de saúde e educação cubana, o índice de desenvolvimento humano (IDH) vem acrescendo a cada dia, no entanto, a população diminui e mantem uma acelerada tendência do envelhecimento, devido à baixa fecundidade e mortalidade, bem como à emigração da população. Com isso, o processo de envelhecimento evidencia-se, e o número de pessoas com mais 60 anos vem aumentando a cada dia em Cuba. Objetivo: O objetivo deste estudo é apresentar o panorama atual de Cuba com relação ao envelhecimento demográfico, seus desafios e perspectivas. Metodologia: Os resultados desta pesquisa advêm de um levantamento de dados por meio da análise do senso demográfico cubano e de pesquisas bibliográficas nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS); Literatura Latino-Americana e do Caribe (Lilacs) e Literatura Internacional em Ciências da Saúde e Biomédica (Medline). Resultados: A população idosa de Cuba vem acrescendo dia a dia, segundo o senso demográfico cubano, em 1970, a população total cubana era de 8.569.121, e a população com mais de 60 anos era de 770.787, no ano de 2016, a população estava composta de 11.239.224, e a população idosa aumentou para 2.225.366. Se formos analisar a nível provincial (divisão territorial), em Villa Clara, 23,1% é composta pela população idosa, La Habana 21,1%, Sancti Spiritus 21%, Pinar de Rio 20,4%, Matanzas 19,9%, Maybeque 19,8% e Cienfuegos 19,5. Com a aumento excessivo da população idosa, cresce o número de dependência dos mesmos, necessitando de cuidado de terceiros para desenvolver suas atividades mínimas diárias, visto que a política de saúde cubana garante um cuidador (quando necessário) a essa população, isso acaba impactando diretamente a economia do país. No entanto, apesar dos desafios, há muitas perspectivas para atenção a população idosa. A política de saúde cubana se propõe a desenvolver cuidados de longo prazo, a nível comunitário, a população idosa, por meio dos comitês de defesa da revolução (CDR); melhorar os serviços especializados em geriatria; capacitar os profissionais de saúde sobre temas de envelhecimento etc. Conclusão: O envelhecimento demográfico em Cuba é o principal desafio da sociedade cubana contemporânea. Quanto a isso, é necessário que sejam elaboradas políticas e estratégias visando abordar o tema de forma eficaz e efetiva. O setor da saúde, deve trabalhar em harmonia com outros setores, buscando organizar serviços de qualidade e contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos idosos.

Palavras chave: População idosa; Envelhecimento; Saúde.


ASSISTÊNCIA SOCIAL: SERVIÇOS OFERTADOS A POPULAÇÃO IDOSA EM FLORIANÓPOLIS

Vanusa Floriani Lopes

Vania Lopes

Introdução: A Política de Assistência Social é um direito do cidadão e dever do Estado. É definida como Política de Seguridade Social, compondo o tripé: Saúde, Previdência e Assistência Social. A Assistência Social, diferente da Previdência, não é contributiva, ou seja, deve atender a todos os cidadãos que dela necessitarem. A Assistência Social destaca-se como importante fonte de melhoria das condições de vida e de cidadania da população idosa no Brasil. Esta política oferece serviços de garantia de direitos e qualidade de vida a esse público. Objetivo: Identificar os serviços públicos da Política de Assistência Social ofertados a população idosa em Florianópolis. Metodologia: Elencou-se os principais serviços da Política de Assistência Social por meio da busca online nas bases de dados informatizadas, da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS): Literatura Latino-Americana e do Caribe (Lilacs) e Literatura Internacional em Ciências da Saúde e Biomédica (Medline), além de sites do Governo Federal. Ademais do estudo online, entrou-se em contato via e-mail com a Secretaria Municipal de Assistência Social do município de Florianópolis e o órgão disponibilizou uma lista dos serviços ofertados. Resultados: Os serviços ofertados para idosos na Assistência Social estão divididos em Proteção Social Básica, e Proteção Social especial.  Na Proteção Social Básica, os serviços são realizados por meio do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), sendo eles: 1) Programa Bolsa Família (PBF); 2) Benefício da Prestação Continuada (BPC); 3) Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF); 4) Programa de Apoio aos Grupos de Convivência de Idosos. A Proteção Social Especial caracteriza-se pelo atendimento destinado às famílias e indivíduos que estão com os direitos ameaçados ou violados. Esta área abrange dois níveis de proteção: média e alta complexidade. A proteção Social de Média Complexidade oferta o 1) Serviço de Proteção Especial para Pessoas com Deficiência, Idosas e suas Famílias (SEPREDI); 2) Programa de Atendimento Especializado as famílias e indivíduos (PAEFI). Já a proteção Social Especial de Alta Complexidade é responsável pelas instituições de longa permanência (ILPI’S). Conclusão: Muitas ações já vêm acontecendo, entretanto ainda há um longo caminho a ser percorrido para que os direitos dos idosos possam ser garantidos enquanto legitimação de cidadania. Destaca-se que este estudo pode trazer valiosa contribuição no processo de organização e na efetividade da oferta dos serviços aos idosos por meio da política de Assistência Social.

Palavras-chave: Pessoas idosas; Assistência Social; Garantia de Direitos.


PRÁTICAS CORPORAIS NAS ACADEMIAS DA SAÚDE: ATENÇÃO QUANTO AO RISCO À SAÚDE EM IDOSOS

Elaine Cristina Rodrigues Farina

Alan de Jesus Pires de Moraes

Matheus Eduardo Farina

Introdução: O sistema de saúde tem incentivado a promoção da saúde e a melhora da qualidade da vida da população brasileira por meio de programas. Em 2006 foram instaladas as primeiras academias da terceira idade (ATI). Inicialmente, estas academias tinham o intuito de oferecer as pessoas idosas espaços públicos (ao ar livre) para as práticas corporais. Atualmente esses espaços são conhecidos como Academias da Saúde e atendem pessoas de diversas idades, para assim, se beneficiarem dos efeitos crônicos do exercício físico no organismo. Muitos idosos são usuários dessas academias e com a aproximação do verão, o número de pessoas e da frequência tendem a aumentar. Para além dos benefícios, deve-se estar atento quanto aos riscos ao praticar exercícios físicos ao ar livre e sem a orientação de um profissional habilitado. Objetivo: Identificar os riscos do uso das Academias da Saúde por idosos sem o acompanhamento de um profissional de Educação Física. Metodologia: Este é um estudo de abordagem qualitativa pelo instrumento de pesquisa bibliográfica, tendo em vista que há um número reduzido de publicações acerca desta temática tão relevante nos dias atuais. A pesquisa foi realizada por meio digital na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), na base de dados da Scielo, bem como em revistas na área da Educação Física e Saúde Coletiva. Resultados: Evidencia-se que os idosos estão mais expostos aos riscos pelo declínio natural e fisiológico, tendo como consequência a diminuição da aptidão física em função da perda muscular, da reduzida mobilidade, da tendência a baixa imunidade, entre outros fatores que estão associados ao processo natural do envelhecimento. Os riscos para as práticas nestes espaços vão para além dos fatores fisiológicos, devem ser consideradas a exposição ao sol, à utilização inadequada dos equipamentos e principalmente o autodidatismo, sabendo que muitos dos indivíduos idosos que frequentam estes espaços podem ter uma doença associada, onde a intensidade e o volume dos exercícios devem ser controlados conforme a individualidade biológica. Também é relevante observar que os equipamentos são de uso comum entre pessoas com diferentes medidas e dimensões, e que não há a possibilidade de ajustes e de controle de carga/resistência nestes equipamentos. Conclusão: A mediação por um profissional de Educação Física é fundamental, pois utilizar estes equipamentos exige um grau de compreensão de diversas técnicas e procedimentos, onde adaptações posturais são necessárias para a correta utilização. Destaca-se o uso de metodologias de ensino voltadas para o idoso, para que de fato assuma o programa e crie uma rotina que inclua as práticas corporais no seu cotidiano. A preocupação sobre os riscos recai principalmente sobre os espaços públicos – Academias da Saúde onde o profissional de Educação Física ainda não está inserido, no sentido de amenizar as condições de risco durante a utilização destes equipamentos, principalmente para os idosos. Em qualquer programa que envolva práticas corporais deve-se observar os aspectos que podem colocar em risco à saúde dos indivíduos. Sugere-se placa informativa no local com a indicação da obrigatoriedade do uso do protetor solar.

Palavras-chave: exposição ao risco; pessoas idosas; promoção da saúde.


APTIDÃO FUNCIONAL E QUALIDADE DE VIDA EM IDOSAS INSERIDAS EM PROGRAMAS SOCIAIS DE ATIVIDADE FÍSICA NA REGIÃO DO VALE ITAJAÍ

Elaine Cristina Rodrigues Farina

Alan de Jesus Pires de Moraes

Matheus Eduardo Farina

Introdução: Projetos de promoção de saúde têm sido desenvolvidos a fim de melhorar a qualidade de vida da população idosa. Testes que mensuram a aptidão funcional de pessoas idosas são instrumentos que estabelecem indicadores de risco, exemplo: o comprometimento funcional. Esta condição aumenta, em muitas vezes, as chances para uma vida dependente. Ao mesmo tempo, estes testes colaboram na elaboração de programas de exercícios físicos, com o objetivo de minimizar os riscos. Os instrumentos para avaliar a qualidade de vida contribuem na identificação do perfil e na determinação de níveis de morbidade e mortalidade dessas pessoas. Objetivo: O objetivo deste estudo foi verificar a aptidão funcional, a flexibilidade e a qualidade de vida de idosas que participaram de Programas Sociais. Metodologia: Foram estudados grupos de idosas praticantes de exercícios físicos com mais de 6 meses de aderência nos programas sociais de três cidades distintas localizadas no litoral do Vale do Itajaí. Na Cidade 1 (C1): foram pesquisadas 20 pessoas idosas entre 70 e 79 anos de idade, verificou-se a aptidão funcional, a coordenação, o equilíbrio dinâmico e a resistência de força de membros superiores (AAHPERD); na Cidade 2 (C2): foram pesquisadas 56 idosas entre 60 e 76 anos, verificou-se a flexibilidade dos membros inferiores conforme a bateria de Rikli & Jones e na Cidade 3 (C3): verificou-se a qualidade de vida em 34 idosas entre 60 e 80 anos de idade, por meio do questionário WHOQOL-OLD-breve que aborda os aspectos subjetivos da qualidade de vida. Resultados: Pelos valores de referência, as participantes da cidade C1= 70 a 79 anos – apresentaram ter um desempenho classificado como “bom” e “muito bom”, nos três testes. O segundo grupo C2= 60 a 76 anos, no geral, teve baixo nível de flexibilidade, e por fim, na análise de qualidade de vida na terceira cidade C3= 60 a 84 anos: o Funcionamento do sensório; a Participação Social e a Intimidade obtiveram as maiores pontuações. Sugere-se que o impacto positivo na capacidade funcional no primeiro grupo de idosas na cidade (C1) tinha relação com o tipo de atividade física e o tempo aderência ao programa; na cidade (C2) percebeu-se a importância da inserção do alongamento/flexibilidade nas atividades propostas do programa, na cidade (C3) destacou-se a menor pontuação para a faceta Morrer e Morte. Conclusão: Os testes de aptidão funcional e qualidade de vida para idosos têm auxiliado nos programas sociais. Destaca-se a necessidade de desenvolver a flexibilidade no grupo (C2), pois a maioria das pessoas apresentaram resultados abaixo do esperado para o nível de flexibilidade dos membros inferiores. Sugere-se a ampliação dos programas para os idosos pelos resultados positivos, principalmente quando se trata de oportunizar espaços qualificados para se desenvolver a qualidade de vida. Essa abrangência se reflete na preocupação em atender a uma população crescente, que por meio de políticas públicas poderá favorecer melhores condições de saúde e consequentemente qualidade de vida, levando em consideração as questões funcionais, biológicas, socioculturais, entre outros aspectos que podem ser desenvolvidos com esses programas sociais para os idosos.

Palavras-chave: qualidade de vida; testes de aptidão; pessoa idosa.

 


TERAPIAS INTEGRATIVAS COMPLEMENTARES PARA PROMOÇÃO DE BEM ESTAR DOS IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS: NA PRÁTICA DA ENFERMAGEM

Ester Moreira de Lima

Maria Luane Prado de Lara

Gisele Gomes Reichel

Introdução: O envelhecimento é um processo natural do ser humano, onde acontecem grandes perdas tanto fisicamente como motora influenciando na força, resistência e velocidade, comprometendo as atividades da vida diária. O profissional da enfermagem tem garantido pelo COFEN a aplicabilidade das Terapias Integrativas Complementares (TICs), práticas que são favoráveis á saúde de todas as pessoas, em particular beneficia a qualidade de vida de idosos institucionalizados. Por ser uma técnica não invasiva torna-se mais aceitável e também confortável aquele que a recebe. Objetivo: Este estudo foi avaliar a aceitação e a percepção dos idosos das terapias integrativas e complementares aplicadas pelo enfermeiro numa instituição de longa permanência. Metodologia: Esta pesquisa foi de natureza descritiva transversal, com abordagem qualitativa, com a participação de oito idosos, sendo seis mulheres e dois homens de uma Instituição de Longa Permanência (ILP) em outubro de 2016, Curitiba/PR. Logo após a aprovação pelo Comitê de Ética da Faculdade Dom Bosco/PR sob o no 1.760.916, esta pesquisa ocorreu em três momentos: aplicação de um questionário inicial, oficinas e outro questionário no final, as duas oficinas foram de relaxamento com meditação com tempo de 20 minutos, e 10 minutos de automassagem relaxante das mãos, em cada sessão. Resultados: Os resultados obtidos na pesquisa foram às mudanças observadas e relatadas pelos próprios idosos, onde a tristeza que sentiam pela falta de visitas dos familiares e amigos e a saudade de casa, fez com que a prática das TICs, lhes proporcionasse uma sensação de prazer, alegria, relaxamento e tranquilidade. Após as oficinas, cinco deles relataram ter gostado de todas as técnicas sem distinção, tanto os exercícios de respiração e relaxamento, como a meditação com visualização e massagem nas mãos. Enquanto que dois narraram ter gostado mais da massagem nas mãos, e apenas um idoso disse ter gostado mais dos exercícios de respiração. Quando perguntado a esses idosos sobre a continuidade dessas oficinas na ILP, foi unanime as respostas de que todos gostariam que pudesse ter continuidade das práticas como rotina semanal. Conclusão: A pesquisa mostrou que a utilização das TICs em idosos de uma ILP, teve grande aceitação, além de promover um momento de prazer, satisfação relaxamento e tranquilidade. Os idosos puderam nessas oficinas se sentirem confortáveis no toque da massagem, na meditação com visualização puderam ver imagens de lugares agradáveis onde gostariam de estar, e isso lhes trouxeram lembranças da infância e de lugares como praia, chácara, contato com a natureza, conforme suas falas. As ferramentas das TICs usadas nesse estudo possibilita ao profissional enfermeiro uma nova forma de prestar assistência no cuidado integral ao idoso, sendo um procedimento fácil, simples, barato e que promove tranquilidade, relaxamento e bem estar ao idoso institucionalizado.

Palavras-Chave: Terapias Integrativas e Complementares; Idosos; Instituições de longa Permanência; Enfermagem.

 


SENSIBILIZAÇÃO SOBRE O USO INADEQUADO DE MEDICAMENTOS PARA O IDOSO E SEUS FAMILIARES

Alexandre Rodrigues Pacak

Ana Leticia da Cunha Onofre

Carlos Eduardo Below

Jeferson Rodrigues

Vanderleia Muller Duarte

Introdução: O envelhecimento populacional é uma resposta a mudança de indicadores de saúde, destacando a queda de fecundidade e da mortalidade além do aumento da esperança de vida, trata-se de uma realidade da maioria das sociedades. Com base em estatísticas, foi constatado um aumento no número de idosos. A população idosa apresenta níveis de morbidade maiores que a população em geral, consequentemente ocorre uma maior busca aos serviços de saúde. As terapias medicamentosas estão entre as intervenções mais utilizadas buscando um aumento da sobrevida e melhorando a qualidade de vida, foi observado que a população de idosos tem uma crescente, que compreende adultos com mais de 65 anos. O avanço da ciência, medicina e tecnologia tem proporcionado melhores resultados no cuidado, um exemplo, o indivíduo que antes vivia pouco tempo com doenças crônicas, hoje já convive com elas a mais tempo favorecendo independência e a autonomia, por maior tempo possível. Atualmente emergem estudos para retardar o envelhecimento precoce, ou, pelo menos, sobrevida e seus determinantes. Objetivo: Sensibilização sobre o uso adequado de medicamentos para o idoso e seus familiares. Metodologia: Foi realizado uma revisão literária dos acerca do tema proposto para produção de material, bem como uma vivência nas unidades de saúde de atuação dos alunos através de uma atividade de educação em saúde, tendo como público-alvo a população Idosa que frequenta as Unidades Básicas de Saúde da Família do município de Joinville conforme adesão dos serviços, onde os profissionais, de enfermagem para sanar o uso correto das medicações, propõe o desenvolvimento de uma cartilha explicativa padronizada no serviço que seja de fácil entendimento para ajudar o usuário a utilizar de forma correta os medicamentos, promovendo maior conhecimento da população idosa sobre o uso da medicação além de garantir que a medicação seja utilizada e ingerida pelo usuario no tempo e dosagem correta, evitando possíveis complicações. Resultados: Na prática vivênciada dos alunos nas unidades de saúde e instituições de longa permanência observasse que muitos idosos possuem ao menos uma patologia crônica, sendo necessário a utilizar ao menos um medicamento regularmente para seu tratamento. Foi observado também que o idoso possui prescrição de uso contínuo de, no mínimo, quatro medicações, o que torna o tratamento muitas vezes complicado, já que muitos fazem o uso inadequado dessas medicações, confundindo as cores, tamanhos e horários. Conclusões: Este projeto de sensibilização proporcionou a vivência dos alunos com a realidade de trabalho onde atuam e assim atender uma demanda importante buscando evidenciar aspectos que possibilitem otimizar a dinâmica existente na relação idoso e uso de medicamentos e minimizar os erros ocorridos e eventuais danos a saúde.

Palavras – chave: Medicalização; Idoso; Cuidados integrais de saúde.

 


ESTÍMULO À MEMÓRIA E REABILITAÇÃO COGNITIVA DE IDOSOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Rodrigo Vasconi Sáez Brown

Ivan Nazareno Nunes Junior

Eliane Teixeira Alfama Moniz

Ricardo Mello Ramos

Flávio Alexandre Oliveira Schwengber

Marcos Vinicius Souza Rafaeli

Introdução: O declínio cognitivo e a perda de memória são comuns no processo de envelhecimento e podem acarretar grande perda de autonomia e qualidade de vida no idoso. O uso de atividades direcionadas com computadores e o estímulo a prática de exercícios físicos, são considerados fatores importantes para a prevenção da perda de memória e estimulação da cognição. Por esse motivo, alunos de cursos de áreas da saúde participam de oficinas de estímulo cognitivo centradas nessas atividades e direcionadas à população da terceira idade em universidades de todo Brasil. Objetivo: Relatar a experiência vivenciada no projeto de extensão “Oficina da Lembrança”, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Metodologia: Este trabalho é um relato de experiência, vivenciado por seis acadêmicos do curso de graduação em Medicina da UFSC. A atuação ocorreu nos meses de agosto e setembro de 2017 e foi realizada semanalmente (todas as sextas-feiras e quinzenalmente nas segundas-feiras) no Centro de Ciências da Saúde da UFSC. O projeto tem o intuito de estimular aspectos cognitivos de idosos, com atividades desenvolvidas em computadores, exercícios físicos e dinâmicas sociais. Os acadêmicos eram responsáveis por preparar previamente aos encontros atividades com dificuldades progressivas que envolvessem o manuseio do mouse, utilização do teclado e navegação na internet. Além disso, também eram planejadas atividades físicas, como caminhada e outros exercícios aeróbicos (circuitos com bolas e cordas). Resultados: Neste período, 15 idosos participaram das oficinas e foram realizados 14 encontros. Todos eram assíduos e apresentaram grande adesão às atividades propostas pelos acadêmicos. Ao final dos encontros, os idosos relatam em seu discurso os benefícios de participarem deste projeto, e na importância das atividades físicas e da inclusão digital na terceira idade. Os participantes indicaram melhora sustentada em suas capacidades cognitivas e funcionais, melhor capacidade de relacionamento e sensação de coletividade com os outros integrantes do projeto. Conclusão: Esta atuação trouxe benefícios tanto aos participantes da oficina (memória, cognitivo e social), quanto aos acadêmicos envolvidos (inserção do estudante universitário em projetos de auxílio à comunidade). É de suma importância que estas experiências sejam vivenciadas desde cedo, ainda na trajetória acadêmica, pois é necessário que desde já fique evidente pelos estudantes que os cuidados de saúde na terceira idade envolvem múltiplos aspectos, saberes e fazeres.

Palavras-chave: gerontologia; relações comunidade-instituição; exercício; computadores; memória.

 


 

 

GERONTOTECNOLOGIA COMO ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO DA SAÚDE PARA PREVENÇÃO DE QUEDAS DE IDOSOS COM A DOENÇA DE PARKINSON

Juliana Martins Ferreira

Karina Silveira de Almeida Hammerschimdt

Introdução: Considerando o aumento do envelhecimento da população brasileira numa perspectiva mais abrangente, e que dentre as Doenças Crônicas Não Transmissíveis a Doença de Parkinson é a segunda doença neurodegnerativa mais prevalente entre idosos. Sendo assim, é possível perceber a crescente necessidade de criação de tecnologias educativas para serem utilizadas como instrumentos disponíveis para o processo ensino-aprendizagem para esses idosos. Objetivo: Descrever a experiência da confecção de uma gerontotecnologia em forma de jogo da memória, para prevenção de quedas para idosos com a Doença de Parkinson. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência. Foram realizados encontros com os idosos participantes em um Grupo de Ajuda Mutua as Pessoas com Doença de Parkinson de uma universidade do sul do país. E identificados junto a estes as ações realizadas no cotidiano que predispõe as quedas. Baseado nestas informações foi desenvolvido jogo, intitulado “NÃO CAI ISTÊPO”. O jogo é composto de 36 peças sendo 18 pares, cada peça é feita de disquetes revestidos de Eva com uma imagem elaborada por designer gráfico com o tema “quedas” Cada imagem aborda diferentes situações de risco que envolvam a instabilidade postural comum no idoso com a Doença de Parkinson, como a imagem de um banheiro com barras de apoio. O período de elaboração do jogo foi de janeiro a outubro de 2017, e o pesquisador contou com a participação de 10 idosos com a Doença de Parkinson sendo quatro mulheres e seis homens que apresentaram score maior que 20 no MEEM, com baixa escolaridade (menos de 8 anos de estudo) e que participaram das oficinas de jogos para evitar quedas, com intenção de avaliar o jogo criado. O desenvolvimento do jogo deu-se de forma ativa, com a participação dos idosos, integrantes do grupo. O jogo foi avaliado pelos idosos, segundo seus relatos sobre os aprendizados, focalizando no desenvolvimento de competências para ambiente, objetos e hábitos seguros. Resultados: A gerontotecnologia criada mostra-se importante instrumento de ensino-aprendizagem para idosos, pois traz ao idoso o lúdico como ferramenta de auto cuidado fazendo com que o mesmo aprenda jogando. Verificou-se durante o jogo momentos de socialização, integração, descontração, apoio, aprendizado, dúvidas, alegria e parceria. Os idosos vivenciaram a aplicação do jogo como atividade lúdica partilhando dúvidas e aprendizados, fortalecendo ações para prevenção de quedas e ressignificando possibilidades de mudança em seu cotidiano. Os indicadores de competência desenvolvidos com a aplicação do jogo foram: ambientes, objetos e hábitos seguros. Conclusão: Considera-se que a utilização da gerontotecnologia possibilita compreensão sobre ações para prevenção de quedas. Além disso, a tecnologia educacional favorece que o idoso com a Doença de Parkinson, sinta-se motivado, socialize com os demais, deste modo o processo de educação em saúde torna-se automotivação para a construção do conhecimento, incitando mudança de hábitos. A vivência do jogo possibilitou reflexão e compreensão sobre ambiente, objetos e hábitos seguros para prevenção de quedas

Palavras-chave: Tecnologia Educacional, Promoção da saúde; Doença de Parkinson; idoso.

 


TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS DIRECIONADAS AOS IDOSOS: REVISÃO INTEGRATIVA DE ARTIGOS PUBLICADOS DE 2003-2016

Juliana Martins Ferreira

Karina Silveira de Almeida Hammerschimdt

Introdução: As tecnologias educacionais com idosos são instrumentos que encorajam o desenvolvimento e/ou utilização de resultados para práticas educativas. Devido à carência dos estudos sobre a temática gerontotecnologia, evidencia-se a necessidade desta revisão. Objetivo: identificar a literatura científica sobre tecnologia educacional direcionada aos idosos. Metodologia: Foram realizadas buscas nas bases de dados: Portal de Periódicos CAPES/MEC, Biblioteca Virtual em Saúde Brasil, Scientific Eletronic Library Online, Google Acadêmico e National Library of Medicine na National Institutes of Health, com os termos: “educational technology”, “tecnología educacional”, “tecnologia educacional”. “elderly”, “aged” “anciano”, “idoso”, como descritores ou palavras. A busca inicial resultou em 192 artigos: Como critério de inclusão teve-se publicações originadas a partir de 2003, disponível na íntegra; em língua portuguesa; espanhola; ou inglesa; que se apresenta a palavra idoso e tecnologia educacional no título. Como critérios de exclusão foram:117 foram excluídos por não apresentar a palavra idoso no título; 14 foram excluídos por não apresentar a temática tecnologia educacional no título; 5 foram excluídos por abordar cuidador de idosos; 2 foram excluídos por não apresentarem a temática no resumo; 2 foram excluídos por não estarem disponíveis na integra; 30 foram excluídos por estarem repetidos. Resultados: Emergiram 22 publicaçoes como corpus de análise, com seis as categorias temáticas: 1) Estratégias para gerontotecnologia; 2) Gerontotecnologia para Socialização; 3) Gerontotecnologia no Ensino e Pesquisa; 4) Gerontotecnologia para empoderamento. Para tanto elaborou as categorias mediante leitura das publicações, síntese do conhecimento produzido e agrupamento temático. Dos 22 artigos 13 apresentaram idioma de publicação inglês, e nove em português. Quanto aos países de origem dos estudos destaca-se a prevalência do Brasil e dos Estados Unidos, com 12 e cinco artigos respectivamente. Já o desenho metodológico dos estudos investigados apresentou-se variável, sendo que foi: um estudo quantitativo exploratório; um estudo quantitativo amostragem intencional não aleatório; uma revisão narrativa, um estudo de compreensão existencial; nove estudos quantitativos; um estudo quantitativo descritivo; um estudo descritivo misto; três estudos de relato de experiência; uma revisão sistemática; três estudos qualitativos; e um estudo quantitativo randomizado. Mostrando assim, as possibilidades de desenvolver as tecnologias educacionais em com diferentes métodos. Conclusão: As gerontotecnologias estabelecem-se como grupo de elementos, ferramentas ou ações, contributivas para a saúde do idoso e consequentemente seu cuidado, proporciona cuidado eficaz, abordagem horizontal, orientam o processo do envelhecimento e a condição de saúde e doença.

Palavras chaves: tecnologia educacional; idoso; gerontotecnologia; revisão integrativa.

 


 

 

PRONTUÁRIO DO RESIDENTE DA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS: AVALIAÇÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL

Naísa Falcão Martins

Juliana Nunes Leal Cardoso

Karina da Silveira de Almeida Hammerschimdt

Anderson Abreu de carvalho

Introdução: As pessoas idosas podem ser admitidas em Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) por falta de condições de morar só, de manter-se com a família ou por vontade própria. Contar com uma equipe multiprofissional, que pode utilizar a Avaliação Multidimensional do Idoso para atender as necessidades dos residentes é o melhor a oferecer para estas pessoas. Objetivo: Analisar junto com a equipe multiprofissional que atua em uma instituição de longa permanência para idosos um modelo de prontuário do residente. Metodologia: Pesquisa Convergente Assistencial realizada em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos, em Florianópolis-SC, Brasil. Participaram do estudo 15 profissionais da área da saúde e 1 da Administração, sendo destes profissionais da saúde 1 enfermeiro, 10 tecnicos de enfermagem, 3 cuidadores e um médico. A coleta de dados foi realizada em dois momentos. No primeiro encontro foi apresentado o objetivo da pesquisa, seguindo o roteiro semiestruturado proposto, o prontuário do residente em ILPI. No segundo encontro, houve entrevista utilizando roteiro semiestruturado individual, após aplicabilidade dos prontuários dos residentes, a fim de avaliar a percepção dos profissionais sobre o prontuário. A pesquisa respeitou os preceitos éticos. Resultados: A média de atuação entre os colaboradores, é de 3 anos e 9 meses. Em relação ao preenchimento do prontuário do residente, verificou-se que 13 profissionais não mostraram dificuldade e 3 demonstraram dificuldades no preenchimento do prontuário. Todos os profissionais compreenderam a importância da existência de um prontuário multiprofissional para avaliação do idoso. Conclusão: A equipe multiprofissional aprovou o modelo de prontuário do residente e concordou que ele tende a facilitar a rotina da instituição e acompanhar os idosos residentes

Palavras-chave: Idoso; Equipe multiprofissional; Instituição de Longa Permanência para Idosos; Enfermagem.

 


CARACTERIZAÇÃO DE IDOSOS RESIDENTES EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS

Naísa Falcão Martins

Juliana Nunes Leal Cardoso

Anderson Abreu de Carvalho

Karina da Silveira de Almeida Hammerschimdt

Introdução: Tornar-se idoso é um processo que envolve uma complexidade de fatores de ordens biológicas, psicológicas e sociais. Ao longo do processo de envelhecimento, devido à diminuição das capacidades de adaptação, o ser humano vai se tornando cada vez mais sensível ao meio ambiente. Muitas vezes os idosos perdem sua autonomia e seus familiares não tem mais condições de cuidar, recorrendo à uma instituição de longa permanência. Dentre as várias consequências do ingresso do idoso num ambiente institucional, encontra-se a mudança da qualidade de vida, o comprometimento funcional e a alteração cognitiva. Objetivo: Apresentar a caracterização dos idosos residentes em uma instituição de longa permanência para idosos. Metodologia: Trata-se de um recorte de um trabalho de conclusão de curso com metodologia de Pesquisa Convergente Assistencial (PCA), que tem como objetivo unir métodos de pesquisa e métodos de práticas assistenciais, buscando uma articulação entre pesquisa e cuidado. O presente recorte é de método exploratório descritivo, de estatística simples. O estudo foi realizado no ano de 2015, em uma Instituição de longa permanência para idosos, em Florianópolis-SC, Brasil. A instituição tinha 46 idosos residentes. Os participantes foram 14 idosos residentes da instituição, selecionados pelo mini-exame com pontuação igual ou maior que 24 pontos. Após a aplicação do mini-exame foi analisado a avaliação afetiva através do questionário de YESAVAGE e a avaliação funcional das atividades básicas de vida diária de KATZ. A pesquisa respeitou os preceitos éticos segundo a resolução 466. Resultados: Depois da aprovação através da aplicação do Mini-exame do estado mental, participaram da pesquisa 14 idosos (12 mulheres e 2 homens). Com idade média masculina de 87,5 anos e feminina de 84 anos. O total de tempo de moradia na instituição era em média de 9,5 anos entre os idosos. As principais doenças que acometeram esses idosos foram: Hipertensão (11) Dislipidemia (7) e Depressão (6). Dos participantes 4, usam de 1 a 5 medicamentos, 8, usavam de 6 a 10 medicamentos e 2, utilizam 10 ou mais medicamentos. Em relação às avaliações cognitivas, afetivas e funcionais, verificou-se que 11 idosos apresentaram cognição normal (27 pontos igual ou superior) e 3 idosos apresentaram cognição duvidosa (entre 24 e 26 pontos). Na avaliação afetiva, 9 idosos estavam satisfeitos com sua vida e 5 residentes apresentaram indicativos de transtorno afetivo (pontuações maiores ou iguais a 11 são indicativas de transtorno afetivo, porém, isoladamente, não é critério diagnóstico para depressão). Quanto à funcionalidade: 3 idosos necessitaram de auxílio para atividades diárias (pontuação E), enquanto os outros 11 idosos eram independentes para as atividades diárias (pontuação A). Conclusão: Os residentes demonstraram ser independentes nas atividades do cotidiano. Mas para essa continuidade é necessário que a instituição promova e estimula atividades para o desenvolvimento desses idosos para estarem ativos na sociedade, cabendo à instituição e aos seus profissionais, promoverem atividades cognitivas, afetivas e funcionais, buscando incentivar esse idoso a viver com qualidade.

Palavras-chave: Idoso; Residentes; Instituição de Longa Permanência para Idosos; Avaliações; Cuidado de Enfermagem.

 


GERONTOTECNOLOGIA EDUCACIONAL PROCEDENTE DAS NECESSIDADES DE SAÚDE DOS IDOSOS EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO

Anderson Abreu de Carvalho

Danieley Cristini Lucca

Karina Silveira de Almeida Hammerschimidt

Naísa Falcão Martins

Introdução: O envelhecimento populacional é realidade vivida pelo Brasil. Aliado ao aumento quantitativo das pessoas idosas está a elevação dos diagnósticos de Doenças Crônicas Não Transmissíveis, dentre elas a Doença Renal Crônica. O tratamento por hemodiálise causa limitações e prejuízos aos portadores, impondo a estes indivíduos uma rotina duradoura. Promover saúde é capacitar a comunidade para atuar na melhora da qualidade de vida e saúde incluindo-a na participação e no controle desse processo. Neste sentido a promoção da saúde por meio da gerontotecnologia educacional emerge como proposta de auxílio para o cuidado. Objetivo: Investigar as necessidades de saúde dos idosos que realizam sessões de hemodiálise; criar e aplicar gerontotecnologia educacional. Metodologia: Pesquisa Convergente Assistencial. Foram selecionados indivíduos de ambos os sexos, idade superior a 60 anos, que realizam sessão de hemodiálise três vezes na semana, totalizando 10 idosos. A coleta de dados ocorreu no período de setembro 2016 a janeiro de 2017 em unidade de tratamento hemodialítico em Florianópolis. Foi utilizada entrevista semiestruturada, entrevista aberta e observação informal para identificar as necessidades dos pacientes. Em seguida foi criada a gerontotecnologia intitulada: Jogo das atitudes cujo objetivo foi associar de forma lúdica como as atitudes tomadas pelo paciente no dia a dia podem trazer melhora ou piora na sua atual condição de saúde e qualidade de vida. O Jogo é composto por 40 cartas com atitudes positivas e negativas que devem ser “adotadas” ou “evitadas” pelos idosos renais crônicos em tratamento hemodialítico, distribuídas em 20 cartas verdes e 20 cartas vermelhas. As cartas possuem o tamanho de 13,7 x 9,1 cm (para atender as especificidades e limitações físicas apresentadas pelos idosos, facilitando a manipulação e visualização). Após confecção das cartas, o material foi encaminhado para um grupo de expert de quatro Enfermeiras Nefrologistas com experiência em tratamento hemodialítico para sugestões e colaborações. Após correções, as cartas foram impressas coloridas em folha A4 e posteriormente recortadas e encapadas com papel tipo Contact (permitindo assepsia do material antes). Os jogos ocorreram entre os pesquisadores e os participantes da pesquisa. Este estudo seguiu as normas para pesquisa envolvendo seres humanos e preenchimento do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, além de obter aprovação no CEP conforme parecer consubstanciado 1.097.377.  Resultados: Após entrevista emergiu como necessidades de saúde destes indivíduos, os seguintes temas: Complicações e Agravos da Doença Renal Crônica, Percepção importância no autocuidado, Empoderamento, Déficit de atividades, Promoção da saúde/cuidado de Enfermagem e Importância da Família. Os desdobramentos após a aplicação da gerontotecnologia educacional por meio do Jogo das Atitudes foi reconhecida pelos idosos participantes como: Superação; Ocupação e Conhecimento. Conclusão: O reconhecimento das necessidades de saúde tornou-se uma excelente ferramenta para direcionamento de temáticas a serem abordadas durante a construção e desenvolvimento da gerontotecnologia. Permitiu inclusão e empoderamento dos idosos durante este processo e mudança na prática assistencial do enfermeiro transcendendo as técnicas já realizadas e preconizados neste nível de atenção à saúde.

Palavras-chave: Idoso; Insuficiência Renal Crônica; Tecnologia educacional; Promoção da Saúde.

 


ITENS DA AVALIAÇÃO GERIÁTRICA MULTIDIMENSIONAL NA CONSULTA DE ENFERMAGEM NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Anderson Abreu de Carvalho

Juliete Coelho Gelsleuchter

Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt

Juliana Balbinot Reis Girondi

Aline Corrêa

Naísa Falcão Martins

Introdução: Há um aumento quantitativo da população idosa tanto no Brasil quanto no mundo. Esse aumento se dá pela diminuição da taxa de natalidade e da taxa de mortalidade, aliada com os avanços tecnológicos na área da saúde, por exemplo. Tudo isso tem como consequência o aumento da expectativa de vida e o aumento numérico de idosos na população. Aliada a esse aumento está o crescimento do número de idosos com o diagnóstico de doenças crônicas não transmissíveis, dentre elas o Diabetes Mellitus, que modifica o estilo de vida de seu portador. Em consonância a este contexto, a avaliação geriátrica multidimensional proporciona um plano de atenção à saúde dirigido para a otimização do desempenho do idoso. Objetivo: Identificar os itens da avaliação geriátrica multidimensional utilizados pelos Enfermeiros na consulta de enfermagem com idosos diabéticos na Atenção Primeira à Saúde. Metodologia: Estudo de abordagem qualitativa do tipo holístico de casos múltiplos, realizado na Unidade Básica de Saúde da região metropolitana de São José, Santa Catarina – Brasil. A coleta de dados foi realizada no mês de dezembro de 2016, por meio da análise documental em prontuários, selecionados pelo sistema de notificação de doenças crônicas da unidade, para identificar os principais itens da avaliação multidimensional segundo o Caderno da atenção básica 19, utilizados pelos Enfermeiros nas consultas de enfermagem. Trabalho aprovado no Comitê de ética sob número: 1.833.375. Resultados: Participaram do estudo 19 idosos portadores de Diabetes Mellitus. A idade dos idosos participantes do estudo variou entre 61 a 82 anos.  Em relação ao sexo, sete eram do sexo feminino e doze do sexo masculino. Hipertensão e dislipidemia foram as comorbidades mais apresentadas pelos idosos. Os itens da avaliação multidimensional mais encontrados foram verificação da pressão arterial e peso (73,6%) e verificação de glicemia capilar (36,8%). Também foram identificados a ausência do registro nos prontuários de alguns itens da avaliação como alimentação e nutrição; acuidade visual; acuidade auditiva; incontinência urinaria; sexualidade; vacina; avaliação cognitiva; depressão; mobilidade; queda; avaliação funcional; exame dos pés; suporte familiar entre outros, levando a falta de identificação e escassez de registro. Conclusões: A avaliação multidimensional do idoso mostra-se relevante para o Cuidado de Enfermagem, por isso é necessário melhorar o registro dessa avaliação para o acompanhamento das comorbidades, bem como orientações para o envelhecimento saudável dos idosos diabéticos atendidos na Atenção Primária à Saúde.

Palavras-chave: Cuidados de Enfermagem; Saúde do Idoso; Atenção primária à Saúde.

 


ÍNDICE DE COMORBIDADE DE CHARLSON EM ADULTOS E IDOSOS COM DISFAGIA OROFARÍNGEA

Alice Freitas da Silva

Gabriela Cristofoli Barni

Diane de Lima Oliveira

Camila Tomio

Yara Maria Franco Moreno

Emilia Addison Machado Moreira

Introdução: A disfagia orofaríngea (DO) define-se pela dificuldade de movimentar o bolo alimentar da boca até o esôfago. As causas mais comuns são desordens neurológicas, doenças oncológicas, doenças neurodegenerativas, traumatismo e o envelhecimento. A DO causa aumento da morbidade e da mortalidade devido à desidratação, desnutrição e pneumonia aspirativa, e pode associar-se com depressão e deterioração na qualidade de vida. Objetivo: Avaliar a relação entre o índice de comorbidade e a DO em adultos e idosos. Metodologia: Estudo transversal realizado no Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (HU/UFSC) no período de 2011-2017. A amostra incluiu adultos e idosos, com idade mediana de 61,3 anos [Intervalo interquartil (IIQ): 58,4-64,2]. Pelo exame de videofluoroscopia foi diagnosticada a DO e a classificação da ingestão oral pela escala funcional de ingestão por via oral (FOIS) e pelo índice de massa corporal (IMC) o estado nutricional. As comorbidades foram classificadas pelo índice de comorbidade de Charlson (ICC). O teste de normalidade e homogeneidade de Shapiro Wilk foi aplicado nos dados e estes foram apresentados em mediana e IIQ. Para comparação das medianas entre os grupos utilizou-se o teste não paramétrico de Mann Whitney. Resultados: Foram avaliados 111 indivíduos com DO, sendo 35 pacientes internados (31,5%) e 76 (68,5%) ambulatoriais, sendo 58,5% (n= 65) do sexo masculino, com IMC de 24,1 kg/m2 (IIQ: 21,7-24,1). O escore da FOIS foi de 5,1 pontos (IIQ: 4,5-5,5). Entre as causas de DO tem-se: 25,2% (n= 28) com doenças neurológicas; 9,0% (n= 10) com câncer de cabeça e pescoço (CCP); 27,1% (n= 30) com doenças neurodegenerativas; 11,7% (n= 13) com traumatismo. E entre as demais comorbidades observou-se: 14,4% (n= 16) com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC); 25,2% (n= 25) com diabetes mellitus (DM); 39,6% (n= 44) com hipertensão arterial sistêmica (HAS); 22,5% (n= 25) com dislipidemias; 20,7% (n= 23) com doenças cardiovasculares e 27% (n= 30) com pneumonia. O uso de ≥5 medicações foi verificado em 38,7% (n=43) dos pacientes e o ICC≥3 em 40,5% (n= 45). A idade dos pacientes foi significativamente maior naqueles que tinham DPOC (p= 0,047), DM (p<0,001), HAS (p<0,001), dislipidemias (p= 0,012), maior uso de medicações (p<0,001) e o ICC (p<0,001). Pacientes com CCP (p= 0,011) e internados (p= 0,015) apresentaram significativamente menor IMC, enquanto aqueles com DM (p= 0,001), HAS (p= 0,009) e dislipidemias (p= 0,010) apresentaram IMC maior. O escore da escala de FOIS foi significativamente menor nos pacientes com doenças neurológicas (p<0,001), com CCP (p= 0,027), DM (p= 0,003), HAS (p= 0,020), pneumonia (p<0,001), com maior ICC (p<0,001) e nos pacientes internados (p= 0,043). Conclusão: O estado nutricional pelo IMC estava com maior comprometimento nos pacientes internados e com CCP. O escore da escala de FOIS foi menor naqueles com CCP, doenças neurológicas, pneumonia, maior ICC e nos internados.

Palavras-chave: Estado Nutricional; Índice de Massa Corporal; Transtornos de Deglutição; Comorbidade.

 


PROJETO CENTRO-DIA GERIÁTRICO: ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR NA QUALIDADE DE VIDA DOS IDOSOS – RELATO DE EXPERIÊNCIA

Vanessa Pereira Corrêa

Eduarda Besen

Suelen Bernardo

Karina Mary Paiva

Patrícia Haas

Introdução: O envelhecimento populacional brasileiro leva a diversas preocupações relacionada a qualidade de vida, aumento de doenças crônicas e suporte social dos idosos. Dessa forma, faz-se necessário a criação de medidas com o objetivo de minimizar e prevenir os efeitos do envelhecimento, onde os profissionais envolvidos devem valorizar e estimular a prática de diferentes atividades educativas e desenvolver ações que contribuam para melhor qualidade e expectativa de vida, através de novos conhecimentos, experiências, independência e exercício de cidadania da população idosa. Envelhecimento ativo significa proporcionar, além de saúde, participação social, segurança e autonomia aos idosos e acredita-se que a equipe interdisciplinar tenha um papel essencial nisso. Objetivo: Esse relato de experiência visa descrever as atividades realizadas e os resultados alcançados ao longo desse projeto, que tem como objetivo principal: desenvolver um programa de atividades interdisciplinares a fim de promover o envelhecimento ativo e a qualidade de vida aos idosos participantes no Núcleo de Estudos da Terceira Idade (NETI), em Florianópolis – SC. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência sobre o projeto “Centro-Dia Geriátrico: abordagem interdisciplinar na qualidade de vida dos idosos” que caracteriza-se como um projeto de extensão, onde são inclusos idosos matriculados regularmente no NETI que sejam capazes de realizar suas atividades básicas de vida diária. Resultados: São realizadas atividades uma vez por semana, durante duas horas e meia, com profissionais de diversas áreas, dentre elas: fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas, fonoaudiólogos e educadores físicos. Todas as atividades são realizadas de forma dinâmica, que proporcionem interação e troca de experiência entre os idosos. Dentre essas atividades, acontecem palestras, oficinas, rodas de discussão e jogos com a intenção de que os idosos sintam-se à vontade para realizar as atividades e desfrutar de um momento prazeroso e divertido. Inicialmente, o projeto tinha o objetivo de atender cerca de quinze idosos e era realizado nas dependências físicas do NETI. No entanto, ao longo do tempo, muitos idosos passaram a procurar o projeto. Atualmente, há demanda de 40 idosos e as atividades estão sendo transferidas para um novo espaço, no Centro Sócio-Econômico, para poder atender a todos os interessados. Além de uma demanda crescente, que comprova o impacto positivo do projeto na população, fica claro através do relato dos idosos que o projeto tem influencia direta na sua qualidade de vida. Deve-se considerar que o período fora do ambiente domiciliar, realizando atividades preparadas diretamente para eles e recebendo e compartilhando informações torna-os mais independentes e contribui para o envelhecimento ativo. Conclusão: O projeto vem atingindo os resultados esperados e a atividade interdisciplinar apresenta um impacto positivo no envelhecimento ativo e na qualidade de vida, conforme evidenciado na literatura. A meta do projeto é atender ainda mais idosos até o fim do próximo ano, com a criação de novos grupos e novas atividades. Para os acadêmicos envolvidos no projeto, obtém-se grande aprendizado ao trabalhar com pessoas com tantas experiências de vida, ter a vivência interdisciplinar e aplicar todo o conhecimento teórico na prática.

Palavras-chave: qualidade de vida; idoso; envelhecimento populacional; comunicação interdisciplinar.

 


PROGRAMAS DE PROMOÇÃO DA ATIVIDADE FÍSICA: EFEITO NOS NÍVEIS DA ATIVIDADE FÍSICA DE IDOSOS

Fabiana Cristina Scherer

Rossana Arruda Borges

Aline Mendes Gerage

Lucélia Justino Borges

Denilson de Castro Teixeira

Tânia Rosane Bertoldo Benedetti

Introdução: A prática de atividade física em níveis adequados ajuda as pessoas manterem uma vida ativa e independente por mais tempo reduzindo as limitações funcionais. Objetivo: analisar o efeito de dois programas de promoção da atividade física nos níveis da atividade física em idosos usuários das Unidades Básicas de Saúde de Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. Metodologia: participaram do estudo 50 idosos (68,30 ± 7,01 anos), que foram randomizados em três grupos: 1) Mudança de Comportamento, 2) Exercício Físico e, 3) Controle. O grupo de Mudança de Comportamento baseou-se no programa VAMOS (Vida Ativa Melhorando a Saúde, versão 1.0), que é estruturado em encontros teóricos sobre promoção da AF (1x/semana, ± 2 horas/encontro). O grupo de Exercício Físico visou o desenvolvimento dos componentes da aptidão física relacionada à saúde (3x/semana, ± 1 hora/encontro). Ambos os grupos/programas foram ministrados durante três meses por profissionais de Educação Física do Núcleo de Apoio à Saúde da Família. O grupo controle não participou de nenhuma intervenção. Para a avaliação do nível de atividade física utilizou-se acelerômetros (Actigraph GT3X), durante uma semana (no mínimo quatro dias válidos – uso ≥ 10 horas/dia, pelo menos um dia de final de semana). Com Epochs de 60 segundos. A programação e análise dos dados foi realizada pelo Software Actigraph– versão 6.6.2. As avaliações ocorreram em quatro momentos, no baseline, três, seis e 12 meses após o término dos programas. Os pontos de corte adotados foram de acordo com Freedson (1998). Resultados: verificou-se que os idosos dos três grupos realizavam predominantemente atividade física leve, despendendo em média 320 minutos/dia (Mudança de comportamento, n= 9), 287 minutos/dia (Exercício Físico, n= 23) e 316 minutos/dia (controle, n= 18). Observou-se efeito isolado do momento para a atividade física leve (F= 8.17; p< 0.05), baseline vs. seis meses (p= 0,02), com aumentos significativo de minutos/dia despendidos em atividade física aos seis meses e atividade física moderada/vigorosa (F= 4.06; p< 0.05) aos três meses (p= 0,04) vs. seis meses, com redução significativa de minutos/dia despendidos em atividade física aos seis meses. Não houve efeito isolado do grupo e interação grupo vs. momento. Não houve influência estatística significante da assiduidade nos programas de intervenção de prática da atividade física (minutos/dia). Conclusão: os programas de promoção da atividade física avaliados não influenciaram, de forma significante, o tempo diário despendido em atividade física em idosos.

Palavras-chave: Promoção da Saúde; Atividade motora; Idoso.

 


OBESIDADE ABDOMINAL ASSOCIADA A INDICADORES SOCIODEMOGRÁFICOS E ESTADO NUTRICIONAL EM IDOSOS

Fabiana Cristina Scherer

Rossana Arruda Borges

Giseli Minatto

Anderson da Silva Honorato

Tânia Rosane Bertoldo Benedetti

Eleonora D´Orsi

Introdução: A obesidade abdominal está associada a sérios riscos para á saúde das pessoas, tais como: diabetes tipo II, hipertensão arterial, vários tipos de câncer, além da aterosclerose, artrite e morte cardíaca súbita. Vários estudos confirmam a associação da obesidade abdominal com características sociodemográficas em idosos. Objetivo: Estimar a prevalência de obesidade abdominal e sua associação com indicadores sociodemográficos e estado nutricional em idosos de Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. Metodologia: O estudo adotou um delineamento transversal de base populacional, tendo como amostra 1.634 idosos (589 homens e 1045 mulheres). Foram coletadas as variáveis sociodemográficas (faixa etária, cor da pele, situação conjugal, escolaridade e renda familiar), através de questionário e antropométricas (massa corporal, estatura e circunferência de cintura). O Índice de massa corporal (IMC) foi utilizado para determinar o estado nutricional e o Índice de Conicidade (Índice C) para determinar a obesidade abdominal, desfecho do estudo. Utilizou-se a Regressão de Poisson para estimar as Razões de Prevalência (RP) nas análises brutas e multivariável e seus respectivos intervalos de confiança (IC95%). Resultados: A prevalência de obesidade abdominal nos idosos foi de 83,2% (IC95%=78,4-88,0) para homens e 75,9% (IC95%=70,9-80,9) para as mulheres. Pode-se observar ao realizar as análises brutas e ajustadas uma associação da variável de desfecho com as variáveis de cor da pele e estado nutricional para os homens e para as mulheres a faixa etária, o nível de escolaridade, a renda per capita e o estado nutricional na análise bruta e para este segmento quando ajustado se mantiveram associadas a faixa etária, a renda per capita e o estado nutricional.  Conclusão: A prevalência de obesidade abdominal foi alta em idosos residentes em Florianópolis/SC. Evidencia-se a necessidade de intervenções específicas para esta população para promover a diminuição do excesso de massa corporal e da obesidade abdominal, afim de garantir que a longevidade esteja acompanhada de qualidade de vida. Sugere-se a realização de mais estudos sobre esta temática.

Palavras-chave: Obesidade abdominal; Estado Nutricional; Idoso.

 


PERCEPÇÃO DOS ENFERMEIROS ACERCA DA AVALIAÇÃO MULTIDIMENSIONAL DO IDOSO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Juliete Coelho Gelsleuchter

Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt

Juliana Balbinot Reis Girondi

Laura Cavalcanti de Farias Brehmer

Melissa Orlandi Honório Locks

Anderson Abreu de Carvalho

Introdução: Avaliação multidimensional da pessoa idosa é uma forma de avaliar os aspectos gerais de saúde e sociais da pessoa idosa. Pode ser usada por qualquer profissional da saúde desde que capacitado. O ministério da saúde no caderno nº 19 preconiza o uso nas Unidades Básica de Saúde. Trata-se de uma avaliação rápida que pode ser utilizada para identificar problemas de saúde condicionantes de declínio funcional em pessoas idosas. Objetivo: Identificar a percepção dos enfermeiros sobre avaliação multidimensional do idoso na Atenção Primeira à Saúde. Metodologia: Trata-se de estudo de caso holístico, de casos múltiplos. Participaram do estudo cinco enfermeiros de uma Unidade Básica de Saúde de São José/SC, no período de dezembro de 2016. A coleta de dados buscou evidências através de entrevista semiestruturada. A coleta de dados foi feita no próprio ambiente de trabalho dos enfermeiros conforme disponibilidade dos mesmos.  As entrevistas semiestruturadas variaram de 15 a 20 minutos, identificaram-se informações em relação à experiência profissional de cada enfermeiro. As entrevistas foram gravadas, transcritas literalmente e analisadas conforme grau de relevância. As análises das evidências foram feitas através da transcrição e síntese dos dados encontrados em cada entrevista. Cada entrevista gerou um relatório e por fim relatório final cruzando todos os dados (YIN, 2005). Os aspectos desta pesquisa estão de acordo com a resolução 466/12 e aprovada no Comitê de ética sob parecer 1.833.375. Resultados: O uso da avaliação multidimensional pelos enfermeiros não foi unanimidade, a maior justifica para o não uso foi a falta de tempo e pouco domínio para trabalhar com idosos. Como fortalezas da avaliação multidimensional mencionam identificação de pontos não só da enfermagem, maior conhecimento e controle do quadro clínico do paciente possibilitando diagnóstico real e preciso. Conclusões: Estudos apontam que o tempo médio despendido para aplicar avaliação multidimensional foi de 11 minutos, contrapondo a fala dos participantes relacionado a falta de tempo, tendo em vista que é uma avaliação relativamente rápida. Outra questão foi o despreparo de alguns profissionais em avaliar a pessoa idosa evidenciado e importância dos cursos de graduação em enfermagem em reforçar os conteúdos de geriatria e gerontologia. Lembrando que, as universidades têm papel importante na formação, mas também cabe a responsabilidade do profissional pela busca constante de capacitação e atualização. Nesse contexto a educação permanente pode ser uma forma de ajudar esses profissionais aprimorar seus conhecimentos.  Deste modo a Avaliação Multidimensional possibilita o levantamento de dados de todas as dimensões do idoso, que possibilita condutas de prevenção, orientação e encaminhamentos, tudo com objetivo de melhorar a qualidade de vida dos idosos procurando manter suas funções por maior período de tempo.

Palavras-chave: cuidados de enfermagem; saúde do idoso; atenção primária à saúde.

 


CONSULTA DE ENFERMAGEM AO IDOSO COM DIABETES MELLITUS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Juliete Coelho Gelsleuchter

Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt

Juliana Balbinot Reis Girondi

Laura Cavalcanti de Farias Brehmer

Melissa Orlandi Honório Locks

Fernanda Rosa de Oliveira Pires

Introdução: A Consulta de enfermagem é oportunidade para realizar práticas do cuidado como: fortalecimento do vínculo, educação em saúde, avaliação multidimensional, identificação precoce de idosos frágeis ou em processo de fragilização, entre outras. Objetivo: Identificar a realização da consulta de enfermagem específica para idosos com diabetes mellitus, por enfermeiros de uma unidade básica de saúde do município de São José/SC. Metodologia: Trata-se de estudo de caso holístico, de casos múltiplos. Participaram do estudo cinco enfermeiros de uma Unidade Básica de Saúde de São José/SC, no período de dezembro de 2016. A coleta de dados buscou evidências através de entrevista semiestruturada. A coleta de dados foi feita no próprio ambiente de trabalho dos enfermeiros conforme disponibilidade dos mesmos.  As entrevistas semiestruturadas variaram de 15 a 20 minutos, identificaram-se informações em relação à experiência profissional de cada enfermeiro. As entrevistas foram gravadas, transcritas literalmente e analisadas conforme grau de relevância. As análises das evidências foram feitas através da transcrição e síntese dos dados encontrados em cada entrevista. Cada entrevista gerou um relatório e por fim relatório final cruzando todos os dados (YIN, 2005). Os aspectos desta pesquisa estão de acordo com a resolução 466/12 e aprovada no Comitê de ética sob parecer 1.833.375. Resultados: Quando questionados se eles teriam uma agenda exclusiva para o atendimento dos idosos diabéticos quatro participantes do estudo negam a existência deste atendimento exclusivo, negando assim a realização de consulta de enfermagem, pois segundo os mesmos a Secretaria da Saúde de São José passou por uma reestruturação empregando o acolhimento nas unidades de saúde. Atualmente as agendas funcionam através do acolhimento à demanda espontânea, atendendo assim todo público independente de ter uma agenda exclusiva.  Apenas um enfermeiro faz consulta de enfermagem voltado aos marcadores englobado à consulta com idoso diabético. Conclusões: Nesse contexto, ressalta a importância dos enfermeiros da Estratégia da Saúde da Família e seu papel fundamental nas respostas às necessidades de saúde da população idosa na Atenção Primária à Saúde. Destacando a Consulta de Enfermagem como sendo atividade privativa do enfermeiro, onde é possível usar componentes do método científico para identificar situações de saúde/doença, prescrever e implementar medidas de enfermagem que contribuam para a promoção, prevenção, proteção da saúde, recuperação e reabilitação do indivíduo, família e comunidade. Reforçando que o acolhimento ajuda a criar vínculo, porém não é uma consulta de enfermagem e muito mesmos substituí a mesma.

Palavras-chave: enfermagem geriátrica; saúde do idoso; diabetes mellitus; atendimento de enfermagem; atenção primaria à saúde.

 


INSTRUMENTOS PARA AVALIAÇÃO DO RISCO DE QUEDAS ENTRE IDOSOS NA COMUNIDADE: REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA

Darla Lusia Ropelato Fernandez

Silvia Maria Azevedo dos Santos

 

Introdução: O problema de quedas entre idosos toma relevância no contexto de envelhecimento populacional. Repercussões mais simples como hematomas e escoriações até mais graves como fraturas, hospitalizações e morte estão entre as consequências que este agravo pode acarretar. Na atenção básica, o uso de instrumentos para identificar o risco de quedas pode ser o primeiro passo para direcionar a prevenção entre idosos da comunidade. No entanto, não há consenso quanto aos instrumentos mais adequados na detecção de risco de quedas em cada situação, o que gera dificuldades tanto na avaliação quanto na escolha das intervenções mais adequadas. Objetivo: Identificar na literatura instrumentos de rastreio capazes de avaliar o risco de quedas entre idosos na comunidade. Metodologia: Trata-se de uma Revisão Integrativa da Literatura. A coleta de dados foi realizada nos meses de janeiro e fevereiro de 2017 em bases de dados da internet, utilizando os descritores “acidentes por quedas”; “avaliação geriátrica”; “idoso”; “envelhecimento” e as palavras-chave “instrumento preditor de quedas”; “escala de avaliação”; “escala de quedas”. Os critérios de inclusão foram artigos publicados em português, inglês e espanhol que realizaram aplicação, avaliação, construção, validação ou tradução de instrumentos para este fim, sem limite de tempo de publicação. O corpus final da pesquisa se constituiu de 27 artigos. Resultados: Foram identificadas 16 escalas para identificação do risco de quedas entre idosos na comunidade. Algumas delas já estão validadas e amplamente difundidas, como a Escala de Tinetti (1986), no Brasil conhecida como POMA (Performance Oriented Mobility Assessment), Timed up and go (1991) Escala de Equilíbrio de Berg (2004). Contudo, apesar consagradas, essas escalas ainda não são utilizadas rotineiramente na atenção básica, pois exige administração de tempo relativamente longo, necessidade de equipamentos específicos e cenário apropriado e treinamento dos profissionais. Nesta revisão, o instrumento Q-22p traduzido e validado para o Brasil em 2015 é um instrumento com potencialidade para ser utilizado em triagem de idosos com risco de quedas na atenção básica. Trata-se de um questionário com 22 perguntas de respostas objetivas sim ou não. De fácil compreensão pelos idosos este instrumento foi desenvolvido para avaliar especificamente o risco de quedas entre idosos na comunidade. Engloba diversos aspectos ou fatores de risco relacionados a queda, como a presença de déficits sensoriais e cognitivos, dor, medo de queda, conseguir ou não ficar num pé só, riscos ambientais, velocidade da marcha, tontura, polifarmácia e quedas prévias. Conclusão: Não obstante a identificação de escalas consideradas consenso este estudo apontou dificuldades que alguns instrumentos podem apresentar do ponto de vista de praticidade em sua aplicação no contexto da atenção básica. Por outro lado, identificou-se o instrumento Q22-p que possui a característica de ser de fácil e rápida aplicação, tendo sido validado para a realidade brasileira. Sugere-se que estudos de aplicação prática do instrumento sejam desenvolvidos para melhor avaliação do mesmo.

Palavras-chave: Idoso; Saúde do Idoso; Acidentes por Quedas.

 

 


PROGRAMA VIDA ATIVA MELHORANDO A SAÚDE – VAMOS: MODELO LÓGICO

Sofia Wolker Manta

Paula Fabrício Sandreschi

Nayara Queiroz

Paulo Vitor de Souza

Elaine Cristina Maciel

Tânia Rosane Bertoldo Benedetti

 

Introdução: o Modelo Lógico é uma ferramenta básica para elaboração e implementação de programas. Ele permite de maneira visual e sistemática apresentar as relações entre os recursos necessários, intervenções e os efeitos que se pretende alcançar. Objetivo: apresentar o Modelo Lógico do programa Vida Ativa Melhorando a Saúde (VAMOS) para sua aplicação em intervenções comunitárias em adultos e idosos com o objetivo de motivá-los a um estilo de vida saudável. Metodologia: desde 2012, o VAMOS foi oferecido à usuários das Unidades Básicas de Saúde (UBS), funcionários do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e Reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina de Florianópolis, Academia da Saúde de Belo Horizonte e no Hospital Universitário de Recife. O VAMOS é desenvolvido em 12 encontros presenciais, com apoio de livretos formados por conteúdos que compõem os desfechos de mudança de comportamento (atividade física e alimentação saudável) e a distribuição de um pedômetro para auxiliar no monitoramento da atividade física habitual. Os materiais para implementação do programa são entregues aos participantes gratuitamente. Os encontros são desenvolvidos uma vez por semana, com duração de duas horas e em um período de três a cinco meses. O planejamento é conduzido por multiplicadores (profissionais da saúde) com ensino superior e certificados em treinamento específico (Ensino à Distância) desenvolvido pela equipe VAMOS para a implementação do programa (vamos.ufsc.br). O Modelo Lógico foi criado por uma equipe de pesquisadores nacionais e internacionais da área da Educação Física, Nutrição, Saúde Pública, Design, gestores do município, profissionais da saúde que atuavam nas Unidades Básicas de Saúde, participantes da comunidade e agentes comunitários de saúde através de grupos focais.  Resultados: o Modelo Lógico foi composto por seis fases. A primeira e segunda fase referem-se aos consultores (equipe de suporte e avaliação) e início da implementação (recursos humanos, espaços físicos e materiais utilizados no programa). A terceira fase são as atividades, ações e eventos realizados (publicidade, reuniões, relações públicas, al­cance na comunidade e manutenção do programa). A quarta fase refere-se ao produto como número de pessoas alcançadas, divulgação e informação, adoção do programa e recursos financeiros. A quinta fase são os resultados atingidos em curto e médio prazo (disseminação e adoção do programa, conhecimen­to, sensibilização e elevada autoeficácia dos participantes para as mudanças no comportamento para um estilo de vida ativo). Por fim, a sexta fase composta pelos resultados em longo prazo, na qual busca-se a manutenção do estilo de vida ativo, redução de doenças crônicas não transmissíveis, maior autonomia dos participantes em suas escolhas e avaliação contínua do programa. Conclusões: o Modelo Lógico do programa VAMOS faz referência aos consultores e início da implementação, as atividades desenvolvidas, os produtos e os resultados em curto, médio e longo prazo. O presente Modelo Lógico é uma representação gráfica da estrutura dinâmica do VAMOS que poderá ser adaptado conforme características do local. O referido Programa está em expansão no Brasil e vem produzindo resultados satisfatórios à população, favorecendo mudanças de comportamento em busca de um estilo de vida mais saudável.

Palavras-chave: Atividade física; Alimentação saudável; Estilo de vida; Idoso.

 

 


PRESBIACUSIA, CONDIÇÕES DE SAÚDE E ESTILO DE VIDA DE IDOSOS DE FLORIANÓPOLIS

Danúbia Hillesheim

Karina Mary de Paiva

Francieli Cembranel

Kadine Priscila Bender dos Santos

Maria Francisca dos Santos Daussy

Eleonora d’Orsi

 

Introdução: O envelhecimento populacional vem ocorrendo de maneira heterogênea em todo mundo, aliado à transição epidemiológica que representa a convivência com Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). A presbiacusia (perda auditiva decorrente do envelhecimento) é uma das condições crônicas mais prevalentes entre os idosos, e pode comprometer significativamente o processo de comunicação e a qualidade de vida na terceira idade, podendo levar ao isolamento social do idoso. Conhecer os fatores associados à presbiacusia, como estilo de vida e convivência com DCNT tem sido objetivo de vários estudos. Objetivo: Verificar a prevalência da presbiacusia e sua relação com variáveis sociodemográficas, condições de saúde e estilo de vida entre idosos. Metodologia: trata-se de um estudo transversal de base domiciliar com dados parciais do projeto Mobilidade Urbana Saudável (MUS). Foi realizado inquérito com 342 idosos dos bairros Saco Grande, Costeira do Pirajubaé e Jardim Atlântico no município de Florianópolis, SC, no período de maio a setembro de 2017. A variável dependente do estudo foi a presença de perda auditiva, e as variáveis independentes foram: sexo, idade, escolaridade, diabetes, hipertensão, tabagismo e doença do coração/cardiovascular. Todas as informações coletadas foram autorreferidas. Aplicou-se o teste qui-quadrado e as análises foram conduzidas no software SPSS. Resultados: Dentre os 342 idosos entrevistados, a maioria (67,3%) era do sexo feminino, possuía entre 60 e 69 anos de idade (56,7%) e até 8 anos de estudo (64,5%). A prevalência de perda auditiva entre os idosos foi de 27,8%, de diabetes 23,5%, hipertensão 65,8% e 75 idosos referiram possuir doença do coração/cardiovascular. 11,5% dos idosos referiram quem fumam atualmente. Observou-se associação estatisticamente significante entre a perda de audição e aumento da idade (p>0,001), diabetes (p=0,044), tabagismo (p=0,006) e doença do coração ou cardiovascular (p=0,003). Conclusão: É de suma importância conhecer a prevalência de presbiacusia entre os idosos e os fatores que podem potencializar ou predispor este agravo. A convivência com a perda de sensibilidade auditiva impacta em aspectos psicossociais na vida do idoso, podendo levar à depressão e à limitação em atividades de vida diária.

Palavras-chave: Envelhecimento, Perda auditiva, Presbiacusia, Doença Crônica.

 


IDOSOS DE UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA: PERFIL CLÍNICO FUNCIONAL

Bianca Martins Dacoregio

Dhayana Loyze Da Silva

Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt

Anderson Abreu de Carvalho

Naísa Falcão

Juliana Martins Ferreira

 

Introdução: O crescente envelhecimento populacional incita necessidade que as Instituições de Longa Permanência (ILPI) passem a integrar a rede de assistência à saúde. A ILPI pode ser governamental ou não, possui caráter residencial destinado à moradia coletiva de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, que possuem ou não suporte familiar, em condição de liberdade, dignidade e cidadania. Objetivo: Traçar o perfil clínico-funcional de idosos residentes em Instituição de Longa Permanência para Idosos do Município de Florianópolis, estado de Santa Catarina. Metodologia: Trata-se de pesquisa descritiva e transversal com abordagem quantitativa, desenvolvida em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos, no município de Florianópolis, Estado de Santa Catarina. Trata-se de instituição particular, mista, de cunho religioso, que conta atualmente com 27 idosos residentes. A coleta de dados aconteceu do setembro a outubro de 2016. O estudo teve participação de 13 idosos que foram selecionados através de sua condição física para deambular e capacidade cognitiva preservada. Resultados: Dos 13 idosos selecionados para a pesquisa, 12 são do sexo feminino. Com relação à idade, houve variação de 70 a 92 anos. Quanto ao local de nascimento, duas idosas são naturais de Florianópolis. Com relação à profissão exercida anteriormente, a maioria exercia trabalhos domésticos em seus domicílios. Também estão incluídas profissões como: Assistência Social, Dentista, Médico, Nutricionista, Professor e Servidor Público. O motivo da institucionalização da maioria é devido ao diagnóstico de patologias, principalmente Doença de Alzheimer, com justificativa de não conseguir realizar as tarefas domésticas e para não permanecer sozinho. Todos os idosos que apresentam força diminuída, apresentaram queda nos últimos 3 anos e três idosos tiveram fraturas decorrentes do acidente por queda. Quanto aos diagnósticos médicos, emergiram: hipertensão (8), Alzheimer (6), Artropatias (3), Diabetes Mellitus (3); Osteoporose (3); Infarto Agudo do Miocárdio (2); Depressão (1). Verificou-se que seis residentes fazem uso de medicamentos para proteção estomacal, sete fazem uso de antidepressivo seis fazem uso de medicamentos para tratamento da Doença de Alzheimer, sete idosos fazem tratamento para hipertensão arterial com medicamentos e dois residentes fazem tratamento para diabetes mellitus. No que se refere à deglutição, três idosos apresentam disfagia. Seis não tem controle do esfíncter vesical e três não tem controle do intestinal. Conclusão: Alguns fatores influenciam a institucionalização do idoso: doença de Alzheimer; incapacidade para atividades básicas da vida diária e dependência de cuidado. Evidenciou-se que mesmo sem diagnóstico médico de depressão, os idosos utilizam medicamentos antidepressivos, este achado pode estar relacionado com o prejulgamento que todo o idoso é depressivo, tornando esta avaliação diagnostica patológica subdiagnosticada e subtratada. É preciso desenvolver acompanhamento de qualidade com os idosos institucionalizados, promovendo sua autonomia e independência, deste modo é necessário a capacitação dos profissionais que compõem a rede multiprofissional de assistência ao idoso de uma ILPI, para que haja subsídios que os auxiliem na detecção e prevenção dos fatores de risco que podem prejudicar a qualidade de vida dos idosos que vivem em ILPI’s.

Palavras chave: Idoso; Instituição de Longa Permanência para Idosos; Prevenção; Enfermagem; Equipe Multiprofissional.

 

 


PROPOSTA DE INCLUSÃO DO INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DE QUEDAS DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS NO PRONTUÁRIO DO RESIDENTE

Bianca Martins Dacoregio

Dhayana Loyze Da Silva

Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt

Juliana Martins Ferreira

Anderson Abreu de Carvalho

Naísa Falcão

 

Introdução: As necessidades específicas e emergentes dos idosos, aliada ao aumento do quantitativo destes e o decréscimo do número de filhos nas famílias, tornam a Institucionalização de idosos uma alternativa real para estas famílias. As Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI’s) são consideradas residência de caráter domiciliar coletivo de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos e tem como função integrar a rede de assistência social e assistência a saúde destas pessoas. Dos idosos institucionalizados, aproximadamente metade vivencia acidentes por quedas, este fato carece de registro e ação para a prevenção. Desse modo o prontuário do residente pode otimizar o cuidado de idosos institucionalizados e facilitar a rotina dos profissionais que atuam em ILPI’s, incluindo avaliação para risco de quedas. Objetivo: Propor inclusão do Instrumento de Avaliação de Quedas em Idosos Institucionalizados no Prontuário do Residente. Metodologia: Trata-se de pesquisa descritiva e transversal com abordagem qualitativa, desenvolvida em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos, no município de Florianópolis, Estado de Santa Catarina. Trata-se de uma instituição particular, mista, de cunho religioso, que conta atualmente com 27 idosos residentes. O estudo contou com a participação de três enfermeiras que trabalham no local, que aplicaram o Instrumento de Avaliação de Quedas em Idosos (IAQI) com 13 idosos individualmente, estes foram selecionados através de sua condição física para deambular e capacidade cognitiva preservada. Os questionários foram aplicados junto aos idosos pelas enfermeiras e após as mesmas responderam questionário de avaliação. Resultados: O tempo de atuação profissional das enfermeiras, que participaram do estudo, é de dois anos para duas enfermeiras e de dez meses para a terceira enfermeira. Duas das três enfermeiras apresentaram dificuldades para aplicação do instrumento: a primeira relatou falta de tempo para aplicação do questionário e a segunda alega que algumas perguntas o idoso não sabia responder e que deveria ser questionado para família. A resposta foi unanime quanto à facilidade para identificação dos fatores de risco mais eminentes a ocasionar quedas, as três enfermeiras acham possível a identificação destes fatores após a aplicação do questionário, destacando a necessidade do instrumento para identificação precoce dos riscos, bem como planejamento de ações para prevenção das quedas. A avaliação da aplicação do prontuário do residente com os idosos foi positiva, mediante proposta de inclusão do IAQI como parte do instrumento, possibilitando registro, avaliação multidisciplinar e ações precoces. As profissionais indicaram como limitação do instrumento a ausência de avaliação cognitiva. Conclusão: O IAQI Institucionalizado é instrumento relevante para as identificações de fatores que predispõe às quedas em idosos residentes em ILPI. A avaliação do risco de quedas dos idosos institucionalizados pode ser realizada mediante aplicação rotineira do prontuário do residente, agregado ao IAQI, proporcionado a equipe possibilidades de avaliação ampla e proativa para ações de melhoria na qualidade de vida.

Palavras chave: Idoso; Acidentes por Quedas; Instituição de Longa Permanência para Idosos; Prevenção; Prontuário.

 

 


FATORES ASSOCIADOS À QUEDA DA MORTALIDADE EM UMA ILPI FILANTRÓPICA 2004/2014 – 2015/2017

Lilian Capelari

Simone Vizzotto

Anne Arruda Ramos

Vanessa Ghiorzi

André Junqueira Xavier

 

Introdução: Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) abrigam pessoas com alto nível de dependência, portadoras de múltiplas patologias crônicas e importante privação socioeconômica. A Sociedade Espírita de Reabilitação Trabalho e Educação (SERTE) é uma ILPI filantrópica de 60 anos de existência e referência para o município de Florianópolis. Abriga em média 60 pessoas entre homens e mulheres acima de 60 anos sendo cerca 70% com média ou alta dependência e mais de 80% com transtorno cognitivo leve ou demência. A SERTE proporciona serviço de enfermagem, nutrição, serviço social, terapias alternativas, fisioterapia, psicologia, assistência espiritual, voluntariado e geriatria. Exames laboratoriais, atendimentos de outros especialistas e casos agudos são realizados via SUS assim como mais de 90% das medicações de uso diário. A partir do início de 2015 foram implementadas por meio de reuniões multidisciplinares várias medidas para a promoção da saúde e mudanças de hábito de vida: “operação verão” de dezembro a abril  (hidratação estimulada com isotônicos 4 vezes ao dia além das refeições), restrição de alimentos não saudáveis trazidos para festas (bolos, doces, refrigerantes, salgados fritos e demais comidas fortemente processadas e sem valor nutricional) com substituição por frutas, sucos naturais bolos, doces e salgados integrais (após acordo com os grupos que realizam as comemorações).  “Operação inverno” de maio a setembro (campanha para vacinação, gripe e pneumonia de 100 % dos idosos e funcionários, orientação sobre higiene da gripe, mapeamento e vigilância de possíveis casos e comunicação com a vigilância epidemiológica do município, campanha de orientação e prevenção da hipotermia), avaliação cognitiva, funcional e de sintomas depressivos anualmente com escores padronizados e rotina de exames laboratoriais de rastreio baseados em evidência. Estimulação de atividade e exercício físico, revisão contínua de medicações especialmente diminuição ou retirada de antipsicóticos e benzodiazepínicos e reposição vitamina D. Objetivo: Comparar a taxa de mortalidade em dois períodos antes e depois da implementação das mudanças; de janeiro de 2004 a dezembro de 2014 (120 meses) e de janeiro de 2015 a setembro de 2017 (33 meses). Metodologia: Estudo retrospectivo baseado em dados secundários do tipo antes e depois com amostra do tipo censo por conveniência com todos os idosos asilados na SERTE. Análise bivariada por meio do teste T de Student para variáveis independentes, considerado significativo p≤0,05. Foram contados todos os óbitos, independente da causa, ocorridos na instituição ou hospitalares nos casos agudos. A mortalidade foi obtida pelo Número de óbitos de idosos residentes no mês / Número de idosos residentes no mês * 100, depois foi calculada a mortalidade anual nos dois períodos estudados. Resultados: Redução de 50,02% na taxa de mortalidade anual de 18,01±6,22 entre 2004 e 2014 para 8,98±4,65 entre 2015 e 2017, p= 0,047. Conclusão: Uma equipe multidisciplinar atuante, dieta saudável, controle de infecções, avaliação geriátrica, revisão das medicações utilizadas, reposição de vitaminas, estimulo a atividade e exercícios físicos podem mudar o perfil de mortalidade de uma ILPI um indicador que se associa a melhor qualidade de cuidado desta população.

Palavras-chave: Instituição de longa permanência para idosos; mortalidade; prevenção.

 

 


O AUTOCUIDADO E A AUTONOMIA NA VELHICE DE IDOSOS LONGEVOS EM BALNEÁRIO CAMBORIÚ

Carlos Augusto Costa

Kátia Simone Ploner

 

Introdução: A autonomia e o autocuidado são fundamentais para que o idoso longevo, ou seja, aqueles com mais de 80 anos de idade continuem tendo envelhecimento ativo e saudável. Objetivo: Esta pesquisa objetivou investigar como a autonomia, autocuidado e qualidade de vida são percebidos por idosos com mais de 80 anos usuários do NAI (Núcleo de Atenção ao Idoso) da cidade de Balneário Camboriú. Metodologia: A metodologia tem cunho qualitativo, com utilização de roteiro de entrevista semiestruturada. Nela haviam questões que abrangiam saúde, rotina, lazer, decisão de gastos, auxilio para realizar atividades, processo de envelhecimento, amigos, familiares, sentimentos que influenciam sua vida, dentre outros. Entrevistou-se sete idosos com mais de 80 anos, idosos estes que estavam na sala de espera dos consultórios do NAI, foram então convidados para participarem da entrevista.  Submeteu-se os dados a análise temática de conteúdo, construindo categorias e subcategorias analisadas a posteriori, sendo elas: primeira categoria Autonomia, tendo como subcategoria Saúde Física, Lazer/Rotina e Autonomia para realizar atividades e tomadas de decisão; segunda categoria Autocuidado, tendo como subcategoria Alimentação, Apoio Social/Familiar e Envelhecimento; por ultimo a categoria Qualidade de Vida tendo como subcategoria Estado Emocional e Bem Estar, e Religião.  Resultados Os resultados encontrados foram longevos com mais de 80 anos de idade saudáveis sem limitações que os impeçam de executar as atividades diárias, assim como a tomada de decisões. Mostram manter sua autonomia e autocuidado, demonstrando cuidados com a alimentação e percepção de apoio social e familiar; percebem-se com boa qualidade de vida, sentimento de satisfação e alegria com a vida e a religiosidade influenciando positivamente no seu bem estar. Demonstram insatisfação apenas com a situação financeira. Percebem-se idosos especialmente saudáveis, que se mantem no mercado de trabalho, ou que querem estar inseridos nele.  Frequentam o NAI para verificar sua saúde, mas sem mostrar limitações físicas. Conclusões: Conclui-se que os longevos entrevistados se sentem bem, relatam manter sua religiosidade, alegria em viver, felicidade, e ainda mantém sonhos e desejos. Apresentam bom humor no geral, mesmo com as perdas funcionais relacionadas ao envelhecimento, essas não os limitam a exercer as AVDs (Atividades de Vida Diárias) nem precisam de ajuda para exercê-las.

Palavras-chave: autocuidado; autonomia; longevidade.

 

 


INDEPENDÊNCIA E AUTOCUIDADO DO IDOSO: AÇÕES DE ENFERMAGEM PARA UM ENVELHECIMENTO ATIVO

Dayane Clock

 Lina Mara Bernardes Nascimento

Josiane Steil Siewert

Marceli Diana Helfenstein Albeirice da Rocha

Patrícia Fernandes Albeirice da Rocha

Suellane Rodrigues Oliveira Matos

 

 

Introdução: Com o aumento da população idosa, verifica-se um aumento na busca pela qualidade de vida e por um envelhecimento ativo, buscando autonomia, independência e liberdade o idoso. Objetivo: Compreender as ações de enfermagem para a promoção da independência e do autocuidado do idoso. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa exploratória, de revisão bibliográfica, do tipo Revisão Integrativa, com abordagem qualitativa, realizada a partir de levantamento na base de dados Scielo (Scientific Electronic Library Online Scielo). Foram utilizados dois conjuntos de Descritores em Ciência da Saúde: autonomia, idoso e qualidade de vida; e idoso, autocuidado e enfermagem. Foram escolhidos 15 artigos para análise, de acordo com os critérios de inclusão (artigos completos, em português, publicados de 2010 a 2015). A coleta de dados foi realizada no mês de março de 2016. Resultados: A partir da análise de dados emergiram quatro categorias de estudo, quais sejam: entendendo a incapacidade funcional do idoso como um processo de envelhecimento fisiológico; direitos dos idosos na busca de um envelhecimento ativo; idoso inserido na sociedade: uma necessidade; e ações para independência: autocuidado e qualidade de vida do idoso. Conclusões: Envelhecer é um processo que acontece com o corpo do ser humano a todo o momento. As incapacidades causam impacto negativo na vida dos idosos, e o estímulo à sua independência pode acontecer em qualquer momento, aumentando a estimativa de vida e contribuindo para o fomento do autocuidado. A enfermagem tem papel preponderante na promoção de um envelhecimento ativo já que trabalha com as potencialidades individuais do idoso, agindo no seu contexto familiar, e levando em consideração as peculiaridades do processo de envelhecer.

Palavras-chave: autonomia; autocuidado; enfermagem; idoso; qualidade de vida.

 

 


IMPACTO DA VIOLÊNCIA POR PARCEIRO ÍNTIMO NA QUALIDADE DE VIDA DOS IDOSOS: REVISÃO SISTEMÁTICA

Lauriana Urquiza Nogueira

Deise Warmling

Ana Lucia Cobra

Carolina Carvalho Bolsoni

Sheila Rubia Lindner

Elza Berger Salema Coelho

 

Introdução: Compreender o impacto da violência por parceiro íntimo (VPI) sobre a qualidade de vida da população idosa é um desafio atual para saúde pública. A exposição VPI traz consigo consequências físicas, como dores frequentes e níveis globais de saúde inferiores, além de ser um fardo emocional, associada à depressão e solidão, fatores estes que influenciam na perda de qualidade de vida (QV). Embora ainda pouco explorada entre idosos, a VPI se caracteriza como qualquer ato de violência, física, sexual, psicológica, incluindo-se o abuso econômico, presente em qualquer relação íntima. É compreendida como uma barreira para o alcance da QV da pessoa idosa, uma vez que tais conflitos desencadeiam danos físicos, mentais ou morais. Objetivo: Analisar a associação entre a violência por parceiro íntimo e qualidade de vida em idosos. Metodologia: Realizou-se revisão sistemática da literatura, com base nas diretrizes do PRISMA, em quatro bases de dados: Pubmed, Web of Science, Lilacs e PsycInfo. As palavras chaves usadas foram: intimate partner violence, domestic violence, spouse abuse, battered women, spousal abuse, partner abuse, quality of life, aged, aged, 80 and over, elderly. O critério geral de inclusão foi artigos com resultados de associação entre VPI e QV na população idosa. Não houve restrições sobre idioma ou do período de publicação, visto a escassez de trabalhos nesta temática. A seleção ocorreu em duas etapas: leitura dos títulos e resumos e leitura dos textos completos, conduzida por dois revisores independentemente. Resultados: Encontraram-se 415 estudos, destes 58 eram duplicados e foram excluídos. Foram lidos 347 títulos e resumos, 42 seguiram para seleção por meio da leitura do texto completo e ao final, 8 foram incluídos. Os estudos selecionados foram publicados entre 2006 e 2012, nos seguintes países: Noruega, Reino Unido, Canadá, EUA, Austrália, Dinamarca, Áustria e Portugal. Destes, apenas dois foram realizados somente com idosos, os demais incluíram adultos na amostra. Pode-se identificar que a violência física, psicológica, negligência e comportamento controlador afetam negativamente a QV. Mulheres tiveram maior redução de QV quando expostas à VPI em relação aos homens. Nos homens a perda de QV foi maior quando eles sofreram e perpetraram a VPI, caracterizando a violência bidirecional. As pessoas mais velhas (>55 anos) apresentaram maior redução da QV em situação de VPI que adultos, mostrando a relevância de estudar essa temática na população idosa. Mulheres agredidas costumam sofrer interferência em atividades sociais por causa de problemas físicos ou emocionais acarretados pela exposição à violência. Em todos os artigos, em ambos os sexos ou somente mulheres, houve redução dos níveis de qualidade de vida quando ocorreu exposição à VPI, em comparação aos indivíduos não expostos.  Conclusão: Destaca-se a necessidade do enfoque da saúde pública sobre à VPI em idosos, desenvolvendo ações que sensibilizem para a prevenção desta violência. Promover ações de educação em saúde com vistas a equidade de gênero, além de dar visibilidade aos impactos para saúde e qualidade de vida destes abusos, são necessários para se avançar no enfrentamento de todos os tipos de violências, assegurando um envelhecimento ativo e saudável.

 

Palavras chaves: Violência por parceiro íntimo. Qualidade de vida. Idosos.

 

 


EPIDEMIOLOGIA DA VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA IDOSA: REVISÃO SISTEMÁTICA

Lauriana Urquiza Nogueira

Carolina Carvalho Bolsoni

Deise Warmling

Ana Lucia Cobra

Sheila Rubia Lindner

Elza Berger Salema Coelho

 

Introdução: A violência contra o idoso merece atenção devido às repercussões na saúde dessa população. Estima-se que até 2025 o Brasil seja o sexto país do mundo em número de idosos e tende ao aumento progressivo com o passar dos anos. A violência contra idoso pode ter natureza física ou psicológica e pode envolver maus-tratos por questões financeiras ou materiais, resultando em sofrimento, lesão ou dor, perda ou violação dos direitos humanos e redução na qualidade de vida do idoso. Objetivo: Descrever os tipos de violências identificadas, prevalência, fatores associados e quem são os principais autores de agressão do idoso. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática, nas bases de dados PubMed, Lilacs e SciELO, sem recorte temporal, com buscas feitas em agosto de 2017. Foram utilizados os seguintes descritores: Elder Abuse, Elder Neglect, Aged Abuse, Elder Mistreatment, Associated Factors, Epidemiology, Violence, Prevalence, Population-based Study, os quais foram combinados por operadores boleeanos- em cada base de dados. Consideraram-se elegíveis os artigos originais que abordavam violência contra o idoso, excluídos os que tratavam de pesquisas realizadas com idosos institucionalizados, direcionados a estudantes de enfermagem para prevenção de violência contra os idosos, os que traziam abordagens judiciais, organizações de prevenção à violência no idoso e conferências. Resultados: Encontraram-se 2614 artigos; 2486 foram excluídos na leitura dos títulos e resumos, totalizando 128 para leitura na íntegra. Destes, foram selecionados 67 estudos que identificaram a violência de acordo com os atos, 40 abordaram os três tipos (psicológica, física e financeira). Com elevado índice de prevalência da violência física (60%), o Brasil mostrou que as mulheres são as mais violentadas. Quanto à violência financeira, dentre os estudos incluídos o Irã apresentou a prevalência mais alta (41%), ficando o Brasil com 21,9%. Dos fatores associados à violência contra o idoso, o mais citado foi o baixo apoio social, seguido por ser mulher, profissão anterior não remunerada, ser viúva e viver só, sintomas depressivos, faixa etária, dependência para atividades de vida diária, estado civil, famílias numerosas, baixa escolaridade e déficit cognitivo. Observou-se que os idosos sofrem agressões mais frequentemente por membros da família, sendo o filho o mais propenso à agressão física, financeira e psicológica respectivamente, enquanto os parceiros íntimos foram os principais agressores da violência psicológica, seguida pela física e financeira. Conclusão: Esta revisão identificou os principais tipos de violências, fatores associados e perfil dos autores da agressão contra idosos, possibilitando a compreensão das diversas formas de violência no contexto familiar, reforçando a necessidade de futuras investigações na temática, a fim de promover ações efetivas no enfrentamento da violência nessa população.

Palavras-chaves: violência doméstica; maus tratos; prevalência; pessoa idosa.

 

 


PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM PACIENTES ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DE GERIATRIA DA UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA, TUBARÃO

Gabriel Casagrande

Taís Luise Denicol

Paula Cechella Philippi

 Gabriel CobraTeske

Daniela Willig

 

Introdução: O avanço do envelhecimento está associado com aumento de doenças crônicas não transmissíveis. Estudos epidemiológicos mostram que mais da metade das pessoas com 60 anos apresentam um ou mais fatores de risco (FR) de desenvolver comorbidades, e pelo menos 85% desta população apresenta ao menos uma doença crônica não transmissível. A Síndrome Metabólica é considerada um distúrbio decorrente da perda da homeostase corporal, que envolve o metabolismo dos glicídios, proteínas e lipídios, sendo que a interação genético-ambiental também interfere no aparecimento da doença. Sabendo que a Síndrome Metabólica caracteriza-se pela agregação desses fatores de risco em um mesmo indivíduo, para o idoso as consequências desta síndrome parecem ser ainda mais acentuadas, principalmente devido às mudanças fisiológicas associadas ao envelhecimento. Objetivos: Verificar a prevalência de Síndrome Metabólica no Ambulatório de Geriatria da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL, pesquisar características sociodemográficas e analisar o parâmetro da Síndrome Metabólica mais frequente. Métodos: Estudo epidemiológico observacional com delineamento transversal, realizado no Ambulatório de Geriatria da Universidade do Sul de Santa Catarina, no município de Tubarão-SC, no período de março de 2014 a junho de 2015, amostra foi composta por 50 pacientes. Para o diagnóstico de Síndrome Metabólica utilizou-se o critério do Third Report of the National Cholesterol Education Program Expert Panel on Detection, Evaluation and Treatment of High Blood Cholesterol in Adults (NCEP–ATP III).  Resultados: A prevalência de Síndrome Metabólica na população estudada foi de 42%, representando 15,38% para os homens e 51,35% para as mulheres. Para a população geral de mulheres, a obesidade abdominal foi o componente mais prevalente representando 72,97% e para os homens a Hipertensão Arterial Sistêmica e colesterol HDL (High Density Lipoproteins) baixos foram os mais frequentes, ambos com 46,15%. Na população com Síndrome Metabólica, 33,33% eram ex-tabagistas, 9,52% tabagistas e 9,52% faziam uso de algum tipo de bebida alcoólica regularmente. Conclusão: Foi observada alta prevalência de Síndrome Metabólica na amostra estudada, evidenciando a necessidade de maior atenção aos fatores de riscos, com projetos de prevenção e atenção ao idoso.

Palavras-chave: Saúde do Idoso; Síndrome X Metabólica; Envelhecimento.

 


O CUIDADOR COMO FACILITADOR DA ESTIMULAÇÃO COGNITIVA NO IDOSO

Andréia Gadiolli Fidencio Poscai

Michele Vieira Pereira

Rúbia da Siva

Vera Nicia Fortkamp de Araujo

 

Introdução: O artigo em tela é o resultado de experiências multiprofissionais, da observação de um Centro Dia e dos cuidadores, no lidar com o idoso que necessita de estimulação cognitiva em suas atividades cotidianas. A escolha do tema surge com a observação e constatação do desgaste do cuidador familiar no atendimento à pessoa idosa no seu domicílio, e da importância de um espaço adequado que possam passar o dia e se beneficiar com atividades apropriadas, como aquelas oferecidas no Centro Dia. O envelhecimento da população mundial, especificamente da sociedade brasileira ganhou significativa atenção por parte daqueles que estão mais atentos às evoluções demográficas e com o prolongamento da vida surgem alterações de algumas habilidades cognitivas, em especial o desempenho das memórias episódica e operacional, que, em muitos idosos, vão diminuindo à medida que a idade avança. Estudos com pessoas acima de sessenta anos têm demostrado declínio cognitivo e nas funções executivas, mais acentuadamente nas tarefas que exigem atenção, rapidez, concentração e raciocínio, precisão, priorização de foco. Aprofundar o tema tem importância para profissionais da área gerontológica, gestores de instituições, pesquisadores e demais interessados, subsidiando a reflexão e o debate pautados em políticas sociais para atuação eficaz na defesa e garantia de direitos da pessoa idosa prescritos em leis. Objetivo: Relatar a experiência de uma equipe multiprofissional na estimulação cognitiva no idoso inserido em um Centro Dia. Metodologia: A experiência tem como locus o Oikemera Centro Dia para Idosos, instituição não governamental, localizada no bairro Estreito, em Florianópolis\ SC, com funcionamento de segunda a sexta feira, com capacidade de atendimento para trinta pessoas idosas com dependência parcial nas atividades de vida diária necessitando de assistência multiprofissional qualificada. Dispõe de uma equipe de profissionais como gerontólogo, assistente social, arteterapeuta, massoterapeuta, musicoterapeuta, nutricionista, instrutores de dança sênior e circular e cuidador formal. São oferecidas atividades de estimulação cognitiva contínua, auxilio nas atividades de vida diária, artes manuais, jogos de memória e atenção, musicoterapia, pintura, habilidades de coordenação motora e integração social. São aplicados testes de Escala de Depressão Geriátrica Abreviada-GDS, Escala de Atividades Instrumentais de Vida Diária de Lawton, Mini Exame de Estado Mental, além da avaliação gerontológica a cada seis meses e reuniões mensais para adequações no Plano Individual de Atendimento para o diagnóstico e prognóstico de cada convivente. Resultados: Os resultados mais relevantes são o favorecimento dos vínculos afetivos dos idosos, autoconhecimento de habilidades e potencialidades, aumento na autoestima e verbalização do que lhe agrada ou não. A diversidade de necessidades individuais, sejam físicas ou cognitivas, dificulta o trabalho com o grupo, o que exige muita criatividade e flexibilidade da equipe multiprofissional para adaptação dessas atividades. Diante disso, a equipe é constantemente instigada a se capacitar para o melhor atendimento dos perfis que se apresentam na instituição. Conclusão: A equipe multiprofissional facilita a estimulação cognitiva nos conviventes, inspira a consciência de si mesmo, o amor próprio e bem estar proporcionando tranquilidade para a família.

Palavras-chave: centro dia; cuidador; idoso; estimulação cognitiva.

 

 


OS VÍNCULOS DE AFETO PÓS-INSTITUCIONALIZAÇÃO DE PESSOAS IDOSAS: RELATO DE TRABALHO EXTENSIONISTA

Michelle Bertóglio Clos

Paulo Roberto Consoni

Joelsa Farias

 

Introdução: o presente trabalho foi desenvolvido por docentes e acadêmicos vinculados ao Projeto de Extensão Comunitária da ULBRA Canoas intitulado “Atenção multiprofissional geronto-geriátrica a instituições de longa permanência para idosos”. O mesmo refere-se ao mapeamento da rede de suporte social de pessoas idosas institucionalizadas em uma ILPI no município de Canoas/RS e tem como foco o vínculo afetivo que os idosos estabelecem pós-institucionalização. O referido município tem cerca de 40 mil idosos, cerca de 12% da população e é referência na atenção à saúde da população idosa, segundo dados do Ministério da Saúde. Objetivo: analisar a formação de vínculos afetivos pós-institucionalização dos residentes no Lar São José Canoas/RS. Metodologia: Aplicação do Diagrama da Escolta, um instrumento validado para realidade Brasileira. O instrumento consiste em uma representação gráfica do modelo de Escolta Social composta por um círculo, onde está posicionada a pessoa foco, e que está inserido em uma estrutura maior de três outros círculos concêntricos e hierárquicos. A posição ocupada na rede de pertencimento depende do grau de importância que lhe é atribuído no que se refere a apoio social, material ou afetivo. O mapeamento tem como pergunta disparadora: quem é a pessoa mais importante da sua vida hoje? A partir disto a dinâmica se desenvolve para o desvelamento das pessoas de referência da pessoa idosa, bem como a função exercida no suporte social. Resultados: foram entrevistados 15 residentes, 9 mulheres e 6 homens. A partir do Diagrama da Escolta 73% dos entrevistados indicaram vínculo afetivo com a equipe diretiva, 47% com Cuidadores e também com a Assistente Social, 40% afirmaram ter estabelecido vínculos de amizade com outros idosos e 13% com Voluntários. Os idosos caracterizaram o apoio recebido da seguinte forma: apoio material: Equipe Diretiva e Assistente Social; Cuidado Físico e Apoio Emocional: Cuidadores; Reconhecimento: Outros Idosos e Voluntários. Conclusão: A partir das redes mapeadas foi possível identificar que um número significativo de idosos desenvolvem vínculos pós-institucionalização. Neste sentido, o trabalho interdisciplinar é fundamental para a promoção e fortalecimento deste tipo de vínculo, pois isto se configura enquanto uma alternativa de proteção e ampliação da rede de suporte social.

Palavras-chave: Instituição de Longa Permanência para Idoso; Rede de Apoio; Serviço Social.

 

 


CUIDADOS NO FIM DA VIDA DE PESSOAS IDOSAS INSTITUCIONALIZADAS: UM INVESTIMENTO POSSÍVEL

Michelle Bertóglio Clos

 

Introdução: Abordar a temática dos cuidados no fim da vida no contexto das Instituições de Longa Permanência para Pessoas Idosas (Ilpi) é adentrar no campo da qualidade de vida nos últimos anos destes sujeitos. Há um silêncio sobre a morte nestes locais que nos remetem a alguns pontos de reflexão: um deles é sobre a condição de mortalidade numa Ilpi e o outro é a própria questão do valor/custo do cuidado. Ousamos afirmar que o foco das pesquisas com pessoas idosas está nas dimensões hospital/comunidade, bem como nas políticas públicas de atenção a esta população. Mas, anterior à morte está o cuidado e as estruturas que são disponibilizadas às pessoas idosas em processo de morrer, assim como a filosofia presente no cuidado. Objetivo: compreender como vem sendo implementado os cuidados no fim de vida em Instituições de Longa Permanência para Idosos na região metropolitana de Porto Alegre. Metodologia: Este é um estudo de natureza descritiva e abordagem qualitativa, resultado da pesquisa de doutoramento da autora, no qual foram selecionadas para compor o universo de pesquisa 6 instituições em 6 municípios da região metropolitana, incluindo a capital Porto Alegre. Foram entrevistados 19 sujeitos do corpo técnico e 13 responsáveis/familiares pelos idosos institucionalizados, num total de 32 sujeitos. Neste sentido, buscou-se investigar se as Instituições de Longa Permanência para as pessoas Idosas estão estruturadas para reconhecer as necessidades de cuidados que garantam conforto e dignidade no processo de morrer de seus residentes. As categorias centrais deste estudo foram delineadas a priori: cuidado, integralidade, individualidade, vínculos e espiritualidade. Resultados: As unidades de registro mais frequentes nas entrevistas foram Higiene (53,8%) seguidas de Dignidade, Não respeito à individualidade do idoso, Medicação e Alimentação (46,2% cada). Para os técnicos o cuidado é associado ao afeto (57%). Sobre as formação e capacitação profissional, 73% dos técnicos informam não terem formação específica na área do idoso e 57,9% desconhecem o que são os cuidados paliativos. Em contrapartida, 84,2% dos entrevistados afirmam possuir condições adequadas de trabalho para o cuidado. A partir da análise do conteúdo das entrevistas e das observações de campo, pode-se evidenciar que há precariedade nestas estruturas de acolhimento e desconhecimento da filosofia de cuidados paliativos e cuidados em fim de vida. Conclusões: Por haver fragilidade na efetivação do cuidado, há compensação das dificuldades estruturais com o discurso do afeto por parte da equipe técnica. Também se identificou uma relação entre cuidado de boa qualidade e disponibilidade de recursos financeiros, demonstrando indicativos para a reificação do cuidado, ou seja, o cuidado enquanto mercadoria a ser comercializada.

 Palavras-chave: Instituição de longa permanência para idoso; Rede de apoio social; Serviço Social.

 

 


FATORES QUE INTERFEREM NA LONGEVIDADE: CAPACIDADE FUNCIONAL E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA DE CENTENÁRIOS

Leonardo Hoffmann

Inês Amanda Streit

Lucas Gomes Alves

Luana Machado

 Silvia Rosane Parcias

Giovana Zarpellon Mazo

 

Introdução: Estudos de base populacional com centenários buscam verificar os fatores que afetam na longa duração de vida. Dentre estes, a capacidade funcional e o nível de atividade física são predispostos dessa longevidade. Objetivo: Descrever a capacidade funcional e o nível de atividade física de centenários como fatores que interferem na longevidade. Método: Participaram deste estudo descritivo, 58 centenários, de ambos os sexos, com média de idade de 102 anos, residentes na mesorregião Grande Florianópolis, SC. Foram aplicadas as questões referentes à avaliação da capacidade funcional (Escala de Katz) e o pedômetro para verificar o nível de atividade física dos centenários, ambas inseridas ao Protocolo de Avaliação Multidimensional do Idoso Centenário, elaborado pelo Laboratório de Gerontologia da Universidade do Estado de Santa Catarina. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva. Resultados: Verificou-se que a maioria dos centenários é do sexo feminino (70,7%), tem baixa escolaridade (79,2%), viúvo (80,7%), mora com a família (69,0%) e possui cuidador (96,5%). Dos centenários, 20,7% são institucionalizados. As principais doenças diagnosticadas foram Incontinência Urinária (43,9%) e Hipertensão Arterial (36,8%). A maioria dos centenários (77,5%) é independente para alimentar-se, enquanto a função vestir-se é a tarefa que apresenta o maior número de dependentes (70,6%). O nível de atividade física entre os centenários foi em média de 1.103,69 passos/dia. Apenas sete centenários apresentaram média superior de 1.000 passos/dia, que é recomendado para melhoria da saúde e para melhor mobilidade. Os idosos independentes apresentaram maior nível de atividade física (média de 3.124,89 passos/dia) quando comparado aos dependentes (602,19 passos/dia). Conclusão: Os centenários apresentam maior dependência para vestir-se e independência para alimentar-se (capacidade funcional), além de baixo número de passos/dia, o que pode influenciar em sua mobilidade e independência. Fatores estes, que podem interferir na longevidade.

Palavras-chave: Centenários; Capacidade Funcional; Atividade Física; Longevidade.

 


PERFIL DE IDOSOS EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA NOS MUNICÍPIOS DE FLORIANÓPOLIS E SÃO JOSÉ/SC

Thamara Hubler Figueiró

 Camila de Souza dos Santos

Danúbia Hillesheim

Thaissa de Araujo Bessa

André Junqueira Xavier

 

Introdução: O envelhecimento constitui um fator de alteração da estrutura da sociedade de nosso país, sendo que familiares, quando não conseguem dar o suporte necessário ao idoso, optam por inserir este em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI). As ILPI são instituições governamentais ou não-governamentais, de caráter residencial, destinadas ao domicílio coletivo de pessoas com 60 anos ou mais, com ou sem suporte familiar, em condição de liberdade, dignidade e cidadania. Sendo o aumento da longevidade uma realidade brasileira, a demanda por essa modalidade de cuidados tende a crescer. Entre 2007 a 2009 o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada   mostrou que existiam cerca de 3.548 instituições distribuídas entre 29,9% dos municípios brasileiros. Na região Sul, as ILPI são na maioria particulares. Objetivo: Descrever o perfil dos idosos residentes em duas Instituições de Longa Permanência nos municípios de Florianópolis e São José, localizados em Santa Catarina. Metodologia: Estudo transversal, descritivo, de amostra por conveniência, dados coletados a partir dos prontuários, no segundo semestre de 2016, com 89 idosos (60 anos ou mais) residentes de duas Instituições de Longa Permanência para Idosos localizadas na cidade de Florianópolis/SC e São José/SC. Resultados: Os idosos possuíam em média 79,5 anos (DP=9,7) de idade, dos quais 55,1% eram do sexo masculino e 44,9% do sexo feminino. Entre os homens 14,3% estavam na faixa etária entre 60 a 69 anos, 28,6% entre 70 a 79 anos e 57,1% estavam com 80 anos ou mais. Já no sexo feminino, 22,5% das mulheres possuíam entre 60 a 69 anos, 32,5% entre 70 a 79 anos e 45% apresentavam 80 anos ou mais. Houve predominância de cor da pele branca (78,6%) e média de 4,1 anos (DP=3,5) de estudo. As doenças mais prevalentes foram hipertensão arterial (57,3%), demência de todos os tipos (54,1%) e depressão (49,4%). Conclusão: Observa-se que a maioria dos idosos institucionalizados eram homens, com cor de pele branca e com baixo grau de escolaridade. Além disso, há maior prevalência de mulheres institucionalizadas nas faixas etárias mais jovens. Porém na faixa etária de 80 anos ou mais essa situação se inverte, com maior percentual de institucionalizações no sexo masculino. Estes resultados vão ao encontro da literatura, indicando um predomínio do sexo masculino nas faixas etárias mais elevadas, entre os idosos residentes em ILPI, e com prevalência de doenças crônicas, dentre elas as mentais. Conhecer o perfil de idosos residentes nas ILPI fornece aporte para o planejamento de ações, para que as mesmas estejam preparadas para receber esta demanda de idosos, com um local de infraestrutura adequada e profissionais qualificados, valorizando a autonomia do idoso e criando condições humanizadas de cuidado quando estes já estiverem fragilizados.

Palavras-Chave: Idoso; Saúde do Idoso Institucionalizado; Idoso Fragilizado.

 

 


CONVERSA NO LEITO HOSPITALAR: ESTUDO DE CASO COM IDOSO AMPUTADO

Ruy Luiz Lorenzetti Branco

Soraia Cristina Tonon da Luz

Kadine Priscila Bender dos Santos

 Gesilani Julia da Silva Honório

Tayla Siqueira Ruy

Elaine Ferreira de Oliveira

 

Introdução: Essa pesquisa faz parte de uma das ações do projeto de extensão Reabilitação Multidisciplinar em Amputados, do programa Reabilitar e Integrar do Centro de Ciências da Saúde e do Esporte da Universidade do Estado de Santa Catarina. A ação intitulada: Conversa no leito é iniciada a partir das notificações de pessoas que sofreram cirurgia de amputação de membro inferior, preenchidas pelos profissionais em âmbito hospitalar. Em posse desta notificação, um componente do projeto previamente estabelecido efetiva a ação, seguindo um roteiro de entrevista e entrega de um Kit contendo uma faixa elástica específica para o enfaixamento do coto, além de materiais informativos sobre o processo de reabilitação.  Por fim, a ação inclui a possibilidade de agendamento para a avaliação e tratamento fisioterapêutico no projeto de extensão pós alta hospitalar. Objetivo: Relatar a ação educativa intitulada “Conversa no Leito” destinada a um idoso a partir de cinco temas geradores: Reabilitação; Empoderamento; Amputação; Incertezas e Orientação. Metodologia: Trata-se de um estudo de caso qualitativo, realizada uma entrevista semiestruturada com um idoso amputado de membro inferior, internado num hospital público da Grande Florianópolis. A entrevista foi áudio gravada e utilizou-se um diário de campo para registro de informações pertinentes ao paciente. Resultados: Paciente do sexo masculino de 67 anos, com sequela de acidente vascular cerebral (AVC), institucionalizado, sob cuidados de um cuidador, que sofreu amputação de nível transtibial por etiologia vascular (diabetes). A partir dos temas geradores, buscou-se refletir sobre o relato do paciente, a saber: Reabilitação “quanto eu tive um AVC eu precisei fazer reabilitação”. Em relação ao tema gerador Reabilitação observa-se a tomada de consciência do paciente em relação à necessidade da reabilitação. Empoderamento: “o cuidador está todo dia de manhã e à tarde, a família que está à tarde e à noite, e no fim de semana também”. Quanto ao tema gerador Empoderamento observa-se o sentimento de segurança em relação a presença do cuidador e da família em tempo integral. Amputação: “depois do AVC de eu ficar parado na cama me deu uma úlcera no pé, aí tiveram que amputar; não conheço ninguém que amputou, só vi na rua; a amputação deu tudo certo, a fisioterapeuta está vindo direto. O tema gerador expos o relato do paciente sobre a sua causa de amputação e seu conhecimento sobre outras pessoas amputadas. Incertezas: ”só quero andar, andar rápido”. Quando relata a vontade de andar novamente percebe-se o sentimento de insegurança e anseio. Orientação: ”aqui eu recebi orientação do pessoal aqui, das fisioterapeutas, das enfermeiras; os médicos vinham aqui”. Observa-se a orientação da equipe multidisciplinar no cuidado do paciente. Conclusão: A conversa no leito hospitalar no pós-operatório de um idoso amputado revelou-se como uma ação educativa que permite: ouvir as necessidades do paciente, orientá-lo sobre o processo de reabilitação e, principalmente, emponderá-lo sobre sua condição de saúde e metas a curto e longo prazo.

Palavras-chave: amputação; cuidados pós-operatórios; serviço Hospitalar de fisioterapia; educação em Saúde.

 

 


SÍNDROME DO IMOBILISMO NO IDOSO: REVISÃO DE LITERATURA

Daiane Pereira Alves

 Serlei Teresinha de Andrade dos Santos

Barbara Cristina Turnes

 Emanuela Cristina Fabricio

Cintya Karine Mortari

 Mariane Kons

 

Introdução: A Síndrome do Imobilismo é comum em idosos, e consiste no estado em que o indivíduo vivencia limitações físicas do movimento, decorrente de um desequilíbrio entre repouso e atividade física. Ou seja, alterações que ocorrem no indivíduo que se encontra acamado, institucionalizado ou não, há um longo período de tempo. É uma condição separada da doença original que gera a imobilização. Objetivo: Analisar as consequências da síndrome do imobilismo no idoso. Metodologia: Este estudo propôs-se a desenvolver uma revisão integrativa de literatura. A pesquisa desenvolveu-se nas seguintes bases de dados online: Biblioteca Regional de Medicina – BIREME, Biblioteca eletrônica científica on-line – SciELO e Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica – MedLine, nos últimos dez anos, nos idiomas português e inglês. O descritores utilizados para fazer a busca nas bases de dados foram: hipocinesia; imobilização; idoso; efeitos deletérios. Os critérios de inclusão foram aqueles, cujos estudos abordaram a síndrome do imobilismo no idoso. Resultados Foram selecionados 25 artigos: 8 da Bireme, 12 da Medline e 5 da Scielo. Os efeitos da imobilização são definidos como uma redução na capacidade funcional dos sistemas cardiorrespiratório, vascular, endócrino, gastrointestinais, urinário, muscular, esquelético e neurológico. No Sistema Circulatório poderá ocorrer a diminuição do funcionamento cardiovascular, aumento da pressão arterial, elevação da viscosidade sanguínea. Esta restrição ao leito causa hipotensão postural, linfedema de membros inferiores e riscos de tromboembolismo, aumento da frequência cardíaca e diminuição do consumo máximo de oxigênio. No Sistema Respiratório as complicações poderão ser severas pelo aumento da resistência mecânica respiratória através da diminuição do movimento diafragmático e da excursão torácica, diminuição da ventilação, diminuição da tosse efetiva, dificuldade para eliminar secreções predispondo o paciente a pneumonia hipostática e atelectasias. No Sistema Tegumentar o contato com o leito por longo período na mesma posição poderá ocasionar em algumas áreas da pele isquemia, consequentemente as lesões por pressão ou escaras, podendo progredir pela pele para tecido adiposo, tendões e ossos. No Sistema Geniturinário irá provocar um comprometimento do esvaziamento completo da bexiga devido ao decúbito dorsal pela dificuldade de gerar pressão intra-abdominal nesta posição e enfraquecimento da musculatura abdominal, ocasionando um aumento de infecções e cálculos. No Sistema Gastrointestinal o imobilismo provocará perda de apetite, déficit nutricional e redução da peristalse. Estes fatores juntando a perda de volume plasmático e a desidratação resultam na constipação e formação de fecaloma. O Sistema Musculoesquelético é mais afetado pela Síndrome do Imobilismo, podendo causar a osteoporose, contraturas, fibrose, atrofias, diminuição da força muscular, rigidez articular, encurtamentos e deformidades. Conclusão: Os estudos revelam que os efeitos da imobilização no organismo vão além de contraturas ortogênicas, esses efeitos podem causar consequências aos sistemas do corpo humano, variando conforme a gravidade da lesão, tipo de imobilização, tempo de imobilização, distúrbios secundários que podem ser adquiridos com tempo de inatividade e muitas vezes de repouso completo no leito.

Palavras-chave: Hipocinesia; imobilização; idoso; efeitos deletérios.

 

 


INCIDÊNCIA DE DELIRIUM NO PACIENTE IDOSO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Bárbara Cristina Turnes

Daiane Pereira Alves

Mariane Kons

Emanuela Cristina Fabrício

 Serlei Teresinha de Andrade dos Santos

Cintya Karine Mortari

 

 

Introdução: Na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a sedação é usada frequentemente, principalmente nos pacientes que estão avassalados à ventilação mecânica. A principal intenção com esse método é de prevenir autolesões, promover um maior conforto, e principalmente facilitar a interação do paciente com o ventilador. Porém, em muitos casos, existe um excesso do uso da sedação, que consequentemente leva a um efeito negativo do que se esperava, como um aumento de mortalidade, uma maior permanência na UTI, e principalmente causar o delirium, que é definido como um distúrbio de consciência que se encontra no paciente sedado, e que está agregado à alteração da função cognitiva. A atuação da fisioterapia nesses casos é de grande importância, pois ela vai tratar do paciente durante sua permanência na UTI. Objetivo: Analisar a importância do tratamento fisioterapêutico em pacientes com delirium internados em Unidade de Terapia Intensiva.  Metodologia: Revisão integrativa de literatura dos últimos dezessete anos, a partir da busca por palavras-chave, idiomas português e inglês, nas bases de dados: Scielo, Bireme e Medline. Os critérios de inclusão, foram os artigos que constavam em seus títulos as palavras-chaves: o delirium, confusão, unidade de terapia intensiva, sedação, fisioterapia, e mobilização precoce. A seleção dos artigos foi realizada em duas etapas, na primeira foram selecionados quarenta artigos que constavam em seus títulos, as palavras chaves; na segunda etapa, a seleção foi a partir da leitura analítica dos resumos com a finalidade de ordenar e sumariar as informações neles contidas e excluir os que não contemplavam o objetivo dessa pesquisa. Resultados: Dos trinta e cinco artigos, selecionados na segunda etapa de busca: 10 da Bireme, 20 da Medline e 5 da Scielo. Os artigos revelam que a permanência do paciente idoso internados na Unidade de Terapia Intensiva tende a ser maior, entretanto, em pacientes sob sedação, há um aumento da incidência de delirium. Contudo, a atuação fisioterapêutica dentro dessas unidades é baseada em avaliações diárias e manobras precoces que além de auxiliar na prevenção de quaisquer patologias, estimula precocemente o paciente melhorar, melhorando a sua qualidade de vida e diminuindo sua permanência no referido local. Conclusão: Dentro da UTI, o primeiro passo do fisioterapeuta é avaliar e identificar os fatores de risco, junto com a equipe multiprofissional o fisioterapeuta coopera para a redução da incidência e duração do delirium, auxiliando também na melhora da função cardiorrespiratória e funcional do paciente.

Palavras-chave: delirium; unidade de terapia intensiva; sedação; fisioterapia; idoso.

 

 


MOBILIZAÇÃO PRECOCE NO IDOSO INTERNADO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: REVISÃO DE LITERATURA

Mariane kons

Serlei Teresinha de Andrade dos Santos

Daiane Pereira Alves

Cintya Kariane Mortari

Barbara Cristina Turnes

Emanuela Cristina Fabricio

 

Introdução: Ao longo das últimas décadas, os avanços no tratamento de cuidados intensivos obtiveram sucesso no tratamento de pacientes complexos. Com os tratamentos cada vez mais invasivos, observou que a imobilização no leito é prejudicial, assim, abortando a ideia de que o paciente é doente demais para ser mobilizado. O fisioterapeuta que atua na terapia intensiva é o membro primordial para realização de atividade física nos pacientes idosos, por isso ele deve compreender e estar capacitado para planejar um protocolo de mobilização precoce, porém, toda equipe multidisciplinar deve ser estimulada a participar. Objetivo: Analisar os benefícios da mobilização precoce na recuperação do paciente idoso criticamente enfermo internado na Unidade de Terapia Intensiva. Metodologia: Revisão integrativa de literatura dos últimos dez anos (2007-2017), a partir da busca por palavras-chave, idiomas português e inglês, nas bases de dados: SCIELO, MEDLINE, BIRAME. Em português, foram utilizados os seguintes descritores: mobilização precoce, fisioterapia, unidade de terapia intensiva, idoso; em inglês: early mobilization, physiotherapy, intensive care unit, elderly.  Como critérios de inclusão, foram selecionados 35 artigos que abordaram a mobilização precoce em pacientes idosos na unidade de terapia intensiva. Resultados: Foram selecionados 35 artigos: 10 da BIRAME, 15 da MEDLINE e 10 da SCIELO. Os efeitos benéficos das diferentes estratégias de mobilização precoce no idoso estão associados à prevenção e redução da polineuromiopatia do paciente crítico, mais comumente pronunciada com, fraqueza muscular adquirida, melhoria da qualidade de vida dos pacientes, redução da internação e hospitalização e mortalidade durante a hospitalização. Outros resultados associados são a redução do tempo de ventilação mecânica e do desmame e a preservação da força muscular periférica e respiratória. Estudos monstram diferentes protocolos de iniciação apresentando variações relacionadas à progressão de exercícios, como a eletroestimulação neuromuscular, o cicloergômetro e a prancha ou mesa ortostática. Conclusão: A mobilização precoce deve começar a partir do momento em que o paciente idoso demonstra estabilidade clínica e hemodinâmica, com o objetivo de que o paciente retome suas atividades funcionais o mais breve possível. Essa atividade é segura e viável, porém, é necessário estudos relatando o tipo de exercício, a duração, a intensidade e os parâmetros de segurança. Essa mobilização exige a união de toda a equipe multidisciplinar, cuja os membros compartilhem uma expectativa cultural de atividade precoce em pacientes idosos.

Palavras-chave: Mobilização precoce; idoso; fisioterapia; unidade de terapia intensiva.

 


CONSEQUÊNCIAS DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA NO IDOSO

Emanuela Cristina Fabricio

 Serlei Teresinha de Andrade dos Santos

Jéssica Sartori Cardoso Alexandre

Daiane Pereira Alves

Mariane Kons

Barbara Cristina Turnes

 

Introdução: A Incontinência urinária é a perda involuntária de urina, sendo muito comum em idosos, devido à fraqueza da musculatura do assoalho pélvico, trata-se de um problema multifatorial, podendo estar relacionado inclusive por fatores socioculturais (influência de comportamento e ambiente que vivem), dentre os quais se destaca a falta de conhecimento do assoalho pélvico e consiste no estado em que o indivíduo vivencia limitações do seu dia a dia, decorrente da fraqueza da musculatura do assoalho pélvico, ou seja, falta de força que ocorrem na musculatura (sem contração e relaxamento). Apresenta pequenos sintomas e ao longo prazo aumenta a perda de urina. Por afetar a musculatura do assoalho pélvico, está patologia deve ser considerada como uma condição de limitação das atividades diárias dos idosos. Objetivo: Analisar as consequências da incontinência diária na qualidade de vida do idoso. Metodologia: Revisão integrativa de literatura dos últimos dez anos (2007 – 2017), a partir de busca por palavras-chave, idiomas português e inglês, nas bases de dados: Biblioteca eletrônica científica on-line – Scielo, biblioteca regional de medicina – Bireme e sistema on-line de busca e análise de literatura médica – Medline. Como critério de inclusão, foram selecionados estudos que abordaram a incontinência urinária e a influência da idade. Após o levantamento bibliográfico, foram realizados três filtros, uma leitura seletiva de todos os resumos e palavras – chave, leitura de introdução e conclusão e finalizando com leitura total do artigo. As palavras- chave que foram utilizadas nas bases de dados são: Incontinência urinaria, assoalho pélvico, idoso, musculatura, fraqueza.  Resultados: Foram selecionados 32 artigos: 10 da Bireme, 16 da Medline e 6 da Scielo. Os estudos foram realizados na revisão de literatura de artigos científicos. A dificuldade inicial de associar sistemas urinário e sistema respiratório poderão ter complicações no aumento da resistência mecânica respiratória através da diminuição do movimento diafragmático e da excursão torácica, diminuição da ventilação, com o aumento da tosse, paciente tem mais perca de urina. No Sistema Gastrointestinal a incontinência provocará perda de apetite, déficits nutricional e redução da peristalse. O Sistema Musculoesquelético é mais afetado pela perca de urina. Sendo que estas complicações podem ser aumentadas dependendo dos fatores prés existentes de cada paciente. Conclusão: A incontinência urina é um momento de grande sofrimento para o idoso de grande constrangimento, a pessoa não consegue segurar a urina ao fazer esforço como tossir ou espirrar, a vontade de urinar e tão súbita que não dá tempo de chegar ao banho, causando impacto na atividade da vida diária. As mulheres sofrem com a falta de conhecimento sobre o assoalho pélvico. Sendo assim, com mais recursos e informações as mulheres não sofreriam tanto e teriam uma vida saudável.

Palavras-chave: Incontinência urinária assoalho pélvico, idoso, musculatura, fraqueza.

 

 


INCIDÊNCIA DO CÂNCER DE MAMA NA TERCEIRA IDADE: REVISÃO DE LITERATURA

Serlei Teresinha de Andrade dos Santos

Daiane Pereira Alves

Emanuela Cristina Fabrício

Jéssica Sartori Cardoso Alexandre

Mariane Kons

Bárbara Cristina Turnes

 

Introdução: O câncer é uma patologia que pela sua alta incidência e elevado índice de mortalidade, é considerado, atualmente, como um problema de saúde pública em todo mundo. É também uma doença crônica degenerativa, que apresenta evolução progressiva e prolongada. A neoplasia leva várias perdas físicas e psicológicas, como quadros de depressão, pensamentos suicidas, abandono da família, negação e ansiedade, que são alguns dos fatores que afetam a vida das mulheres. Objetivo: analisar a incidência do câncer de mama em mulheres idosas. Metodologia: Revisão integrativa de literatura científica nas bases de dados: Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde – BIREME, Scientific Eletronic Library Online– SCIELO e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online – Medline, no período de 2007 a 2017, a partir dos descritores: em português: câncer, idosa, mulher, incidência, neoplasia e mama; em inglês: cancer, aged, woman, incidence, neoplasm e breast. A seleção dos artigos foi realizada em duas etapas, na primeira foram selecionados setenta artigos que constavam em seus títulos, as palavras chaves; na segunda etapa, a seleção foi a partir da leitura analítica dos resumos com a finalidade de ordenar e sumariar as informações neles contidas e excluir os que não contemplavam o objetivo dessa pesquisa. Dos trinta e dois artigos, selecionados na segunda etapa de busca: 15 da Bireme, 10 da Medline e 10 da Scielo. Resultados: Estudos demonstram que o câncer de mama é o mais comum, no Brasil e no mundo, com o aumento de idade há um aumento expressivo no câncer de mama, principalmente a partir dos 40 anos. Com aumento da idade há uma maior mortalidade entre as idosas, pois além das comorbidades há também o problema do acesso aos exames preventivos, talvez por dependerem de terceiros para se deslocarem aos hospitais, laboratórios ou unidades básicas de saúde. Segundo o Instituto Nacional de Câncer para os anos de 2016 e 2017, excetuando-se o câncer de pele não melanoma, serão 420.310 mil novos casos, deste total, 57.960 ou 28,1% representam o câncer de mama. Conclusão: com a transição demográfica, o aumento da população de idosos as estimativas sinalizam para um aumento de câncer de mama entre as idosas, esta realidade impõe uma revisão das políticas de prevenção e tratamento do câncer de mama.

Palavras-chaves: câncer; idosa; mulher; incidência; neoplasia e mama.

 

 


RELATO DE EXPERIÊNCIA: LEVANTAMENTO DA NECESSIDADE DE TRATAMENTO ODONTOLÓGICO NOS HÓSPEDES DE ILPI DA GRANDE FLORIANÓPOLIS - SC, PARA ELABORAÇÃO DE UM PROJETO DE ASSISTÊNCIA ODONTOLÓGICA

Inessa Solek Teixeira

Márcia Cristina Carriel Gomes

 

Introdução: A população idosa brasileira está aumentando em número e em idade. Estudos sobre saúde bucal na terceira idade consideram inúmeros fatores e mostram as consequências em relação ao envelhecimento da cavidade bucal. Pesquisas correlacionam as condições bucais à saúde geral dos pacientes, deixando clara a importância da observação do paciente como um todo. A saúde bucal dos idosos é precária, a higiene bucal deficiente, a prevalência de cárie é alta, a perda dentária é acentuada e a presença de bolsa periodontal é freqüente. A seleção de alimentos, a mastigação, o prazer de comer, a comunicação e os aspectos psicológicos foram associados pelos idosos com dentes naturais ou próteses, mostrando a importância da manutenção da saúde bucal. A assistência odontológica domiciliar pode contribuir com o bem estar dos pacientes e se faz necessária. Estudos recomendam reforçar os procedimentos de higiene bucal na rotina de cuidados à saúde dos idosos, bem como capacitação e treinamento dos cuidadores para a aplicação de protocolos de higiene bucal. Os procedimentos de higiene a serem instituídos dependem: do grau de dependência do idoso, da atuação do cuidador perante os cuidados à saúde bucal e das dificuldades enfrentadas para realização de tais cuidados. Objetivo: O presente trabalho é um relato de experiência, cujos objetivos foram: detectar a necessidade ou não de tratamento odontológico em residentes de uma ILPI da grande Florianópolis-SC, instituir novos procedimentos de higiene bucal, realizar procedimentos odontológicos como: extração, restauração, raspagem de tártaro, profilaxia e próteses, na própria ILPI, nos hóspedes que apresentaram necessidades, quando autorizados pelos responsáveis, para melhorar as condições de saúde desses pacientes. Metodologia: Foram realizados exames clínicos no mês de junho de 2017, desenvolvido um plano de tratamento odontológico individualizado, realizado um levantamento do correto material de higiene e implantação do protocolo individual de cuidados. Treinamentos foram feitos com a equipe de enfermagem para que os materiais de higiene fossem corretamente usados e acondicionados. Resultados: Foram avaliados 29 dos 30 hóspedes da ILPI; desses, 10 (34,48%) eram do sexo masculino e 19 (65,52%) do sexo feminino. A faixa etária era de 57 a 95 anos, com média de 81,52 anos de idade. Destes, 18 (62,07%) necessitavam de tratamento odontológico e dos 11 que não necessitavam, 9 (81,82%) apresentam anadontia – ausência total de dentes. O trabalho contou com apoio da equipe multidisciplinar e dos administradores da ILPI. Os responsáveis ficaram satisfeitos com o atendimento oferecido e perceberam a importância da Odontologia para melhorar as condições de saúde de seus familiares. Conclusão: A dificuldade de deslocamento e a fragilidade da saúde dos idosos institucionalizados justificam a necessidade da presença de um cirurgião dentista como parte integrante da equipe multidisciplinar nas ILPIs, tanto realizando o tratamento odontológico como supervisionando a higiene bucal.

Palavras-chave: Assistência Odontológica; ILPI; Odontogeriatria; Saúde bucal, Saúde do Idoso.

 

 


INCIDÊNCIA DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA NO IDOSO, REVISÃO DE LITERATURA

Jéssica Sartori Cardoso Alexandre

Emanuela Cristina Fabricio

Serlei Teresinha de Andrade dos Santos

 Adriana Moura de Souza

Mateus Hames

Emellain Mannrich

 

Introdução: A incontinência urinária é a condição de perda involuntária de urina, considerado um problema social ou higiênico. Atinge ambos os sexos, em qualquer faixa etária, mas com maior incidência nas mulheres. Alterações de mobilidade, de lucidez e a existência de doenças associadas como diabetes mellitus e insuficiência cardíaca, estão entre os fatores que podem ser responsáveis pela incontinência urinária, além da integridade do trato urinário inferior. Objetivo: Analisar a incidência da incontinência urinária no idoso brasileiro, com base em evidências científicas. Metodologia: Este estudo propôs-se a desenvolver uma revisão integrativa de literatura. A pesquisa desenvolveu-se na seguinte base de dados online: Scielo – Biblioteca eletrônica Científica Online, nos últimos dez anos, nos idiomas português e inglês. Os descritores utilizados na busca na base de dados foram: incontinência urinária; idoso; incidência; fisioterapia. Os critérios de inclusão, foram os artigos que constavam as palavras-chaves: incontinência urinária no idoso. A seleção dos artigos foi realizada em duas etapas, na primeira foram selecionados quarenta e nove artigos que constavam as palavras chaves; na segunda etapa, a seleção foi a partir da leitura analítica dos resumos com a finalidade de ordenar e sumariar as informações neles contidas e excluir os que não contemplavam o objetivo dessa pesquisa, ao final desta etapa foram selecionados: Scielo, vinte e dois artigos.  Resultados: Estes demonstram que as mulheres apresentam incontinência urinária com uma frequência maior que os homens (6,2% a 23,2%), com taxas entre 26,2% a 57,4% sendo as mais afetadas as idosas institucionalizadas. Essa diferença de porcentagem na população feminina se dá pelas divergências existentes do conceito de incontinência urinária, às diferentes amostras populacionais e às variações na formulação dos instrumentos de coleta de dados. As diferentes causas de incontinência urinária podem se manifestar por meio de diversos sintomas na mulher. São classificadas e definidas como: incontinência urinária de esforço, que é caracterizada pela perda involuntária durante um esforço físico qualquer; incontinência urinária de urgência, que é caracterizada pela perda de urina durante sob forte desejo miccional; incontinência urinária mista, termo é atribuído à mulher que sofre de incontinência urinária de esforço associada à bexiga hiperativa. Para estas mulheres, é importante identificar o sintoma mais limitante e, quase sempre, tratar a hiperatividade da bexiga em primeiro lugar. Conclusão: Os estudos demonstram que tratamento da incontinência urinária começa com o seu diagnóstico adequado e a avaliação dos fatores precipitantes; que o tratamento fisioterapêutico tem se tornado um importante fator contribuinte para melhora ou cura da perda da urina. Dentre os recursos usados pela fisioterapia, citam-se a cinesioterapia (exercícios de contração da musculatura), cones vaginais, eletroestimulação, biofeedback, terapia comportamental. Que o aumento da força da musculatura do assoalho pélvico melhora o suporte da uretra, e diminui a incontinência de esforço. Com os exercícios, especialmente os de fortalecimento a regressão da incontinência pode ser de até 100%.

Palavras-chave: Incontinência urinária; idoso; incidência; fisioterapia.

 

 


OS BENEFICIOS DA HIDROTERAPIA EM IDOSOS

Emellain Danuza Mannrich

Jéssica Sartori Cardoso Alexandre

Mateus Hames

Hannah Nunes

Adriana Sousa Moura

André Felipe Santiago

 

Introdução: A hidroterapia ou a fisioterapia aquática é um recurso fisioterapêutico, onde se utiliza as propriedades da água, a partir da imersão na água aquecida como forma de tratamento de diversas doenças. Dentro da hidroterapia são abordadas técnicas como Watsu que utiliza técnicas de flutuação e relaxamento; Halliwick que encoraja o paciente a natação; Bad Ragaz que ajuda na reabilitação, alongamento muscular, manutenção ou ganho de amplitude de movimento com uso de flutuadores; Hidrocinesioterapia adota uma enorme variedade de exercícios com a finalidade terapêutica, possibilitando a realização de movimentos tridimensionais. Objetivo: Analisar os benefícios da hidroterapia em idosos. Metodologia: Este estudo comprometeu-se a desenvolver uma revisão de literatura. A pesquisa se desenvolveu nas seguintes bases de dados online: Scientific Eletronic Library Online (Scielo) e Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), nos últimos 5 anos, nos idiomas português e inglês.  Os critérios usados foram artigos que constavam em seus títulos as palavras chaves: Hidroterapia, fisioterapia aquática,hidroterapia em idosos. Foi realizada a seleção dos artigos em duas etapas, na primeira foram escolhidos 30 artigos que constavam em seus títulos as palavras chaves, na segunda etapa, a seleção foi a partir de uma leitura analítica dos resumos com a finalidade de ordenar e sumariar as informações nelas contidas e excluir os que não possuíam o tema abordado nessa pesquisa. Resultados: Dos 20 artigos selecionados na segunda etapa de busca: 13 da Scientific Eletronic Library Online (Scielo) e 7 do Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Estes demonstraram que a hidroterapia é um recurso que auxilia na manutenção do equilíbrio, no aumento ou na manutenção da amplitude de movimento, na força e flexibilidade muscular, na melhora da circulação sanguínea e na diminuição da pressão arterial. Além de tudo a hidroterapia permite o atendimento em grupos, o que facilita a recreação e socialização. Com a melhora dos movimentos funcionais, acabam restabelecendo a autoestima e autoconfiança dos idosos. Conclusão: Pode-se concluir no presente estudo que a hidroterapia promove diversos benefícios para os idosos como a manutenção do equilíbrio, o aumento a manutenção dos movimentos, na força e na flexibilidade muscular, no aumento da circulação sanguínea e na diminuição da pressão arterial, além de ser uma atividade prazerosa.

Palavras chaves: Hidroterapia, fisioterapia aquática, hidroterapia em idosos.

 

 


OS EFEITOS DA HIDROTERAPIA NO TRATAMENTO DA FIBROMIALGIA: REVISÃO DE LITERATURA

Gabriela Bruna de Almeida

Camila Santos da Silva

 Alessandra Daniela Tessmer Santin

Romulo Schmitt Seemann

Vania Regina Torrens

André Felipe Santiago

 

Introdução: A fibromialgia é uma patologia crônica caracterizada por dor muscular esquelética generalizada, distúrbios do sono, rigidez articular, alterações psicológicas e fadiga muscular, não apresentando sinais de inflamação. Ocorre de forma isolada ou associada a outras doenças reumáticas. O meio aquático promove o condicionamento cardiorrespiratório e redução da sensibilidade dos terminais nervosos. Estas alterações são muito importantes em idosos com fibromialgia, pois a água possibilita a realização de exercícios com redução de forças excêntricas e movimentos mais lentos.  Objetivo: Analisar os efeitos da fibromialgia na população idosa no tratamento da hidroterapia. Metodologia: Revisão integrativa de literatura dos últimos quinze anos, a partir da busca por palavras-chave, idiomas português e inglês, nas bases de dados: Scientific Eletronic Library Online – Scielo, Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde – Bireme e Industries Inc – Medline. Os critérios de inclusão foram os artigos que constavam em seus títulos as palavras-chaves: hidroterapia, fibromialgia, idosos, fisioterapia e qualidade de vida. A seleção dos artigos foi realizada em duas etapas, na primeira foram selecionados quarenta artigos que constavam em seus títulos, as palavras chaves; na segunda etapa, a seleção foi a partir da leitura analítica dos resumos com a finalidade de ordenar e sumariar as informações neles contidas e excluir os que não contemplavam o objetivo dessa pesquisa. Resultados: Foram selecionados 40 artigos: 10 da Bireme, 25 da Medline e 5 da Scielo. Os estudos demonstram a importância dos efeitos da hidroterapia no tratamento de idosos com fibromialgia. O objetivo do programa de atividades aquáticas terapêuticas para fibromialgia é ajudar a elevar o nível de resistência e a tolerância do idoso à atividade, ganhando desta forma melhoria geral no nível de condicionamento. A força que a água oferta quando a movimentação é realizada contra a impulsão facilita o seu controle, reduzindo a ameaça de micro traumas. Os elementos da água aquecida sobre o sistema cardiovascular se torna incerta qual a intensidade da atividade a impor, ou seja, é necessário adaptar a intensidade do exercício a cada idoso. Estudos também demostraram que a fibromialgia afeta mais o idoso diminuindo a sua qualidade de vida, algumas vezes já afetado por patologias pré-existentes. Conclusão: A hidroterapia demonstrou ser um excelente coadjuvante no tratamento da fibromialgia, por ser um dos elementos da intervenção na fibromialgia no espaço aquático é o exercício aeróbio, que melhora a capacidade física e traz benefícios emocionais, pois estimula o composto opioide endógeno e eleva a tolerância à dor, levando a analgesia. No idoso esses benefícios da hidroterapia são mais acentuados por melhorar o sistema musculoesquelético, cardiorrespiratório e digestório.

Palavras-chave: fibromialgia; hidroterapia; fisioterapia; idoso; qualidade de vida.

 


DISFUNÇÕES SEXUIAS NA TERCEIRA IDADE: REVISÃO DE LITERATURA

Adriana Moura de Souza

André Felipe Santiago

Emellain Danuza Mannrich

Hannah Verena Almeida Nunes

Jéssica Sartori Alexandre

Mateus Hames

 

Introdução: As disfunções sexuais são problemas de saúde que acometem milhares de pessoas todos os anos. Trata-se de disfunções do desejo, excitação, lubrificação, satisfação ou orgasmo, disfunção erétil, ejaculação prematura ou dor sexual. Pelo fato de a resposta sexual depender do bom funcionamento de estruturas físicas, como músculos, vasos, nervos, é comum que boa parte das disfunções sexuais sejam de origem física. Como o envelhecimento normal tem impacto sobre as estruturas corporais, degenerando progressivamente suas funções, é de se esperar que o envelhecimento esteja relacionado etimologicamente as disfunções sexuais. Objetivo: Revisar a literatura científica para analisar das disfunções sexuais na população idosa. Método: Revisão integrativa de literatura científica nas bases de dados: Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde – BIREME, Scientific Eletronic Library Online– SCIELO e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online – Medline, no período de 2007 a 2017, a partir dos descritores: em português: sexualidade; sexo; envelhecimento, processo e idosa; em inglês, sexuality; sex; aging process and elderly. A seleção dos artigos foi realizada em duas etapas: na primeira foram selecionados 621 artigos, sendo BIREME, 220, MEDLINE, 160 e SCIELO, 241, o critério de inclusão foi que o título tivesse no mínimo três descritores; na segunda etapa foram selecionados 19 artigos, sendo BIREME, 5, MEDLINE, 15 e SCIELO, 4, nesta etapa o critério de inclusão foi que o resumo contemplasse o objetivo desta pesquisa: a relação entre as células satélites e o envelhecimento. A seleção foi a partir da leitura analítica dos resumos com a finalidade de ordenar e sumariar as informações neles contidas e excluir os que não contemplavam o objetivo dessa pesquisa. Resultados: Realizada a busca, conforme os critérios estabelecidos, a amostra foi representada por 19 artigos, os artigos demonstram que: a disfunção do desejo pode ser causada por problemas de ordem física ou psíquica; a disfunção da excitação envolve o  sistema nervoso parassimpático; a disfunção da lubrificação, devido à baixa atividade das glândulas responsáveis pela lubrificação; disfunção do orgasmo, que  é normalmente psicológica, de cunho social e cultural; dor sexual, pode ser classificada funcionalmente como pela hiperatividade da musculatura superficial do assoalho pélvico; ejaculação precoce e a disfunção erétil que são causadas pela hiper e hipoatividade do assoalho pélvico; respectivamente. Conclusão: O envelhecimento fisiológico está entre os principais fatores predisponentes para as disfunções sexuais, tanto femininas como masculinas. Pelo fato de se tratar de um problema eminentemente físico e relacionado especificamente ao enfraquecimento da musculatura do assoalho pélvicos, fisioterapia pélvica deve servir como primeira opção de tratamento.

Palavras-chave: Sexualidade; Saúde Sexual; Idoso; Envelhecimento; Qualidade de Vida; Sexuality; Elderly.

 

 


LOMBALGIA NO IDOSO: REVISÃO DE LITERATURA

Vania Regina Torrens

Romulo S. Seemann

Alessandra D.T. Santin

Camila S. dos Santos

Gabriela B. de Almeida

 Hannah Verena Almeida Nunes

 

Introdução: O envelhecimento é um processo natural que afeta todas as espécies. Com o avançar da idade, há a degeneração das articulações do corpo humano e com isso os processos dolorosos. Dentre estes processos encontra-se a lombalgia. A lombalgia é caracterizada como dor entre as últimas costelas e as pregas glúteas. No idoso a lombalgia comumente ocorre pelo processo degenerativo das estruturas da coluna vertebral. Objetivo: Analisar os efeitos da lombalgia no idoso. Metodologia: Revisão integrativa de literatura dos últimos dez anos, a partir da busca por palavras-chave, idiomas português e inglês, nas bases de dados: Scientific Electronic Library Online – SciELO, Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde – Bireme e Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica – Medline. Os critérios de inclusão foram os artigos que constavam em seus títulos as palavras-chaves: lombalgia, lombalgia ocupacional e idoso. A seleção dos artigos foi realizada em duas etapas, na primeira foram selecionados cinquenta artigos que constavam em seus títulos, as palavras chaves; na segunda etapa, a seleção foi a partir da leitura analítica dos resumos com a finalidade de ordenar e sumariar as informações neles contidas e excluir os que não contemplavam o objetivo dessa pesquisa. Resultados: Dos vinte e sete artigos, selecionados na segunda etapa de busca: 10 da Bireme, 8 da Medline e 9 da Scielo. Os artigos revelam que a lombalgia pode vir de um esforço físico demasiado no trabalho, levando a sobrecarga. É o acúmulo de estresse provocado pela realização do exercício ou da atividade, resultando na diminuição do rendimento e lesões muitas vezes com prejuízos psicológicos e fisiológicos. A restauração da capacidade física pode exigir semanas ou meses para a recuperação dessas lesões. Entre os fatores de risco da dor lombar destacam-se: idade superior aos 55 anos, fumo, obesidade, trabalhadores braçais dentre outros. Contudo, durante a avaliação é de suma importância que a história pregressa do paciente seja analisada, pois na terceira idade a lombalgia costuma ser causada por uma vida de más posturas e sobrecargas musculares. Com o avanço da idade a elasticidade de tecidos moles diminui, há a degeneração e estreitamento dos discos intervertebrais e as articulações acabam por diminuir a capacidade de absorver impactos e se tornam suscetíveis a lesões. A força dos músculos também diminui levando a diminuição na velocidade dos movimentos e a perda de coordenação motora. As cartilagens se tornam mais rígidas, os ossos se tornam menos densos e a perda de equilíbrio aumenta. Uma vez instalada, a dor lombar leva os pacientes a desenvolverem uma vida não funcional, levando a incapacidade e muitas vezes a impossibilidade de realizar atividades da vida diária (AVD’S). Conclusão: Os estudos mostraram que a lombalgia no idoso é de origem multifatorial e muitas vezes causada por excessos de posturas e cargas inadequadas durante a vida adulta. Uma vez instalada esta leva o idoso a cada vez mais perder independência e funcionalidade para realizar as AVD’s, trazendo prejuízos tanto financeiros como emocionais.

Palavras-chave: Lombalgia; Lombalgia ocupacional; Idoso.

 


OS BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA NO EQUILÍBRIO E MARCHA DO IDOSO: REVISÃO DE LITERATURA

Hannah Verena Almeida Nunes

André F. Santiago

Adriana Moura de Souza

Vânia Regina Torrens

Alessandra Daniela Tessmer Santin

Camila Silva

 

Introdução: O envelhecimento humano deve ser compreendido em toda a sua amplitude e totalidade, uma vez que é um fenômeno biológico universal com consequências psicológicas e sociais das mais diversas, o que caracteriza uma etapa da vida. O equilíbrio consiste em manter o centro de gravidade dentro de uma base de suporte que proporcione maios estabilidade nos segmentos corporais durante situações estáticas e dinâmicas. A manutenção do equilíbrio do corpo no espaço é um fenômeno complexo que depende da integração de várias estruturas como: sistema motor, sensibilidade proprioceptiva, aparelho vestibular, visão, cerebelo dentro outros.  A queda é uma das principais consequências da falta de equilíbrio no idoso, e a fisioterapia e a atividade física constituem ferramentas importantes para prevenir e/ou minimizar esses déficits. Em geral, 30% dos idosos caem por ano e quase metade desses indivíduos vai cair novamente. Além disso, levando-se em consideração que a taxa de mortalidade por queda em idosos atingiu patamares de 6,2 por mil óbitos no Brasil, no ano de 2005, as quedas em idosos devem ser compreendidas como um importante problema de saúde pública, principalmente em função dos custos ao sistema de saúde e das perdas de autonomia e de independência do idoso, diretamente relacionadas às ocorrências de fraturas. A realização de exercícios de fortalecimento muscular e treino proprioceptivo são importantes para restaurar o equilíbrio e a marcha no idoso. Objetivo: Revisar a literatura cientifica para verificar os benefícios da fisioterapia no equilíbrio e marcha do idoso. Metodologia: Este estudo propôs-se a desenvolver uma revisão integrativa nas seguintes bases de dados online: Lilacs (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), Scielo (Scientific Electronic Library Online) e Medline/Pubmed (National Library of Medicine National Institutes of Health). Os descritores utilizados para fazer a busca nas bases de dados foram: marcha, equilíbrio, osteoporose, idoso, fisioterapia. A seleção dos textos foi realizada conforme os objetivos, após a leitura de cada artigo. Resultados: Os exercícios de fortalecimento muscular em membros inferiores em grupos chaves, como o iliopsoas, glúteo máximo e glúteo médio, quadríceps, isquiosurais, gastrocnêmio e tibial anterior realizados individualmente e em cadeia cinética fechada, levaram a uma melhora na velocidade de marcha. A fraqueza dos músculos do quadril, joelho e tornozelo tem sido relacionada com a diminuição da velocidade da marcha. A efetividade de exercícios de fortalecimento de membros inferiores resultaria em uma melhora da velocidade da marcha e ainda para atingir um fortalecimento muscular em idosos, seria necessária a realização de exercícios de alta intensidade, contínuos e repetitivos. Conclusão: A fisioterapia realizada através de exercícios de alongamento e de treinamento do equilíbrio e da força trouxeram benefícios tanto ao equilíbrio quanto à marcha dos idosos avaliados. Isso pode indicar a importância da utilização de programas regulares de atividades físicas como aliados à fisioterapia convencional na prevenção das disfunções musculoesqueléticas em idosos.

Palavras-chave: Equilíbrio; Marcha; Idoso; Osteoporose; Modalidades de Fisioterapia

 

 


PILATES NO IDOSO: REVISÃO DE LITERATURA

Vania R. Torrens

Romulo S. Seemann

Alessandra D. T. Santin

Camila S. da Silva

André F. Santiago

Mateus Hames

 

Introdução: A população mundial envelhece a cada dia com o avanço da ciência, as doenças que antes eram as principais causas de mortalidade do adulto acabaram por serem extirpadas. Hoje, a população idosa no Brasil é uma realidade e os profissionais que trabalham com esta população devem estar atentos às preferências e necessidades dos idosos. Os idosos estão cada vez mais ativos e necessitam de flexibilidade e força para a realização das atividades da vida diária. O método Pilates busca desenvolver a força e sinergia aos músculos e articulações que com o avançar da idade acabam perdendo força, mobilidade e propriocepção. Objetivo: Analisar os benefícios do método pilates para idosos.  Metodologia: Revisão integrativa de literatura dos últimos doze anos, a partir da busca por palavras-chave, idiomas português e inglês, nas bases de dados: Scientific Electronic Library Online – SciELO, Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde – Bireme e Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica – Medline. Os critérios de inclusão foram os artigos que constavam em seus títulos as palavras-chaves: Pilates, atividade física e idoso. Resultados: A seleção dos artigos foi realizada em duas etapas, na primeira foram selecionados setenta artigos que constavam em seus títulos, as palavras chaves; na segunda etapa, a seleção foi a partir da leitura analítica dos resumos com a finalidade de ordenar e sumariar as informações neles contidas e excluir os que não contemplavam o objetivo dessa pesquisa. Foram selecionados na segunda etapa de buscas cinquenta e dois artigos: 27 da Bireme, 16 da Medline e 9 da Scielo. Os artigos revelam que ao passar dos anos, o envelhecimento natural faz com que a elasticidade, a capacidade de absorver impactos e a força dos músculos e articulações diminuem isto faz com que os idosos sofram de lesões muitas vezes irreversíveis. Há também a diminuição da propriocepção e déficit de equilíbrio levam o idoso a sofrer quedas e as consequentes fraturas que podem levar à morte. Para a reabilitação e prevenção exercícios devem ser realizados de forma a manter o idoso ativo e saudável. Dentre estes exercícios o pilates vem para contribuir e aumentar a chance de sobrevida dos idosos. Nos idosos o pilates leva a um aumento da densidade óssea, aumento da massa magra, melhoria da flexibilidade, aumento da propriocepção, equilíbrio estático e dinâmico e aumento da capacidade cardiorrespiratória e vascular. Há também uma melhoria nas atividades da vida diária como banha-ser, vestir-se, abotoar camisas e melhora na marcha. Conclusão: Os benefícios do método Pilates incluem o aumento da densidade óssea, aumento da propriocepão, equilíbrio estático e dinâmico, aumento da capacidade cardiorrespiratória e uma melhora nas atividades da vida diária.

Palavras-chave: Pilates; atividade física; idoso.

 

 


O PAPEL DAS CÉLULAS SATÉLITES NA REGENERAÇÃO MUSCULAR DO IDOSO: REVISÃO DE LITERATURA

Mateus Hames

Adriana M. Souza

Jéssica S. Alexandre

Emellain D. Manrich

Vania R. Torrens

Gabriela B. Almeida

 

Introdução: O envelhecimento é um processo fisiológico que se caracteriza por um declínio na função geral do tecido e de uma resposta tardia ao dano tecidual. As células satélites são as células-tronco do músculo esquelético, responsáveis ​​pela sua homeostase, manutenção, crescimento e regeneração durante a idade adulta. Na prática fisioterapêutica é comum pacientes idosos apresentarem dificuldade no ganho de massa muscular ou melhora de um quadro de lesão muscular. Objetivo: Analisar o papel das células satélites na regeneração muscular do idoso. Metodologia: Revisão integrativa de literatura dos últimos dez anos, a partir da busca por palavras-chave, idiomas português e inglês, nas bases de dados: Scielo, Bireme e Medline. Os critérios de inclusão, foram os artigos que constavam em seus títulos as palavras-chaves: mioblasto, desenvolvimento muscular, envelhecimento, células musculares, tecido muscular. A seleção dos artigos foi realizada em duas etapas, na primeira foram selecionados quarenta artigos que constavam em seus títulos, as palavras-chaves; na segunda etapa, a seleção foi a partir da leitura analítica dos resumos com a finalidade de ordenar e sumariar as informações neles contidas e excluir os que não contemplavam o objetivo dessa pesquisa. Resultados: Foram selecionados 40 artigos: 10 da Bireme, 25 da Medline e 5 da Scielo; que demonstraram a importância das células satélites na regeneração muscular e na miogênese. A transição de células satélites para fibra muscular consiste em passos específicos que vão desde a quiescência até a ativação, quando elas entram no ciclo celular, em seguida elas proliferam, se diferenciam e, finalmente, tornam-se mioblastos ou fundem-se uma fibra muscular ou com miofilamentos. Os nichos são mantidos por células de apoio, que secretam inúmeras substâncias que mantém as células satélites em quiescência, ou desencadeiam a ativação e o controle de todas as etapas susbsequentes. Conclusão: As evidências afirmam que a fibra muscular exerce um papel de modulação do nicho de células satélites, através da associação de estímulos físicos ou químicos, pois a lesão da lâmina basal aumenta sua população em estados de proliferação e diferenciação. As células satélites têm um grande número de fatores de ativação, incluindo o estiramento mecânico; os fatores de sinalização locais e o fator de crescimento de fibroblastos; o alongamento mecânico; entre outros fatores. A manutenção da regeneração muscular depende da população de células satélites, e de sua capacidade de quiescência e renovação, entretanto durante o envelhecimento a regeneração muscular é comprometida, em função de alterações dos nichos envelhecidos de células satélites, que passam a secretar o Fator de Crescimento de Fibroblasto, o que leva a perda da quiescência e consequente depleção da população de células satélites, ou seja, enquanto no adulto jovem as fibras musculares lesadas são regeneradas pela ação das células satélites, nos idosos ocorre a formação de tecido cicatricial ou uma regeneração tardia.

Palavras-chave: mioblasto; desenvolvimento muscular; envelhecimento; células musculares; tecido muscular.

 


O BENEFÍCIO DO REEQUILIBRIO TORACO ABDOMINAL NO IDOSO COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA: REVISÃO DE LITERATURA

André Felipe Santiago

Hannah V. A. Nunes

Camila Silva

Gabriela B. Almenida

 Alessandra D. T. Santin

Romulo S. Seemann

 

Introdução: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma doença sistêmica que gera alterações corporais e funcionais, principalmente em caixa torácica, dificultando a troca gasosa e impossibilitando uma satisfatória qualidade de vida principalmente para o idoso, pois o uso excessivo da musculatura respiratória e de forma incorreta pela pessoa idosa, ou seja, sem estar devidamente alongado e fortalecido, dificulta e distancia cada vez mais o indivíduo de uma boa recuperação funcional do organismo como um todo.
Objetivo: Identificar o benefício do reequilíbrio toracoabdominal em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica. Metodologia: Revisão integrativa de literatura dos últimos dez anos, a partir da busca por palavras-chave, idiomas português e inglês, nas  bases de dados: Scielo, Bireme e Medline. Como critérios de inclusão, foram selecionados estudos que abordaram Doença pulmonar obstrutiva crônica e Reequilibrio toracoabdominal Resultados: Foram selecionados 30 artigos: 10 da Bireme, 15 da Medline e 5 da Scielo. Os estudos demonstram o uso do reequilibrio toracoabdominal em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica. A função respiratória é totalmente comprometida em idosos com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, alterando as estruturas de caixa torácica. Um dos sinais mais comumente vistos a olho nu e em exames de imagens é a hiperinsuflação da musculatura pulmonar, alterando de forma musculoesquelética a região torácica e pela hiperinsuflação o tórax é comparado com um barril, de forma arredondada e larga, por este acontecimento as costelas são projetadas para frente pela elevação do espaço costal, modificando anatomicamente a formação torácica, refletindo assim na musculatura abdominal da respiração limitada pela hiperinsuflação do tórax. Indivíduos com perfil de doença pulmonar obstrutiva crônica, tem o aumento da resistência das vias aéreas, sinais de insuficiência respiratória, nível de consciência alterado, apresentando durante o ano pelo menos duas exacerbações da doença, o que resulta em uma piora na qualidade de vida. Apresentam também fraqueza muscular nos músculos da respiração, mais precisamente os músculos inspiratórios podendo proporcionar dispneia e reduzindo o desempenho do exercício.  A execução da técnica propicia a reorganizar a geometria torácica e abdominal, além de melhorar a ventilação pulmonar, a qualidade do fluxo, reexpansão de áreas hipoventiladas e possibilita também atividades não respiratórias e a reformulação da postura. Conclusão: As alterações em caixa torácica ocasionadas pela doença pulmonar obstrutiva crônica, são possivelmente revertidas ou minimizadas com o uso do Método de reequilíbrio toracoabdominal, ao observar suas funções e seus objetivos como parte do tratamento entende-se que as técnicas utilizadas com finalidades de remover secreções, diminuir o esforço muscular ventilatório, desbloquear caixa torácica e reintegrar atividades respiratórias e não respiratórias, através de alongamentos, reeducação postural e fortalecimento são eficazes em pacientes idosos com doença pulmonar obstrutiva crônica.

Palavras-chave: doença pulmonar obstrutiva crônica; fisioterapia; doença pulmonar; cinesioterapia.

 


EFEITOS DO HANDEBOL ADAPTADO SOBRE AS CAPACIDADES FÍSICAS EM MULHERES IDOSAS

Flávia Schmitt

Maikon Guérios

Elaine Cristina Rodrigues Farina

Maria Valéria Guglielmetto Figueiredo

Cristhian da Silva

Alan de Jesus Pires de Moraes

 

Introdução: A sociedade brasileira é carente de programas preventivos nas questões do envelhecimento e de serviços que tratem adequadamente os problemas dos idosos sob o ponto de vista físico, psíquico e social. O esporte têm sido associado ao bem-estar, à saúde e à qualidade de vida das pessoas em todas as faixas etárias, principalmente na meia-idade e na velhice. Mediante a passagem por programas Esportivos, os idosos, teriam o domínio de conhecimentos teóricos e práticos, a valorização e a prática intencional e consciente do movimento, o que lhes proporcionaria a otimização do seu potencial motor e a correspondente capacitação para uma melhor relação com o ambiente. É possível visualizar a interdependência e circularidade entre as dimensões biológica, psicológica e social e após considerá-las, cada qual em sua especificidade, despontam como evidência as dificuldades até de sobrevivência da maior parte da população idosa, em virtude das transformações que ocorrem em todas as esferas de sua existência. O envelhecimento é um processo em que o organismo sofre transformações de declínio nos domínios físico, psicológico e afetivo-social. O sucesso no envelhecimento depende da saúde física, da competência de adaptação social e do bem-estar psicológico. Neste sentido, o esporte, mesmo que não assegure o prolongamento do tempo de vida, garante o aumento do tempo de juventude, oferecendo proteção à saúde nas fases subsequentes da vida, contribuindo para a recuperação de determinadas funções orgânicas interdependentes, levando consequentemente a uma organização fisiológica sistêmica, sendo um dos melhores remédios para combater as doenças hipocinéticas, geradas pela inatividade da vida moderna. Objetivo: Verificar quais são os efeitos do handebol adaptado sobre as capacidades físicas em mulheres acima de 60 anos de idade. Metodologia: Estudo observacional transversal. A amostra foi de 26 mulheres acima de 60 anos de idade praticantes de handebol adaptado, participantes da equipe de Handebol Adaptado da Superidade de uma cidade do Vale do Itajaí/SC. Resultados: Os dados deste estudo comprovam a melhoria no Índice de Massa Corporal de 26,22 kg/m2 para 26,08 kg/m2 e nas capacidades físicas: velocidade de reação (aumento de 9,1%); na flexibilidade (aumento de 6,8; na precisão (aumento de 142%), na resistência de força de membros superiores (aumento de 10,8%) e na de membros inferiores (aumento de 48,6%); na potência muscular, acréscimo de 8,5%; a função cardiorrespiratória aumentou 27,7%; a agilidade (aumento de 63,15%). Conclusão: Os efeitos do handebol adaptado sobre as capacidades físicas em mulheres acima de 60 anos de idade são aumento  da velocidade de reação, da flexibilidade, da resistência de força de membros superiores e inferiores, na potência muscular, na função cardiorrespiratória e na agilidade. O esporte representa um método importante para a manutenção da saúde e função fisiológica ao longo da vida, sendo seus benefícios comprovados neste estudo.

Palavras-chave: Idoso, Exercício, Saúde.

 


PREVALÊNCIA DE INATIVIDADE EM IDOSOS RESIDENTES NAS TRÊS CAPITAIS DO SUL DO BRASIL EM 2016 E OS FATORES ASSOCIADOS

Flávia Schmitt

Maikon Guérios

Elaine Cristina Rodrigues Farina

 Maria Valéria Guglielmetto Figueiredo

Cristhian da Silva

Alan de Jesus Pires de Moraes

 

Introdução: Um fenômeno que vem acontecendo nos últimos anos na maioria das sociedades do mundo e em especial nas mais desenvolvidas e em desenvolvimento é o aumento do número de pessoas que atingem a terceira idade. Na América Latina, por exemplo, previu-se que em apenas 20 anos (1980-2000), haveria um acréscimo de 120% da população como um todo, enquanto o aumento da população idosa seria de 236%, portanto duas vezes maior que o percentual de aumento da população total. Apesar de ser invariável o processo de envelhecimento, fatores como qualidade de vida e estilo de vida vem contribuindo para a diminuição dos efeitos deste processo. As informações referentes aos benefícios da atividade física em indivíduos idosos são consistentes. Contudo, dados de vigilância e monitoramento em atividade física têm apontando para altos índices de inatividade física em idosos em diferentes regiões do mundo. O Brasil, de igual modo, tem se caracterizado por apresentar dados preocupantes quanto à prevalência de inatividade física em diferentes faixas etárias, inclusive na população idosa, no entanto, sem apresentar o que está associado a inatividade nessa população, ainda mais no Sul do Brasil. Objetivo: Verificar a prevalência de inatividade em idosos residentes nas três capitais do Sul do Brasil em 2016 e os fatores associados. Metodologia: Estudo observacional transversal. A amostra foi por 3006 idosos (idade igual ou superior a 60 anos) residentes nas três capitais do Brasil (1033 de Curitiba/PR, 954 de Florianópolis/SC e 1019 de Porto Alegre/RS) em 2016, participantes do Estudo VIGITEL (Vigilância Telefônica de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônico Não-Transmissíveis do Ministério da Saúde. Análise estatística com Qui-quadrado para testar homogeneidade (p<0,05) e Razão de Prevalências (RP) com Intervalo de Confiança de 95% (IC95%) para testar associação. Resultados: A prevalência de inatividade física foi de 27,2% (n=819). Os fatores de risco (aumento de prevalência) associados a inatividade física foram: excesso de peso corporal (RP 1.21, IC95% 1.06-1.38)); obesidade (RP 1.27, IC95% 1.11-1.45); tempo de TV maior que 15 horas por semana (RP 1.46, IC95% 1.30-1.64); tempo de tela total (RP 1.14, IC95% 1.01-1.28), considerar ter saúde ruim (RP 1.64, IC95% 1.37-1.97), ter hipertensão arterial (RP 1.35, IC95% 1.19-1.52) e ter diabetes (RP 1.48, IC95% 1.30-1.67)). Quanto ao estado conjugal, ser viúvo quando comparado a ser casado legalmente foi encontrado como fator de risco para inatividade física (RP 1.44, IC95% 1.26-1.64). Conclusão: A prevalência de inatividade física foi de 27,2% na população Idosa do Sul do Brasil e ser inativo está associado ao excesso de peso corporal, a obesidade, a maior tempo assistindo TV e na frente de qualquer outra tela, em se considerar com saúde ruim, em ter hipertensão arterial e ter diabetes. Ser viúvo aumenta o risco de ser inativo fisicamente. Com isso políticas públicas relacionadas ao incentivo da prática física devem ser estimulados nesse perfil de população.

Palavras-chave: Idoso, Exercício, Saúde.

 


PERFIL DE SAÚDE E CONDIÇÕES AMBIENTAIS COMO FATORES DE RISCO PARA QUEDAS EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS

Cynthia Vieira de Souza

Silvia Maria Azevedo dos Santos

 

Introdução: O número de idosos está crescendo no Brasil e no mundo. Esta população passa por alterações oriundas do processo de envelhecimento e suas consequências e por isso, necessitam de cuidados mais específicos, que muitas vezes, não podem ser oferecidos em ambiente domiciliar. Por este e também outros motivos, muitos idosos deixam seus lares e passam a residir em instituições, onde são considerados frágeis e com maior risco de quedas. Objetivo: conhecer os fatores de risco para quedas identificados no perfil de saúde e nas condições ambientais de idosos residentes de uma Instituição de Longa Permanência (ILPI). Metodologia: este trabalho é um recorte de parte de uma dissertação de mestrado, onde foi realizada uma pesquisa qualitativa do tipo convergente assistencial (PCA). Os participantes da pesquisa foram, 15 idosos, que atingiram a pontuação do Mini Exame do Estado Mental (MEEM), residentes em ILPI, localizada em Florianópolis/SC, no período de junho a agosto/2015. Os dados foram coletados através da avaliação multidimensional do idoso proposta por Moraes, contemplando: questionários a respeito da percepção de saúde, revisão dos sistemas fisiológicos, aplicação de escalas de Katz e Lawton-Brody; questionário do estilo de vida, uso de medicações, diagnósticos clínicos, avaliação da mobilidade, questionário de avaliação ambiental para o risco de quedas e avaliação do idoso institucionalizado. A análise dos dados seguiu os critérios da PCA. Como esta foi a primeira etapa da pesquisa, utilizamos a fase de apreensão, onde as pesquisadoras transcreveram, organizaram e pré-analisaram os dados, considerando aspectos importantes que poderiam levá-los a quedas. Resultados: consideramos nesta pesquisa, o perfil de saúde dos idosos que tinham relação como fatores de risco para quedas. Então, como fatores de risco para quedas, foram encontrados nos idosos avaliados: déficit visual e auditivo, incontinência urinária, noctúria, mais de uma queda no último ano, artralgia, lombalgia, tontura, doenças crônicas, uso de polifarmácia, déficit na mobilidade. Na avaliação ambiental, a maioria dos idosos relataram falta de iluminação em áreas em que transitam; no quarto, difícil acesso ao guarda-roupa; e no banheiro, falta de acessibilidade ao lavabo e tapete antiderrapante na área do chuveiro. Conclusão: neste estudo foram encontrados importantes fatores de risco para quedas relacionados a saúde e a questões ambientais. O conhecimento da realidade em que os idosos vivem, é o marco inicial, quando pretende-se estudar e prevenir quedas, para que estratégias eficientes sejam elaboradas e implementadas, e aceitas e incorporadas pelos idosos.

 Palavras-chave: fatores de risco, acidentes por quedas, instituição de longa permanência para idosos, idoso.

 

 


A CONTRIBUIÇÃO DA ATIVIDADE PSICOMOTORA NO CONDICIONAMENTO MOTOR E NA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS PARTICIPANTES DO PROEP/FURB

Camila Amanda Schmoegel Elias

Fábio Marcelo Matos

 

Introdução: O envelhecimento é um processo comum a todos os seres vivos. Entretanto a diminuição da funcionalidade acompanha o envelhecer, comprometendo a adaptação às modificações ao meio externo, afetando assim principalmente a qualidade de vida do indivíduo. Considerando esta realidade no cotidiano do idoso se justifica a necessidade de garantir novas possibilidades para intervenção com o idoso. Objetivo: Avaliar o efeito das atividades psicomotoras como contribuição para aumento do condicionamento motor e promoção da qualidade de vida de idosos. Metodologia A presente pesquisa foi realizada dentro do Programa de Educação Permanente – “PROEP”, nas aulas de Atualização Permanente, a população foi de 17 indivíduos. Foram realizadas nove intervenções psicomotoras com duração de trinta minutos, uma vez por semana. As atividades seguiram um roteiro de modo que elas iniciassem de maneira menos exigente e ir evoluindo de dificuldade com o passar do tempo. Deste modo também fez com que os participantes da pesquisa pudessem já estar familiarizados com as atividades. A pesquisa foi de abordagem qualitativa e quantitativa, na qual na coleta de foram utilizados como instrumentos para avaliação de pesquisa: o questionário internacional de avaliação de atividade física –“IPAQ” versão reduzida, com a finalidade de quantificar o nível de atividade física praticada pelos indivíduos pesquisados antes e durante as intervenções psicomotoras a fim de descartar influências externas nos resultados obtidos na” EMTI”; O questionário de qualidade de vida SF-36 a fim de verificar a influência das intervenções sobre a qualidade de vida dos indivíduos pesquisados, também aplicado antes e após as atividades psicomotoras. A escala de avaliação motora da terceira idade – EMTI, a fim de quantificar a aptidão motora geral do grupo antes e após as intervenções e o questionário sócio demográfico desenvolvido pelos pesquisadores. Na análise estatística foi utilizado o programa SPSS 24.0 e empregando-se a estatística descritiva e os testes T- student, alfa de Cronbach (consistência interna) e índice de correlação de Pearsoncom significância de p < 0,05. Resultado: Após nove intervenções tivemos um aumento significativo na aptidão motora geral do grupo, dado obtido pela aplicação da “EMTI” (de 73,76 ± 31,64 para 106,59 ± 21,48) p < 0,05. Para verificar se este resultado não teve interferência de atividades realizadas em outro momento durante as semanas de intervenção, foi verificada novamente a prática de atividades físicas, mostrando que não houve aumento na média de atividade física além daquelas que já realizavam quando a pesquisa foi iniciada, (1212,00 ± 397 para 1156 ± 335,78), sendo assim não tendo interferência nos resultados obtidos. Quanto à interferência na qualidade de vida. O grupo apresentou um aumento na variação da media final em relação à inicial em cinco das oito dimensões avaliadas pelo questionário SF-36. No entanto, tais mudanças não podem ser consideradas estatisticamente significantes, entre os períodos de avaliação, somente para as dimensões dor e limitação por aspectos físicos, mas para nenhum dos outros itens. (p>0,05). Conclusão: As atividades psicomotoras podem ser uma boa estratégia para aumento do condicionamento funcional de idosos, porém com o grupo pesquisado não apresentou contribuição significante na promoção de qualidade de vida.

Palavras – Chaves: qualidade de vida. desempenho psicomotor. idoso fragilizado.

 

 


O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO E O USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS PARA INCLUSÃO SOCIAL

Simone Cristina Vieira Machado

 

Introdução: A realidade indiscutível do envelhecimento das populações no mundo, ao qual o Brasil não fica alheio, nos fazem considerar que o envelhecimento e a velhice necessitam reflexões. Apesar do envelhecimento populacional, dos avanços nas políticas públicas, no Brasil o idoso ainda sofre exclusão social. A velhice está ainda associada exclusivamente a aspectos negativos, como: a dependência, a doença, a incapacidade produtiva, a debilidade física e mental. Objetivo: Analisar o impacto do uso das novas tecnologias para inclusão social e seus benefícios no processo de envelhecimento. Metodologia: Considerando o fenômeno da longevidade foi realizada uma análise do projeto SESC Idoso Empreendedor – Unidade Estreito quanto a capacidade deste em impulsionar o conhecimento e a qualidade de vida através do uso das novas tecnologias. A pesquisa teve abordagem metodológica qualitativa, por esta razão priorizou a observação participante e a pesquisa documental, realizada com base nos questionários de avaliação e registros dos técnicos, no período de agosto 2007 a julho 2010.  Resultados: Por meio de uma abordagem interdisciplinar os idosos foram instigados a conhecer o mundo digital, despertando-os como cidadãos socialmente produtivos, o público alvo era constituído por pessoas a partir dos 60 anos de idade. A redução do isolamento com o favorecimento da integração social é apontada por 36% dos participantes como um dos benefícios do projeto. Quanto aos benefícios adquiridos: 34% considerou a aquisição de novos conhecimentos, 15% aumento da autoestima, 20% integração, 16% motivação, 15% a melhora na qualidade de vida. Quanto as dificuldades encontradas: 7% assiduidade, 7% aprendizagem, 50% lidar com o computador, 36% administrar o tempo.  Conclusão: Entende-se que, a oferta de programas sociais integrados nos quais se abordam o estímulo cognitivo, o desenvolvimento pessoal e social e o condicionamento físico facilita o processo de envelhecimento, sendo este qualificado quando o uso das novas ferramentas tecnológicas como por exemplo: as redes sociais e a internet são adotados.  Pode-se identificar inúmeros aspectos fundamentais como: o exercício da memória, o resgatando projetos de vida outrora relegados, a comunicação interpessoal e a conversação (fala, dicção, audição produção e compreensão textual), o restabelecem vínculos afetivos essenciais, a ampliação do diálogo intergeracional e participação ativa na sociedade. O envelhecimento é, acima de tudo, uma conquista da humanidade. Sendo assim, a preocupação deve incidir sobre como lidar com essa questão, promovendo qualidade de vida e perspectivas às pessoas dessa faixa etária. Gerontologia social é, em princípio, uma ciência multidisciplinar, que necessita da contribuição de múltiplas áreas do conhecimento que exige um alto componente interdisciplinar, é dizer que mais que a soma de distintos saberes, o importante é a conexão entre eles. Foi possível concluir, de fato, é que as pessoas idosas se recusam a ficar restritas aos lugares e papéis social e culturalmente definidos – isolamento, ambiente familiar mínimo e poucas opções de interação. Com acesso as novas tecnologias ocupam de diversas maneiras a esfera pública, trazendo átona questões relacionadas as suas necessidades vitais, a luta por direitos e a participação social.

Palavras-chave: tecnologias; envelhecimento; inclusão; digital; social.

 


COMPOSIÇÃO CORPORAL DE IDOSAS QUE RECEBERAM TRATAMENTO PARA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

Eduardo Capeletto

Enaiane Cristina Menezes

Deise Jaqueline Alves Faleiro

Felipe Fank

Rafaela Maria Porto

Giovana Zarpellon Mazo

 

Introdução: A incontinência urinária (IU) é uma disfunção do assoalho pélvico preocupante ainda durante a fase adulta.  Pode estar associada ao avanço da idade, sendo prevalente no sexo feminino. A ocorrência de IU pode estar relacionada a vários outros fatores; entre eles o sedentarismo, baixos níveis de atividade física, além do excesso de peso e obesidade. Destaca-se que um dos métodos conservadores mais indicados para o tratamento da IU é o Treinamento para Músculos do Assoalho Pélvico (TMAP). Objetivo: Descrever a composição corporal de idosas que receberam tratamento para incontinência urinária por meio do TMAP combinado com musculação e apenas pelo TMAP, no término e após 24 meses do tratamento. Metodologia: O presente estudo é um follow-up de 24 meses de um ensaio clinico randomizado, e teve a participação de 23 idosas, sendo 10 pertencentes ao Grupo Intervenção (GI), que receberam TMAP combinado com a musculação, e 13 ao Grupo Controle (GC), que recebeu apenas o TMAP como forma de tratamento. A composição corporal foi obtida por meio da mensuração da massa corporal total, utilizando a balança Beauty, da marca Plenna, a estatura por meio do estadiômetro portátil, da marca Cardiomed. Para o levantamento dos dados do perímetro de cintura e quadril, foi utilizado a fita antropométrica simples WCS, da marca Cardiomed. A coleta de dados ocorreu em dois momentos, sendo o primeiro após a realização de 24 sessões de tratamento (12 semanas) e o segundo, 24 meses após o término do tratamento. A análise de dados foi realizada por meio de estatística descritiva (medidas de posição e dispersão, frequência simples e relativa). Resultados: Após 24 meses do término do tratamento, a média de idade das idosas foi 67,9 (DP=4,76) anos. Os dados antropométricos mostram que o Índice de Conicidade (IC) no término do tratamento foi de 1,23 para o GI e 1,25 para o GC; após 24 meses, o GI apresentou IC de 1,22 e o GC, 1,25. A massa corporal (MC) no término do tratamento foi de 75,02 para o GI e 66,22 para o GC; após 24 meses, o GI obteve MC de 76,42, e o GC, 66,73. O IMC no término do tratamento foi de 30,63 para o GI e 28,26 para o GC. Após os 24 meses de tratamento, o valor do IMC no GI foi de 32,16, e no GC, 30,29. Por fim, o perímetro de Cintura (PC) no término do tratamento foi de 93,14 para o GI, e 89,00 para o GC; após 24 meses, o GI apresentou PC de 95,14, e o GC, 91,22. Conclusão: A composição corporal não apresentou aumento significativo entre o término e 24 meses após o tratamento, tanto no GI quanto no GC, demonstrando efeitos positivos do tratamento, com a manutenção dos resultados.

Palavras-chave: Composição Corporal; Exercício; Idoso; Incontinência Urinária.

 

 


PREVALÊNCIA E SIMULTANEIDADE DE FATORES DE RISCO CARDIOVASCULARES MODIFICÁVEIS EM IDOSOS

Paulo Adão de Medeiros

 Francieli Cembranel

Thamara Hübler Figueiró

 Carla Zanelatto

Bianca Bittencourt de Souza

Eleonora d’Orsi

 

Introdução: As doenças cardiovasculares constituem o principal grupo de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e a primeira causa de morbimortalidade na população brasileira e mundial. A maioria dos fatores de risco estabelecidos pela literatura são controláveis como tabagismo, consumo abusivo de álcool, pressão arterial e glicemia elevada, hábitos alimentares inadequados, inatividade física, dislipidemia, excesso de peso, obesidade central. Apesar dos idosos apresentarem grande probabilidade de acúmulo desses fatores, pouco se sabe sobre o comportamento dessa carga de riscos e as informações não são consensuais em relação ao perfil sociodemográfico com maior probabilidade de acúmulo desses fatores. Objetivo: Estimar a prevalência e a simultaneidade de fatores de risco cardiovasculares (FRCV) modificáveis segundo características sociodemográficas em idosos. Métodos: Estudo transversal, de base populacional, realizado com 1.705 idosos do estudo EpiFloripa Idoso (2009/2010) em Florianópolis/SC. Os fatores de risco avaliados foram insuficiência no consumo de frutas, legumes e vegetais (FLV), insuficiência de atividade física no lazer, consumo abusivo de álcool e tabagismo, sendo as suas possíveis combinações categorizadas em 0, 1, 2, 3 ou 4 fatores de risco para doenças cardiovasculares a variável desfecho. As análises foram realizadas no software Stata 13.0, utilizando o teste qui-quadrado. Resultados: A atividade física insuficiente no lazer foi o fator de risco mais prevalente (69,1%), seguido pela insuficiência no consumo de FLV (68,7%), uso abusivo de álcool (17,3%) e tabagismo (8,3%). Constatou-se que 57,7% dos idosos convivem com pelo menos dois FRCV simultâneos. Houve diferença na distribuição do desfecho para o sexo (p≤0,001) com maior proporção de homens com três ou quatro FRCV. Para idade (p≤0,001) com maior proporção de pessoas com 80 anos ou mais com dois FRCV e dos mais jovens a maioria apresentava quatro FRCV. Para escolaridade (p=0,020) com maior proporção de idosos com 0 a 4 anos de estudo apresentando dois FRCV. Conclusão: A simultaneidade de fatores de risco apresenta diferenças entre os sexos, faixas etárias e nível de escolaridade que devem ser consideradas na abordagem do idoso individualmente e na construção de políticas públicas que sejam mais eficazes para a prevenção das doenças cardiovasculares na população idosa.

Palavras-chave: Fatores de risco; Doenças cardiovasculares; Saúde do idoso.

 


USO DA TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAIS NO CENTRO DE CONVIVÊNCIA POMMERNHEIM COMO FORMA DE REABILITAÇÃO COGNITIVA NA DOENÇA DE ALZHEIMER: RELATO DE CASO

Fabiana Fragoso Bertagnolli

Júlia Hoffmann

 Monica Andreia Schneider Kohler

 

Introdução: A doença de Alzheimer é um tipo de demência degenerativa e progressiva. A fase clínica da doença inclui comprometimento cognitivo de todos os domínios, iniciando por problemas de memória e atingindo também a atenção, concentração, linguagem, gnosias, praxias e as funções executivas, alterações posturais, dificuldade de coordenação motora e dificuldade em iniciar movimentos, o que ocorre de forma temporal e de intensidade crescente conforme o estágio da doença. Também evidencia comprometimento das atividades funcionais, ou seja, das atividades da vida diária e ocorrência de alterações de comportamento. Como consequências da doença de Alzheimer encontram-se alterações comportamentais como: agitação, disforia, apatia, irritabilidade, comportamento motor comprometido, delírios, alucinações, desinibição que são frequentemente observados em pacientes com demência degenerativa e tendem a aumentar conforme avança a doença. O estudo de novos meios terapêuticos auxiliares às práticas tradicionais tem instigado o uso dos mesmos em diversas áreas de atuação. A Terapia Assistida por Animais é uma técnica empregada, por profissionais da área da saúde, no tratamento de patologias no âmbito da saúde física, mental e social. Tem objetivos terapêuticos específicos, sendo a terapia adaptada e direcionada à demanda clínica do profissional que a promove e utiliza o animal de estimação como ferramenta do processo terapêutico. Objetivo: Relatar a experiência do Centro de Convivência Pommernheim com a Terapia Assistida Por Animais, como forma de reabilitação na doença de Alzheimer dos idosos institucionalizados. Metodologia: A Terapia Assistida por Animais (TAA) foi realizada por uma equipe multidisciplinar, contando com a presença de uma fisioterapeuta, psicóloga, educadora física e uma acadêmica de medicina. A TAA contou com a participação de três (3) cachorros voluntários para a atividade. Os idosos foram estimulados ao contato com os animais, por meio do tato, fala e integração. Passeios com os cães estimularam a caminhada, assim como o tato promoveu o afeto e carinho. Resultados: Ao serem submetidos à Terapia Assistida por Animais (TAA), verificou-se maior socialização, redução de comportamentos agressivos, diminuição de perambulações, facilitação na comunicação com o terapeuta e com a equipe, melhora na motricidade fina para desenvolver pequenas tarefas, expressão de sentimentos, redução de estresse, ansiedade e depressão. Conclusão: Concluiu-se que a utilização dos animais como co-terapeutas junto aos idosos foi de extrema relevância terapêutica, efetivando um resultado positivo aos idosos do Centro de Convivência Pommernheim, além da melhora da qualidade de vida pôde se perceber a reabilitação mental, física e social dos mesmos. Sendo assim, é importante a socialização desta atividade e a encorajar novos projetos em TAA que beneficiem a população no geral.

Palavras chaves: Alzheimer, terapia assistida por animais, institucionalização.

 

 


Anais do Encontro Catarinense de Gerontologia - Volume 5 (2021)

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SUMÁRIO

OFICINAS REMOTAS DE INCLUSÃO DIGITAL E ESTIMULAÇÃO COGNITIVA: UM ESTUDO DE VIABILIDADE

Verônica Akemi Ogata Kawakatsu

Danúbia Hillesheim

André Junqueira Xavier

Eleonora d’Orsi

 Introdução: A população idosa é uma das mais afetadas durante a pandemia da COVID-19, pois podem ser agravadas questões relacionadas ao abandono, isolamento social e situação de saúde, além da desinformação que permeia o cenário nacional. Diante disso, é necessário criar estratégias para garantir o cuidado a esta população. Objetivo: Estimar a viabilidade de oficinas remotas de inclusão digital e estimulação cognitiva durante a pandemia da COVID-19. Metodologia: Trata-se de um estudo de viabilidade, realizado na cidade de Florianópolis – SC, no período de março a junho de 2021. As oficinas surgiram como recorte do projeto “Oficina da Lembrança”, que ocorria presencialmente em três universidades do Brasil. As oficinas remotas se basearam em três eixos: i) estimulação cognitiva pelo uso de tablets; ii) exercício físico e; iii) interação social. Idosos moradores da região da grande Florianópolis foram convidados para participar do projeto. Os participantes que aceitaram, receberam em suas casas um kit higienizado contendo um tablet e manual de instruções elaborado pela equipe. Semanalmente, uma monitora entrava em contato por videochamada ou telefone e realizava a sessão, baseada nos três eixos mencionados anteriormente. Foram calculadas as taxas de recrutamento (número de indivíduos que aceitaram participar do estudo, sobre o total de pessoas convidadas) e adesão (número de participantes que frequentaram o número de seções mínimas sobre o número total de participantes do estudo). Também foi realizada a mensuração de satisfação com o projeto, com base nos relatos qualitativos. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), sob o número CAAE 18460119.2.0000.0121 e foi financiado pelo The Bernard Lown Scholars in Cardiovascular Health Program – Harvard T.H. Chan School of Public Health. Resultados: Foram convidados 45 indivíduos. Inicialmente, 12 pessoas aceitaram participar, mas 4 desistiram antes do início das oficinas, totalizando 8 participantes (taxa de recrutamento = 26,6% (12 participantes) e 17,7% (8 participantes). Foram planejadas entre 10 e 15 sessões por participante (mínimo de 10 sessões), sendo que 87,5% (n=7) dos indivíduos realizaram o mínimo de sessões planejadas e apenas 1 participante realizou todas as 15 sessões. Com isso, a taxa de adesão foi 100%. Os participantes possuíam média de 69,6 anos, com proporções iguais de homens (50%) e mulheres (50%). A maioria era casada (62,5%), sabia ler e escrever (100,0%) e possuía entre 5 e 11 anos de estudo (50,0%). Qualitativamente, observou-se que 100% da amostra apontou satisfação positiva com as oficinas, maior independência, autonomia e confiança no manuseio desses equipamentos, além do aumento da autoestima. Conclusão: As oficinas se mostraram viáveis, com alta taxa de adesão. Por meio dos relatos, pôde-se perceber que a participação do indivíduo no projeto trouxe inúmeros benefícios. Destaca-se que foi desenvolvida uma metodologia para oficinas na forma remota, com grande potencial para aplicação por outras equipes e/ou instituições de ensino.

Palavras-chave: Idosos; Inclusão Digital; Pandemia; Isolamento social.

 


OFICINAS REMOTAS DO PROJETO "EXPERIMENTE MOVA O CORPO E A MENTE" DURANTE A PANDEMIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Verônica Akemi Ogata Kawakatsu

Aniéli Belino

Hadrielly Aparecida da Silva Vieira

Tayna Ferreira

Milena Cardozo de Elesbão

Eleonora d’Orsi

Introdução: As possíveis repercussões negativas do envelhecimento estão atreladas ao declínio de determinadas funções, destacando-se as cognitivas. Com a pandemia da COVID-19, foi necessário que os indivíduos, especialmente os idosos, permanecessem em casa para evitar o contágio e a disseminação da doença. Da mesma forma, o isolamento pode agravar questões relacionadas ao abandono e situação de saúde, especialmente a cognição. O projeto “ExperiMente: mova o corpo e a mente” consiste em um programa baseado em oficinas remotas de inclusão digital e estimulação cognitiva. O projeto foi realizado de forma remota e acadêmicas dos cursos de fonoaudiologia e medicina da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foram monitoras do projeto. Objetivo: Relatar as experiências vivenciadas por acadêmicas durante as oficinas remotas do projeto “ExperiMente: Mova o corpo e a mente”. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência, vivenciado por acadêmicas de distintas fases do curso de graduação em medicina e fonoaudiologia da UFSC, no período entre março a junho de 2021. As oficinas remotas se basearam em três eixos: i) estimulação cognitiva pelo uso de tablets; ii) exercício físico e; iii) interação social. Idosos moradores da região da grande Florianópolis foram convidados para participar do projeto. Os participantes que aceitaram, receberam em suas casas um kit higienizado contendo um tablet e manual de instruções elaborado pela equipe. As monitoras eram acadêmicas da universidade, responsáveis pela realização das oficinas de forma individual ou coletiva. O contato era realizado semanalmente, por meio de videochamada ou telefone, baseado nos três eixos mencionados anteriormente. As impressões e relatos das sessões eram registradas pelas monitoras em uma planilha de controle. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da UFSC e foi financiado pelo The Bernard Lown Scholars in Cardiovascular Health Program – Harvard T.H. Chan School of Public Health. Resultados: O projeto possibilitou a intergeracionalidade, havendo valiosas trocas acerca da empatia, respeito e conhecimento sobre tecnologia. Além disso, foi possível compreender que os cuidados de saúde na terceira idade envolvem múltiplos aspectos. As monitoras também desenvolveram e aprimoraram técnicas para ensinar os participantes a manusear os equipamentos. Como desafio, todas as monitoras apresentaram dificuldade para construir vínculo com os participantes no formato online, além de saber desenvolver tato e sensibilidade para compreender nas entrelinhas quais eram as expectativas e anseios dos participantes sobre o projeto. Destaca-se também, as adaptações quanto às dinâmicas das atividades por conta da conexão de internet. No entanto, no decorrer das sessões, essas dificuldades foram sanadas. Conclusão: As monitoras referiram que as oficinas remotas foram positivas e gratificantes. Por meio das sessões, as acadêmicas tiveram a oportunidade de conviver com a população idosa, proporcionando aprendizado mútuo.

Palavras-chave: Idosos; Inclusão Digital; Pandemia; Isolamento social.

 


GRUPO TERCEIRA IDADE CONECTADA: PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DE SAÚDE NO ENVELHECIMENTO

Maysa Andrade Santos

Sibeli Fossati Garin

Jessica Bottamedi Ruberti

Daniela Antonio Francisco

Introdução: O envelhecimento é caracterizado como um processo natural, de diminuição progressiva da reserva funcional do indivíduo, que pode afetar desencadear alterações físicas, cognitivas e psicológicas. É de conhecimento que a realização de atividades em grupo tem impacto positivo na vida dos idosos, considerando que ao serem inseridos em um grupo social, podem contribuir na prevenção de doenças. Considerando o aumento crescente da população idosa nos últimos anos, é fundamental traçar estratégias para oferecer um envelhecimento com qualidade de vida. Sendo assim, organizou-se um grupo para inserir a população com mais de 60 anos de idade em atividades de estimulação. Objetivo: Relatar a experiência vivenciada antes e durante a pandemia do grupo elaborado pela equipe de saúde da atenção básica intitulado em Terceira Idade Conectada. Metodologia: O grupo teve a participação de 50 idosos divididos em cinco turmas, os encontros foram semanais com duração de sessenta minutos entre março de 2019 a março de 2020, de forma transdisciplinar, mediado por uma fonoaudióloga e uma profissional de educação física. Com o início da pandemia, as atividades foram adaptadas e elaboradas para serem realizadas em casa, sendo entregues de forma presencial ou pelo Whatsapp para aqueles com acesso à internet. Em julho deste ano, 28 participantes retornaram às atividades de forma presencial, seguindo todas as medidas de segurança em relação ao Coronavírus, incluindo a participação de uma psicóloga. No planejamento, incluiu-se atividades diversas com momentos para trabalhar as habilidades de linguagem, comunicação, socialização, autonomia e aspectos motores. Resultados: Os idosos participaram de forma assídua das atividades, inclusive quando entregues para realizar de modo à distância. Referiram que os encontros presenciais ofereceram melhora da socialização, comunicação e autoestima, aumentando o interesse na retomada na realização das atividades diárias. Além disso, os próprios idosos passaram a perceber os outros participantes, relatando o desempenho positivo dos demais e suas próprias limitações. Durante a pandemia, reforçaram a importância das atividades nos momentos de isolamento, pois mantiveram-se ativos e ocupados. Conclusão: Este grupo ofereceu aos idosos a possibilidade de se manterem ativos por meio das atividades envolvendo a comunicação, linguagem, socialização, autonomia e aspectos motores, contribuindo na prevenção e promoção de saúde, no qual foi e está sendo fundamental em todo período da pandemia.

Palavras-chave: Atenção Básica; Cognição; Envelhecimento; Equipe Multiprofissional.

 


EXPERIÊNCIAS DE ALUNOS DA ÁREA DA SAÚDE NA PARTICIPAÇÃO DE OFICINAS REMOTAS SOBRE ESTÍMULO À MOBILIDADE EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS

Ana Beatriz Simões Pereira

Natália Oiring de Castro

Vitória Oliveira Silva

Letícia Fernanda Palma

Renata Carolina Gerassi

Juliana Hotta Ansai

Introdução: A restrição dos movimentos e a falta de condições de mobilidade física em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) agem como facilitadores da prevalência da Síndrome do Imobilismo entre idosos institucionalizados. Frente a isso, vê-se a necessidade da capacitação para os atuais e futuros profissionais na prevenção e no estímulo à mobilidade dos idosos, a fim de promover um envelhecimento ativo dentro das ILPIs. Objetivo: Apresentar as experiências de alunos da área da saúde na participação de oficinas remotas sobre estímulo à mobilidade em ILPIs. Metodologia: Entre 2020 e 2021, estudantes de graduação em Gerontologia, Fisioterapia e Enfermagem e estudantes de pós-graduação na área da saúde participaram do projeto de extensão “Ações educativas: Estímulo à mobilidade de idosos institucionalizados”. Tal projeto tem como objetivo sensibilizar os profissionais e os idosos residentes em ILPIs, no período do Dia Nacional da Saúde, acerca da importância da mobilidade física; e estimular o aumento da mobilidade dos idosos institucionalizados e incentivá-los na participação ativa, conforme preconizado na Política de Envelhecimento Ativo. Constituíram as etapas do projeto: o levantamento bibliográfico; o recrutamento; a elaboração e preparação da equipe para a oficina; a realização de encontros online com as ILPIs participantes (via plataforma gratuita Google Meet) e a avaliação das atividades e feedback por parte dos gestores de cada ILPI. Resultados: Até o momento, foram realizadas no total 15 reuniões virtuais com a equipe de trabalho para a execução do projeto de extensão, além do planejamento das 11 oficinas/ encontros virtuais com as ILPIs e a execução de 5 oficinas. Participaram como integrantes da equipe de trabalho e palestrantes 21 alunos de graduação e pós-graduação da área da saúde. Por meio da dinâmica “Que bom, que pena, que tal”, os alunos relataram como “que bom” ter sido uma atividade ofertada diferente de outras realizadas no momento de pandemia, interessante, importante, além da possibilidade de se colocar no lugar do idoso institucionalizado, boa experiência com as dinâmicas e com a integração de alunos de diferentes cursos, aumento do conhecimento e contato com as ILPIs, dificuldades que enfrentam e com a imobilidade, oportunidade de poder criar os materiais e a apostila e o bom funcionamento das atividade de forma remota. A vivência da atividade, entre os alunos, propiciou a publicação do ebook gratuito “Ações educativas: Estímulo à mobilidade de idosos institucionalizados” e a confecção de resumos para congressos. Conclusão: A inserção de alunos da área da saúde nas ILPIs, nos momentos das oficinas e na programação das mesmas, contribuiu para as trocas mútuas de experiências e saberes. Ações educativas como estas visam também, a interação com os idosos e os profissionais – intergeracionalidade -, e o intuito intrínseco de propiciar a independência, a autonomia e melhoria na qualidade de vida dos idosos.

Palavras-chave: Idosos; Mobilidade Residencial; Atividades Educativas; Envelhecimento; Instituição de Longa Permanência para Idosos.

 


ADERÊNCIA, EXPECTATIVAS E EXPERIÊNCIAS DE ALUNOS DA ÁREA DA SAÚDE NA PARTICIPAÇÃO DE UMA ATIVIDADE DE EXTENSÃO À DISTÂNCIA DEVIDO À COVID-19

Mariana Brasil da Cunha Martino Pereira

Ryan Giovani Quintino

Alice Irene Sena Machado

Gabriela Lopes

Natália Oiring de Castro Cezar

Introdução: O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística estima que em 2060, idosos com 65 anos ou mais representarão 25,5% da população brasileira. Tal panorama ilustra a necessidade de ações de cuidado e qualidade de vida para a terceira idade. Ações envolvendo o tripé universitário, sendo ele o ensino, a pesquisa e a extensão, corroboram na formação de futuros profissionais de saúde, com uma visão mais multifatorial do processo. Objetivo: Apresentar a aderência, as expectativas e os relatos de experiência dos alunos participantes de uma Atividade de Extensão. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional e transversal, com a utilização de formulários do Google para coleta de dados. Em 2021 estudantes dos cursos de graduação e pós-graduação da saúde de nove Universidades públicas e privadas participaram da Atividade de Extensão “Compromisso Social: Gerontologia e Você”, que apoia a população idosa por meio da divulgação de informações sobre saúde do idoso através das redes sociais Facebook e Instagram, abrangendo diversas temáticas e buscando sempre uma comunicação clara e concisa com o público. Foi solicitado aos estudantes que classificassem com nota de 0 a 10, sendo 0 a pior possível e 10 a melhor possível, o desempenho pessoal deles, organização do projeto e o quanto as expectativas foram atendidas. A aderência corresponde aos participantes que deram efetiva continuidade ao projeto. Resultados: Dentre os 195 inscritos, 67 participantes aderiram efetivamente à Atividade, correspondendo a uma taxa de 34,35% e 65,65% de aderência e evasão, respectivamente. A partir da resposta de 53,7% dos aderentes da Atividade, infere-se que 17, 10, 9 e 3 tiveram suas expectativas 100%, 90%, 80% e 70% supridas, respectivamente. No que tange a organização do projeto, 33 pessoas avaliaram que estão entre 70 e 100% satisfeitas, enquanto três encontram-se pelo menos 50% satisfeitas. Quanto à participação na Atividade, 10 pessoas avaliaram o próprio desempenho como totalmente satisfatório (100%),  enquanto 8, 9, 3, 1 e 1 estão 90%, 80%, 70%, 60% e 50% satisfeitos com sua participação.  Conclusão: A compreensão de que os idosos farão cada vez mais parte do contingente populacional, nos convoca a pensar nas particularidades do envelhecimento. Com isto, os estudos voltados à gerontologia se fazem importantes, pois a partir da pesquisa torna-se possível desenvolver técnicas e saberes a respeito de como agir sob tal público. A Atividade de Extensão focada na gerontologia possibilitou aquisição de conhecimento para os participantes e o público, preparou os estudantes para trabalhar na área e levou conhecimento científico à população de forma acessível e simplificada. A presente pesquisa constata que os aderentes estão satisfeitos com o desenvolvimento do projeto. Entende-se também que, no quesito de aprendizagem, participação e organização, há uma perspectiva positiva do projeto, de modo que agrega conhecimentos teóricos e práticos. Estes alunos estão construindo um saber coletivo entre si e entre a população que acompanha as publicações do grupo e sua participação permite que os mesmos percebam as demandas dos idosos e trabalhem sobre elas.

 Palavras-chave: Extensão comunitária; Idoso; Participação dos interessados; Envelhecimento; Expectativas.

 


AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE VIA MÍDIAS DIGITAIS: RELATOS DE EXPERIÊNCIA

Lydiane da Silva Fernandes Vaz Ferreira

Anna Julia Tavares Santos

Jaqueline Lara Brigante

Jhenifer de Cassia Serantola

Regiane Fernandes da Silva Almeida

Natália Oiring de Castro Cezar

Introdução: A população idosa está em rápido crescimento populacional, fenômeno este derivado do aumento da expectativa e da qualidade de vida. Este cenário associado à necessidade de isolamento devido a pandemia COVID-19 evidencia a interação social virtual, que está cada vez mais popular. Com o crescimento da era digital, os idosos também aderiram a este meio prático de socialização, se inserindo cada vez mais como público alvo de diversas redes sociais e outras mídias digitais. O consumo e compartilhamento de informações de modo massivo e abrangente na internet pode ser fonte de conhecimentos, mas também de desinformações e inverdades. A disseminação de um conteúdo relevante e científico retrata a educação em saúde, intrínseca às atribuições dos profissionais de saúde. Objetivo: Apresentar as experiências de alunos da área da saúde participantes da Atividade de Extensão “Compromisso Social: Gerontologia e você”. Metodologia: Foi desenvolvido um estudo transversal e observacional, com a utilização de um formulário do Google para coleta de dados, que abordaram por meio de seis questões a experiência dos alunos envolvidos na Atividade de Extensão. As questões se deram acerca de pontos positivos e negativos da atuação dos mesmos, trabalho em equipe e visão acerca da importância do formato digital do projeto. Foi preservada a anonimidade dos respondentes para evitar risco de viés. A Atividade conta com 67 alunos da graduação e da pós-graduação de nove Universidades públicas e privadas que produzem materiais didáticos e de linguagem acessível para as redes sociais Instagram e Facebook. O produto é supervisionado por 10 docentes antes da publicação. Resultados: Do total de 67 alunos participantes da Atividade de Extensão, 39 responderam o formulário acerca de seus relatos de experiência, indicando uma adesão de 58,2%. Os relatos no questionário trazem como pontos positivos a facilidade de desenvolvimento de conteúdos online, aprendizado e obtenção de novos conhecimentos. Os apontamentos negativos se referiram à falta de dinâmica e comunicação em alguns grupos de criação de conteúdo, bem como à falta de contato presencial e direto com os outros participantes. A importância do uso de mídias digitais aparece no relato dos alunos com foco na facilidade de disseminação de conteúdos significativos, bem como no papel educativo acerca de temas científicos para a comunidade, através de linguagem popular. Conclusão: É possível observar que o trabalho voluntário e extracurricular dos alunos inseridos na Atividade de Extensão possui papel importante para o desenvolvimento e participação acadêmica dos mesmos, além de ter papel educativo perante a comunidade e diante, impreterivelmente, desse momento de pandemia da COVID-19, na qual os meios digitais são uma alternativa de ensino e comunicação. É importante ressaltar também que embora o uso de mídias digitais seja um ponto positivo em relação à praticidade de produção e disseminação de conteúdos científicos, foi também referido como ponto negativo para alguns alunos que sentem falta do contato presencial com outros alunos, o que ilustra as dificuldades vivenciadas no ensino à distância.

Palavras-chave: Comunicação em Saúde; Relações Comunidade-Instituição; Humanos; Disseminação de Informação.

 


O PROTAGONISMO DO JOVEM ESTUDANTE DE ENSINO MÉDIO NO CUIDADO A PESSOA IDOSA

Aline Miranda da Fonseca Marins

Maria Júlia de Oliveira Souza

Introdução: O aumento da população idosa é um evento mundial. O perfil demográfico e populacional, especialmente, o brasileiro, sofreu modificações. As doenças crônicas e/ou crônicas-degenerativas ficaram mais evidentes e exigem cuidados prolongados e orientações de saúde específicas. Esse cuidado, geralmente é realizado por um cuidador-familiar ou por uma rede de suporte social, que necessita de orientações básicas sobre o cuidado diário ao idoso. O jovem estudante pode ser um instrumento interlocutor / humanizador das necessidades e direitos do idoso e de seus cuidadores. Objetivos: Instrumentalizar o estudante de ensino médio, a partir de propostas educativo-informativas sobre o cuidado a pessoa idosa e seu cuidador leigo (familiar e/ou rede de suporte social), fundamentadas em estudos científicos sobre a temática e,  Estimular o protagonismo desse estudante, fortalecendo o reconhecimento e vínculo desse papel como um agente educador, amigo e parceiro do cuidado ao idoso na comunidade em que está inserido, seja ela escolar, familiar ou social de uma forma geral. Metodologia: A metodologia foi adaptada ao período de distanciamento social devido a pandemia pela COVID-19. Para atender aos objetivos propostos, foi confeccionado no Google Forms, tópicos breves, como por exemplo: dúvidas frequentes no cuidado ao idoso, necessidades de informações direcionadas sobre algum cuidado específico e contato / vínculo com o idoso. A meta foi proporcionar um brainstorm de ideias e informações para que, posteriormente fosse elaborada uma cartilha educativa-explicativa sobre as demandas reais de cuidados. Resultados: 49 estudantes do ensino médio de uma Instituição Estadual Pública, situada na cidade do Rio de Janeiro, responderam voluntariamente aos tópicos traçados. Cabe ressaltar que foi firmado um termo de parceria externa entre a Instituição e o Projeto: Cuidando do Idoso e de seu Cuidador (PROECIC / EEAN / UFRJ) para o desenvolvimento dessa ação. Mais de 50% dos jovens estudantes respondeu que sente a necessidade de maiores informações sobre o cuidado com os idosos através de uma linguagem simples e acessível, que possuem vínculo familiar com o idoso, sendo as dúvidas mais prevalentes relacionadas a / as: situações cotidianas que envolvam “pico de pressão”, comunicação efetiva como o idoso, dificuldades na administração e organização da medicação (polifarmácia), depressão, situações de teimosia do idoso, depressão e isolamento. Conclusão: É fundamental incentivar e promover reflexões, suporte teórico e ambientes de trocas de saberes / conhecimentos sobre a saúde da pessoa idosa durante o ensino escolar. Essa abordagem e proximidade com os estudantes pode fortalecer o incremento de ações de promoção à saúde da pessoa idosa e de sua rede de suporte social, centrados na manutenção e promoção da autonomia e da independência dos indivíduos idosos, direcionando medidas coletivas e individuais de saúde para esse fim.

Palavras-chave: Saúde do Idoso; Educação em Saúde; Ensino Médio.

 


ADESÃO DE INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS A AÇÕES EDUCATIVAS SOBRE ESTÍMULO À MOBILIDADE DOS IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS

Fernanda Vono

Daniela Lemes Ferreira

Dayane Melo Campos

Yasmin Oliveira Machado

Maria Juana Beatriz Lima Candanedo

Juliana Hotta Ansai

Introdução: O projeto de extensão “Estímulo à mobilidade dos idosos institucionalizados: Ações educativas” visa conscientizar os profissionais e idosos sobre a síndrome do imobilismo, além de estimular a mobilidade dos idosos institucionalizados, por meio de ações educativas. Percebe-se que há uma necessidade de incentivar a educação nas Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), buscando melhorar os serviços prestados. Considerando a pandemia pela COVID-19, o maior desafio para implementação da atividade de extensão foi a adesão das ILPIs ao projeto.  Objetivo: Verificar a adesão de ILPIs na participação de ações educativas sobre estímulo à mobilidade dos idosos institucionalizados. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo de relatos de experiência vivenciados em um projeto de extensão, que ocorreu de maneira remota nos anos de 2020 e 2021 durante a pandemia COVID-19. Foram contatadas ILPIs, preferencialmente da cidade de São Carlos. Caso não alcançasse as 11 ILPIs na cidade interessadas em participar da atividade, convidaríamos ILPIs de outras cidades no Brasil, preferencialmente de natureza pública e filantrópica, até completar 11 ILPIs no total. A atividade ocorreu após o consentimento do gestor da ILPI, por meio do aceite de convite via e-mail. As etapas do projeto foram: Etapa 1: levantamento bibliográfico; delineamento da execução das ações e responsáveis, treinamento e organização das oficinas; criação de materiais digitais e materiais para a prática; e criação de questionário de avaliação para os profissionais. Etapas 2 e 3: realização das oficinas/encontros virtuais no Google Meet; envio via e-mail e correio dos materiais para ILPIs, avaliação da atividade por parte dos profissionais; e envio de declarações aos participantes. Etapa 4: análise crítica do projeto por parte da equipe; avaliação final por meio de um questionário anônimo indicando pontos positivos e negativos; e contato com os gestores das ILPIs a fim de verificar se as ações educativas surtiram efeitos a curto prazo. As oficinas tiveram duração de 1h e ocorreram uma única vez, e considerou-se adesão a aceitação da ILPI em participar da oficina. Os dados foram tabulados, utilizando-se o programa Microsoft Office Excel e analisados de forma descritiva. Resultados: Em 2020, 13 ILPIs de São Carlos (SP), Campo Grande (MS) e Curitiba (PR) foram convidadas. Apenas 5 dessas instituições (38.4%) aceitaram participar, sendo que dessas 3 instituições privadas (60%) e 2 instituições filantrópicas (40%). Os principais motivos da baixa adesão foi a falta de disponibilidade de tempo devido à grande demanda de trabalho na pandemia. Como possíveis beneficiários, havia aproximadamente 180 profissionais e 172 residentes. Em 2021, 31 ILPIs, preferencialmente filantrópicas do Brasil, foram convidadas, sendo que apenas 7 ILPIS (22.5%) aceitaram participar. Destas, 4 instituições eram privadas (57.1%) e 3 instituições filantrópicas (42.8%). Das ILPIs sem adesão e que responderam ao convite, houve relatos de estar passando por dificuldades estruturais (como falta de computadores, smartphones, rede wifi para assistir a oficina online)  e falta de profissionais na equipe, o que dificulta a equipe parar as atividades para assistir a oficina durante horário de trabalho. Tal fato demonstra maior interesse de instituições privadas e maior dificuldade de instituições filantrópicas aderirem. Conclusão: As ações educativas proporcionadas pelo projeto de extensão mostraram-se viáveis durante a pandemia, principalmente por sua duração e modo de execução. Porém, ainda há a necessidade de estimular uma política de educação permanente entre profissionais que trabalham em ILPIs, a fim de aumentar o interesse e a adesão de programas de mobilidade para idosos institucionalizados.

 Palavras-chaves: Ações educativas; Idosos institucionalizados; Mobilidade.

 


AÇÕES EDUCATIVAS PARA ESTÍMULO À MOBILIDADE DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Maria Juana Beatriz Lima Candanedo

Laura Bonome Message

Renata Carolina Gerassi

João Vitor Businaro

 Lydia Toledo

Juliana Hotta Ansai

Introdução: Torna-se comum nas Instituições de longa permanência para idosos (ILPIs) encontrar idosos com mobilidade reduzida, deixando-os suscetíveis a consequências físicas e psicológicas, afetando a saúde, bem-estar e qualidade de vida de seus residentes. A falta de recursos e capacitação da equipe multiprofissional atuante nas ILPIs é um dos principais desafios para evitar a imobilidade no idoso e para estimular adequadamente a execução de suas atividades de vida diária. Portanto, as ações educativas podem ser úteis para melhoria no serviço em ILPIs. Objetivo: Apresentar experiências de um projeto de extensão para conscientizar a importância da mobilidade física em profissionais de saúde e idosos residentes em ILPIs, estimular o aumento da mobilidade e incentivar a participação ativa dos mesmos conforme preconizado na Política de Envelhecimento Ativo.  Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo de relatos de experiência vivenciados em um projeto de extensão da Universidade Federal de São Carlos, que ocorreu de maneira remota nos anos de 2020 e 2021 durante a pandemia COVID-19. Esse projeto é estruturado em 4 etapas. A etapa 1 contempla a realização do levantamento bibliográfico, elaboração da oficina e a preparação da equipe. A seguir nas etapas 2 e 3, há a realização de 5 encontros online através da ferramenta Google Meet, de acesso gratuito, com as ILPIs que aceitaram o convite de participação. Ao final, na etapa 4, é estruturada uma análise crítica pela equipe levando em consideração a experiência e resultados gerados até o momento, além da avaliação da atividade e coleta de feedback dos gestores das ILPIs com o objetivo de verificar se as ações educativas atenderam os objetivos e surtiram efeitos a curto prazo. Resultados: De agosto de 2020 até outubro de 2021, foram realizadas no total 15 reuniões virtuais da equipe, planejamento das 11 oficinas virtuais com as ILPIs e execução de 5 oficinas. Como resultados das atividades em 2020, houve a publicação do Ebook gratuito “Ações educativas: Estímulo à mobilidade de idosos institucionalizados”, que conta com diversos temas sobre imobilidade, com soluções educativas e orientações aos profissionais para realizarem com os idosos institucionalizados. Em relação à avaliação das atividades, foi realizada a dinâmica “Que bom, que pena, que tal”, em que alguns participantes relataram ter sido diferente de outras atividades realizadas durante a pandemia, além de interessante e importante, e também da possibilidade de se colocar no lugar do idoso institucionalizado através das dinâmicas. Conclusão: Conclui-se com base nos resultados recentes que o cunho principal de ações voltadas ao estímulo à mobilidade em ILPIs seguem preceitos da Política de Envelhecimento Ativo. Há assim o estímulo e a aptidão dos envolvidos para o desenvolvimento do trabalho de estímulo à mobilidade no âmbito do envelhecimento, visando a melhoria da autonomia e promovendo o autocuidado para idosos.

 Palavras-chave: Mobilidade; Educação permanente; Idosos institucionalizados; Ações educativas.

 


PROGRAMA IDOSO FELIZ PARTICIPA SEMPRE: NARRATIVAS SOBRE IDENTIDADE, ATIVIDADE FÍSICA E ENVELHECIMENTO

Lara Nadira Whibbe Evangelista

Samara Feitosa Gomes Silva

Rafael Sandes de Araújo

Abrahim de Oliveira Tamer

Inês Amanda Streit

Introdução: Quando a ideia do envelhecimento permeia o imaginário, pautado nas diferentes experiências, o processo ocorre de forma individual nas dimensões mental, afetiva e social. Ao olharmos sob a perspectiva das vivências, práticas corporais e conduta social, sendo estes fatores positivos para uma boa velhice, a inserção social afeta de forma positiva na identidade corporal e pessoal daqueles que envelhecem. Objetivo: Apresentar o sentido atribuído ao envelhecimento quanto a identidade pessoal pelas participantes. Metodologia: Este estudo apresenta o olhar de idosas sobre o seu envelhecer, partindo de reflexões sobre corpo, identidade corporal, identidade social e, especialmente sobre como a atividade física interpõe todos esses conceitos e concepções. Para contemplar esse propósito, desenvolveu-se um estudo transversal, descritivo, de natureza qualitativa, utilizando a Técnica do Grupo Focal com quatro idosas participantes do Programa Idoso Feliz Participa Sempre (PIFPS). Todos os aspectos éticos foram respeitados e este estudo foi aprovado no CEP/UFAM sob CAAE: 48132121.5.0000.5020. Resultados: As participantes são do sexo feminino e possuem idade entre 61 e 74 anos, todas exerceram e ainda exercem uma profissão, independente do nível de escolaridade. Na fala das participantes, o trabalho é uma dimensão importante na vida da pessoa que envelhece e percebemos o sentimento de valorização da profissão, bem como diferentes percepções de papéis sociais devido as posições hierárquicas. Observamos a importância das interações sociais, além daquelas relações com familiares e com seus pares do programa de atividade física. O trabalho voluntário foi mencionado como meio de cuidado e preocupação com as necessidades de membros familiares e/ou pessoas das comunidades das quais fazem parte como jovens, pessoas do próprio bairro, da igreja e idosos. A identidade social é fortemente permeada pelo cuidado ao outro, reforçando que a interação colabora positivamente na identidade social de quem envelhece. A essência deste estudo, traduzida por meio dos principais resultados, evidencia o reconhecimento por parte das idosas, dos benefícios da prática de atividade física para sua identidade pessoal. Além disso a prática de atividade física foi relacionada a superação de problemas de saúde física e mental. Destaca-se a importância das relações sociais, entre elas de familiares, amigos e comunidade no desenvolvimento de diferentes papéis sociais, citado pela maioria das idosas. Conclusão: A partir deste estudo, considera-se essencial essa troca de saberes para compreender melhor como as pessoas envelhecem, como enxergam sua identidade corporal e social, e especialmente, o quanto a atividade física interfere positivamente nesta identidade. Ainda, é essencial trabalhar com os idosos sobre reconhecimento da identidade, para que valorizem suas experiências, conhecimentos e saberes sobre a vida, acreditamos que dessa forma, a velhice pode ser uma fase da vida com perspectivas e dignidade humana.

Palavras-chave: Envelhecimento; Idosos; Corpo; Identidade Social; Atividade Física.

 


INTERVENÇÕES PSICOSSOCIAIS EM UMA UNIVERSIDADE ABERTA À PESSOA IDOSA, EM CONTEXTO DE PANDEMIA DE COVID-19: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA

Thays Hage da Silva

Ana Clara Lopes Oliveira Reis

Brenda Oliveira Marchiori

Monique Simões Cordeiro

Introdução: O processo de envelhecimento populacional é uma realidade em diversos países atualmente, e é influenciado por aspectos sociais, o que reforça a importância da promoção de envelhecimento ativo e saudável pelos órgãos públicos. Assim, as Universidades Abertas à Pessoa Idosa (UNAPIs) se tornam uma possibilidade de garantia de direitos e qualidade de vida, por meio das atividades socioculturais e educativas disponibilizadas por este serviço. Este espaço permite aos idosos interações sociais, realização de atividades que visam a promoção de saúde, aprendizado, conhecimento sobre seus direitos, além da prevenção de situações de risco social, auxiliando os idosos na construção de suas histórias e vivências individuais e coletivas.  A presença da psicologia nas UNAPIs se torna, portanto, de grande importância para auxiliar na garantia de bem estar psicológico e social da população que envelhece, além de promover reflexões sobre as diferentes formas de vivenciar a velhice. O contexto atual de pandemia de Covid-19 suscitou mudanças na vida dos idosos, promovendo impactos em suas qualidades de vida, além de demandar reformulações nas atividades ofertadas pelas UNAPIs, deste modo, o ambiente virtual se tornou uma possibilidade para a manutenção das atividades e acompanhamento dos idosos. Objetivo: Relatar a experiência vivenciada por extensionistas do projeto “Envelhe(ser) e processos psicossociais” na elaboração e condução de oficinas de intervenção psicossocial ofertadas a idosas participantes da UNAPI UFES, durante o período de pandemia Covid-19. Metodologia: O projeto é desenvolvido na UNAPI da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), e é composto pela coordenadora, uma mestranda de Psicologia e duas extensionistas alunas da graduação de Psicologia. Participaram das intervenções, durante o ano de 2021, 25 idosas no primeiro semestre, e 15 idosas no segundo. Foram realizadas oito oficinas de intervenção psicossocial por semestre, que ocorreram quinzenalmente. Tendo em vista o contexto de pandemia, no primeiro semestre as oficinas foram realizadas por meio de um grupo no aplicativo WhatsApp, e no segundo semestre por meio de videoconferências no aplicativo Google Meet. Durante os dois semestres foram discutidos temas relacionados à velhice e ao atual contexto de pandemia. Por meio de discussão, trocas de experiências e exposição de material visual, foram trabalhados os temas: velhice, idadismo, autoestima e autocuidado, expressão de emoções e sentimentos, saudade, depressão, ansiedade, adoecimento, resiliência, envelhecimento ativo, produtividade e projetos de vida. Resultados: As atividades realizadas evidenciaram o importante papel que a psicologia e as intervenções psicossociais tiveram para promoção de bem estar e construção de um cuidado integral ao idoso, principalmente em um contexto de isolamento social, uma vez que as idosas tiveram a possibilidade de formular estratégias de enfrentamento às dificuldades psicossociais ocasionadas pela pandemia, além de refletir sobre processos que perpassam a etapa da vida na qual estão inseridas. Conclusão: De modo geral, a inserção da psicologia na UNAPI tornou visível as possibilidades de atuação dos psicólogos neste espaço, especialmente, a de assegurar espaço de acolhida, compartilhamentos, vivências, formação, suscitando reflexões acerca do que é ser idoso, e como essa velhice pode ser vivida de diferentes formas.

Palavras-chave: Envelhecimento; Intervenção psicossocial; Psicologia; Universidade Aberta à Pessoa Idosa.

 


ENVELHECIMENTO E O MEDO DAS MUDANÇAS E DAS PERDAS QUE ACOMPANHAM O PROCESSO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA

Luiza Santos de Melo Ireno

Isabela Almeida Andrade

Laura Libânio Pereira

Marcela Fernandes de Almeida

Vanessa de Oliveira Lacerda Raposo

Lúcio Aparecido Moreira

Introdução: O desenvolvimento de tecnologias e medidas terapêuticas têm proporcionado o envelhecimento populacional e o aumento de idosos. A senescência desencadeia o desgaste do indivíduo e provoca mudanças socioculturais, econômicas e emocionais. Cada pessoa envelhece a seu modo, já que variáveis como sexo, experiências e rede de apoio influenciam esse processo. Muitas vezes, o envelhecer é associado à doença devido a maior vulnerabilidade, porém isso não deve ser tratado como algo totalmente dependente. Assim, é possível ter um envelhecimento saudável dependendo do estilo de vida. Objetivo: Reconhecer e compreender o medo do idoso acerca do envelhecimento, abordando as mudanças e as perdas dessa fase, por meio de uma revisão integrativa de literatura. Metodologia: Realizou-se uma busca nas bases de dados LILACS e MEDLINE utilizando os Descritores em Ciência da Saúde “envelhecimento”, “perdas” e “idoso”. Considerou-se como filtro: artigos completos, idioma inglês e português, publicados no período de 2011 a 2021 e os operadores booleanos “AND” e “OR”. Foram encontrados 142 artigos, dos quais 44 foram selecionados pela leitura do título e 15 pela leitura do resumo. Por fim, 10 foram selecionados pela leitura integral. Resultados: O envelhecimento é marcado por mudanças fisiológicas, psicológicas e sociais. Nesse sentido, a diminuição da funcionalidade, da esperança e a ausência de papéis sociais valorizados são consequências que contribuem para concretizar a finitude e a morte como uma realidade próxima. Essas limitações ameaçam a qualidade de vida dos idosos, levando ao medo de enfrentar a transição de uma vida independente para uma dependente. Isso foi comprovado por um estudo realizado na Holanda que demonstrou que a dependência gerou, em muitos idosos, a perda da sensação de domínio, devido a interferência de terceiros nas tomadas de decisões de suas vidas. O envelhecer é marcado por perdas reais e simbólicas, como a morte de pessoas queridas, que gera sentimento de solidão e perda do suporte social. Isso, associado às outras perdas, configura um cenário de tristeza no qual o sentimento de inutilidade prevalece e a motivação para viver diminui. Entretanto, muitas alterações fisiológicas não estão relacionadas exclusivamente com a idade, mas com os hábitos de vida. Com a revolução da longevidade, vivenciam-se modelos de velhice em transição e uma importante diversidade nas maneiras de envelhecer. Assim, o envelhecimento ativo, segundo a Organização Mundial da Saúde, “é o processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas”. Dessa forma, segundo estudos, o envelhecimento também possibilita vantagens, como ganhos pessoais, sociais e alterações no estilo de vida, o que propõe uma contradição com os significados sociais atribuídos à velhice. Conclusão: Ao enfrentar o processo de envelhecimento o idoso está diante de perdas e transformações que afetam todos os aspectos de sua vida, mas alguns ainda acreditam que há ganhos ao passar por essa fase. Então, mesmo diante do sofrimento de perdas reais e simbólicas a compreensão do envelhecimento depende do olhar de cada idoso e de como ele enfrenta esse fato.

Palavras-chave: Envelhecimento; Perdas; Idoso.

 


MOTIVOS E BARREIRAS PARA A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA POR IDOSOS DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19

Franciele da Silva Pereira

Felipe Fank

Maria Clara Machado Trento

Ingrid Lovizon Ribeiro

Suelen Odraizola Barcia

Giovana Zarpellon Mazo

 Introdução: A pandemia da COVID-19 e o consequente isolamento social, ocasionou interrupções ou mudanças no estilo de vida, além de repercussões negativas na saúde física e mental da população idosa. Objetivo: Descrever os motivos e as barreiras para a prática de atividade física (AF) por idosos durante a pandemia da COVID-19. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal envolvendo 111 idosos (71,0 ± 6,87 anos), sendo 26 homens e 85 mulheres, matriculados em programa de extensão universitário. Para mensurar a AF foi utilizado o International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) adaptado para os idosos, considerando a categorização em leve, moderada e vigora proposta pelo instrumento. Os dados foram coletados em junho de 2020, via contato telefônico com os idosos. Resultados: Em relação à prática de AF durante pandemia da COVID-19, foi possível constatar que os idosos apresentaram uma média semanal de 104,1 min/semana de AF leve, 59,8 min/semana de AF moderada e 19,3 min/semana de AF vigorosa. Entre os motivos para a prática de AF nesse período, 63,1% idoso relataram que era para melhorar a saúde de forma geral, 51,4% a qualidade de vida, 9% pelo convívio social com familiares ou amigos e 2,7% por orientação profissional. Oitenta e sete idosos (78,4%) relataram barreiras para a prática de AF, sendo as mais prevalentes a própria pandemia (36,9%), a presença de dor (18,9%) e a falta de motivação (17,1%). Conclusão: Exercícios domiciliares, durante o período pandêmico, mesmo de forma presencial ou online, devem ser incentivados a fim de minimizar as consequências da inatividade física na saúde do idoso.

Palavras-chave: Isolação social; Exercício físico; Comportamento sedentário; Idosos; COVID-19.

 


EFEITOS DO EXERCÍCIO FÍSICO AQUÁTICO SOBRE AS FUNÇÕES EXECUTIVAS EM IDOSOS DA COMUNIDADE: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO

 Dayane Melo Campos

Glaucia Helena Gonçalves

Daniela Lemes Ferreira

Renata Carolina Gerassi

Ana Beatriz Simões Pereira

Juliana Hotta Ansai

Introdução: Entre idosos que vivem na comunidade, déficits cognitivos específicos, como nas funções executivas, propiciam o aumento no risco de quedas. Idosos com melhor desempenho nas funções executivas lidam mais habilmente com condições desafiadoras de caminhada, situações de dupla tarefa e equilíbrio. O exercício físico aquático pode ser uma estratégia terapêutica importante para diminuir os fatores de risco potencialmente modificáveis de quedas, incluindo as funções executivas. Objetivo: Verificar os efeitos de um protocolo de exercício físico aquático sobre as funções executivas em idosos da comunidade. Metodologia: Foi realizado um ensaio clínico controlado randomizado, unicêntrico, unicego, com idosos da comunidade, com idade acima de 65 anos e sem comprometimento cognitivo. Os participantes foram distribuídos em dois grupos de forma aleatória (Exercício Físico Aquático e Controle). O Grupo Exercício Físico Aquático (GEFA) realizou o protocolo de exercícios multicomponente e o Grupo Controle (GC) recebeu apenas ligações mensais para monitoramento da saúde geral. Os treinamentos aquáticos tiveram intensidade progressiva, conforme Escala de Percepção de Esforço Borg Modificada (BORG-CR10), duração de 16 semanas, frequência duas vezes por semana e uma hora por sessão, em dias não consecutivos. Os participantes foram avaliados inicialmente e após 16 semanas de treinamento. A avaliação consistiu em dados clínicos e sociodemográficos e funções executivas (Bateria de Avaliação Frontal-BAF). A BAF é um instrumento desenvolvido para detecção de alterações em funções executivas, o raciocínio, a lógica, as estratégias, a tomada de decisões e a resolução de problemas, associadas ao funcionamento do córtex frontal. Para análise dos dados por intenção de tratamento, foi adotado um nível de significância de α=0,05 e utilizado o software SPSS (20.0). Resultados: A amostra final consistiu de 49 idosos, sendo 25 do GC e 24 do GEFA. Ao analisar por intenção de tratar, não houve interação e diferença significativa entre grupos e momentos com relação às funções executivas (diferença entre momentos: GC=1,4 pontos; GEFA=1,5 pontos). Ao analisar somente os idosos que aderiram à intervenção, apesar de não significativo, as funções executivas melhoraram no GEFA, com diferença entre avaliações de 2 a 3 pontos na BAF. Conclusão: O exercício físico aquático apresentou efeitos positivos sutis em idosos da comunidade, em especial aos que aderiram à intervenção. Tais efeitos podem ser devido à escolha das tarefas cognitivas utilizadas no protocolo.

Palavras-chave: Idoso; Acidentes por quedas; Testes neuropsicológicos; Modalidades de Fisioterapia; Exercício aquático.

 


IMPACTO DA INTERRUPÇÃO DE UM PROGRAMA DE EXERCÍCIO FÍSICO, PROVOCADO PELA COVID-19, SOBRE A FORÇA DE PREENSÃO MANUAL DE IDOSOS

Laura Bonome Message

Gabriela Cassemiliano

Ana Cláudia da Silva Farche

Paulo Giusti Rossi

Stefany Lee

Anielle Cristhine de Medeiros Takahashi

Introdução: A pandemia da Covid-19 é uma crise de saúde sem precedentes, de modo que populações do mundo todo foram solicitadas a adotar o distanciamento social. Com a pandemia, programas de exercício físico para idosos realizados em grupo tiveram suas atividades suspensas. Tanto as medidas de confinamento, como a interrupções destes programas podem acarretar no declínio da capacidade física e contribuir para o aparecimento ou agravamento de problemas cardiovasculares, respiratórios, neurocognitivos, musculoesqueléticos, e aumento da dependência e do risco de queda. A perda muscular ocorre de forma rápida, podendo já ser detectada em dois dias de inatividade física e, desta forma, acredita-se que haverá uma diminuição da força muscular nos idosos neste período de confinamento. Objetivo: Avaliar o efeito da interrupção de exercícios físicos regulares, realizados em grupo e com supervisão, sobre a força de preensão manual de idosos. Metodologia: Trata-se de uma análise retrospectiva longitudinal, na qual participaram 36 idosos. A avaliação da força de preensão manual foi realizada em um dinamômetro manual hidráulico em dois momentos distintos. A primeira avaliação ocorreu em março de 2020 (pré-pandemia) e a segunda ocorreu de forma domiciliar entre os meses de agosto e setembro de 2021. A análise estatística foi conduzida pelo software SPSS utilizando-se o teste t pareado e considerando o nível de significância de 5%. Este trabalho foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa em seres humanos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) sob CAAE número 31503020.3.0000.5504. Resultados: Dentre os 36 idosos avaliados, a maioria (86,1%) era do sexo feminino e com média de idade de 74 ± 7,23 anos. A média da força muscular pré-pandemia foi de 25,25 ± 7,47 kgf e após 18 meses foi de 24,03 ± 6,72 kgf. Observou-se redução estatisticamente significativa (p = 0,047) na força de preensão muscular, devido à interrupção dos exercícios físicos. Conclusão:  A interrupção de exercícios físicos provocada pelo confinamento da pandemia da Covid-19 gerou impactos deletérios sobre a força muscular de idosos. Este achado é importante, visto que a força de preensão palmar está associada a várias doenças crônicas, declínio cognitivo, tempo de internação e mortalidade.

Palavras-chave: Envelhecimento; Covid-19; Comportamento sedentário; Aptidão física.

 


A INCIDÊNCIA DE QUEDAS DE IDOSOS AUMENTOU APÓS A INTERRUPÇÃO DE UM PROGRAMA DE EXERCÍCIO FÍSICO SUPERVISIONADO, DEVIDO A PANDEMIA DA COVID-19?

Gabriela Cassemiliano

Ana Cláudia Silva Farche

Stefany Lee

Paulo Giusti Rossi

Laura Bonome Message

Anielle Cristhine de Medeiros Takahashi

Introdução: Diante da pandemia da covid-19, o distanciamento social tem sido uma das medidas preventivas para toda a população e sobretudo para a população idosa, principalmente no início da pandemia, no qual não havia vacinas disponíveis. Além disso, em algumas cidades brasileiras, como em São Carlos-SP, programas de exercício físico em grupo que envolviam essa população foram interrompidos e foram mantidos suspensos por mais de 1 ano.  Essa interrupção poderia contribuir para um declínio na capacidade funcional dessa população e consequente aumento na incidência de quedas. Estudos demonstram que a medida restritiva de distanciamento social acarreta um grande impacto no aspecto biopsicossocial dos idosos, e todo esse cenário pode interferir a autonomia do idoso, uma vez que as quedas podem ocasionar danos graves à saúde por aumentar o risco de lesões como fraturas, quadros de internações, aumento da dependência de terceiros, uso de dispositivos de auxílio de marcha e diminuição da funcionalidade. Sendo assim, identificar efeitos deletérios desse período e da diminuição da realização de exercícios físicos é de suma importância para a manutenção da saúde global da população idosa. Objetivo: Verificar se a incidência de quedas de idosos aumentou após a interrupção de um programa supervisionado de exercício físico, devido a pandemia da covid-19. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, com idosos participantes de um grupo de exercício físico regular e supervisionado chamado “Revitalização Geriátrica”, da cidade de São Carlos-SP. Com a finalidade de entender quais foram os efeitos da interrupção do exercício físico na incidência de quedas dos participantes, foi realizada a comparação dos dados da avaliação física realizada pré-pandemia (março de 2020) com uma avaliação domiciliar realizada durante a pandemia (agosto/setembro de 2021). A variável dependente deste estudo foi a incidência de quedas, avaliada a partir de uma questão presente na anamnese da ficha de avaliação: “O (a) senhor (a) teve alguma queda no último ano? Se sim, quantas? Como ocorreu?”. O estudo contou com financiamento das instituições de pesquisa: FAPESP (nº2020/05471-5) e CAPES (nº88887.630337/2021-00). Resultados: Uma amostra de 40 idosos participaram da avaliação, com média de idade de 74 ± 6,99 anos e com prevalência de participantes mulheres (86,84%). Observou-se aumento da incidência de quedas segundo o relato dos participantes. Na avaliação pré-pandemia, apenas 5% da amostra total apresentou quedas no último ano. No entanto, na avaliação domiciliar realizada durante a pandemia, 27,5% da amostra total apresentou quedas. Além disso, observou-se na avaliação domiciliar que houve prevalência de quedas por tropeços (n=5), seguido de escorregões em superfícies instáveis (n=4) e por episódios de vertigem (n=2). Dentre esses 11 idosos que caíram durante a pandemia, 2 deles apresentaram consequências graves da queda: fratura de antebraço (n=1) e fratura de vértebra lombar (n=1), levando a um período de hospitalização do idoso. Conclusão: Diante do exposto, é sugestivo que a interrupção da realização de exercício físico regular pela população idosa, em decorrência da pandemia da covid-19, aumentou a incidência de quedas dessa população.

Palavras-chave: COVID-19; Envelhecimento; Quedas; Exercício Físico.

 


PROTOCOLO DE EXERCÍCIO INTERVALADO NA CAPACIDADE FUNCIONAL E QUALIDADE DE VIDA DE IDOSO COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

Ana Carolina Schneider Evaristo

Kadine Priscila Bender dos Santos

Débora Bombazzaro

João Gonçalves

Introdução: O envelhecimento populacional do Brasil é um processo irreversível que se mantém crescente nas últimas décadas. As doenças cardiovasculares representam a maior causa de óbito em idosos, e a insuficiência cardíaca (IC), caracterizada pela incapacidade do coração de bombear sangue suficiente devido ao débito cardíaco reduzido, torna esses idosos mais intolerantes às atividades de vida diárias. Idosos têm dificuldades para tolerar atividades físicas e exercícios, devido às alterações musculoesqueléticas e circulatórias, e sintomas como fadiga e dispneia, que repercutem na qualidade de vida. O exercício físico realizado em programas de reabilitação cardiovascular (RCV) ambulatorial é prescrito de forma individualizada e supervisionado pelo fisioterapeuta objetivando manter e/ou melhorar a capacidade funcional do paciente cardíaco. Objetivos: avaliar os efeitos de um programa de exercício aeróbio intervalado associado a exercícios de força e resistência muscular sobre a capacidade funcional submáxima, força de preensão palmar e qualidade de vida em idoso com IC. Metodologia: trata-se de um estudo de caso com dados extraídos do Programa Unisul de Iniciação a Pesquisa do curso de Fisioterapia da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL). A avaliação foi realizada antes e após os atendimentos, e contava com teste de caminhada de 6 minutos (TC6), dinamometria para avaliação da força de preensão manual (FPM) e aplicação do questionário SF-36 para avaliação da qualidade de vida. Os atendimentos tinham duração de 40 minutos, realizados 3 vezes por semana, com um total de 10 atendimentos, onde o paciente realizava exercício aeróbio intervalado de moderada intensidade com 5 minutos de aquecimento com exercícios de força e resistência muscular, seguido de 10 minutos de condicionamento com trote e caminhada, com 4 zonas alvo de 1 minuto e 70% da frequência cardíaca máxima de treino, e 3 recuperações ativas de 2 minutos com 60% da frequência cardíaca máxima treino, respectivamente. E finalizava com 5 minutos de desaquecimento com exercícios de força e resistência muscular. Durante os exercícios foi monitorado a frequência cardíaca (FC), a saturação de oxigênio (SpO2), a pressão arterial (PA) e a sensação de esforço motor e respiratório (BORG). Resultados: Paciente do sexo masculino, 62 anos de idade e diagnóstico médico de IC, NYHA II. Após a execução deste protocolo, ocorreu aumento da FPM de 31Kg para 65Kg (52%), aumento da capacidade funcional submáxima (TC6 de 289m para 293m – 63% do predito) e aumento de todas as categorias da pontuação do escore de qualidade de vida, além de atingir a zona alvo de treino sem intercorrências. Quantos às respostas dos parâmetros fisiológicos, houve diminuição da FC de repouso de 70bpm para 66bpm e da sensação de esforço pela escala BORG de 15/16 para 13/14 durante o exercício aeróbico, além de manter a SpO2 entre 97% e 100% antes e após os exercícios. Conclusão: O exercício aeróbico intervalado com recuperação ativa, associado ao exercício de força e resistência muscular promove aumento da capacidade funcional submáxima, força de preensão manual e da qualidade de vida em idoso com IC, além de diminuir BORG em zona alvo e frequência cardíaca em repouso.

Palavras-chave: Envelhecimento populacional; Insuficiência cardíaca; Exercício.

 


COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO E EXCESSO DE PESO EM IDOSOS BRASILEIROS: ANÁLISE COMPARATIVA DOS DADOS DA PESQUISA NACIONAL DE SAÚDE 2013 E 2019

Letícia Martins Cândido

Elaine Cristina Lopes

Núbia Carelli Pereira de Avelar

Ana Lúcia Danielewicz

Introdução: Na última década, o tempo prolongado despendido em comportamento sedentário (CS) tem se elevado em idosos, e está associado a desfechos negativos em saúde, como o excesso de peso. Idosos com excesso de peso costumam apresentar maiores chances de fragilidade, sarcopenia, incapacidades funcionais e maiores riscos de morbimortalidade precoce. Sendo assim, destaca-se a importância de verificar a associação entre CS e o excesso de peso em idosos brasileiros em diferentes períodos no tempo, uma vez que ambos interferem na promoção da longevidade com melhor qualidade de vida. Acredita-se que o conhecimento dessa relação pode auxiliar os profissionais da saúde na prática clínica e subsidiar novas políticas públicas de promoção e prevenção em saúde para essas condições. Objetivo: Avaliar as prevalências de excesso de peso e CS nos anos de 2013 e 2019 e testar sua associação em idosos brasileiros, comparando-se os dados das Pesquisas Nacionais de Saúde (PNS) de 2013 e 2019. Metodologia: Estudo transversal, com dados de 23.815 idosos amostrados na PNS de 2013 e 43.554 idosos na PNS de 2019. O CS foi a exposição analisada, considerando-se as questões autorreferidas sobre o tempo em frente à televisão, categorizado em <3 e ≥3 horas por dia. O desfecho foi o índice de massa corporal (IMC), obtido pela fórmula (peso (kg)/estatura (m²), na qual foram inseridos valores autorrelatados e idosos com IMC >27,0 kg/m2 foram categorizados com excesso de peso. Aplicou-se o teste de Regressão Logística Multivariável, ajustadas para sexo (feminino/masculino), faixa etária (60-69, 70-79 e ≥80 anos), escolaridade (sem escolaridade formal, 1-4, 5-8, 9-11 ou ≥12 anos), estado civil (casado, divorciado/solteiro ou viúvo), etilismo (nenhum consumo, <1 ou >1 vez/mês), tabagismo (sim/não), multimorbidade (sim/não) e nível de atividade física (fisicamente ativos para >150 minutos semanais ou <150 para insuficientemente ativos). Resultados: As prevalências de excesso de peso foram de 40,3% (IC95%:39,0;41,7) e 41,5% (IC95%:40,8;42,2) para a PNS 2013 e 2019, respectivamente. Enquanto que prevalências do CS ≥3h/dia no tempo de televisão foram de 32,7% (IC95%:31,8;33,7) na PNS 2013 e 28,8% (IC95%:28,2;29,5) na PNS 2019. Os idosos que permaneciam em CS em frente à televisão ≥3h/dia apresentaram 38% (IC95%:1,23;1,54) e 29% (IC95%:1,21;1,37) maiores probabilidades de ter excesso de peso na PNS 2013 e 2019, respectivamente, quando comparados aos idosos que ficavam <3h/dia no mesmo comportamento. Conclusão: Verificou-se maior prevalência de excesso de peso nos idosos avaliados na PNS 2019 em comparação aos da PNS 2013, ao passo que as prevalências de CS no tempo de televisão ≥3h/dia foi maior em 2013 do que em 2019. Dessa forma, os idosos da PNS 2013 que despendiam ≥3h/dia em CS em frente à televisão apresentaram chances discretamente maiores de ter excesso de peso do que os idosos amostrados na PNS 2019. Assim, enfatiza-se a importância de implementar políticas públicas de saúde relacionadas ao estilo de vida dos idosos, as quais continuem estimulando a adoção de comportamentos mais ativos e saudáveis, principalmente devido ao aumento do CS em idosos no período pandêmico da COVID-19.

Palavras-chave: Comportamento Sedentário; Idoso; Índice de Massa Corporal.

 


ESTADO NUTRICIONAL DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS

Leucinéia Schmidt

Andréia Mascarelo

Daiana Argenta Kümpel

Marilene Rodrigues Portella

Introdução: O envelhecimento é um processo natural, progressivo e heterogêneo, que ocasiona diversas alterações fisiológicas, metabólicas, anatômicas e psicológicas, que repercutem no estado de saúde e nutricional do idoso. A desnutrição é considerada um dos distúrbios mais importantes da senilidade, podendo aumentar a incidência de mortalidade, comorbidades, risco de infecções e reduzir a qualidade de vida. Diversos métodos são utilizados para avaliar o estado nutricional do idoso, dentre eles, destaca-se a Mini Avaliação Nutricional (MAN), instrumento validado, desenvolvido para avaliar o risco de desnutrição e a desnutrição, sendo bastante utilizado por ser de baixo custo e fácil aplicação. Objetivo: Identificar o estado nutricional de idosos institucionalizados. Metodologia: Estudo transversal, com idosos de 60 anos ou mais residentes em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI). Este estudo é um recorte da pesquisa Padrões de envelhecimento e longevidade: aspectos biológicos, educacionais e psicossociais, desenvolvida sob coordenação da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), São Paulo (SP) e participação da Universidade Católica de Brasília (UCB), Distrito Federal (DF) e Universidade de Passo Fundo (UPF), Rio Grande do Sul (RS). Os dados foram coletados no ano de 2017 em 19 ILPI localizadas nos municípios de Passo Fundo (RS), Carazinho (RS) e Bento Gonçalves (RS), Brasil. As variáveis sociodemográficas avaliadas foram: gênero, faixa etária, cor da pele, escolaridade e tipo de ILPI. O estado nutricional foi avaliado através da MAN. As variáveis foram descritas em frequências absoluta e relativa. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade de Passo Fundo (RS) sob parecer nº: 2.097.278. Resultados: Participaram do estudo 415 idosos, com média de idade de 79,75 anos (±9,77). Os homens apresentaram média de idade de 76,24 anos (±9,30) e as mulheres de 81,26 anos (±9,59). A maioria eram do gênero feminino (69,9%); estavam na faixa etária de 80 a 89 anos (38,6%); referiram ser brancos (88,8%); eram escolarizados (82,8%) e residiam em instituições filantrópicas (59,3%). Através da MAN, observou-se que 111 (26,7%) apresentaram estado nutricional normal, 198 (47,7%) risco de desnutrição e 106 (25,5%) estavam desnutridos. Conclusão: Foi possível observar uma alta prevalência de idosos com risco de desnutrição e desnutridos. Considerando que o risco nutricional está associado ao maior risco de comorbidades e mortalidade, é necessário que as instituições geriátricas realizem acompanhamento sistemático com um adequado suporte nutricional para a melhora do estado de saúde e qualidade de vida dos idosos.

Palavras-chave: Avaliação Nutricional; Estado Nutricional; Idoso; Instituição de Longa Permanência para Idosos.

 


PREVALÊNCIA DE SÍNDROME DA FRAGILIDADE EM IDOSOS HOSPITALIZADOS

Leucinéia Schmidt

Andréia Mascarelo

Daiana Argenta Kümpel

Marilene Rodrigues Portella

Introdução: A síndrome da fragilidade possui múltiplas causas e contribuintes, sendo caracterizada pela diminuição da força, resistência e função fisiológica, que aumenta a vulnerabilidade de um indivíduo para desenvolver maior dependência ou mortalidade. A hospitalização é um evento que traz consequências importantes para o idoso, como piora da morbidade, dependência, incapacidade, entre outras, sobretudo para idosos frágeis, nos quais as consequências podem ser ainda mais graves. Partindo do pressuposto que a síndrome da fragilidade é um fator que pode estar associado à hospitalização, observa-se a necessidade de avaliar a prevalência desta síndrome nos indivíduos idosos. Objetivo: Avaliar a prevalência da síndrome da fragilidade em idosos hospitalizados. Metodologia: Estudo de delineamento transversal, realizado em um Hospital de alta complexidade localizado na cidade de Passo Fundo, no norte do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Para o cálculo de amostra levou-se em consideração um intervalo de confiança de 95%, poder estatístico de 80%, razão não exposto:exposto de 1:3, prevalência de anemia de 40%, razão de prevalência de 2, totalizando 248 indivíduos. Acrescentou-se mais 10% para possíveis perdas e recusas (n=272). A síndrome da fragilidade foi investigada através da Edmonton Frail Scale (EFS), avaliada à beira do leito e as variáveis sociodemográficas (gênero, faixa etária, cor da pele, estado civil e escolaridade) foram coletadas do prontuário. As variáveis foram descritas em frequências absoluta e relativa. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Passo Fundo (RS) sob parecer nº: 3.281.211. Resultados: Participaram do estudo 272 idosos, com média de idade de 73,19 anos (±8,53). Os homens apresentaram média de idade de 71,89 anos (±8,12) e as mulheres de 75,01 anos (±8,78). Houve predomínio do gênero masculino (58,5%), da faixa etária de 60 a 69 anos (40,1%), dos que referiram ser brancos (86,0%), dos que possuíam companheiro (59,9%) e escolaridade entre 1 a 4 anos (50,4%). Através da EFS, observou-se que 83 (30,5%) não apresentavam fragilidade, 41 (15,1%) eram aparentemente vulneráveis, 34 (12,5) possuíam fragilidade leve, 36 (13,2%) fragilidade moderada e 78 (28,7%) fragilidade severa. Conclusão: Verificou-se elevada prevalência de síndrome da fragilidade entre os idosos hospitalizados, principalmente da fragilidade classificada como severa. A identificação da síndrome da fragilidade no momento da internação hospitalar do idoso auxilia a equipe multiprofissional na tomada de decisão em relação ao tratamento. Além disso, auxilia no melhor direcionamento dos recursos de saúde para uma intervenção mais eficaz e apropriada, com resultados satisfatórios para a saúde do paciente idoso.

 Palavras-chave: Síndrome da Fragilidade; Idosos; Hospitalização.

 


PREVALÊNCIA DE CONSUMO DE MICRONUTRIENTES POR IDOSOS ATENDIDOS EM UM SERVIÇO AMBULATORIAL DE SAÚDE AUDITIVA EM SANTA CATARINA

Juliana Kosmos Piazza

Laura Faustino Gonçalves

Karina Mary de Paiva

 Marcella Rachadel Avelino

 Luciana Berwanger Cigana

Patrícia Haas

Introdução: Estudos indicam que hábitos alimentares podem influenciar no desenvolvimento de alterações auditivas e vestibulares, visto que a ingestão de alimentos representa um fator modificável e que pode prevenir e/ou retardar tais alterações, porém as evidências são inconsistentes. De acordo com o relatório mundial da audição, a adoção de comportamentos preventivos e a escolha de um estilo de vida saudável na forma de uma boa nutrição, exercícios e não uso do fumo pode reduzir a possibilidade de risco de perda auditiva na velhice. Além disso, a detecção precoce da perda auditiva e as intervenções apropriadas associadas ao envelhecimento podem mitigar muitos dos efeitos adversos associados.   Objetivo: Verificar a prevalência de consumo de micronutrientes (zinco e ferro) pelos idosos atendidos em um serviço ambulatorial de saúde auditiva (SASA) do estado de Santa Catarina.  Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, realizado com idosos atendidos na avaliação inicial no Instituto Otovida, um SASA de referência no estado, entre os meses de maio a outubro de 2021. Foi realizada uma análise descritiva da população segundo características sócio demográficas e foi estimada a prevalência de consumo dos micronutrientes selecionados para o estudo utilizando a avaliação dos hábitos alimentares por meio da Avaliação Qualitativa da Alimentação de Idosos e suas Percepções de Hábitos Alimentares Saudáveis.  A avaliação alimentar foi baseada no teste do Guia Alimentar para a População Brasileira, o qual é composto por perguntas sobre hábitos alimentares com enfoque sobre a média de consumo de grupos alimentares e estilo de vida. A escolha por estimar a prevalência do consumo de carne e peixe ocorreu em função destes alimentos serem fontes dos micronutrientes ferro e zinco, respectivamente. Resultados: Foram avaliados 373 idosos para avaliação inicial no período descrito, com média de idade de 73,15 (8,71) anos, sendo 53,89% do sexo feminino, e aproximadamente 87% dos participantes apresentavam renda entre 1 e 3 salários mínimos. Com relação à frequência de consumo dos micronutrientes de interesse, observou-se que cerca de 83% dos usuários relataram consumir carne mais de uma vez na semana e 23,91% consumir peixe mais de uma vez na semana.  Conclusão: Hábitos alimentares apropriados para a população idosa pode ser definido como um fator protetor e de prevenção por minimizar o risco do indivíduo em apresentar alterações auditivas. A presença do zinco é bem caracterizada na literatura no que tange às sinapses do sistema auditivo, portanto, a deficiência de zinco pode estar relacionada à perda auditiva.  Com relação ao ferro, embora sua função no ouvido interno não tenha sido claramente estabelecida, salienta-se que a irrigação sanguínea nesta área é altamente sensível a danos isquêmicos. Na literatura ainda não há um consenso sobre a ingestão dos micronutrientes com relação à efeitos otoprotetores da audição. O conhecimento quanto a aspectos nutricionais relacionados a alterações auditivas representa uma estratégia de cuidado integral desses indivíduos.

 Palavras-Chave: Dieta; Audição; Perda Auditiva; Idoso; Promoção da Saúde.

 


PREVALÊNCIA DE ZUMBIDO EM IDOSOS ATENDIDOS EM UM SERVIÇO DE SAÚDE AUDITIVA

 Vitor Martins Guesser

Marcella Rachadel Avelino

Patrícia Haas

 Laura Faustino Gonçalves

 Luciana Berwanger Cigana

Karina Mary de Paiva

Introdução: A prevalência de zumbido em idosos vem aumentando com o o envelhecimento populacional, este fator pode afetar vários aspectos na vida do idoso, como a participação social, questões psicológicas e cognitivas, comprometendo o envelhecimento saudável. Diante desse cenário, a indicação de aparelhos auditivos torna-se fundamental para reabilitação auditiva, assim auxiliando na reabilitação do zumbido e na melhora da funcinalidade do idoso na sociedade. Objetivo: Verificar a prevalência de zumbido em idosos atendidos em um serviço ambulatorial de saúde auditiva (SASA) do estado de Santa Catarina. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal realizado com idosos, atendidos no Instituto Otovida, um SASA  do estado de Santa Catarina, entre os meses de maio à outubro de 2021. O serviço realiza atendimento semanal a oitenta usuários, o qual envolve a avaliação incial, adaptação de prótese auditiva, monitoramento em 30 dias após a adaptação e acompanhamento anual do processo de reabilitação auditiva após a adaptação inicial. Foi realizada análise descritiva da população quanto às características sociodemográficas e a prevalência de zumbido. Resultados: Passaram pela avaliação inicial no período do estudo 373 idosos, com média de idade de de 73,15 (±8,17) anos, prevalência do gênero feminino (53,89%), com renda familiar entre um a três salários mínimos (86,79%) e a maioria da população apresentou escolaridade até o ensino fundamental (73,24%). Quanto a autoavaliação da saúde em geral, 65,04% dos idosos declararam considerar sua saúde regular. O zumbido foi autorelatado por 65% da população estudada. Conclusão: Observou-se alta prevalência de zumbido relatado pelos idosos, ressaltando a importância deste agravo diante do contexto do envelhecimento populacional. Tendo em vista a importância da reabilitação auditiva para minimizar o impacto do zumbido na vida dos idosos, os serviços e ações devem incorporar o monitoramento destes idosos na garantia do bem estar, estimulando participação social e qualidade de vida para esta parcela crescente da população.

Palavras-Chave: Palavras-Chave: Perda auditiva; Reabilitação da Deficiência Auditiva; Envelhecimento; Acesso aos Serviços de Saúde; COVID-19.

 


OS DESAFIOS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE AUDITIVA NO CONTEXTO DA PANDEMIA DA COVID-19

Vítor Martins Guesser

Luciana Cigana

Patrícia Haas

Karina Mary de Paiva

Introdução: A população idosa tem crescido mundialmente e, com o envelhecimento, destaca-se o declínio das funções fisiológicas, sendo uma delas a audição. Aproximadamente 1.5 bilhões de pessoas apresentam declínio auditivo no decorrer da vida em todo o mundo, sendo que desses apenas 430 milhões irão procurar cuidados. A perda auditiva compromete a comunicação e afeta negativamente a qualidade de vida, tendo como consequências a depressão, ansiedade e declínio cognitivo. A reabilitação auditiva tem como objetivo minimizar os efeitos dessa deficiência, aumentando a capacidade de interação social e independência. Por mais que seja uma das principais estratégias de reabilitação, apenas cerca de 10 a 20% dos indivíduos com essa deficiência usam aparelhos auditivos, tornando-se uma relevante questão de saúde pública. As dificuldades comunicativas impostas, aliadas aos fatores intrínsecos do processo do envelhecimento, do isolamento social e do medo da possibilidade de infecção pela SARS-CoV-2, podem ter potencializado as consequências da convivência com este déficit, especialmente no início da pandemia, com sérias implicações na saúde física e mental da população. Objetivo: Verificar se o acompanhamento dos usuários do serviço ambulatorial de saúde auditiva foi prejudicado no contexto da pandemia da COVID-19. Metodologia: Estudo transversal para levantamento dos usuários que tinham monitoramento agendado no período de 23 de março a 30 de abril de 2020, nos quais o lockdown foi a medida prioritária de enfrentamento à pandemia da COVID-19.  O Instituto Otovida é o serviço ambulatorial de saúde auditiva (SASA) de referência para o estado de Santa Catarina, com atendimento mensal a 190 usuários e envolve ações de avaliação inicial, monitoramento em 30 dias após a adaptação dos aparelhos auditivos e acompanhamento do processo de reabilitação auditiva após um ano da adaptação inicial. No dia 23 de março de 2020, como medida de enfrentamento à pandemia da COVID-19, o governo de Santa Catarina institui o decreto 525, por meio do qual foram impostas medidas de isolamento social (lockdown) para enfrentamento desta emergência em saúde pública. O Instituto Otovida manteve suas atividades suspensas por três semanas. Resultados: Observou-se que 244 usuários possuíam retorno agendado para o período do estudo, sendo 139 idosos e 105 adultos. Do total, houveram 5 óbitos. O levantamento realizado permitiu observar que 92 usuários não retornaram, 97 retornaram em até três meses da perda do monitoramento agendado em função de queixas auditivas e 55 retornaram com tempo maior que 4 meses.  Conclusão: O acompanhamento dos usuários do serviço ambulatorial de saúde auditiva foi prejudicado e a adesão às medidas restritivas, como isolamento social, pode ter resultado em faltas no retorno às consultas agendadas para o monitoramento, especialmente por representarem um grupo de risco, o que pode ter impactado o processo de reabilitação auditiva, em função de dificuldades com o uso dos aparelhos auditivos e adaptação.

Palavras-Chave: Perda auditiva; Reabilitação da Deficiência Auditiva; Envelhecimento; Acesso aos Serviços de Saúde; COVID-19.

 


PREVALÊNCIA DE SINTOMAS ANORRETAIS E URINÁRIOS EM IDOSAS DO SUL DO BRASIL

Amanda Lena Mendrano

Guilherme Tavares de Arruda

Gabriele Vieceli Salvetti

Jeisyelli Costa de Sousa

Leonara Alves da Cruz Arnold

Janeisa Franck Virtuoso

Introdução: Com o processo de envelhecimento, o corpo feminino sofre alterações, como atrofia de músculos e tecidos, comprometimento do sistema nervoso e circulatório e redução do volume vesical, contribuindo para o surgimento de disfunções anorretais e urinárias. O surgimento dessas disfunções causam impacto negativo na qualidade de vida dessas idosas, bem como afetam aspectos psicológicos. Com o crescente aumento da população idosa, torna-se importante identificar a prevalência dessas disfunções nessa população. Objetivo: Verificar a prevalência de sintomas anorretais e urinários em idosas do sul do Brasil. Metodologia: Estudo transversal realizado entre novembro de 2019 e março de 2020 com idosas que aguardavam por atendimento médico em Unidades Básicas de Saúde de 4 cidades da região sul o Brasil: Araranguá/SC, Criciúma/SC, Florianópolis/SC e Santa Maria/RS. Foram excluídas idosas com sintomas de infecção urinária na última semana. Para a avaliação dos sintomas anorretais e urinários foram utilizados o Colorectal-Anal Distress Inventory (CRADI-8) e o Urinary Distress Inventory (UDI-6), respectivamente. As participantes poderiam responder mais de um sintoma em ambos instrumentos. Os dados foram analisados de forma descritiva e apresentados em média e desvio padrão ou em frequência relativa e absoluta. Resultados: Participaram do estudo 68 idosas (68,85 ± 7,31 anos de idade). A maioria era branca (n=46; 67,65%) e possuía ensino fundamental (n=45; 66,18%). Os sintomas anorretais mais frequentes foram: esvaziamento incompleto do intestino ao final da evacuação (n=33; 48,53%), forte sensação de urgência para evacuar (n=28; 41,18%), necessidade de muito esforço para evacuar (n=28; 41,18%) e perda involuntária de gases (n=18; 26,47%). Entre os sintomas urinários, os mais frequentes foram: aumento da frequência urinária (n=31; 45,59%), perda urinária durante risadas, tosses ou espirros (n=29; 42,65%), perda urinária em pequena quantidade (n=29; 42,65%) e perda urinária durante sensação de urgência (n=18; 26,47%). Conclusão: É preciso analisar esses resultados com cuidado, por se tratar de assuntos difíceis de serem abordados e compreendidos pela população leiga, que não possuem conhecimento dessas disfunções e as consideram normal devido ao processo de envelhecimento. Além disso, informações gerais sobre a prevalência dos sintomas dessas disfunções se tornam importantes para o desenvolvimento de medidas diagnósticas em mulheres idosas bem como na conscientização delas sobre a importância de procurar profissionais de saúde quando surgem os sintomas, para que assim seja possível melhorar a qualidade de vida e saúde geral da população idosa.

Palavras-chave: Assoalho pélvico; Envelhecimento; População idosa.

 


RELAÇÃO ENTRE DESCONFORTO DOS SINTOMAS DE PROLAPSO DE ÓRGÃOS PÉLVICOS E CARACTERÍSTICAS OBSTÉTRICAS EM IDOSAS DO SUL DO BRASIL

Gabriele Vieceli Salvetti

Guilherme Tavares de Arruda

Amanda Lena Mendrano

Leonara Alves da Cruz Arnold

Janeisa Franck Virtuoso

Introdução: O prolapso de órgãos pélvicos (POP) é a descida de vísceras através do compartimento vaginal anterior, posterior ou apical, na qual inclui vagina, intestino ou útero, e que pode gerar desconforto na mulher. Na literatura, a idade, índice de massa corporal (IMC), parto vaginal e o parto com fórcipe são alguns fatores associados à ocorrência de POP. No entanto, a relação entre o desconforto dos sintomas de POP e as características obstétricas em idosas é escassa na literatura.Objetivo: Verificar a relação entre desconforto dos sintomas de POP e características obstétricas em idosas do sul do Brasil. Metodologia: Estudo transversal realizado entre novembro de 2019 e março de 2020com idosas que aguardavam por atendimento médico em Unidades Básicas de Saúde de 4 cidades da região sul o Brasil: Araranguá/SC, Criciúma/SC, Florianópolis/SC e Santa Maria/RS. Foram excluídas as idosas com sintomas de infecção urinária nas últimas 4 semanas. Para a coleta dos dados, foi utilizado o Pelvic Organ Prolapse Distress Inventory (POPDI-6), instrumento de 6 itens, no qual pontuações mais altas indicam pior desconforto dos sintomas de POP. As características obstétricas investigadas foram o número de gestações, partos vaginais (PV), partos cesárea (PC) e abortos. Os dados foram analisados pelo teste de correlação de Spearman (rho). Adotou-se p<0,05. Resultados: Participaram do estudo 68 idosas (68,85 ± 7,31 anos de idade). Em média, as participantes tiveram 3,56 ± 2,10 gestações, 2,49 ± 1,93 PV, 0,68 ± 1,04 PC e 0,43 ± 0,83 abortos. O desconforto médio dos sintomas de POP foi 11,89 ± 19,48 pontos, sendo que 32 (47,06%) idosas relataram ao menos um sintoma de POP. Houve correlação significativa e positiva entre desconforto dos sintomas de POP e número de gestações (p=0,014; rho=0,297) e de PV (p=0,010; rho=0,311).Conclusão: O número de gestações e de PV são características relacionadas ao desconforto dos sintomas de POP em idosas. Dessa forma, é necessário maior atenção e cuidado a essa população em relação à ocorrência de POP e seu desconforto.

Palavras-chave: Prolapso de órgão pélvico; Obstetrícia; Saúde do idoso.

 


CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS, CONDIÇÕES DE SAÚDE E FÍSICAS DE CENTENÁRIOS RESIDENTES NO ESTADO DE SANTA CATARINA

Pedro Silvelo Franco

Bruna Vieira da Silva Capanema

Priscila Rodrigues Gil

Maria Clara Machado Trento

Suelen Odraizola Barcia

Giovana Zarpellon Mazo

Introdução: Os centenários, pessoas com 100 anos ou mais de idade são considerados exemplos de envelhecimento bem-sucedidos. Diante disso, pesquisas de cunho epidemiológicas que descrevem as características sociodemográficas, condições de saúde e físicas de centenários, tornam-se importantes para conhecer e propor intervenções com essa população tão longeva. Objetivo: Analisar as características sociodemográficas, condições de saúde e físicas de centenários residentes no Estado de Santa Catarina. Método: Esta pesquisa faz parte do Projeto SC 100: Estudo Multidimensional dos Centenários de Santa Catarina desenvolvido no Laboratório de Gerontologia (LAGER) da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). De março de 2015 a janeiro de 2020, 123 centenários foram avaliados, nas mesorregiões da Grande Florianópolis, Vale do Itajaí, Sul Catarinense e microrregião de Joinville. O instrumento de coleta de dados utilizado foi o Protocolo de Avaliação Multidimensional do Idoso Centenário – PAMIC, desenvolvido para o projeto SC100. Resultados: Participaram 123 centenários, com a média de idade 102,06 ± 2,55 anos, sendo 91 mulheres e 32 homens. A maioria é residente da mesorregião da Grande Florianópolis (49,5%), os demais residem no Vale do Itajaí (20,3%), Joinville (17,8%),  (4,8%) Oeste e (7,3%) da região Sul. Sobre o nível de escolaridade 42,2% são analfabetos, 39,9% estudaram 5 anos, 10,5% permaneceram 6 anos ou mais na escola e 7,3% não responderam. A maioria dos centenários possui cuidadores (91%) e apresenta renda familiar média de R$ 4.020,8 (± 6.098,4). De acordo com as condições de saúde, a avaliação cognitiva apresentou uma média de 11,01 pontos (± 9,02), a maioria não é tabagista (97,5%) e não consome bebida alcoólica (91,1%). Ainda, a maioria apresentou doenças como enfisemas (96%), dislipidemia (91,8%), depressão (89,3%), diabetes (89,3%), câncer (83,7%), hipertensão (79%), artrite (77%), osteoporose (77%), doença cardiovascular (75,4%), incontinência urinária (59%), deficiência auditiva (63%) e deficiência oculares (50,8%). A maioria dos centenários faz uso de medicamentos (88,6%).  Em relação a capacidade funcional, 35,7% centenários foram considerados com funcionalidade intermediária, 33,3% menos funcionais, e 30,8% mais funcionais. Ainda 73,9% não relataram quedas no último ano, 64,2% não praticam atividade física e possuem em média de tempo sentado de 7,20 h/dia (± 3,24). A respeito da avaliação física, apenas 54 indivíduos foram avaliados devido às condições físicas. Estes apresentaram em média da massa corporal de 54,5 Kg (± 11,8), estatura de 148,03cm (± 9,70), força de pressão manual direito de 12,98 kgf (± 5,78) e esquerdo de 12,14 kgf (± 5,52), velocidade da marcha de 0,36 m/seg (± 0,20), número de passos/semana de 1.111,82 (± 1466,05). Conclusão: Os resultados demonstram que os Centenários de Santa Catarina apresentam baixa escolaridade, capacidade funcional intermediário e/ou baixo, vivem sem acompanhante e sua saúde é de regular a boa. Além disso, há predominância do sexo feminino, de utilização de medicamentos e ausência de relatos quedas no último ano, ademais, é possível identificar uma tendência de um estilo de vida passivo e da inatividade física que ressalta a necessidade de intervenções com esta população.

Palavras-chave: Centenários; Envelhecimento; 80 anos a mais.

 


PERCEPÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA E ATIVIDADE FÍSICA EM IDOSOS CENTENÁRIOS DO ESTADO DE SANTA CATARINA

Priscila Rodrigues Gil

Gabriel Aguiar Antunes

Bruna Capanema

 Ingrid Lovizon Ribeiro

Maria Clara Machado Trento

Giovana Zarpellon Mazo

Introdução: A presença de pessoas longevas e com cem anos de idade é uma realidade social no contexto brasileiro e exigirá cada vez mais conhecimentos que permitam reconhecer as condições de qualidade de vida e da prática de atividade física dessa população tão longeva. Objetivo: Analisar a percepção de qualidade de vida e o nível de atividade física de idosos centenários. Metodologia: O estudo faz parte do projeto SC100: Estudo Multidimensional dos Idosos Centenários de Santa Catarina, do Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (CEFID), da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Os instrumentos utilizados nas entrevistas com os centenários foram: o Mini Exame do Estado Mental (MEEM) para avaliar a função cognitiva; pedômetro por sete dias para verificar o nível de atividade física por meio da quantidade e a média de passos diários; o EUROHIS-QOL-08 para avaliar a qualidade de vida. Resultados: Participaram do estudo 17 centenários, 9 mulheres (média de idade= 101,33; DP=2,71) e 8 homens (média de idade= 101,75; DP=2,71). Destes, 10 centenários foram considerados ativos fisicamente (≥1000 passos/semanal) e 7 suficientemente ativos (≤999 passos/semana). A qualidade de vida foi considerada por 8 centenários como ótima, por 6 boa e por 3 regular. Conclusão: Os centenários apresentaram, em sua maioria, uma percepção de qualidade vida ótima/boa e foram considerados ativos fisicamente. Observa-se que idosos com cognição preservada e com mobilidade, que realizam em média de 1000 passos/semanal, apresentam percepção de qualidade de vida positiva, apesar da idade avançada. Recomenda-se a prática da atividade física pelos idosos longevos como forma de melhoria e manutenção de uma boa qualidade de vida.

Palavras-chave:  Qualidade de Vida; Centenários; Atividade Física.

 


RETORNO DAS ATIVIDADES DA SECRETARIA DA PESSOA IDOSA (SPI) DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ (BC)

Daiana Caroline Prestes Feil

Juliethe Nitz

Introdução: A pandemia provocada pelo vírus da COVID 19 apresentou seus primeiros infectados na China, no final de 2019. Em 11 de março de 2020 a Organização Mundial de Saúde (OMS), decretou a pandemia global, devido a sua rápida disseminação por diversos países (OMS, 2020). No Brasil, em março de 2020 foi confirmada transmissão comunitária pelo Ministério da Saúde, o que levou o congresso nacional a decretar estado de calamidade pública (BRASIL, 2020). Sendo assim BC também decretou o fechamento de seus serviços e atividades, que não fossem considerados essenciais para manutenção da saúde da população. Ressalta-se que o município é um dos poucos municípios brasileiros a possuir uma secretaria especifica, que desenvolve atividades de envelhecimento ativo e saudável para população idosa. Objetivo: O relato em tela tem por objetivo divulgar o retorno das atividades presenciais da SPI, após a vacinação da população idosa contra COVID 19. Metodologia: Até então a Secretaria estava realizando atividades remotas, através de lives e entrega de medicamentos de uso continuo ao público alvo, no intuito de minorar a rápida propagação do vírus. Neste período, devido regras de restrição social, e em consequência o isolamento das pessoas idosas, tornaram-se recorrente queixas relacionadas ao sofrimento psíquico deste segmento.  Importante ressaltar que em BC existe um amplo número de pessoas com 60 anos ou mais, que escolheram esse município para residir após aposentadoria. Durante a pandemia esta população aumentou, pois, muitas famílias com pessoas idosas se refugiaram nesta cidade. Nesse contexto pandêmico foram recorrentes as queixas de isolamento, depressão, incertezas e medos destes, que já são vulneráveis pela própria idade, e naquele momento se tornaram ainda mais diante do risco evidente. Resultados: Ao perceber essa conjuntura, em maio de 2021 quando BC já tinha vacinado significativa fração da população idosa foi necessário considerar os pedidos recorrentes de retorno das atividades da SPI.  Dessa forma a retomada aconteceu por meio de nova metodologia de trabalho, que reduziu os participantes por oficina, inicialmente com apenas uma oficina por horário respeitando a higienização antes e após as atividades, uso obrigatório de máscara e álcool gel e distanciamento de um metro e meio entre as pessoas. As atividades iniciais foram alongamento e fortalecimento muscular, pilates e dança. Posteriormente outras atividades foram retornando como oficina “Hortas”, Reclicar com Arte, Roda da Sabedoria, entre outras. Atualmente a SPI desenvolve aproximadamente setenta (70) atividades/oficinas descentralizadas entre o centro e bairros, que promovem o envelhecimento ativo e saudável. Conclusão: Nesse sentido a SPI segue se adaptando ao “novo normal”, com profissionais e participantes se adaptando há novas formas de interação e desenvolvimento de atividades, aumentando a orientação sobre higiene a aprendendo novas formas de socializar. A vacinação contra COVID 19 é análoga a esperança e recomeço de um novo momento, que demonstra a importância da convivência comunitária para pessoas idosas.

Palavras-chave: COVID-19; Envelhecimento; Idosos.

 


MENINGITE NA POPULAÇÃO DE IDOSOS DO BRASIL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

   Juliana Kosmos Piazza

Laura Faustino Gonçalves

 Janaina Viana Stolz

Patrícia Haas

Introdução: Com o avançar da idade, as alterações fisiológicas pioram cada vez mais, favorecendo a gravidade de possíveis infecções em idosos. Pessoas com mais de 60 anos estão constantemente sujeitas a doenças subjacentes com sintomas associados, que podem ser confundidos com os da meningite. Objetivos: Apresentar evidências científicas, com base em uma revisão narrativa da literatura, sobre a meningite na população idosa brasileira. Metodologia: Os artigos foram pesquisados ​​nas bases de dados SciELO, LILACS, MEDLINE (PubMed), Scopus, BIREME e Web of Science, além da busca por literatura no Google Scholar. Os estudos foram selecionados a partir de uma combinação com base no Medical Subject Headings (MeSH), conduzidos de acordo com as recomendações do PRISMA (2015). A qualidade dos estudos incluídos na pesquisa obteve 6 pontos ou mais, avaliados com o protocolo de graduação qualitativa proposto por Pithon et al. (2015). O período de busca compreendeu entre janeiro de 2006 e dezembro de 2018. Resultados: As meningites infecciosas mais prevalentes foram as bacterianas não especificadas (64,02%), pneumocócicas (14,06%) e virais (12,5%), seguidas das fúngicas (4,68%), tuberculosas (3,12%) e meningocócicas (1,56%). A mortalidade geral foi elevada (35,9%). A predominância dos sorotipos da vacina pneumocócica 10-valente conjugada (PCV10) se destaca na doença pneumocócica invasiva na população idosa em cepas que circulam de três a cinco anos após a introdução da PCV10 no Brasil. Um longo intervalo entre o início dos sintomas e o diagnóstico da doença indica piora do prognóstico e aumento da letalidade na população idosa brasileira.Em um cenário global de crescimento da população idosa, verifica-se importante avanço na inovação do desenvolvimento tecnológico de vacinas. Conclusão: Meningite na população idosa está associada a maior dificuldade diagnóstica, gravidade neurológica, complicações clínicas e aumento da mortalidade.

Palavras-chave: Envelhecimento; Meningite; Saúde do idoso; Programas de imunização.

 


PROBLEMAS NO SONO E SUA ASSOCIAÇÃO COM AUTORRELATO DE DEPRESSÃO E AUTOPERCEPÇÃO DE SAÚDE EM IDOSOS COMUNITÁRIOS

Jaquelini Betta Canever

 Letícia Martins Cândido

Katia Jakovljevic Pudla Wagner

Ana Lúcia Danielewicz

Núbia Carelli Pereira de Avelar

Introdução: Problemas no sono são comuns com o envelhecimento e estão associados a diversos desfechos negativos em saúde, incluindo os sintomas depressivos e, consequentemente, a autopercepção negativa de saúde. O conhecimento da associação entre problemas no sono com tais desfechos se mostra importante para auxiliar os profissionais de saúde a identificarem os potenciais fatores de risco passíveis de intervenções a fim de prevenir outras morbidades e melhorar a qualidade de vida dos idosos. Objetivo: Verificar a associação entre problemas no sono com a autopercepção negativa de saúde e o autorrelato de depressão em idosos brasileiros. Metodologia: Estudo transversal, com dados de 43.554 idosos participantes da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019. A variável de exposição foi a presença de problemas no sono autorrelatados nos últimos 15 dias (dificuldade para adormecer, acordar frequentemente à noite ou dormir mais do que de costume). Os desfechos do estudo foram a autopercepção negativa em saúde (relatou sua saúde como regular, ruim ou muito ruim) e o autorrelato de depressão (sim ou não). As associações foram verificadas através da regressão logística multivariável com ajuste para sexo (feminino ou masculino), faixa etária (60-69, 70-79 e 80 anos ou mais), escolaridade (sem escolaridade formal, 1-4, 5-8, 9-11 ou mais de 12 anos), multimorbidade (presença ou ausência) e se praticou exercício físico nos últimos 3 meses (sim ou não). Resultados: A prevalência de problemas no sono, autopercepção negativa em saúde e autorrelato de depressão foram de 41,3%, 55,0% e 10,4%, respectivamente. Idosos com problemas no sono apresentaram 2,18 (IC95% 2,03;2,33) e 2,78 (IC95% 2,50;3,10) maiores chances em apresentar autopercepção negativa de saúde e autorrelato de depressão, respectivamente, em comparação aos idosos sem problemas no sono, mesmo após análise ajustada. Conclusão: Estes achados reforçam a necessidade de ações que objetivem minimizar os problemas no sono em idosos, uma vez que esses estão associados a autopercepção negativa de saúde e ao autorrelato de depressão. Uma melhor compreensão entre estas associações pode auxiliar psiquiatras, psicólogos, fisioterapeutas, médicos e enfermeiros na proposição de intervenções mais efetivas para controle dos distúrbios de sono, bem como, seus desfechos.

Palavras-chave: Distúrbios do Início e da Manutenção do Sono; Envelhecimento; Fatores de Risco; Vida Independente.

 


ACESSIBILIDADE NO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO: UM DIREITO NECESSÁRIO À AUTONOMIA E FUNCIONALIDADE

Paulo Adão de Medeiros

Rafaela Pereira dos Santos

Luana Marinho Matos

Introdução: Devido ao avanço da idade as pessoas idosas podem apresentar comprometimento da capacidade funcional, assim, passam a ser consideradas pessoas com mobilidade reduzida. Por isso, é fundamental construir ambientes amigáveis e acessíveis, sem barreiras, que promovam independência e segurança a todas as pessoas, inclusive àquelas que possuem limitações funcionais como os idosos. Objetivo: Discutir a importância da acessibilidade para a população idosa a partir de documentos legais. Metodologia: Revisão documental, realizada em julho de 2021, em legislações e normas técnicas voltadas a temática da pessoa idosa e da pessoa com deficiência. Inicialmente, utilizou-se a Lei 10.098/2000 que estabelece as normas para a promoção da acessibilidade para pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. Conjuntamente, a Lei 10.741/2003 (Estatuto do Idoso) e a Política do Envelhecimento Ativo preveem o direito à acessibilidade para as pessoas idosas. Em 2004, o Decreto 5.296 regulamentou a Lei 10.098/2000, estabelecendo normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade. Por fim, a NBR 9050/2021, que estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quanto ao projeto, construção, instalação e adaptação do meio urbano e rural, e de edificações em relação às condições de acessibilidade. Resultados: Existem barreiras físicas e de atitudes que limitam ou impedem a participação social da pessoa: urbanísticas, arquitetônicas, nos transportes, nas comunicações e na informação. No entanto, a legislação proíbe obstáculos em espaços, serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privado, de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural. Além disso, a retirada de barreiras traz muitos benefícios ao permitir melhor uso do ambiente, aumentando a independência nas atividades de vida diária e prevenindo a ocorrência de quedas. Conclusão: A legislação relacionada ao tema infere que é compromisso da administração Pública realizar as adaptações, eliminações e supressões de barreiras arquitetônicas existentes nos edifícios de uso público. Ainda, deve fiscalizar e promover campanhas dirigidas à população em geral, com a finalidade de conscientização quanto à acessibilidade e à integração social. Portanto, a acessibilidade é necessária para prevenção de acidentes, nos processos de reabilitação e na inserção das pessoas idosas na sociedade. Assim, tanto o ambiente domiciliar quanto o externo a residência apresentam fatores de risco e de proteção em relação à velhice, sendo necessário ajustá-los para compensar o declínio da capacidade funcional no intuito de democratizar a participação e o bem-estar da pessoa idosa.

Palavras-chave: Envelhecimento; Acessibilidade; Políticas Públicas.

 


Autor Corporativo: Associação Nacional de Gerontologia de Santa Catarina (ANG SC)
ISSN: 2763-6984